quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Viagem entre 2 encontros - Parte 2

Dia 16 - Fátima / Costa de Lavos - 95,1 Km


Saímos do parque do Santuário de Fátima e fomos até à Aldeia de Aljustrel, que é o lugar de origem dos três pastorinhos, Lúcia dos Santos e seus primos Francisco e Jacinta Marto, os videntes da aparição de Nossa Senhora.
Estacionámos num largo (coordenadas GPS: N 39º 36’ 57’’ W 08º 39’ 50,50’’) e fomos até à casa de Francisco e Jacinta.


No interior vimos o quarto em que nasceram Jacinta, Francisco e seus irmãos e onde Jacinta esteve doente antes de ir para Lisboa, onde faleceu em 1920.


Também estivemos no quarto dos rapazes (António, Manuel, José, João e Francisco)



e no quarto em que faleceu Francisco em 1919.


Passámos depois pelo resto da casa




antes de sairmos pela traseira da mesma


que dava para um quintal.


Fomos de seguida ver a casa dos pais de Jacinta e Francisco em 1930.




Após estas visitas fomos para a AC e seguimos para Valinhos, embora o pudéssemos ter feito a pé, pois ficava a apenas 400 metros do local onde estávamos.



Em Valinhos estacionámos no início (coordenadas GPS: N 39º 37’ 05’’ W 08º 40’ 02’’) e fomos percorrer o Caminho dos Pastorinhos. Este era o caminho que Lúcia, Jacinta e Francisco faziam todos os dias, desde Aljustrel até à Cova da Iria, para apascentarem o gado.


Foi neste local, que segundo os relatos dos pastorinhos, apareceu o Anjo em 1916 e Nossa Senhora em 1917. O caminho foi transformado em Via-Sacra em 1962. No início encontra-se um Monumento a Nossa Senhora.


Por falhas técnicas só tenho fotos a partir da nona estação da Via-Sacra que apresenta a queda de Jesus pela terceira vez.


 A décima estação: Jesus é despojado de suas vestes.


Décima primeira estação: Jesus é pregado na cruz.


Décima segunda estação: Jesus morre na cruz.


Décima terceira estação: Jesus é descido da cruz.


Décima quarta estação: Jesus é sepultado.


Décima quinta estação: A ressurreição de Jesus.


No percurso estão distribuídas várias lápides com mensagens de Nossa Senhora e dos Pastorinhos.




Ao chegar ao fim da Via-Sacra podemos observar a Capela de Santo Estêvão e o Calvário Húngaro.


Capela de Santo Estêvão foi inaugurada em 1964


e sobre ela encontra-se o Calvário.


Todo este complexo foi construído com a ajuda do povo húngaro. Descemos pelo mesmo caminho e virámos para a Loca do Anjo, também conhecida por Loca do Cabeço.


A Loca do Anjo foi o local onde os pastorinhos tiveram a primeira e a terceira aparições do Anjo da Paz. As estátuas do Anjo e dos Pastorinhos, estão protegidas por uma grade em ferro forjado


e lá dentro está uma placa com uma das orações que o Anjo lhes ensinou.


Voltámos à AC e partimos para as Grutas da Moeda, que ficam em S. Mamede. Estacionámos no parque das grutas (coordenadas GPS: N 39º 37´27.50’’ W 08º 42’ 20’’) e fomos visitá-las.


Estas grutas foram descobertas em 1971 por dois caçadores que perseguiam uma raposa. A Gruta tem uma extensão visitável de 350 metros e uma profundidade de 45 metros. A temperatura no interior é de 18º C durante todo o ano. A visita é acompanhada por um guia, que nos vai dando as explicações. Entrámos na Gruta por esta porta


e fomos alguns metros por um túnel.


O interior da Gruta é repleto de fantásticas formações calcárias







e à medida que vamos descendo, divide-se em várias salas e galerias, a que foram dados nomes inspirados nas figuras que se vão apresentando aos nossos olhos, como: Lago da Felicidade




e outros.


Das abóbodas caem as estalactites formadas pela água que escorre das fendas onde se infiltrou


e do chão crescem as estalagmites, que são formadas pela precipitação mineral pela água que cai das estalactites e que atinge o chão. Estas são sempre mais grossas do que as estalactites, devido à aspersão da água quando atinge o chão.



Quando as duas se unem ganham o nome de colunas.




A saída da gruta é por uma zona diferente.


Depois de sairmos da gruta fomos à loja onde nos foi oferecido um pedacinho de bolo e um minúsculo cálice de licor. De seguida almoçámos num largo à saída da gruta.
Depois do almoço seguimos para Pombal tendo estacionado próximo do Castelo (coordenadas GPS: N 39º 54’ 47’’ W 08º 37’ 26’’). Depois de deixar a AC, seguimos por um caminho lajeado seguido de uma escada


e depois por outro com piso de betão.



A partir daqui o caminho passou a ser empedrado.



Passámos por uma das portas do Castelo, que estava fechada


e continuámos ao longo da muralha, até chegar ao portão principal por onde entrámos e sobre o qual se encontra o brasão de armas manuelino.




O Castelo de Pombal foi construído no século XII e em 1910 foi classificado Monumento Nacional. Na Praça de Armas, não muito grande, encontram-se alguns vestígios da primitiva Igreja de São Miguel e ao fundo a Torre de Menagem.




Subimos à Torre de Menagem através de uma escada metálica no exterior


e entrámos no primeiro piso


em que o chão era em grade metálica.


A Torre  de Menagem foi intervencionada, já no século XXI, com um projecto que a transformou num espaço expositivo.


Deste piso partia outra escada, também metálica, até ao topo




de onde se tinha uma prespectiva da Praça de Armas e das Muralhas




e também da cidade.



Saímos de Pombal e tomámos o caminho do Louriçal. Aí chegados estacionámos junto do Convento (coordenadas GPS: N 40º 00’ 11’’ W 08º 44’ 12,50’’). Este edifício foi construído no século XVII mas só passou a ser convento no século XVIII. Como estava encerrado não o pudemos visitar, nem tão pouco a igreja. Ficam portanto apenas imagens do exterior.





Em frente, mas da lateral, encontra-se a Capela da Misericórdia, fundada nos finais do século XVI. Sobre a porta encontram-se as armas de Portugal



e nas traseiras ergue-se a Torre Sineira.


Um pouco ao lado está o Aqueduto, construído no século XVIII para fazer chegar a água das nascentes de Pomar até ao convento. Tem uma extensão de 350 metros, é composto por 35 arcos e mantém-se ainda hoje em funcionamento.


Do Louriçal seguimos para a Costa de Lavos, onde iríamos pernoitar na sua Área de Serviço (coordenadas GPS: N 40º 05' 15,50'' W 08º 52' 24'').


Fomos dar uma volta a pé e passámos numa rotunda que ao centro tinha um barco


e a um dos cantos uma homenagem aos Homens do Mar.


Passeámos depois pela marginal ao lado da praia



e no regresso à AC passámos ainda pela Igreja Matriz, do século XVIII.

 
Dia 17 - Costa de Lavos / Praia de Pedrógão - 38,7 Km
 
 
Saímos da Costa de Lavos e fomos para a Praia de Pedrógão, tendo ficado no seu Parque de Campismo (coordenadas GPS: N 39º 54' 54'' W 08º 56' 59,80'').
 
 
Depois de nos instalarmos fomos dar uma volta
 
 
 
e virámos para o lado da praia junto e logo no início passámos por uma rotunda, também esta com um barco no centro.
 
 
À frente desta rotunda há um bar em cima das rochas, junto à praia.
 
 
Seguimos junto ao paredão da praia
 
 
 
onde havia umas pequenas dunas
 
 
e um barco repousava na areia.
 
 
Demos mais uma volta e regressámos ao parque de campismo..

Dia 18 - Praia de Pedrógão - 0 Km

Hoje mantivemo-nos todo o dia no parque.

Dia 19 - Praia de Pedrógão / Praia de Pedrógão - 54,7 Km


Saímos do Parque de Campismo e fomos até à Praia da Vieira, tendo estacionado em frente do Restaurante O Barrote (coordenadas GPS: N 39º 52' 23,40'' W 08º 58' 05''), onde iria decorrer o almoço de confraternização dos ex-funcionários da Xerox. Deixo apenas algumas imagens não abrangendo pessoas






e a lembrança que todos recebemos.


Por fim tirámos a "foto de família" à saída do restaurante.
Depois das despedidas seguimos para S. Pedro de Moel para o Parque de Campismo do Inatel. Depois de nos termos instalado, como não gostámos do parque e como não ainda não tínhamos pago, resolvemos sair e voltámos para o Parque da Praia de Pedrógão.
 
Dia 20 - Praia de Pedrógão / Brejos de Azeitão - 199,9 Km

 
Saímos do parque de campismo e fomos para a Marinha Grande. Estacionámos num terreno nas traseiras de uns prédios (coordenadas GPS: N 39º 44’ 48’’ W 08º 55’ 51’’) e fomos a pé até ao Museu do Vidro. Como hoje ía haver uma recriação histórica às 18 horas,


andavam pelas ruas cavalos e carruagens a ensaiar para logo.




Chegámos ao Museu do Vidro e por sorte, hoje as entradas eram gratuitas. O Museu está instalado num edifício do século XVIII, que foi residência de Guilherme Stephens, um industrial inglês que, em 1769, obteve o restabelecimento da Real Fábrica de Vidros.




No primeiro piso o Museu apresenta o tradicional vidro europeu dos séculos XVI ao XIX.




Subimos depois ao segundo piso



que está dedicado ao vidro popular.





No mesmo piso exibe-se uma tradicional botica do século XIX



e objectos para a indústria farmacêutica.


Chegados ao terceiro piso, cujo vão da escada é iluminado por uma cúpula em vidro




podemos ver peças de vidro industrial



bem assim como máquinas e ferramentas utilizadas para o fabrico do vidro.






Também aqui estão expostas peças artísticas.




Deixámos o Museu e na Praça em frente, que tem o nome e uma estátua ao centro de Guilherme Stephens,


passámos pelo edifício da Câmara Municipal.

 
Da Marinha Grande seguimos para a Nazaré e fomos direito ao Sítio, onde estacionámos (coordenadas GPS: N 39º 36' 18,50'' W 09º 04' 42''). Fomos depois até ao Miradouro do Suberco, que se encontra no Promontório a 110 metros acima do nível do mar.
 
 
 
Este miradouro oferece uma das mais belas vistas sobre a Nazaré, o seu extenso areal e o mar.
 
 
 
 
Ao lado encontra-se a Ermida da Memória, também conhecida como Capela da Memória. Esta Ermida foi erguida em 1182 e a sua construção está ligada a D. Fuas Roupinho e à lenda da Nazaré.
 
 
 
O interior, tanto as paredes como a abóboda do tecto estão recobertas de azulejos do início do século XVIII.
 
 
 
Seguimos para a Praça de Nossa Senhora da Nazaré, contígua ao Promontório, onde se encontra um Coreto
 
 
e o Santuário de Nossa Senhora da Nazaré.
 
 
A fachada principal tem duas Torres Sineiras com um relógio entre ambas.
 
 
Este Santuário foi construído no século XIV mas só no século XIX adquiriu a sua forma actual. O acesso ao interior faz-se por uma escadaria semicircular
 
 
 
e este é de uma única nave com 42 metros de comprimento por 10  de largura.
 
 
A Capela-Mor, coberta por uma abóboda redonda, em pedra, está separada do restante espaço.
 
 
Em cada lado do Transepto, coberto por abóboda de pedra, há um altar e as paredes do topo estão cobertas de azulejos holandeses.
 
 
O Cruzeiro é coberto por uma cúpula de pedra com lanternim.
 
 
Junto ao cruzeiro e de cada lado deste, está um Púlpito do século XVIII.
 
 
À entrada, sustentado por colunas de pedra, está o Coro-Alto com um Órgão ao centro.
 
 
 
Subi até ele e logo à entrada tem o mecanismo do relógio.
 
 
Do Coro-Alto podem ver-se as janelas que dão luz ao corpo da igreja
 
 
e tem-se uma vista sobre toda a nave,
 
 
a qual é coberta por um tecto de caixotões de madeira.
 
 
Saímos do Santuário e descemos até ao Forte de S. Miguel Arcanjo. Um pouco abaixo do início da descida, encontra-se uma Escultura do Veado, realizada pela escultora Adália Alberto em mármore e aço, com 6,30 metros de altura e oferecida ao município.
 
 
Continuámos a descida e chegámos ao Forte, também conhecido como Forte do Morro da Nazaré ou simplesmente Forte da Nazaré.
 
 
 
A construção deste forte teve início em 1577 mas em 1644 foi remodelado e ampliado. Foi aberto ao público em 2014 e conta com uma das mais belas vistas sobre a Nazaré.
 
 
 
No início do século XX foi ali instalado um Farol para apoio da actividade piscatória.
 
 
 
 
Entrámos no Forte para a Praça de Armas, que abrigava oito dependências que serviam de Quartel da Tropa, Casa do Comando, Paiol e Armazéns.
 
 
 
Numa dessas dependências estavam expostos materiais dedicados ao surf.
 
 
 
Subimos uma escada que nos levou até ao topo do forte e de onde se tinha uma vista sobre o mar.
 
 
 
 
 
 
Saímos do Forte e regressámos à AC, tendo partido para Alcobaça. Estacionámos próximo do Mosteiro (coordenadas GPS: N 39º 32' 57'' W 08º 58' 31'') e telefonei a um companheiro e amigo no facebook, que mora em Alcobaça, o António Miguel Simões, que ainda não conhecia. Veio ter connosco e fomos tomar um café.
 
 
 
Depois disso fomos visitar o Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, mais conhecido apenas por Mosteiro de Alcobaça. Este Mosteiro começou a ser construído no século XII e é constituído por uma Igreja e por três Claustros, todos eles rodeados por dois andares. Os Claustros mais recentes são rodeados por edifícios de três andares. A fachada principal foi alterada entre 1702 e 1725 e desde aí é ladeada por alas de dois andares
 
 
 
e a Igreja adquiriu dois Campanários e é ornamentada com várias estátuas.
 
 
Da fachada antiga apenas resta o Portal e a Rosácea.
 
 
 
A Igreja é constituída por uma nave central, duas laterais e um Transepto ou Cruzeiro práticamente todos da mesma altura.
 
 
 
 
A Capela-Mor é rodeada por um Deambulatório ou Charola com nove capelas.
 
 
 
De cada lado do Transepto encontram-se os túmulos de D. Pedro
 
 
 
e de D. Inês de Castro,
 
 
 
 
mandados construir por D. Pedro para que ali fosse enterrado o seu grande amor e para ele próprio, após a sua morte. Numa sala lateral existem outros túmulos, hoje em dia, vazios.
 
 
 
Também numa capela se encontra a imagem de Santa Maria de Alcobaça, retirada do retábulo da capela-mor em 1930.
 
 
Da Igreja passa-se por uma porta directamente para o Claustro do Capítulo
 
 
 
 
que engloba a Sacristia Medieval
 
 
 
 
 
 
a Sala do Capítulo, onde os monges se reuniam,
 
 
 
 
o Parlatório, a escada de acesso ao Dormitório
 
 
 
 
e o acesso à Sala dos Monges.
 
 
No século XVIII foi construída uma nova Cozinha com um comprimento de 29 metros, uma largura de 6,5 metros e uma altura de 18 metros. A meio da cozinha foi construída uma lareira com uma área de 3 x 8 metros e uma altura de 25 metros e duas lareiras laterais mais pequenas.
 
 
 
O chão das lareiras era rebaixado em relação ao pavimento da cozinha.
 
 
Havia um grande tanque de pedra, onde eram lavados os alimentos
 
 
e também uma mesa de pedra para a preparação dos mesmos.
 
 
Ao lado da nova cozinha encontra-se o Refeitório, constituído por uma sala de três naves com as dimensões de 29 x 21,5 metros.
 
 
Ao fundo tem uma escada de pedra que conduz ao Púlpito do Leitor, que lia textos espirituais durante as refeições.
 
 
Em frente da entrada do refeitório encontra-se o Lavabo, onde os monges lavavam as mãos antes das refeições.
 
 
O tecto da sala possui um terraço onde se encontra um antigo relógio de sol.
 
 
 
O acesso faz-se através de uma escada a partir do Claustro Superior.
 
 
Este claustro é conhecido por Claustro de D. Dinis.
 
 
 
 
No final do século XVI foi também construído o Claustro dos Noviços ou do Cardeal.
 
 
 
Finda esta visita regressámos à AC e partimos com destino a casa.