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terça-feira, 9 de novembro de 2021

Viagem pelo interior - 2ª Parte

 Dia 19 - Monte Colcurinho / Camping Curral do Negro (Gouveia) -  90,1 Km


Antes de sair ainda fomos tirar umas fotos para mais tarde recordar. Fomos até à Capela de Nossa Senhora das Necessidades



e espreitando por uma pequena janela ainda deu para vermos o interior.


Demos a volta à capela



e num dos lados havia uma cruz em pedra


em que na base estava gravado o seguinte: "Apareseu aqui N. Sª das Presses Ano de 1371" .


Da capela temos vistas fantásticas sobre as serras e povoações vizinhas.




Mais abaixo da capela existe uma fonte


e mais abaixo ainda encontra-se uma bicicleta (a chamada pasteleira) para eventuais fotos.


Depois das fotos, descemos todo o monte e seguimos para Loriga no Parque Natural da Serra da Estrela, onde estacionámos na ASA (coordenadas GPS: N 40º 19' 34'' W 07º 41' 30''). Esta ASA é relativamente recente e apenas está concluída a primeira fase, que conta com quatro lugares de estacionamento e os serviços básicos de água e despejos.


Da área tínhamos uma vista sobre a vila



e fomos dar uma volta para conhecer a vila. Passámos por uma velha Ponte Romana sobre a Ribeira das Naves



e percorremos as suas estreitas ruas



onde encontrámos alguns fontanários como este, com a data de 1900 inscrita na pedra


até chegar à sua Igreja Matriz, a Igreja de Santa Maria Maior, reconstruída após o terramoto de 1755 sobre a igreja primitiva de 1233.




Como estava prestes a começar um acto religioso, não deu para grandes pormenores fotográficos mas ainda deu para algumas imagens.




Saímos da igreja e subi ao Coro-Alto por uma escada exterior



de onde também recolhi algumas fotos.



No regresso à AC percorremos mais algumas ruas



e já na autocaravana seguimos para o Santuário de Nossa Senhora do Desterro (coordenadas GPS: N 40º 23' 43,50'' W 07º 41' 41,20''). Este Santuário é composto por um conjunto de 10 capelas, dedicadas a cenas da vida de Cristo e à sua Paixão, construídas ao longo de mais de duzentos anos nas margens do rio Alva. Estacionámos junto a uma das capelas, atravessámos uma pequena ponte


e fomos visitar a Capela de Nossa Senhora do Desterro que se encontrava aberta.


O seu interior é bastante simples, com uma só nave


Altar-Mor

e um Púlpito.

O tecto é forrado a madeira.


Após a visita fomos almoçar no Restaurante Típico A Margarida



onde saboreámos um delicioso cabrito assado.


Depois do almoço seguimos para Gouveia, indo para o Parque de Campismo Curral do Negro a  cerca de 2,5 Km desta cidade (coordenadas GPS: N 40º 29' 25,30'' W 07º 34' 21,70'').



Logo que nos instalámos fomos até ao exterior do parque, onde havia uma zona para piqueniques com mesas e churrasqueiras.



No final da tarde fui tirar umas fotos ao por do sol.


Dia 20 - Camping Curral do Negro / Guarda - 96,2 Km


Antes de sair do parque de campismo fomos fazer uma caminhada no exterior e num ponto mais alto



tínhamos uma vista sobre Gouveia.



Regressámos e saímos do parque indo até ao Mondeguinho, a nascente do rio Mondego (coordenadas GPS: N 40º 24' 53'' W 07º 35' 16'').





Daqui seguimos para o Vale do Rossim, onde estacionámos junto à Barragem (coordenadas GPS: N 40º 24' 04,50'' W 07º 35' 16'')



e fui depois percorrer todo o paredão.




Do Vale do Rossim seguimos e fomos fazer o trilho da Rota das Faias (coordenadas GPS: N 40º 25' 24,80'' W 07º 30' 59''). Este trilho é circular e tem a extensão de 5,4 Km, mas apenas fizemos o percurso até à Capela de S. Lourenço, tendo depois regressado. Deixando a AC, seguimos por um caminho de terra batida com algum declive





até chegarmos à Capela


onde, através de uma fresta consegui ver o interior.


Do sítio onde está a capela temos uma vista panorâmica sobre as serras ao redor.




Terminado este percurso dirigimo-nos para a Área de Serviço da Guarda (coordenadas GPS: N 40º 32' 57'' W 07º 14' 33'') onde pernoitámos.


Depois de estacionar fomos fazer uma caminhada pelo
Parque Urbano do rio Diz, que fica ao lado. Este parque é constituído por um grande espaço com zonas verdes





uma área de animação semi-coberta e cafetarias


e um grande espelho de água.


Dia 21 - Guarda / Unhais da Serra - 89,7 Km


Saímos da Guarda e fomos até aos Viveiros das Trutas na zona de Manteigas (coordenadas GPS: N 40º 22' 58'' W 07º 32' 39,50''). Neste espaço são criadas duas espécies de trutas: a truta fário e a truta arco iris.





Seguimos depois para a Rota do Poço do Inferno. A estrada para lá chegar, a partir de certo sítio é uma estrada municipal estreita, não permitindo a passagem de mais que um carro (coordenadas GPS: N 40º 22' 24,81'' W 07º 31' 03,88''). O início do percurso fica junto ao parque de estacionamento e começa num caminho estreito e algo íngreme, com degraus e algumas pedras soltas.




Ao chegarmos ao alto verificámos que por ali não tinha saída, porque nos tínhamos desviado da rota sem darmos por isso.




Voltámos para trás pelo mesmo caminho e ao chegar à estrada seguimos nela


até um pequeno miradouro


de onde tínhamos uma vista da vegetação



e da panorâmica dos arredores.


Continuámos pela estrada


e chegámos a uma escada feita na rocha




que nos levou até perto da Cascata, que cai de uma altura de cerca de 10 metros, embora nesta altura não estivesse com um grande caudal.



Logo de seguida partimos para o Covão da Ametade (coordenadas GPS: N 40º 19' 40'' W 07º 35' 12,40''). Este é um local, a cerca de 1500 metros de altitude, bastante atractivo devido à vegetação envolvente




e é aqui que o rio Zêzere começa a tomar corpo.




Fomos depois pernoitar na ASA de Unhais da Serra (coordenadas GPS: N 40º 15' 21'' W 07º 37' 24'')

Dia 22 - Unhais da Serra / Fundão - 60,7 Km


Saímos de Unhais da Serra e fomos até à Covilhã, onde à chegada nos deparámos com esta aberração a destoar do resto da paisagem.


Estacionámos na Estrada da Palmatória e fomos dar uma volta a pé pela cidade. Logo ali, havia um muro que ladeava a estrada, coberto de azulejos com os brasões das localidades do concelho.

Fomos depois dar a uma rotunda com uma bonita fonte ao centro.


Virámos para o lado da Universidade da Beira e do lado esquerdo encontra-se a Igreja de Nossa Senhora de Fátima, inaugurada em 1947.


Numa parede um painel de azulejos alusivo à Serra da Estrela.


Passámos junto à Universidade da Beira Interior



e a seguir, do lado direito, está o Elevador da Goldra, que estava encerrado por motivo da pandemia

que liga à parte baixa da cidade.

Mais à frente está outro elevador: o Elevador de Santo André, também este encerrado e junto a ele existe uma grande escadaria.


Em frente deste elevador encontra-se um miradouro de onde se avista toda a parte baixa da cidade.


Continuámos a subir a rua até chegar à Torre Sineira de uma igreja



ao lado da qual havia uma escadaria que subimos


e fomos por essa rua

até à frente da Igreja de São Tiago ou do Sagrado Coração de Jesus.



Esta igreja foi construída em 1875 e 1877 e depois de ter sido destruída por um incêndio em 1942, foi reconstruída e inaugurada em  1952. Descemos uma rua


e deparámo-nos com uma pintura na parede lateral de uma casa.


A partir daqui fomos para a AC e seguimos viagem até ao Miradouro Varanda dos Carqueijais (coordenadas GPS: N 40º 17' 27'' W 07º 31' 38,60'') inaugurado em Outubro de 2020



de onde se tinha uma magnífica vista panorâmica sobre os campos




e a cidade



Voltámos a descer até à Covilhã e seguimos para Tortosendo. Estacionámos no centro, próximo da Igreja Matriz e fomos andar um pouco. Passámos por uma casa toda em pedra com muito bom aspecto

e ao lado havia outra.

Fomos por uma rua até à traseira da Igreja


contornámo-la

e vimo-la de frente.

Esta Igreja Matriz ou Igreja de Nossa Senhora da Oliveira, é datada de 1758 e é bastante espaçosa: tem mais de 30 metros de comprimento e 11 de largura e é bastante alta.
Daqui seguimos para o Fundão e almoçámos à entrada desta cidade no Restaurante Regional O Mário.


Depois do almoço seguimos para o Parque de Campismo onde permanecemos o resto da tarde (coordenadas GPS: N 40º 07' 55'' W 07º 30' 42,70''.

Dia 23 - Fundão / Vila Velha de Ródão - 170,3 Km


Saímos do parque de campismo com algum aguaceiro  na direcção de Castelo Branco com intenção de ir visitar o Parque do Barrocal, mas como o tempo estava meio esquisito seguimos viagem e fomos até Nisa. Aqui já o tempo estava melhor e a chuva tinha desaparecido, dando até lugar a um pouco de sol. Estacionámos num estacionamento da N18, próximo do Centro Histórico (coordenadas GPS: N 39º 31' 05,90'' W 07º 39' 05,90'') e virámos por uma rua



até à Praça do Município, que ao centro tem um Pelourinho do século XVIII no meio da zona ajardinada.


Em frente encontra-se o edifício da Câmara Municipal, também do século XVIII


e ao lado a Igreja da Misericórdia, do século XVI.


A um canto da praça está a Fonte do Frade, construída em 1726 após um periodo prolongado de seca, mas só em 1959 ela foi transferida para esta Praça.


Entrámos depois na Rua de Santa Maria, também conhecida por Ruínha, que recebeu recentemente uma nova pavimentação com pequenas peças de tijolo, que imitam a cor vermelha do barro e de mármore branco, utilizado na decoração das peças tradicionais da vila.




Ao longo desta rua vão-se vendo nas paredes das casas, as tradicionais peças.




Chegados ao fundo da rua, encontrámo-nos em frente da Igreja Nossa Senhora da Graça, a Matriz da vila, que é provávelmente o edifício religioso mais antigo da vila. Foi construído pela Ordem dos Templários, ao lado do castelo e sofreu várias modificações ao longo dos séculos.

Quase ao lado encontra-se a Torre do Relógio, adossada a uma das torres do castelo



e a Porta de Montalvão, do antigo castelo datado do século XIII, que é dos poucos restos que ainda existem.


Subi depois lá acima


de onde se tinha uma vista superior sobre a vila.


Do outro lado está a Porta da Vila, que é Monumento Nacional.


Passando as portas fomos sair à Praça da República


onde havia umas fontes originais.



Ao fundo da praça, no jardim estavam as letras com o nome da vila


um Coreto

e havia também uns bancos muito originais.


Do outro lado da rua ficava a Capela do Calvário.


Depois desta visita e como o tempo tinha melhorado, resolvemos voltar para trás e fomos até Castelo Branco. Dirigimo-nos para o Parque do Barrocal, onde estacionámos (coordenadas GPS: N 39º 48' 58'' W 07º 29' 34,40''). O Parque do Barrocal, aberto ao público desde Novembro de 2020, é uma área de natureza silvestre com aproximadamente 40 hectares e está integrado nos territórios classificados do Geoparque Naturtejo Mundial da UNESCO e da Reserva da Biosfera Transfronteiriça Tejo|Tajo Internacional.
Depois da entrada

passámos pela recepção e iniciámos a visita começando uma subida muito ligeira, através de uma plataforma metálica


que nos levou primeiramente ao Mirante de Castelo Branco



e a seguir passámos pela Pedra da Rondoa em que foi escavado um abrigo pela mão humana há muitos milhares de anos.


Continuámos a caminhar

e fomos dar ao Mirante do Barrocal, que é o ponto mais alto do Barrocal a 425 m de altitude.



De seguida passámos pelo Santuário Rupestre que é um conjunto de grandes rochedos graníticos.


Mais à frente encontra-se o Túnel do Lagarto, que é formado por um ripado de madeira que proporciona um jogo de luz e sombras e torna o local mais refrescante em dias de muito calor.



Continuando, fomos ter ao Mirante do Carvalhal



de onde se avistava uma boa parte de toda a área.


Passámos depois pelo Observatório dos Abelharucos, uma estrutura de madeira de dois andares, de onde se podem observar algumas aves.





A seguir iríamos ter ao Mirante da Raia




de onde se podia ver toda a área envolvente.



A partir daqui existe a seguir uma Ponte Suspensa



que liga ao Mirante de S. Martinho.



Quase a terminar a nossa visita encaminhamo-nos para a saída



passando no caminho pelo Parque Infantil.



Já na autocaravana, rumámos agora até Vila Velha de Ródão, onde iríamos pernoitar na Área de Serviço (coordenadas GPS: N 39º 39' 06'' W 07º 40' 21'').


Depois de estacionar fomos dar uma volta e mesmo ao lado da ASA estão uns WCs públicos


e mais abaixo encontra-se uma fonte.


Descemos até ao Cais


e seguimos depois à beira do rio Tejo


até à Ponte Pedonal, em madeira, com um vão de cerca de 40 metros, que atravessa a foz do ribeiro do Enxarrique



a qual atravessámos

até ao Parque Ambiental do Tejo, um sítio arqueológico muito importante de onde se tem uma vista sobre as Portas de Ródão.


Regressámos de seguida à autocaravana.

Dia 24 - Vila Velha de Ródão / Brejos de Azeitão - 288,5 Km


Saímos de Vila Velha de Ródão e fomos até Amieira do Tejo. Estacionámos nas traseiras do edifício da Junta de Freguesia (coordenadas GPS: N 39º 30' 35'' W 07º 48' 48'')


e descemos a rua ao lado na direcção do castelo.



Passámos pela Igreja Matriz, dedicada a Sâo Tiago Maior



e continuámos pela rua onde já se via uma das torres do castelo.


Chegámos à Praça do Castelo


e verificámos que podíamos ter vindo até ali com a AC, pois tem um grande largo e estacionamento. Nesta praça encontra-se um fontanário.


Fomos primeiro visitar a Capela de S. João Baptista, anexa ao Castelo, que é do século XVI.

Esta capela, de planta rectangular, tem o interior muito simples apenas com o altar e ao fundo uma porta de acesso ao castelo.


De salientar o tecto todo revestido por caixotões


em que sobressai o caixotão central onde uma mulher aparece rodeada por orgãos sexuais masculinos.

Entrámos depois no Castelo, que é do século XIV


e onde viveu D. Nuno Álvares Pereira.



O Castelo foi declarado Monumento Nacional em 1922. É de planta quadrada com quatro torres também quadradas. Subi depois às muralhas


e dei uma volta completa





de onde se tinha uma vista sobre a vila.


Após ter descido da muralha entrei na Torre de Menagem


que é constituída por quatro pisos onde se apresentam vitrines, fotografias e painéis explicativos.





No último piso havia janelas, sendo uma geminada


e outra com arco pontiagudo


por onde se via a praça e parte da vila.


Saímos do castelo e fomos dar a volta ao mesmo.



Regressámos à AC

e seguimos até à Barragem do Fratel.




Após uma breve paragem prosseguimos a viagem e fomos mais à frente fazer o Trilho da Barca d'Amieira. Este trilho é um percurso linear, com um baixo grau de dificuldade, tem cerca de 3,6 Km de extensão e foi inaugurado em Abril deste ano. Estacionámos no parque (coordenadas GPS: N 39º 32' 34,32'' W 07º 48' 28,40'') e iniciámos o percurso subindo ao Miradouro Transparente




de onde se tem uma vista sobre a Barragem


e o rio Tejo e os montes.


Voltámos a descer e seguimos pelo passadiço de madeira


que vai tendo zonas para descanso.


Continuámos

e subimos aos Baloiços.




A partir daqui descemos até à Ponte Suspensa




que atravessámos. Esta ponte sobre a ribeira de Figueiró, permite-nos passar para o resto do percurso.



Ultrapassada a ponte, continuámos pelo passadiço


até uma plataforma com vista para a Foz do Rio Ocreza.



Mais à frente terminam os passadiços de madeira e começa o Muro de Sirga, que servia no passado para permitir a navegação até Vila Velha de Ródão, sendo os barcos puxados por homens desde a margem.




Chegados aqui, com cerca de 1100 metros percorridos, resolvemos voltar para trás e assim fomos novamente até ao local de partida e já na autocaravana seguimos a nossa viagem, tendo ido almoçar já um pouco tarde, ao Restaurante O Manel em Gavião.
Depois do almoço voltámos à estrada e seguimos para casa, tendo chegado a meio da tarde.