segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Viagem pelo centro de Portugal, Castela e Leão e Extremadura em Espanha - 2ª Parte

Viagem pelo centro de Portugal, Castela e Leão e Extremadura em Espanha, realizada de 29.08 a 14.09.2024, num total de  2128 quilómetros percorridos.

Dia 06.09 - Cañaveral / Béjar - 214,4 Km

Saímos da ASA e seguimos a viagem, tendo parado no Miradouro em Barrado.

Continuámos e voltámos a parar no Miradouro da Cabra em Cabrero.



Seguimos depois para Casas del Castañar, onde caminhámos  até à Plaza Mayor 

tendo passado pela Iglesia San Juan Bauptista, construída no século XVI.

Continuando a viagem, parámos no Miradouro da Memória, um pouco antes de El Torno onde já havíamos estado o ano passado.



Seguimos para Cabezuela del Valle, onde demos uma volta a pé


passámos pela igreja

e pelo Ayuntamiento.

Fomos depois para Jerte, tendo estacionado na Plaza del Molino, junto ao rio Jerte.

Passeámos pelo Parque Nogalón

onde se forma uma Piscina Natural

e  pelas ruas à volta até à Plaza Independencia


onde se situa a Iglesia de Nuestra Señora de la Asunción, do século XVIII.

Regressámos à AC e partimos para Béjar, onde pernoitámos na ASA (coordenadas GPS: N 40º 23' 03,40" W 05º 46' 51,50"), onde também já tínhamos pernoitado o ano passado.



Dia 7 - Béjar / Sotoserrano - 91,2 Km

Saímos da ASA e fomos até Candelario, onde passeámos pelo Casco Histórico. Vimos várias fontes, que no total são 18 distribuídas pela cidade


regaderas (que são valas nas ruas por onde corre a água)

e as famosas batipuertas, que são portas de madeira que cobrem apenas metade da altura das portas de entrada de todas as casas da cidade (mesmo as mais recentes) cuja função é permitir a entrada da luz nas casas e não deixar que os animais que passem na rua, entrem nas casas.

Passámos pelo Ayuntamiento, cuja construção data do século XIX

e continuando a subir a escadaria de pedra da Calle Núñez Losada, fomos dar à Iglesia de Nuestra Señora de la Asunción, que se encontra na zona mais elevada da povoação e foi construída no século XIV.


Descemos por outras ruas, entre elas a Calle Mayor


e fomos sair à Plaza del Humilladero, onde se encontra a Ermita Cristo del Refugio, uma construção do século XVII.

Na praça contígua, Plaza Pedro Canónigo, encontram-se as originais cabines telefónicas de madeira, que hoje funcionam como espaço de troca de livros entre os habitantes. 

Voltámos à AC e partimos para Villanueva del Conde, onde parámos na Plaza de las Eras, junto à Iglesia Paroquial do século XVII, dedicada a San Fabián e San Sebastián.



Nesta mesma praça existe uma fonte.

Fomos dar uma volta por várias ruas


e apreciámos as fachadas das casas


e as suas arcadas.


Passámos também pela Casa Consistorial ou Ayuntamiento, antes de regressar à AC.

Seguimos para Sequeros, tendo estacionado à entrada, na estrada onde seguíamos e fomos a pé dar uma volta. Descemos a Calle la Calzada

e fomos por outra rua

até à Iglesia de San Sebastián.

Fomos depois até à Torre del Concejo


e regressámos à AC passando pela Plaza Eloy Bullón

e pela Calle Teatro.

De seguida partimos para San Martin del Castañar, onde estacionámos logo à entrada

e seguimos pela Calle Campito

até à Plaza Mayor


onde almoçámos no Restaurante Meson de San Martin.


Depois do almoço seguimos por algumas ruas


e passámos pela Iglesia Paroquial dedicada a San Martin de Tours, construída entre os séculos XIII e XVIII.


Continuámos a caminhada

até à Praça de Touros que tem um formato peculiar entre o oval e o rectangular.



Ao lado encontra-se o Castelo, com um cemitério no seu interior.

O Castelo remonta ao século XV e apenas restam a Torre de Menagem e as Muralhas.

No século XX foram melhorados os acessos com rampas e passadiços de madeira.


Do seu interior avista-se a Serra de Francia.


Regressámos à AC e seguimos para Miranda del Castañar, mas não consegui estacionar porque como ía haver ou tinha havido algum acontecimento, havia ruas cortadas e muita gente e os lugares estavam todos ocupados. Seguimos então para Sotoserrano e estacionámos à entrada da povoação. Fomos pela Calle Bienvenido Marcos


até à Plaza Mayor, onde se situa o Ayuntamiento

e a Torre do Relógio.

Continuámos pela Calle Castillo


e Calle Iglesia

até à Iglesia de Nuestra Señora de la Asunción, que fica no ponto mais alto da povoação

Voltámos a descer e regressámos à AC, partindo de seguida para o Camping Vega de Francia, que ficava a 3 Km e aí passámos o resto da tarde e pernoitámos.


Este parque fica junto ao rio Alagón e atravessando a estrada estamos na piscina natural que ali se forma.


Dia 08.09 - Sotoserrano / Valência de Alcántara - 259,5 Km

Saímos do parque e fomos até ao Miradouro de la Antiqua, onde existe um passadiço de madeira.


O caminho para lá é através de uma estrada estreita em terra, com pouco mais de 3 Km, a partir de Riomalo de Abajo. Do miradouro

podemos admirar o Meandro del Melero, que é formado pelo rio Alagón que descreve uma curva e forma a Ilha Romerosa

e a paisagem ali à volta.

Após admirar esta maravilha, seguimos viagem e parámos para almoçar em Descarga Maria, junto a uma piscina natural no rio Árrago.

Esta piscina é formada por uma represa, na qual cai uma pequena cascata (El Chorrito). 

Depois do almoço seguimos para Robledillo de Gata, onde estacionámos à entrada, junto à Ermita del Humilladero

e fomos a pé visitar a localidade, que fica na Sierra de Gata. Percorremos a rua principal que a atravessa



até ao final, onde fica uma pequena praia fluvial, que eles chamam piscina natural.


Neste ponto voltámos para trás e passámos pela Plaza Francisco Pizarro, onde se encontra a Iglesia de Nuestra Señora de la Asunción


e o Ayuntamiento.

Regressámos à AC, percorrendo a mesma rua central e partimos para Villasbuenas de Gata. Estacionámos à beira da estrada em que seguíamos e descemos a Calle Italia até à Plaza Mayor, onde se encontra a Iglesia Paroquial de Nuestra Señora de la Consolación, datada do século XV


e o Ayuntamiento.

Voltámos à AC e seguimos com destino a Alcántara. Parámos logo à entrada, junto à Ponte de Alcántara, também conhecida como Ponte de Trajano.


Esta ponte romana foi construída entre os anos 104 e 106 sobre o rio Tejo, mas destruída e reconstruída várias vezes, devido às guerras.

Tem 194 metros de comprimento, 8 metros de largura e 71 metros de altura.

Entrámos nesta vila e estacionámos na Plaza de España, na traseira da Iglesia Parroquial Santa Maria de Almocóvar.

Esta igreja foi construída em 1254 sobre uma mesquita, mas o seu estado actual resulta das reformas levadas a cabo no século XVIII. Contornámos a igreja


e do outro lado da praça encontra-se o edifício do Ayuntamiento.

Voltámos à AC e seguimos agora para Valência de Alcántara, indo estacionar na ASA junto à Praça de Touros, onde iríamos pernoitar (coordenadas GPS: N 39º 24' 33" W 07º 14' 47").

Depois de jantar fomos dar uma volta e passámos por um placard que marcava 26º C às 22:12 horas. 

Dia 09.09 - Valência de Alcántara / Esperança - 88,6 Km

Deixámos a AC na ASA e fomos a pé visitar a cidade. Começámos pelo Paseo San Francisco, onde havia uma cobertura, tipo toldo, feita em crochê de várias cores.


Subimos a Calle Duquesa de la Victoria, onde também havia a tal cobertura

e fomos dar à Iglesia de la Encarnación, construída no século XV e tendo sofrido remodelação no século XVIII.

No interior podemos observar as várias colunas

e o Retábulo no Altar-mor

presidido pelo Cristo da Boa Morte.

Encostado a um dos pilares está o Púlpito em pedra trabalhada e apoiado sobre uma coluna também de pedra

e por cima da entrada o Coro-alto.


Saímos da igreja e fomos até ao Bairro Gótico, onde se encontra a Iglesia de Nuestra Señora de Rocamador, construída no século XVI.


Ao lado subimos ao Castelo, de meados do século XIII, mas sofrendo obras de manutenção e reconstrução no século XVIII

e subimos às muralhas


de onde se tinha uma vista sobre a cidade.


Saímos do castelo e fomos até à Plaza de la Constitución, onde se situa o Ayuntamiento e onde estava a decorrer uma feira.

Continuámos para a Plaza Gregório Bravo

onde está a Iglesia del Convento de Monjas Clarisas, fundado na segunda metade do século XVI. 


Regressámos à AC e partimos para Albuquerque, onde tinha planeado estacionar junto ao castelo, mas quando lá cheguei verifiquei que na zona tinha havido uma festa, pois estavam a desmontar barracas e carrosséis. Como a rua não estava cortada, ainda entrei nela mas a certa altura não pude continuar pois não tinha espaço. Com muita dificuldade e de marcha atrás, consegui recuar até uma zona onde pude inverter a marcha ao fim de várias manobras e deixámos Albuquerque, pois também já lá tínhamos estado. Contentei-me com algumas fotos do castelo, tiradas do início da localidade.


Seguimos para Portugal e fomos direito a Arronches, onde almoçámos no Restaurante Sabores do Alentejo.


Depois do almoço fomos para o Parque de Campismo Lapa dos Gaivões, em Hortas de Baixo, Esperança, onde passámos a tarde e pernoitámos. É um parque rural, pequeno e privado bastante agradável.


Dia 10.09 - Esperança / Abrantes - 148,8 Km

Saímos do parque e tomámos a direcção de Santo António das Areias. Acontece que voltámos a entrar em Espanha, para mais à frente voltar a entrar em Portugal. Em Santo António das Areias, seguimos para Portagem à procura de um restaurante para almoçar, mas estava tudo fechado. Seguimos então para Castelo de Vide e estacionámos na Rua de Bartolomeu Álvares da Santa

próximo do Largo de Gonçalo Eanes.

Também aqui não foi fácil de encontrar, pois os restaurantes que estavam abertos, junto à Câmara Municipal, estavam cheios e com tempo de espera alto.

Acabámos por almoçar no Restaurante Sol Nascente, na rua detrás e depois do almoço fomos dar uma volta. Começámos pela Praça Dom Pedro V

onde se encontra uma estátua de D. Pedro V

e a Igreja Matriz Santa Maria da Devesa, do século XIX.

Subimos ao Castelo pelas ruas de Santa Maria de Baixo e Santa Maria de Cima.


Este castelo está classificado como Monumento Nacional. Para entrar no castelo tivemos de atravessar várias portas




até chegar à Praça de Armas.

Da muralha podemos obter uma vista sobre a vila e a serra.

Saindo do castelo, passámos pela Judiaria


e regressámos à AC. Partimos depois para a Ribeira da Venda e fomos ver a Praia Fluvial da Ribeira da Venda ou da Comenda. Estacionámos junto à Ponte Romana


e fomos dar uma olhada. É uma zona com muitas mesas


churrasqueiras

casas de banho

um restaurante

e duas piscinas.


Já na AC, fomos para Abrantes, tendo ficado no Parque de Campismo, em Rossio ao Sul do Tejo.


Dia 11.09 - Abrantes / Tomar - 34,8 Km

Saímos do parque e fomos para Tomar, tendo pernoitado na ASA. Depois de nos instalarmos fomos almoçar no Restaurante Nabão, na esplanada junto ao rio.

Depois do almoço demos uma pequena volta e passámos pela Capela do Convento de Santa Iria, mandado construir no século XV, como casa de recolhimento.

A Capela, que está classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1946, é formada pela nave, capela-mor, sacristia e capelas.


Voltámos para a ASA e já não saímos.

Dia 12.09 - Tomar / Praia da Vieira - 87,2  Km

Saímos de Tomar e fomos até Santo Antão, para almoçar no Restaurante Elsa & Filomena, já nosso habitual fornecedor de almoços.

Depois do almoço passámos pela CampersLife Gaspar, em Arroteia, para tratar de assunto relacionado com a autocaravana. De seguida fomos para a Praia da Vieira, onde estacionámos e pernoitámos.

Depois de estacionar fomos fazer uma caminhada pelos passadiços



junto ao mar

e pela marginal.


Passámos depois numa zona onde havia umas barraquinhas


e regressámos à AC.

Dia 13.09 - Praia da Vieira / Foz do Arelho - 69,4 Km

Saímos da Praia da Vieira e fomos directamente para a ASA da Foz do Arelho.

Depois de nos instalarmos fomos almoçar no Restaurante Marisol a 50 metros da ASA.

De tarde ficámos na ASA, apenas tendo feito uma caminhada pelo passadiço.


Nesta caminhada atravessámos uma pequena ponte de madeira, a Ponte dos Namorados.

Dia 14.09 - Foz do Arelho / Brejos de Azeitão - 196,4 Km

Saímos da ASA e fomos para Peniche. Demos uma volta na AC pela marginal


e fomos depois estacionar próximo dos bombeiros.

Fomos de seguida comer uma bela caldeirada no Restaurante Katekero I

e no final fomos visitar o Museu Nacional da Resistência e Liberdade, que funciona no Forte de Peniche.



Como não tenho palavras para descrever tudo aquilo que se viveu no passado, deixo apenas algumas imagens.





Esta era a cela do Álvaro Cunhal.

Além das celas há também documentação histórica



e uma capela.

Por fim passámos pelo Parlatório, que era a zona onde os presos recebiam as visitas


e no final fomos para a AC, que agora já tinha mais companhia.

Já na autocaravana partimos com destino a casa, tendo assim terminado esta nossa viagem.