domingo, 25 de maio de 2014

Viagem ao centro de Portugal

Ao fim de algum tempo de ausência, tendo pelo meio a mudança de residência, a AC está a sair lentamente da hibernação.
Desta vez foi uma pequena viagem de 4 dias, realizada de 15 a 18 de Maio ao centro de Portugal, com um total de 707.1 Km.
 

Dia 15 - Saída de manhã cedo de Brejos de Azeitão e seguindo por estradas nacionais, fomos direitos a Lorvão, uma pequena vila do concelho de Penacova, distrito de Coimbra.
Aí chegados, dirigimo-nos para o Mosteiro de Santa Maria de Lorvão, o qual visitámos. (Coordenadas GPS: N 40º 15' 32'' W 08º 18' 52'').
O Mosteiro do Lorvão foi um importante mosteiro e centro de produção de manuscritos iluminados no século XII, servindo depois como mosteiro feminino. Depois da extinção das Ordens Religiosas em Portugal no século XIX, viu novo uso já no século XX como hospital psiquiátrico, o Hospital Psiquiátrico do Lorvão, encerrado em 2012. (Ver mais informação aqui) http://pt.wikipedia.org/wiki/Mosteiro_de_Lorv%C3%A3o



 
 
 
 
 
 
 
Seguimos depois para Gavinhos, onde o seu conjunto de 14 moínhos de vento estão parcialmente ao abandono, pois apenas um funciona hoje em dia pela mão do único moleiro da aldeia.(Coordenadas GPS: N 40º 17' 27'' W 08º 19' 06'').
 
 
Daqui fomos para Casal de Santo Amaro onde se localiza o maior e mais bem conservado conjunto de  Fornos de Cal do concelho, tendo um deles sido restaurado em 1997. Devo dizer que esperava outra coisa, pelo que fiquei um pouco desiludido. (Coordenadas GPS: N 40º 17' 06'' W 08º 18' 17'').
 
 
 

Seguimos para Portela de Oliveira, onde se encontra um conjunto de moinhos, estando alguns recuperados.  (Coordenadas GPS: N 40º 18' 13'' W 08º 18' 21''). Existe aqui no concelho de Penacova um dos maiores núcleos molinológicos do país. Estes moinhos de vento são compostos por uma estrutura cilíndrica construída em alvenaria de pedra com uma cobertura cónica de madeira e um número variável de velas de pano. De salientar que além das velas se moverem com o vento, também a própria cobertura se move. Ultimamente alguns destes moinhos têm vindo a ser recuperados para habitações particulares ou como atrações turísticas. Como os moinhos se encontram no cimo de montes, temos daqui vistas paradisíacas.
 
 
 
 
 
 
 

Neste local visitámos o Museu do moinho Vitorino Nemésio, que se encontra instalado na casa de férias do Engº Arantes de Oliveira, Ministro das Obras Públicas do anterior regime e adquirido pela autarquia na década de 80 do século XX. O Museu divide-se em dois andares e é composto por seis salas onde se encontra exposto um rico espólio ligado à farinação.
 
 
 
 
 
 

Fomos ainda ver os moinhos da serra da Atalhada, onde quatro foram recuperados e adaptados para o turismo rural (Moinho do Penedo, Moinho do Sonho, Moinho dos Cereais e Moinho do Moleiro). (Coordenadas GPS: N 40º 15' 26'' W 08º 13' 37'').
 
 
 

Após estas visitas fomos para o Parque de Campismo de Penacova, o qual fica na margem do rio Mondego. (Coordenadas GPS: N 40º 16' 00'' W 08º 16' 42'').
 
 

Uma vez instalados, descemos até à praia fluvial.
 
 

A Nina não podia passar sem ir ver se a água estava boa e molhar as patinhas.
 

Da praia tem-se uma vista sobre Penacova e os arredores.
 

Dia 16 - Depois de uma noite bem dormida saímos do parque a meio da manhã e fomos dar uma volta de AC por Penacova. E porque tinha um almoço com os ex-colegas da Xerox, no Restaurante Rui dos Leitões em Fornos, perto de Coimbra, entrámos no IP3 e dirigimo-nos para lá. Fui o primeiro a chegar pois queria chegar cedo, para deixar a AC perto porque a Nina iria lá ficar dentro. (Coordenadas GPS: N 40º 16' 02'' W 08º 16' 34'').
 

O almoço prolongou-se pela tarde dentro e quando terminou apanhámos novamente o IP3 e fomos para a Área de Serviço do Barril de Alva, onde pernoitámos. Ainda não conhecíamos esta área que fica na freguesia de Coja, concelho de Arganil, em plena serra do Açor e paredes meias com o rio Alva. Já se lá encontrava outra AC portuguesa e uma holandesa. É uma área muito sossegada, com um bar-restaurante junto e dispõe de WC e parque de merendas. (Coordenadas GPS: N 40º 17' 10'' W 07º 57' 42'').
 
 
 

Uma vista da ponte sobre o rio Alva e o próprio rio.
 

Bem perto da área de serviço temos a praia fluvial do Urtigal e fizemos uma caminhada até lá.
 

Dia 17 - Passámos aqui uma noite calma e tranquila. Como hoje tínhamos novo almoço de leitão, mas desta vez na Batalha, com um grupo de amigos autocaravanistas, saímos de manhã cedo e fomos pelo IP3 até Coimbra e depois pela N1/IC2 até à Batalha. Estacionámos junto ao Restaurante Mosteiro do Leitão onde estava marcado o encontro. (Coordenadas GPS: N 39º 38' 56'' W 08º 50' 22'').

Mais um almoço que se prolongou pela tarde dentro em alegre convívio. Quando saímos fomos até à aldeia da Pia do Urso, que é uma aldeia recuperada no concelho da Batalha, onde se pode apreciar o trabalho de restauro das habitações típicas desta região serrana em que a pedra e a madeira são os principais materiais utilizados. Nesta aldeia está também instalado o primeiro Ecoparque Sensorial, destinado a invisuais. (Coordenadas GPS: N 39º 35' 59'' W 08º 42' 47'').
 
 
 
 
 
 
 
 

Fomos a seguir para S. Martinho do Porto onde pernoitámos. Antes do jantar ainda fizemos uma caminhada ao longo da marginal. (Coordenadas GPS: N 39º 30' 05.40'' W 09º 08' 29.50'').
 
 

Esta era a vista que tínhamos, do lugar onde estávamos.
 
 

Dia 18 - De manhã fomos dar um passeio pela praia.
 
 
 
Saímos a meio da manhã e fomos pela  estrada Atlântica até à Foz do Arelho.
 
Dirigimo-nos depois para o Buddha Eden, que se localiza na Quinta dos Loridos na zona do Bombarral. (Coordenadas GPS: N 39º 16' 34'' W 09º 08´25''). O Budda Eden ou Jardim da Paz é o maior jardim oriental da Europa e ocupa uma área de 35 hectares. No lago central é possível observar os peixes e os dragões esculpidos, que se erguem da água.
 
 
 
 
 
 
 

A escadaria central é o ponto focal do jardim, onde os buddhas dourados dão calmamente as boas-vindas.
 
 
 
 

Entre buddhas, pagodes, estátuas de terracota e várias esculturas cuidadosamente colocadas entre a vegetação, estima-se que foram usadas mais de seis mil toneladas de mármore e granito.
 
 
 
 
 
 

Tivemos ainda a oportunidade de observar os 700 soldados de terracota pintados à mão.
 


Depois desta visita regressámos a casa, tendo efectuado 707,1 Km.

1 comentário:

Elmireno Mendes disse...

Bom dia prezado amigo!
Sejam bem vindos, o retorno de vocês muito nos alegra.
"Porque viajar não só nos mostra outras paisagens, belas ou não, mas também nos traz conhecimentos sobre outros povos e culturas." e... é alegria pela vida ou simplesmente VIVER. Um grande abraço.