Saímos do camping às 08.30 e voltámos para trás, para ir meter gasóleo nas bombas do supermercado L'Clerc, que tínhamos visto ontem ao passar. Demos ainda uma volta com a AC, tendo ido até à Gare
Em Lausanne, quando estávamos parados num semáforo, parou ao nosso lado um emigrante português que nos falou. Levava ao seu lado um cãozito pequeno que parecia uma grande fera, pois não parava de ladrar.
Continuámos a partir daqui sempre ao lado do Lago Léman ou Lago de Genève, que é o segundo maior lago da Europa Ocidental, pela N9 até Montreux e nesta estrada verificámos que estávamos a atravessar uma zona vinícola, pois por toda aquela encosta que descia até ao lago, só se via vinha e o mais curioso é que estavam todas cobertas por uma rede que pensámos ser por causa dos pássaros.
De salientar que a fronteira com a França corta este lago ao meio no sentido do comprimento.
Sem parar nesta cidade, pois também não tínhamos francos suíços para os parquímetros,
continuámos pela mesma estrada até Bex, onde vimos uma indicação de umas minas de sal e virámos para lá, pensando que poderíamos pagar com o cartão de crédito.
Como já eram horas de almoço, parámos num parque e aí almoçámos. Depois do almoço fomos até às minas, mas como não vimos ninguém e nos pareceram não ser nada de especial, pois até pareciam estar abandonadas, voltámos para trás e continuámos pela N9 até Saint-Maurice, onde desta vez vimos a indicação de umas grutas que eram anunciadas como as mais espectaculares da Suíça.
Dirigimo-nos para lá e parámos num parque ali próximo. Para chegar à entrada da gruta, fomos cerca de 15 minutos sempre a subir, por um caminho íngreme e com um piso péssimo.
Logo no início da subida passámos pelo Castelo dos Governadores.
Verificámos nessa altura que eram as Grottes aux Fées e que foram as primeiras grutas da Suíça abertas ao público, em 1863. A temperatura no interior era de 10ºC e pudemos adquirir os bilhetes de entrada, pagando em euros.
A gruta não era nada de especial, limitando-se a ser um túnel na rocha, com 504 metros de comprimento e um desnível de 17 metros, que terminava num pequeno lago alimentado por uma cascata, que caía de uma altura de 77 metros.
Para sair, tivemos de voltar pelo mesmo caminho por onde tínhamos entrado. Enquanto estivemos dentro da gruta não entrou mais ninguém, pois teriam forçosamente de passar por nós e isso não aconteceu. Se estas eram as grutas mais espectaculares, como estavam anunciadas, imagino as outras.
Depois de sair, descemos o mesmo caminho e já na AC, continuámos pela N9 até Martigny e daqui para Sion e Brig,
virando nesta cidade, mas continuando na mesma estrada, para Simplonpass e Gondo, onde passámos a fronteira para Itália.Seguimos então pela SS33 e a primeira localidade italiana logo a seguir à fronteira, foi Iselle. Continuámos até Baveno, nas margens do Lago Maggiore, onde ficámos no Camping Orchidea, tendo chegado às 19.30.
Este camping fica à beira do lago, na parte norte e tem uma praia privativa, com areia.
9º Dia - Baveno/Turim - 186 Km
Ontem depois do jantar começou a chover e a fazer alguma trovoada, mas acabou por passar.
Saímos do camping às 9 horas e seguimos sempre encostados ao lago, pela SS33 até Arona, que fica quase no sul do lago, onde fomos visitar o Sacro Monte de Arona.Nele se encontra a Igreja de S. Carlo e mais acima a Estátua de S. Carlo, que se ergue ao cimo de uma rampa e que tem a altura total de 35 metros, sendo 23,5 metros a altura da estátua e 11,5 metros o suporte.O projecto inicial do Sacro Monte previa a construção de 15 capelas, serpenteando desde o lago até à praça actual e narrando visualmente através de estátuas e de frescos, os acontecimentos mais importantes da vida do santo (S. Carlo Borromeo). Por causa das guerras e dificuldades económicas, este projecto nunca foi elaborado, ficando-se pela estátua que foi erguida em 1624 e pela igreja.
Subimos até ao terraço que fica no cimo do suporte e aos pés da estátua, através de uma escada em caracol. De lá tinha-se uma vista espectacular sobre o Lago Maggiore. No interior da estátua também se podia subir até aos ombros, mas ficámo-nos pelo terraço.
Após esta visita, continuámos pela SS142 para Biella e depois pela SS143 até Cavagliá, onde entrámos na SS593 que no fundo é a continuação da SS143 e a seguir, em Cigliano, na SS11 para Chivasso, tendo mais à frente desta cidade entrado na auto-estrada A4 para Turim e depois na tangencial até Grugliasco, onde chegámos a casa da C. às 15.30.
A C. (nossa neta) já está muito crescida e já gatinha e quer andar, mas ainda só agarrada. Também já tem seis dentes, dois em baixo e quatro em cima. Ela estranhou um pouco quando nos viu, mas passado um bocado já não era nada com ela e só queria brincar.
10º ao 17º Dia - Turim (Grugliasco) - 26.4 Km
Estivemos estes dias em Turim, mais própriamente em Grugliasco, em casa da C.
Saíamos de casa por volta do meio-dia e íamos como de costume ter ao emprego dela, na Piazza Solferino, para ir os três almoçar.Depois do almoço dávamos uma volta, tendo num dos dias ido até ao Parco Cavalieri di Vittorio Veneto, que é junto ao Estádio Olímpico onde teve lugar a abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno deste ano. Num dos extremos do parque existe uma área de ACs e logo a seguir está uma zona militar, com campos de jogos, onde os militares vão fazer exercícios.
A meio do parque, em frente do estádio há um canal de água com cerca de 150 metros.Há também uma zona para as crianças, com parque infantil e um carrossel.
Às 17.30 estávamos novamente junto do emprego da C. e quando ela saía íamos buscar a C. (neta) ao asilo (infantário), que ficava perto e seguíamos para casa.
Algumas vezes fomos até ao Parco Ruffini com a C. (neta), a C. e o F. e também andámos na zona onde estão a construir a futura casa deles, que fica próxima do parque, tendo verificado que já está bastante adiantada.
No parque a C. andava nos baloiços e nos escorregas e gostava muito, sendo que nos escorregas se lançava por ali abaixo, sem medo nenhum.
Também fomos um dia até ao Parco Pellerina ou Mario Carrara, que fica ao fundo do Corso Regina Margherita e que é muito grande, sendo um dos maiores parques da cidade, com cerca de 837000 m2 e um total de cerca de 10000 àrvores.
No 15º dia também choveu, mas já com menos intensidade e no 16º dia , embora também chovesse por alguns periodos, já esteve um pouco melhor.
No 17º dia continuou uma chuva miudinha, que vinha de vez em quando.
18º Dia - Turim/Fraga - 998.6 Km
Saímos de casa e de Turim às 07.45 e fomos pela auto-estrada A32 até Oulx, onde saímos para a SS24, indo nela até Claviere onde passámos a fronteira para França às 09.15 e entrámos a partir daqui na N94.Parámos logo à entrada de Montgenèvre, numa àrea de ACs que ainda estava a ser construída, onde tomámos o pequeno almoço.Após este, continuámos a viagem na direcção de Briançon e daqui para Gap, continuando depois na direcção de Orange e tendo parado para almoçar um pouco antes da fonte.
Depois do almoço prosseguimos, tendo parado na fonte, como é costume, para nos saciarmos.
Continuámos até Orange, onde entrámos na auto-estrada A9, por onde seguimos até Le Perthus, que é a fronteira com Espanha.
Entrámos em Espanha e seguimos pel AP7 até Barcelona, onde entrámos na A2, tendo saído dela para Fraga, onde ficámos no Camping Fraga, ao qual chegámos às 22 horas.
Depois de nos instalarmos, fomos jantar ao Restaurante do mesmo.
19º Dia - Fraga/Algueirão - 1116.4 Km
Saímos do camping às 9 horas e voltámos a entrar na A2 na direcção de Zaragoza, tendo depois continuado na mesma autovia até Madrid. Parámos para almoçar num restaurante à beira da estrada, ainda antes de chegar a Madrid.
Depois do almoço continuámos e passámos Madrid, entrando depois na A5 com destino a Badajoz e a Portugal.
Entrámos em Portugal às 20 horas (19 horas portuguesas) e saímos logo no Caia para ir ao supermercado Modelo, comprar qualquer coisa para comer. Voltámos para trás e entrámos na auto-estrada A6, tendo parado para jantar na àrea de serviço de Estremoz.
Depois de jantar continuámos pela auto-estrada até à Ponte 25 de Abrile desta, pelo IC19 até ao Algueirão, onde chegámos pelas 22.30, tendo chegado ao fim desta viagem.
ESTATÍSTICA
__ Total de quilómetros: 5359.8
__ Total de gasóleo: 535.6 litros
__ Consumo médio aos 100 Km: 9.992 litros
__ Despesa com gasóleo: 547.08 €
__ Despesa com portagens: 85.55 €
__ Total de noites em campings: 9
__ Despesa com campings: 114.35 €
__ Despesa média com campings:
____________ Espanha: 13.25 €
____________ França: 11.26 €
____________ Itália: 20.30 €
Obs.: 2 Pessoas e autocaravana
5 comentários:
Para além de serem sempre viagens espectaculares ficam sempre muito em conta. Vale bem a pena a autocaravana :)
Abraços
Parabens caro João pela maneira de relatar suas viagens, fotos sempre muito lindas.
Um dia ainda vamos conhecer estes lugares maravilhosos.
Um forte abraço a todos.
Olá Morgado!
Lindos vinhedos, e como sempre aquela descrição super esmerada,
parabéns amigo. A cada apresentação tua incluímos mais algumas informações em nosso projeto.
Um grande abraço.
Que grande baú de recordações!
Volto a ler sempre com prazer estes relatos tão bem documentados e que com as indicaçoes de preçso , dicas e itinerarios são preciosos auxiliares para quem gosta mesmo de viajar triplamente:
- quando prepara a viagem
- enquando viaja
- quando conta e partilha a viagem
o abraço habitual!
Muito interessante teu relato de viagem, com fotos! Estamos pensando em fazer um passeio destes, indo da França, passando pela Suíça e indo para a Itália... Tens alguma sugestão especial a dar?... Agradeço! Abraços azuis.
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