Viagem a Turim, realizada de 25.08.2025 a 24.09.2025 num total de 5204 quilómetros percorridos.
O sentido desta viagem foi de cariz familiar, mas aproveitou-se a ida e a vinda para fazer algumas visitas.
A ida:
Dia 25.08 - Brejos de Azeitão / Almeida - 381,2 Km
Saímos de casa depois do almoço e seguimos por estrada nacional até à zona do Entroncamento, onde entrámos na A23 e depois na A25, na direcção de Vilar Formoso. Saímos para Almeida, onde nos instalámos na ASA local (coordenadas GPS: 40.728900, -6.901900).
Dia 26.08 - Almeida / Berlanga de Duero - 505,5 Km
Saímos de Almeida e fomos ao Intermarché de Vilar Formoso, reabastecer de gasóleo (por ser mais barato do que em Espanha). Atravessámos depois a fronteira e seguimos pela A62 até Salamanca e depois por nacional até Bonilla de la Sierra, onde estacionámos à entrada (coordenadas GPS: 40.529527, -5.268439).
e fomos visitar a vila.
Entrámos pela Puerta de Piedrahita, do século XIV, que era uma das quatro portas da muralha que rodeava a vila
e seguimos pela rua em frente
até à Plaza Mayor, uma praça onde todas as ruas convergem.
No meio da praça encontra-se a Iglesia Colegiata San Martín de Tours, do século XV, cujo tamanho impressiona dada a dimensão da vila.
Na mesma praça encontra-se a fonte
e o Ayuntamiento.
Mais ao lado situa-se o Castelo com origem no século XII.
Passámos depois pelo Pozo de Santa Bárbara, construído entre os séculos XII e XIII, para armazenar a água das chuvas e abastecer a população em caso de cerco.
Regressámos à AC e partimos para Ayllón. Estacionámos num parque à entrada (coordenadas GPS: 41.418730, -3.377245) e caminhámos em direcção à ponte romana de pedra, sobre o rio Aguisejo.
Um pouco à frente está uma ponte pedonal.
Entrámos pela única porta de acesso, da época medieval
e depois de passar, ficámos com uma visão da parte de trás.
Do outro lado da porta, encontra-se a Casa-Palácio de los Contreras, construída em 1497.
Continuámos e fomos dar á Plaza Mayor
onde se encontra o Ayuntamiento, no antigo palácio dos Villena construído no século XVI
e a Iglesia de San Miguel, do século XII.
No século XVI foi-lhe acrescentado o varandim para que os membros do conselho eclesiástico pudessem assistir às corridas de touros que se realizavam na praça.
No interior podemos ver uma espaçosa nave
com o coro de madeira a seus pés.
A um canto, encontra-se um túmulo em alabastro, que serviu de sepultura a Doña María Alvarez de Vallejo e seu marido, Dom Pedro Gutiérrez.
Actualmente a igreja está desactivada e abriga o Posto de Turismo. Frente a estes edifícios encontra-se a Fuente de Cuatro Caños, construída em 1892.

Muito próximo passámos pela Iglesia de Santa María la Mayor, do século XVII
da qual se destaca a sua
Torre Sineira de 40 metros de altura, encimada por um
Campanário.
No regresso à AC, passámos ainda pelo antigo
Convento Franciscano da Conceição, do século XVI e hoje transformado em pousada.
Já na AC partimos para
El Burgo de Osma com intenção de aí pernoitar no parque de estacionamento (coordenadas GPS: 41.586881, -3.072913), onde já havíamos pernoitado em 2019 quando visitámos a cidade, mas ao chegar verificámos que proibiram o estacionamenro das ACs. Um pouco à frente existe uma ASA nova, mas que era necessário baixar uma aplicação e fazer inscrição. Como não estive para isso, seguimos para a ASA de
Berlanga de Duero (coordenadas GPS: 41.45903, -2.852577).
Só ao chegar a esta ASA reconhecemos que era onde tínhamos pernoitado em Abril deste ano.
Dia 27.08 - Berlanga de Duero / Huesca - 300,1 Km
Saímos da ASA e fomos para Almazán. Estacionámos num parque (cordenadas GPS: 41.488750, -2.532041) e fomos visitar a cidade. Passámos pela Ermita de Jesús, do século XVIII
e junto à Puerta de la Villa, dos séculos XII-XIII.
Virámos e fomos passar pela Iglesia de San Miguel, construída em meados do século XII e declarada Monumento Nacional em 1931.
Logo ficámos na Plaza Mayor
rodeada por edifícios como o Palácio Hurtado de Mendonza, do século XV, onde se encontra o Posto de Turismo.
Em frente do palácio encontra-se a estátua de Diego Laínez.
Do outro lado da praça fica o edifício do Ayuntamiento.
Passámos também pela Iglesia de Santa María de Calatañazor, do século XVI.
O interior é de uma só nave
e dois Púlpitos ferro forjado, um de cada lado.
Saímos depois pela Puerta de Herreros, dos séculos XII-XIII e fomos para a autocaravana.
Seguimos para Sória e estacionámos numa rua ao lado da Concatedral de San Pedro (coordenadas GPS: 41.766316, -2.458486).
Começámos por visitar a Concatedral que se pensa ter sido construída no século XII tendo ganho o título de concatedral em 1959, sendo anteriormente conhecida como Iglesia Colegiata de San Pedro. O interior é formado por três naves, sendo a central mais larga e alta do que as laterais.
Tem também capelas laterais.
A cobertura das naves é lindíssima.
Passámos de seguida para o Claustro, construído em cantaria e arcos sobre colunas duplas.
Alguns pormenores do Claustro.
Saímos da Concatedral e passámos pelas ruínas da Iglesia de San Nicolás, que se tratava de um templo românico construído nos séculos XII e XIII e declarado Monumento Histórico-Artístico em 1962.
Seguimos até à Plaza Mayor. Logo à entrada da praça, do lado esquerdo, podemos ver o Palacio de la Audiencia, construído em 1769. Hoje abriga o Centro Cultural.
A seguir está o edifício do Ayuntamiento, do século XVII.
Ao centro da praça encontra-se a Fonte dos Leões.
Do lado direito situa-se a Iglesia de Santa María la Mayor, cuja construção original data dos séculos XII e XIII, mas alterada no século XVI.
Junto à entrada da Catedral, está a cadeira de Leonor, onde a minha senhora posou para a posteridade.
No interior da Catedral temos três naves
e ao fundo o Altar-Mor em que o Retábulo tem como motivo central Santa Maria e sobre ela a Coroação da Virgem.
No final da nave esquerda encontra-se a única capela da igreja, dedicada ao Santíssimo Sacramento e que abriga um Cristo do final do século XIII.
Ao lado desta capela temos a subida ao Púlpito.
Na nave direita, destaca-se a Pia Baptismal, abrigada numa abside do século XIII com um Cristo do século XVIII.
Da Plaza Mayor seguimos pela Calle EL Collado
até à Alameda de Cervantes
que é um jardim público do século XVI e um dos mais antigos de Espanha e da Europa, onde existem diversas variedades de àrvores e arbustos.
Também lá se encontra a Ermita de la Soledad, do século XVI.
O interior é de apenas uma nave
com pequenas capelas laterais.
Na cabeceira podemos ver uma Virgen de la Soledad, do século XVI, sustendo o corpo de seu filho morto descendo da cruz.
Numa das capelas laterais podemos admirar o Cristo del Humilladero.
Antes de sair do jardim, ainda passámos por um Coreto.
A seguir fomos almoçar no Restaurante Taberna Capote.
Depois do almoço passámos pelo edifício da Disputacion Provincial
pela Iglesia de San Juan Rabanera, do século XII
e ainda pelo Palacio dos Condes de Gómara, construído no século XVI e hoje usado como Palácio de la Justiça.
Fomos para a AC e partimos para Tarazona. Neste trajecto apanhámos chuva e ao chegar a Tarazona a chuva continuava e não conseguimos estacionar, pois começava hoje o Festival de Tarazona em homenagem a San Atilano, o qual iria decorrer até dia 1 de Setembro. A população andava toda pelas ruas vestidas de branco com uma tira e lenços azuis. Não podendo estacionar seguimos para Huesca, mas com a promessa de um dia voltar, pois a cidade pareceu-nos interessante. Como chovia fomos directamente para o Camping San Jorge (coordenadas GPS: 42.137111, -0.419317).
Ao chegar fui à recepção e enquanto estive lá dentro começou a chover torrencialmente e tive de esperar para poder voltar à AC. Depois de jantar e porque já não chovia, fomos dar uma volta. Saímos do camping e fomos na direcção da Catedral. Passámos pela Plaza Lizana, onde se encontra uma estátua do Padre Saturnino López Novoa, feita em bronze.
e fomos sair à Plaza da Catedral
onde se encontra uma fonte.
Nesta praça, como não podia deixar de ser, também se localiza a Catedral de Santa María.
A sua construção começou no século XIII mas só foi concluída no século XVI. Defonte da Catedral encontra-se o edifício do Ayuntamiento.
Voltámos a descer e no regresso ao camping passámos pelo Parque Miguel Servet.
Dia 28.08 - Huesca / Le Mas d'Azil - 361,8 KmSaímos de Huesca e fomos para Alquézar, uma vila medieval. Estacionámos num dos parques, onde já havia várias autocaravanas (coordenadas GPS: 42.169451, -0.021062) e embora víssemos que era um parque pago, deixámo-la sem qualquer ticket por não termos visto nenhum parquímetro.
Descemos e fomos visitar a vila. Passámos pelo Miradouro Sonrisa del Viento, que nos oferece uma incrível vista panorâmica da vila, com a Serra de Guara ao fundo.
Continuámos a descida, penetrando no Bairro Arrabal e passámos por mais parques de estacionamento
e pela Placeta el Hospital.
Descemos mais um pouco, por ruas empedradas e casas de pedra
e fomos dar a um largo onde havia vários bares e restaurantes.
Logo ali pertinho encontra-se a Iglesia San Miguel, que fomos visitar.
Esta igreja foi construída no início do século XVIII sobre os restos de um templo anterior. O interior é de uma nave
em que se destaca o Retábulo-Mor
e vários altares laterais.
Depois da visita, voltámos a subir a rua e entrámos pelo Portão Gótico.
O mesmo portão visto da parte de dentro.
Continuámos pela Calle Pedro Arnal Cavero
e entrámos na Ermita Nuestra Señora de las Nieves. É uma pequena capela do século XVI, com nave única.
Continuando a nossa caminhada, fomos dar à Plaza Rafael Ayerbe, antiga Plaza Mayor, rodeada por arcadas e arcos, onde se encontram as casas mais antigas de Alquézar.
Desta praça seguimos até à Colegiata de Santa María la Mayor, do século XVI e declarada Monumento Nacional em 1931.
Depois de atravessar o portão, seguiu-se uma rampa
que nos levou à entrada da Colegiata.
O interior levou-nos directamente ao Claustro
onde existem pinturas murais que narram cenas do Novo Testamento.
Do Claustro passou-se à igreja, um edifício de nave única, onde se destaca o Retábulo policromado
as Capelas
o Órgão
Subimos ao piso superior
que serve de miradouro
e de onde se têm vistas sobre a cidade.
Também neste piso temos acesso ao Museu de Arte Sacra, que contém peças desde o século XII até ao século XV.
Ao sair deste piso, podemos ver uma maquinaria que servia para subir e descer uma espécie de elevador.
Saímos da Colegiata e fomos ao Mirador del Vero
de onde temos vistas panorâmicas da paisagem em redor e do rio Vero.
Também podemos ver o trilho e as passarelas do Vero.
No regresso à AC ainda passámos pelo Mirador de los Olivos.
Quando chegámos à autocaravana tivemos uma surpresa; tínhamos no párabrisas um papel a dizer que não nos tínhamos registado e para fazermos o pagamento. Conforme disse no início, não tinha visto nenhum parquímetro, então tive de andar à procura e encontrei um numa rua mais abaixo, onde fiz o pagamento com registo da matrícula. Só não se entende como é que não têm um parquímetro em cada parque de estacionamento e como eu, andavam também outras pessoas à procura. Já com o pagamento efectuado partimos para as Grotte du Mas d'Azil já em França, mas como já era tarde, resolvemos ir para um parque de campismo nas proximidades da gruta, uma vez que na zona não havia nenhuma ASA e amanhã faríamos a visita da gruta. Ficámos no Camping Le Petit Pyréneen, em Le Mas d'Azil, muito perto da gruta (coordenadas GPS: 43.078850, 1.378032).
Dia 29.08 - Le Mas d'Azil / Fontvieille - 372,1 KmSaímos do camping e fomos visitar a gruta. A Grotte du Mas d'Azil é atravessada por uma estrada e pelo rio Arize. É uma das poucas grutas do mundo que pode ser atravessada de carro. Entrámos com a AC pela parte norte
e fomos estacionar do outro lado (coordenadas GPS: 43.066778, 1.355130).
Iniciámos o percurso de 420 metros, que é o comprimento da gruta, por um caminho ao lado do rio e da estrada
tendo a dada altura passado para a berma da estrada.
A meio da gruta foi criado em 2013 um Centro de Interpretação com acesso à gruta própriamente dita, que segue por dentro da rocha.
À saída da gruta o rio forma uma pequena queda.
Chegados ao final regressámos à AC pelo mesmo caminho.
Seguimos depois para Carcassonne e parámos para almoçar no estacionamento do Leclerc. Enquanto almoçámos começou a chover e como já conhecíamos Carcassonne, depois do almoço seguimos para Béziers. À chegada a esta cidade, havia muito trânsito e como não consegui estacionar próximo da zona a visitar, acabámos por seguir viagem para Fontvieille, onde nos instalámos na ASA (coordenadas GPS: 43.331034, 3.227408).
Dia 30.08 - Fontvieille / Turim - 423,7 KmSaímos de Fontvieille e fomos até Sisteron, onde estacionámos na Place de la Repúblique (coordenadas GPS: 44.194844, 5.942401) para irmos visitar a cidade, mas ao verificar que íamos chegar a Turim demasiado tarde, resolvemos seguir viagem sem visitar e fazê-lo no regresso. Subimos a Montgenèvre e passámos a fronteira para Itália, tendo mais à frente entrado na autoestrada. Chegámos a casa da nossa filha ao final da tarde.
Dias 31.08 a 15.09 - Turim - 0 Km
Como Turim era o sentido da nossa viagem, não há visitas efectuadas além da visita familiar e também por já conhecermos muito bem a cidade. Limitámo-nos a algumas idas ao Parco Ruffini, que ficava perto, para caminhadas.
Do dia 2 ao dia 5 fomos a Milão, para resolver assuntos. Apanhámos o comboio na Porta Susa
e saímos na estação de Milano Centrale, que é a segunda maior de Itália em tamanho e movimento.
Seguidamente apanhámos o metro e saímos na estação
Crocetta
onde tínhamos alugado um alojamento local para estes três dias.
No dia 3 fomos de manhã visitar a Catedral, pois nas anteriores viagens a Milão apenas a tínhamos visto por fora.
Apesar de termos adquirido as entradas pela net, tivemos de aguardar na fila para entrar.
Enquanto esperámos fui admirando os diversos detalhes que adornam a fachada, como santos, anjos e figuras bíblicas esculpidos em pedra
Ao chegar à porta reparei no trabalho esculpido na madeira da mesma.
A Catedral de Milão levou mais de 600 anos para ser ser concluída. A construção começou em 1386 e só terminou em 1965. Ao passar a porta, deparamo-nos com um espaço amplo e imponente.
Impressiona sobretudo os seus altos e largos pilares
e os vitrais deslumbrantes.
Até os pilares são decorados com estátuas de pedra
Ao longo das naves existem diversas capelas
o Túmulo de Marco Carelli
Ao cimo da nave central situa-se o Presbitério com dois Púlpitos (um de cada lado)
e o Orgão do lado esquerdo
a banheira do Baptistério.
Saímos da Catedral, atravessámos a Piazza del Duomo
e entrámos na Galeria Vittorio Emanuele
onde fomos comer uma pizza no Restaurante La Locanda del Gatto Rosso.
Depois do almoço saímos da Galeria e fomos à Piazza della Scala, onde ao centro se encontra o monumento a Leonardo da Vinci.
A um dos lados fica a Comune de Milano
e do outro o edifício do Teatro alla Scala, do século XVIII.
Passámos de seguida pelo Palazzo dei Giureconsulti, um edifício do século XVI
e logo a seguir pela Piazza dei Mercanti, que tem ao centro um poço so século XVI.
Os restantes dias foram passados entre a casa e os assuntos a resolver. No dia 5 regressámos a Turim pelos mesmos meios de transporte.
No dia 8 voltámos a
Milão. Fomos a pé até à
Porta Susa, onde apanhámos o comboio e em
Milão o metro e autocarro. Depois do que tínhamos a fazer, regressámos a
Turim.
No dia 12 fomos novamente a Milão, mas desta vez de carro.