segunda-feira, 28 de julho de 2008

1996 - Viagem a Salou ( Espanha ) - Sem diário

Com o propósito dos namorados C. e F. terem a possibilidade de se encontrarem e estarem juntos por um mês, este ano passámos as férias em Salou ( Espanha ), no Camping Sanguli, que foi o local onde eles se conheceram. Por esse motivo e porque não houve nenhum acontecimento especial, não fiz diário.

terça-feira, 15 de julho de 2008

1995 - Viagem a Salou (Espanha) com visitas a Tarragona e Barcelona, efectuada de 29.07 a 25.08, num total de 2950.6 quilómetros percorridos.

O mapa apresentado abaixo indica o percurso seguido nesta viagem.Este ano mais uma vez não nos afastámos muito, mas desta vez por motivo de a C. e um dos italianos do ano passado, o F., durante este espaço de tempo terem resolvido iniciar namoro e ser esta uma maneira de se voltarem a encontrar.

1º e 2º Dias - Algueirão/Salou - 1264.5 Km

Saímos do Algueirão ao fim da tarde, com o propósito de fazer a viagem durante a noite a fim de estarmos em Salou logo pela manhã para garantir um lugar no camping. Fomos até Lisboa e depois pela A1 até Vila Franca de Xira onde saímos, atravessando o rio Tejo pela Ponte Marechal Carmona.
Jantámos no cruzamento de Pegões, no Restaurante Regional, findo o qual continuámos a viagem até ao Caia, por onde entrámos em Espanha eram já, ou só, 23.30.
Seguimos até Madrid, cidade que atravessámos às 3.30 da manhã e onde os termómetros marcavam a essa hora 26º C. Tomámos a direcção de Zaragoza e antes de lá chegarmos começou a dar-me o sono e então parei um pouco para apanhar ar e descansar.
Passando Zaragoza, apanhámos alguma chuva e trovoada, mas a trovoada mais forte foi já na auto-estrada para Tarragona.
Chegámos a Salou e ao Camping Sanguli, eram 11.30 e depois da inscrição na recepção, lá fomos montar o material e almoçar. Ficámos na mesma zona dos anos anteriores.
De tarde estivemos a descansar da fatigante viagem.

3º Dia ao 26º Dia - Salou e arredores - 467.2 Km

No 3º dia fomos depois do almoço até Reus e quando voltámos estava à entrada do camping a autocaravana da minha irmã, que estavam na recepção à espera para entrar e os meus pais também estavam com eles. Quando entraram, como não havia lugar junto de nós, ficaram um pouco mais abaixo.

No 4º dia, 1 de Agosto, a C. fez 21 anos e foi almoçar com o F. À noite fomos jantar ao Restaurante La Gaviota e comemos o menú especial, que era Paella. Depois do jantar fomos um bocado até à feira e jogámos nos camelos, mas desta vez não nos saiu nada.
12º dia fomos novamente até à feira e ao jogar nos camelos, saiu-me um boneco a que demos o nome de Anacleto. Foi na 5ª e última jogada e joguei com o número 13.

Na tarde do 15º dia fomos até Tarragona. A cidade de Tarragona, a antiga Tárraco Romana, estende-se sobre uma colina de 70 metros de altura, debruçada sobre o mar, que já os romanos utilizaram no ano 218 a.C..
Depois de estacionarmos o carro na parte velha da cidade, fomos ao turismo pedir o mapa da cidade e começámos o nosso passeio pela visita à Catedral de Santa Maria, que constitui o templo mais representativo da época medieval e é uma construção de estilo de transição do românico ao gótico. A sua construção começou na segunda metade do séc. XII e só terminou em 1331. É um edifício de planta basilical de cruz latina, com três absides semi-circulares. Na fachada, que ficou inacabada, destaca-se a virgem por cima do portal.
Passámos depois pelo antigo Hospital de Santa Tecla, que é um edifício dos séc. XII ao XIV e de estilo românico-gótico.
Passámos também por uma arcadas góticas, que eram do antigo mercado da cidade medieval e pelo muro do Fórum Provincial Romano, antiga sede de administração pública da província romana Tarragonense.
No trajecto para o Museu da Romanidade, atravessámos o Bairro Judeu que era a zona ocupada por esta antiga comunidade na época medieval. O Museu da Romanidade, foi construído no séc. I e é o edifício do seu género, melhor conservado em toda a Europa.
Fomos depois até ao Anfiteatro Romano, o qual só vimos por fora, que é uma construção do séc. II e onde tinham lugar principalmente os espectáculos de gladiadores.
Após estas visitas, fomos buscar o carro e regressámos ao camping.

No 17º dia fomos ao Port Aventura, que é um parque temático em Salou, o qual se encontra dividido em cinco áreas distintas: Mediterrânia, China, Polynesia, México e Far-West. Em todas elas existem diversas atracções e espectáculos, além de restaurantes e bares alusivos à zona e lojas de recordações. Segue-se o mapa do recinto, bem assim como quatro imagens da entrada.
































Na Polynesia destaca-se o Makamanu Show, que é um show com aves exóticas e o Polinesian Show, que é um show com música e danças dos nativos. Seguem-se algumas imagens.
Também na Polynesia havia o Tutuki Splash, que eram uns barcos que depois de andarem um pouco, desciam uma encosta ganhando alguma velocidade e que quando chegavam ao fim, com o impacto na água, faziam com que esta saltasse e desta forma quem ía no barco ficava todo molhado, o que devido ao calor até sabia bem e resultava numa risota geral. Seguem também imagens.














No Far-West, podemos assistir ao musical Can-Can no ponto de encontro dos pistoleiros, o Saloon Can-Can e também circular num comboio que percorria toda a área e parava em diversas estações.















Ficam agora imagens da Mediterrânia, que é um local formado por um enorme lago e onde se podem fazer viagens de barco.





Seguem-se algumas imagens do México, onde entre outras coisas assistimos a alguns espectáculos de música tìpicamente mexicana.



























E agora as imagens da China onde podíamos ver um porto chinês, a famosa muralha da China, um teatro imperial e ainda um curioso carrossel, que era constituído pelas também famosas chávenas de chá chinesas, que era onde as pessoas se sentavam e tinha ao centro um bule. Também nas ruas se efectuam diversas animações e temos ainda a famosa mas temerária Montanha Russa.
Após um dia bem passado, regressámos ao camping ao fim da noite depois de termos assistido a um Festival de Água, Música e Som, que se realizou no lago com raios laser e a um lançamento de fogo de artifício.



















No 18º dia, para comemorar o 23º aniversário do nosso casamento, fomos jantar fora. Depois de jantar estivemos, como já é hábito por ser o 15 de Agosto e ser também feriado nacional em Espanha, a assistir ao fogo de artifício que é lançado junto à praia.

No 23º dia resolvemos ir até Barcelona e saímos cedo do camping. Barcelona é a capital da Catalunha e a segunda maior cidade de Espanha, depois de Madrid. Está assente numa planície que desce num suave declive, desde a Serra de Collserola com o seu monte mais alto, o Tibidabo com 512 metros, até ao mar.
Quando chegámos a Barcelona, estacionámos o carro e deslocámo-nos a pé e de metro para as várias visitas.
Passeámo-nos pela Rambla, que é uma avenida com quase dois quilómetros, entre a Praça da Catalunya e o porto, onde existem tendas de livreiros, floristas, vendedores de pássaros, entre outras coisas. A Rambla é um local único, mas está formada por cinco ramblas diferentes e duas praças e isto faz com que também se lhe chame As Ramblas.
A parte superior é a Rambla de Canaletes, que tem bancos e explanadas e é onde as pessoas se juntam a conversar e comer alguma coisa.
Vem depois a Rambla dos Estudis, chamada assim porque noutros tempos estava aqui a universidade. Também se lhe chama a Rambla dos Pássaros, porque nela existe um pequeno mercado ambulante de pássaros e outros animais, como peixes, tartarugas e cães.
A rambla seguinte é a de San Josef, também chamada das Flores, já que aqui estão as famosas bancas de floristas, que enchem o ambiente com o seu perfume e o seu colorido.
Temos depois a Rambla do Centro e a última á a Rambla de Santa Mónica.
Após termos percorrido as ramblas fomos visitar a Catedral de Santa Eulália, gótica e de muito interesse, com o seu bonito claustro e os seus portais. A sua c0nstrução iniciou-se em 1298, no séc. XIII e só terminou no séc. XV. Foi construída sobre a antiga catedral românica, edificada por sua vez sobre uma igreja da época visigoda. A fachada deste templo, de estilo neo-gótico, entretanto, é muito mais moderna; dos finais do séc. XIX. O interior da Catedral, de três naves, é uma maravilha.
A cripta, situada por baixo do presbitério, começou a ser construída no principio do séc. XIV e foi acabada em 1326. Nela repousam os restos mortais da Santa, cuja transladação ocorreu em 1339.
Dirigimo-nos depois para o Templo da Sagrada Família, também referida como catedral do séc. XX. É considerada por muitos críticos da área como a obra mais conhecida de Antoni Gaudi. O primeiro projecto, do arquitecto Del Villar, data de 1882. Em 1891, Gaudi encarregou-se da continuação da obra e modificou o projecto por inteiro, convertendo-o na mais ambiciosa das suas obras. Dedicou a ele os últimos 40 anos da sua vida. A Catedral, que deveria ter sido financiada principalmente à base de doações dos habitantes da cidade, foi paralizada em 1936 devido à Guerra Civil Espanhola. O Templo foi projectado para ter três grandes fachadas: a fachada da Natividade, quase terminada com Gaudi ainda em vida, a fachada da Paixão iniciada em 1952 e actualmente pretende-se terminar as obras, com a construção da fachada da Glória, a maior das três e cobrir o Templo o que se prevê que aconteça no ano 2025, data em que também começarão as obras de restauração da parte mais antiga da Catedral. Esta obra sobrepôr-se-á a todas as dimensões conhecidas; estima-se que poderá levar no seu coro 1500 cantores, 700 crianças e cinco orgãos.
Gaudi morreu trágicamente três dias depois de ter sido atropelado, em 7 de Junho de 1926, pelo autocarro nº 30 que cruzava a Gran Via com a Calle Bailen. Ficou sepultado nesta sua imensa obra.
Fomos também ao Parque Guell, realizado por Gaudi e que se encontra na Montanha Carmel, de onde se tem uma vista magnífica sobre a cidade e o mar. O proprietário dos terrenos onde se encontra, Eusebi Guell, quiz fazer ali uma cidade-jardim, mas o projecto foi um enorme fracasso comercial, tendo sido vendidos apenas dois dos sessenta lotes previstos, o que resultou no cancelamento do projecto global, tendo-se por isso tornado, anos mais tarde, num parque público sendo a parte que hoje existe, apenas a entrada do complexo.
A sua construção começou em 1910 e acabou em 1914, sendo inaugurado em 1922. É hoje considerado pela Unesco, uma herança Mundial.
É neste parque que se localiza a Casa-Museu Gaudi.
Na parte inferior, o parque está rodeado por um muro ornamentado com cerâmica.
Desde a pracinha ali existente, sobe uma curiosa escada, onde se encontra uma fonte que jorra da boca de um grande sapo.











No início da escada está a surpreendente Sala das Cem Colunas ( que na realidade são 80 ), em cujo tecto existem verdadeiras colagens dos mais diversos objectos, como fragmentos de pratos, bonecas de porcelana, garrafas e copos de vidro, etc..
Por cima desta sala está a Gran Plaza Circular, que apresenta um banco a toda a sua volta, com cerca de 152 metros, coberto de cacos de mosaicos e azulejos coloridos.
Após esta visita, regressámos a Salou e ao camping.
Tirando estes dias em que fomos passear, os restantes passámo-los entre a praia, a piscina , o descanso e à noite os espectáculos no anfiteatro.

27º e 28º Dias - Salou/Algueirão - 1218.9 Km

Saímos do camping às 11.30 e fomos direito a Tarragona, onde virámos pela estrada nacional para Zaragoza. Mais à frente entrámos na auto-estrada para nos despacharmos. A partir de Zaragoza fomos pela NII até Madrid, onde chegámos por volta das 19.30. Aqui chegados enganei-me e meti pela NIV, mas verifiquei logo o engano, pois esta era a autovia de Andaluzia. Então saí na primeira saída e voltei para trás para tomar a NV, que é a autovia da Extremadura e que nos levou até à fronteira do Caia, onde chegámos por volta da meia-noite.
Entrámos em Portugal e notou-se logo uma diferença imensa, para pior, no piso da estrada. Viemos por Elvas direito a Montemor onde entrámos na A6, que entretanto tinha sido aberta durante a nossa ausência e na Marateca entrámos na A2, que nos trouxe até à Ponte 25 de Abril.
Chegámos ao Algueirão eram 2.30 da manhã, portanto já no dia 25, tendo assim chegado ao fim da nossa viagem.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

1994 - Viagem ao Futuroscope (França) e Salou (Espanha), efectuada de 31.07 a 25.08 com passagem por Andorra, num total de 4434.7 Kms percorridos.

No mapa abaixo está reproduzido o percurso realizado. Mais um ano a ficar por perto.

1º Dia - Algueirão/Torquemada - 782.5 Kms

Saímos do Algueirão e fomos por Lisboa, entrando de seguida na A-1. Parámos na área de serviço de Santarém para tomar o pequeno almoço. Quando arrancámos a M.A. viu que tinha a bolsa aberta, mas não deu por falta de nada. Um pouco mais à frente lembrou-se que não tinha a carteira dos documentos e tivemos de voltar para trás. Após já termos andado 32 Kms, saímos da auto-estrada na saída para Fátima e voltámos a entrar no sentido de Lisboa. Uma vez na área de serviço, tivemos sorte pois alguém já tinha entregue a carteira e então depois de a recuperarmos, retomámos a nossa viagem.
Almoçámos ainda em Portugal e passámos a fronteira para Espanha em Vilar Formoso. Seguimos por Salamanca e fomos ficar em Torquemada, no Camping Puente Romano, já nosso conhecido do ano passado.

2º Dia - Torquemada/Poitiers - 850.6 Kms

Saímos de Torquemada e fomos direito a Burgos, onde entrámos na auto-estrada, indo por ela até à fronteira de Irun. Entrámos em França por estrada nacional, mas já em França o trânsito era tão intenso que resolvemos entrar novamente na auto-estrada passados alguns quilómetros, pois caso contrário não andávamos nada e não chegaríamos a Poitiers como queríamos, tendo de dormir pelo caminho.
Chegados a Poitiers fomos ficar no Camping Du Bois de Chaume, onde montámos o atrelado, indo depois jantar ao McDonalds. Hoje a C. fez 20 anos.

3º Dia - Poitiers (Futuroscope) - 33.1 Kms

Hoje fomos passar o dia ao Futuroscope, que é o Parque Europeu de Imagem. Está situado no departamento de Vienne a 10 Km de Poitiers e abriu ao público no dia 31 de Maio de 1987. Logo à entrada temos o Monde des Enfants, que é composto por um lago onde circulam triciclos aquáticos com umas rodas enormes.
Fomos depois ao Cineautomate, que é uma sala de cinema onde assistimos a um filme em que era o público que ía escolhendo o desenrolar da história, através de votação electrónica, podendo optar entre dois caminhos e ganhando o caminho mais votado.
A seguir fomos às Paysages d'Europe, que é um labirinto aquático, o qual é percorrido de barco ao mesmo tempo em que vamos assistindo a diversas imagens da Europa projectadas em espelhos, o que dá um conjunto verdadeiramente espantoso.
Findo este percurso de barco, fomos depois ao Pavillon de la Vienne, mas não entrámos porque tinha ocorrido uma avaria enquanto esperávamos para entrar, a qual não reparariam em tempo útil.
Fomos então ao Tapis Magique, que é uma sala de cinema com a curiosidade de ter dois ecrãs de 700 m2, sendo um defronte de nós como é habitual e o outro no chão por debaixo das cadeiras onde estávamos sentados, o que nos dá a sensação de estarmos envolvidos na imagem.
A seguir fomos aos Cinemas Dynamique 1 e 2, que são simuladores que nos levam, um num comboio através de uma gruta ou mina em alta velocidade e onde vão acontecendo várias peripécias. O outro, num trenó percorrendo o circuito numa pista de gelo, também em alta velocidade.
Fomos depois ao Gyrotour, que é uma roda gigante na horizontal, a qual vai girando à roda e ao mesmo tempo vai subindo, elevando-se a 45 metros de altura e de onde se tem uma vista inolvidável.
Após descermos, fomos para o Kinemax, que é um edifício com umas formas futuristas e que no interior tem um ecrã da altura de um prédio de sete andares, onde também assistimos a um filme.
A seguir fomos ao Pavillon du Futuroscope, onde somos levados numa viagem desde o infinitamente pequeno até ao infinitamente grande, em companhia de Cristóvão Colombo. De salientar que neste pavilhão havia uma guia portuguesa, que ouvindo-nos falar nos perguntou se éramos portugueses e tendo a partir daí a gentileza de nas explicações que ía dando aos visitantes, falar primeiro em português, portanto só para nós e só depois explicava em francês para os restantes.
Depois deste pavilhão, fomos tomar lugar no Theatre et son Lac, onde iria decorrer um inesquecível espectáculo nocturno de jactos de água, música e raios laser. À hora de começar, como não estando ainda suficientemente escuro, esteve lá um animador para ir distraindo o público. O espectáculo é impossível de descrever, só realmente sendo visto e mesmo assim em vídeo não tem a mesma espectacularidade que ao vivo.
Quando acabou o espectáculo ainda fomos ao 360º, que é uma sala de cinema em 360º, como já tínhamos visto em Sevilha na Expo 92. Como a noite já ía alta e porque o parque ía fechar, voltámos para o camping, tendo ainda deixado alguns pavilhões por visitar.

4º Dia - Poitiers/S. Nicolas de la Grave - 411.8 Kms

Saímos de Poitiers e fomos para Angouléme pela N10. Daí seguimos para Périgueux pela D939 e depois para Bergerac e Agen pela N21. Em Agen entrámos na N113 para Toulouse e ficámos logo um pouco mais à frente no Camping Du Plan d'Eau, próximo de S. Nicolas de la Grave. Pelo caminho parámos numa área de descanso, onde tomámos um café oferecido pela Prevenção Rodoviária Francesa, que também nos ofereceu duas caixinhas de cereais e donde ainda trouxe dois pacotes de comida para cão, pois o "Nico" apesar de ter ficado em casa também tinha direito a uma lembrança.
No camping ficámos aborrecidos, porque a senhora da recepção saiu sem nos ter ligado a electricidade e então tivemos de jantar com a gambiarra ligada ao isqueiro do carro. Mas como se isto não bastasse, também acabou o gás quando estávamos a começar a fazer o jantar e como não tínhamos outra garrafa, tivemos de alterar a ementa. No fim disto tudo e antes de ir para a cama, fui ver a portinhola da electricidade e verifiquei que a mesma estava aberta. Liguei o cabo e fiquei logo com luz e a geleira a funcionar. A senhora ficou logo ali perdoada, a culpa tinha sido nossa. E assim tive de beber água ao jantar, podendo ter bebido uma cervejinha fresquinha.

5º Dia - S. Nicolas de la Grave/Andorra - 304.5 Kms

Saímos do camping e fomos pela N20 até Foix e daí até Andorra, tendo em Andorra la Vella ido logo direito ao Camping La Valira, que era o mesmo do ano passado, mas que já se encontrava cheio. Fomos então mais para a frente e ficámos no Camping Riberaygua.

6º Dia - Andorra la Vella - 27.7 Kms

Hoje fomos até ao centro da cidade e andámos por lá a girar. Almoçámos lá e passámos o resto da tarde às voltas e a fazer algumas compras. Regressámos ao camping ao fim da tarde.

7º Dia - Andorra/Salou - 280.2 Kms

Saímos do camping e até à fronteira, que são apenas 7 Kms, demorámos uma hora pois apanhámos muito trânsito. Na fronteira, pela primeira vez desde que visitamos Andorra, fizeram-nos abrir o atrelado para revista após o que seguimos viagem, tendo voltado a apanhar imenso trânsito alguns quilómetros antes de chegar a Tarragona. De Tarragona continuámos até Salou e quando chegámos ao Camping Sanguli ( o mesmo do ano passado ), eram umas 15.30, este já se encontrava cheio. Um dos guardas, perguntando-me por quantos dias era e dizendo eu que era até ao fim do mês, mandou-me ir à recepção e então deixaram-nos entrar para o parque de estacionamento a fim de aí pernoitarmos e entrar na manhã seguinte. Ao ir para lá verificámos que já se encontravam outros nas mesmas condições.

8º ao 26º Dia - Salou e arredores - 287.9 Kms

Na manhã do 8º dia levantámo-nos cedo, pois tínhamos de estar às 8 horas na recepção para entrar. À hora marcada lá fomos e já havia uma bicha de carros para entrar, mas estavam a dar senhas numeradas à medida que íam chegando, tendo entretanto reservado as primeiras para os que tinham pernoitado no parque de estacionamento, como nós. A mim coube o nº 3 mas já havia para cima de 30, de maneira que depois de regularizar a situação na recepção, fui logo dos primeiros a entrar. Entretanto eu já tinha ido dar uma volta pelo camping para ver os lugares e tinha verificado que havia lugares na zona onde tínhamos ficado o ano passado, que era para onde queríamos também ir este ano.
Quando nos foram levar ao local onde ficar, ía um rapaz de bicicleta a ver os lugares vagos e ía distribuindo as pessoas. Eu era o primeiro de um grupo de seis ou sete carros que seguia atrás do rapaz e a dada altura disse-lhe que havia lugares naquela zona e que preferia lá ficar, ao que ele me respondeu que sim. Ficámos então na mesma rua do ano passado, mas num lugar em frente.
Montámos o atrelado e pela primeira vez montámos também o avançado, pois iríamos ficar vários dias. Eu transpirava por tudo o que era sítio, pois estava bastante calor e havia uma parte do avançado que não queria encaixar, de maneira que demorámos imenso tempo até darmos por concluído o nosso trabalho. Logo que acabámos fui tomar um banho e depois fomos descansar, mas o ar estava abafado, fazia um calor danado e não corria vento e isto logo pela manhã. De tarde a C. e o N. foram para a piscina e arranjaram logo uns amigos italianos e à noite foram sair até uma discoteca. O calor continuou por toda a tarde e a noite.
Durante os dias seguintes, ora íamos até à praia, ora íamos até à piscina. De vez em quando também passeávamos pela marginal e íamos à noite até uma feira que havia no centro de Salou, onde jogávamos num jogo que havia com camelos e onde podiam sair brindes. Por vezes e quando o calor apertava mais, ficávamos a descansar à sombra.
No 15º dia durante a noite começou uma forte trovoada e a chover. Quando nos levantámos já não chovia, mas estava o tempo encoberto e sem sol. Resolvemos então que estava bom para passear e fomos de carro dar a volta dos mosteiros. Fomos primeiro direito ao Mosteiro de Santes Creus, que não visitámos porque eram 13.20 e ele fechava às 13.30, de maneira que já não deixavam entrar. Como só voltava a abrir às 15 horas, fomo-nos embora e fomos para Poblet, tendo almoçado pelo caminho.
Em Poblet fomos visitar o Mosteiro de Santa Maria de Poblet. Este mosteiro cistercense, foi fundado em 1151 por monges cistercenses franceses. Foi depois abandonado em 1835 e começou a ser restaurado em 1838. Esta restauração durou até 1940. Este mosteiro foi o primeiro de três mosteiros, conhecidos como o triângulo sistercense, que ajudaram a consolidar a Catalunha no século XII. Os outros dois são: Vallbona de les Monges e Santes Creus. Foi considerado Património Mundial da Unesco em 1991. Foi também Panteão dos reis de Aragão e da Catalunha, desde James I de Aragão.
No regresso viemos por Prades e fizemos 23 Kms por uma estrada muito estreita e toda ela em curvas. Seguimos depois por Réus e durante alguns quilómetros, a estrada embora um pouco melhor, ainda tinha muitas curvas.
Durante o dia ainda choveu de vez em quando.
No 16º dia fomos até à praia e à noite e porque era o 22º aniversário do nosso casamento, fomos jantar ao Restaurante La Gaviota, onde comemos a tradicional Paella. Depois de jantar e porque estávamos no dia 15 de Agosto, que em Espanha também é feriado, assistimos ao fogo de artifício que estava a ser lançado junto ao mar. Quando terminou ainda fomos até à feira, onde jogámos em vários jogos e onde nos saíram algumas coisas. A C. e o N. ainda foram andar nos carrinhos de choque e depois regressámos ao camping, onde entrámos mesmo em cima da meia-noite, já estando a começar a fechar os portões.
Durante esta estada em Salou, íamos para a praia, para a piscina, para a feira e íamos quase todas as noites para o anfiteatro, onde assistimos a vários espectáculos tais como: Flamenco pelo grupo "Suspiros de Triana", Cabaret, Dance Party com o grupo "Recital", Jogos Sanguli ( tipo jogos sem fronteiras ), etc..

27º Dia - Salou/El Escorial - 628.3 Kms

Saímos de Salou e fomos direito a Zaragoza e desta cidade para Madrid., onde virámos pela A6 para o Escorial, tendo ficado no Camping El Escorial onde também já havíamos ficado no ano passado.
O nome de Escorial deve-se a uns antigos depósitos de escória procedentes de uma ferraria da zona, dos quais tomou o nome a aldeia situada nas proximidades do lugar onde se veio a construir o complexo de El Escorial e que na actualidade é o município de El Escorial, distinto do de San Lourenzo d'El Escorial, surgido posteriormente junto ao monumento.
O dia esteve sempre com muito calor.

28º Dia - Escorial e arredores - 40.9 Kms

Nesta zona está mais fresco do que aquilo a que vinhamos habituados dos dias anteriores.
Saímos do camping e fomos visitar o Mosteiro de San Lorenzo d'El Escorial, situado junto ao monte Abantos, na serra de Guadarrama. Este monumental complexo foi mandado construir pelo rei Filipe II, para comemorar a vitória na Batalha de San Quintin em 10 de Agosto de 1557, sobre as tropas de Henrique II, rei de França e para servir de lugar de sepultura dos restos mortais de seus pais, o Imperador Carlos I e Isabel de Portugal, assim como dos seus próprios e dos seus sucessores. A obra iniciou-se em 1563 e terminou em 1584. Em 1984 a Unesco declarou este complexo como Património da Humanidade.
Depois da visita regressámos ao camping para almoçar findo o qual ficámos a descansar um pouco, tendo voltado a sair, desta vez para ir visitar o Valle de los Caídos. O Valle de los Caídos é um monumento funerário, construído entre 1940 e 1956 em memória das vítimas da parte dos vencedores da guerra civil espanhola. Foi concebido pelo ditador Francisco Franco e construído por prisioneiros dos vencidos, em trabalho forçado. Este monumento é formado por uma imensa cruz de pedra e uma basílica escavada no interior da rocha e também ele se situa na serra de Guadarrama, no Valle de Cuelgamuros a poucos quilómetros do Escorial. O lugar dá uma sensação de imensidão, tudo é enorme. Uma vez aí, visitámos a Abadia Beneditina de Santa Cruz, onde repousam os restos mortais do ditador.
No final voltámos para o camping e já não saímos.

29º Dia - El Escorial/Algueirão - 787.2 Kms

Durante a noite fez uma forte ventania que quase não nos deixou dormir.
Saímos do Escorial e viemos por Ávila, Salamanca e entrámos em Portugal por Vilar Formoso. Viemos depois pelo IP5 até apanhar a A1 para Lisboa, tendo em Santarém saído dela e indo direito a Almeirim, onde jantámos no Restaurante David Park, tendo saboreado a tradicional Sopa da Pedra.
Viemos a seguir por Vila Franca de Xira, onde entrámos novamente na A1 até Lisboa. Seguimos depois viagem rumo ao Algueirão, onde chegámos já era meia-noite e tendo assim terminado mais esta viagem.