22º Dia - Aosta/Torre Daniele - 258 Km
Saímos da àrea de ACs às 09.25 e fomos sempre pela SS26 até Turim, onde entrámos na tangencial até sair para Grugliasco, tendo chegado a casa da C. cerca do meio-dia.
Ao chegar já notámos alguma diferença na C. (neta), pois está a aproveitar muito bem as mamadas que faz. Almoçámos todos juntos e depois do almoço ficámos

em casa, só tendo saído pelas 18 horas para dar um passeio com a bebé. Fomos até ao
Parco Ruffini e passámos pela zona onde decorre a construção da futura casa da C..
Pelas 19.15 separámo-nos e seguimos na direcção de Rivoli, para irmos ficar no camping em Caselette, uma vez que já era tarde para irmos para mais longe, mas após várias tentativas infrutíferas e de termos perguntado, acabámos por entrar na tangencial e seguir pela auto-estrada para Torre Daniele, para o Camping Mombarone, onde já tínhamos estado na 2ª feira passada e por isso já sabermos onde era e não termos de perder tempo à procura dele. Chegámos às 21.15.
23º Dia - Torre Daniele/Alagna Valsesia - 173.1 KmSaímos do camping às 09.45 e fomos pela SS26 até
Ivrea, onde virámos pela SS338 até
Biella. Em
Biella seguimos pela SS144 até ao
Santuário de Oropa, onde estacionámos.

Este é um Santuário mariano que está situado a 1200 metros de altitude, num maravilhoso vale das montanhas. Passou por diversas transformações até chegar às dimensões que apresenta hoje, passando de um lugar de passagem a um lugar de peregrinação religioso. Apresenta-se em três níveis com terraços, desde a entrada no fundo até à Basílica Nova no cimo. Ao chegar, deparamo-nos com um grande hall com edifícios laterais, onde funcionam restaurantes e outros serviços. Ao fundo deste hall, temos uma grande escadaria em granito,

que dá acesso a uma monumental arcada, apoiada sobre colunas

e que serve de passagem para um segundo patamar onde ao centro se encontra o belo
Chafariz de Burnell, de forma octogonal, com várias bicas e umas conchas (tipo concha de sopa) penduradas, por onde as pessoas bebem a água que vai caindo.
Logo a seguir encontra-se a velha Basílica, onde se venera a Madona Negra. No interior encontra-se o sacrário que preserva a estátua da Madona Negra.


Passando a Basílica, vamos dar a outra grande escadaria que nos conduz à Basílica Superior, cuja construção se iniciou em 1885, tendo os estudos para a sua edificação demorado mais de um século, executados por numerosos arquitectos franceses.
Foi consagrada em 1960. O seu interior é composto por duas zonas: uma octogonal com uma cúpula de mais de 80 metros suportada por colunas e tendo ao seu redor seis capelas laterais; e uma redonda, onde está o altar, com uma cúpula pequena. Esta Basílica pode levar 3000 fiéis. Toda a zona central defronte da Basílica, estava vedada e encontrava-se em obras de embelezamento.
Depois de visitar a Basílica, voltámos a descer e fomos almoçar num daqueles restaurantes que havia e comemos a típica "Polenta Concha" e um prato à base de carne, que era comida regional piemontense.
Depois do almoço demos mais uma volta e regressámos à AC, tomando o caminho novamente para Biella e daqui fomos pela SS142 até Romagnano, virando nesta localidade pela SS299 na direcção de Varallo e continuando depois até Alagna, onde ficámos no Camping Alagna.


Chegámos às 17.30 e na recepção do camping, a senhora ao ver que éramos portugueses, disse que éramos os primeiros portugueses a vir a este camping e perguntou-me se tinha euros portugueses, trocando então alguns poucos que a M.A. ainda tinha.
Depois de nos instalarmos, fomos dar um passeio a pé, indo até à zona onde se apanha o teleférico para os montes em redor. 


Voltámos para o camping e por lá nos mantivemos.
24º Dia - Alagna Valsesia/Castelletto sopra Ticino - 96.6 Km
Saímos do camping às 09.15 e fomos a pé até ao teleférico, para irmos à montanha. Comprámos os bilhetes para Punta Indren, que fica no Monte Rosa e que era a subida mais alta, pois fica a 3260 metros de altitude. Juntamente com os bilhetes, adquirimos também a senha para almoçar no restaurante lá em cima. Apanhámos o teleférico às 09.45 e esta subida foi feita em três etapas, sendo a primeira em cabines pequenas de seis lugares e que demorou 13 minutos. A seguir andámos um pouco a pé e fomos para a segunda etapa, que foi feita em cadeirinhas de dois lugares e demorou 15 minutos. É claro que a M.A. não gostou nada assim que as viu, mas lá se encheu de coragem e subimos. No fim da 2ª etapa e antes de irmos para a 3ª, andámos um pouco pela montanha para descomprimir e estivemos sentados ao sol a descansar. A terceira etapa foi em cabines de 30 lugares e demorou cerca de 10 minutos.

Uma vez lá em cima, tirámos algumas fotografias e fiz as minhas filmagens e ao meio-dia fomos para o restaurante.

Depois do almoço viemos para baixo pelos mesmos meios e fomos ao camping buscar a AC, tendo saído deste às 14.45. Fizemos a mesma estrada que tínhamos feito ontem, até Romagnano, onde virámos para Arona e daqui para Castelletto sopra Ticino, tendo ficado no Camping La Quercia, à beira do Lago Maggiore, no sul do mesmo e onde chegámos às 17.15.
25º Dia - Castelletto sopra Ticino/Isella di Civate - 191.4 Km
Saímos do camping às 09.15 e fomos direito a Varese, onde subimos até ao Santuário do Sacro Monte de Varese, que fica no Parco del Campo dei Fiori.
Sacro Monte, numa tradução livre, é um complexo de devoção localizado no alto de uma montanha, formado por várias capelas onde estão representadas com pinturas e esculturas, cenas da vida de Cristo, de Maria e dos Santos. Foram construídos no séc. XV.
O Sacro Monte de Varese tem 2 Km de extensão e 14 capelas, que foram divididas em grupos de 5 separadas por arcos, sendo que a 15ª não é exactamente uma capela, mas um santuário no final do percurso.
Estacionámos no alto e aí almoçámos, com uma linda vista. Depois do almoço descemos a pé até à primeira capela, que é dedicada à Anunciação e começámos a subir, passando por todas as outras até chegar à Basílica.
10 comentários:
O relato das viagens é muito apelativo.
Poderia vir a ser muito útil aos autocaravanistas o acesso a um documento sintese que permitisse seguir o percurso e onde constassem por ordem cronológica os locais visitados, os de estacionamento e pernoita, os monumentos em cada local e todas as coordenadas GPS possíveis, além de outras observações consideradas de relevo.
Parabéns por esta "Biblia", tão bem documentada.
Ainda hoje, e agora que está terminada, vou "roubá-la" e imprimir, junatndo-a a outras documentações que tão uteis poderão ser num futuro.
Obrigado pela partilha dessa viagem.
Manuel Vitorino
Papa Léguas,
Obrigado pelo comentário e sugestão, que agradeço. Acontece, conforme já disse anteriormente, que estes relatos têm estado a ser transcritos a partir de um diário de viagens que faço, para minhas futuras memórias e que resolvi partilhar. Até 2009 vai ter de ser assim, pois não disponho de mais elementos do que aqueles que são relatados. A partir de 2010 poderei ter em atenção mais alguns pormenores que possam interessar a todos.
Um abraço
Manuel,
Obrigado po comentário. Pode "roubar" à vontade que eu não digo nada a ninguém. Fica só entre nós.
Um abraço
Meu amigo Morgado!
Pela maneira como você relata as suas viagens, detalhes, referencias e informações, vamos precisar do seu livro de viagens para enfrentarmos o nosso Projeto-2010.
Parabéns meu amigo, e pela alegria e satisfação de termos os seus comentários em nossos Blog’s meu muito obrigado.
Ora viva
Mais uma vez se confirma o bem que fez em divulgar os seus apontamentos de viagens antigas...
Dá para nos matar saudades, avivar memorias, ou para preparar novas viagens.
Partilhar informação é sempre gratificante para quem dá e para quem recebe. E com quantos mais pormenores melhor, ( o detalhe muitas vezes faz a diferença) e cada um sempre ao seu estilo próprio!
Bem Haja!
esta tudo belisssimo.....
Decarvalho
Grande viagem! Ficamos mesmo com apetite de visitar a maioria dos locais por onde passaram. Até agora só estivémos no lago de Como umas horas e é lindíssimo. Parabéns pela descrição pormenorizada dos lugares.
Elmireno, De Carvalho, Paulo e Graça
Obrigado pelos vossos comentários.
Um araço a todos
Como sempre acontece, ao ler os teus relatos, dá vontade de partir. E já nos questionamos de qual será a proxima aventura...
Abraços
foi demais, fiquei encantada, parece-me que estou nestes lugares tão lindos. Tenho mesmo é que agradecer por você se lembrar de nós, simples mortais que não temos condições de ir também.Que sejas muito abençoado por nos proporcionar momentos tão agradáveis. Quando viajar outra vez, não se esqueça de nós.IEDA
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