quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Viagem a Turim, Itália - 2ª Parte

 Viagem a Turim, realizada de 25.08.2025 a 24.09.2025 num total de 5204 quilómetros percorridos.

Continuação da 1ª Parte

O regresso:

Dia 16.09 - Turim / Digne-les-Bains - 340,8 Km

Saímos de Turim a meio da manhã e seguimos até Cuneo, onde virámos para o Cole della Maddalena, pela SS21. Parámos para almoçar em Piano Quinto, onde já havíamos também almoçado na viagem anterior.


Depois do almoço, continuámos pela SS21, passando alguns túneis



e com a imagem das montanhas no horizonte.


Atravessámos a aldeia de Argentera



e daí a pouco começámos a subida ao Cole della Maddalena, a 1996 metros de altitude.


Passámos pelo Lac della Maddalena


e logo a seguir acabava a SS21 e começava a D900, ou seja, entrámos em França.


Seguimos para Sisteron e estacionámos num parque (coordenadas GPS: 44.196469, 5.939775).



Fomos depois a pé visitar a cidade, conforme decidido na ida. Começámos pela Place de la République, onde se situa o Hotel de Ville.



Logo a seguir encontram-se várias torres, que faziam parte do sistema defensivo da cidade. Passámos primeiro pela Tour de la Médisance



a seguir pela Tour Notre-Dame


e depois pela Tour du Collège.


Passámos pela Cathédrale Notre-Dame-des-Pommiers, do século XII



em frente da qual se encontra um monumento aos soldados de Sisteron mortos pela França na I Guerra Mundial.


Dali via-se a Citadelle lá no alto, à qual já não fomos por já se encontrar fechada.


Passámos também pela Tour de l'Horloge


e por algumas ruas.



Por fim regressámos à AC e partimos para Digne-les-Bains, onde pernoitámos na ASA já nossa conhecida de viagens anteriores (coordenadas GPS: 44.080002, 6.26094).


Dia 17.09 - Digne-les-Bains / Arles - 274,8 Km

Saímos da ASA e fomos para Castellane. À entrada fomos visitar o Musée de la Résistence de Castellane (coordenadas GPS: 43.854738, 6.501535). Este museu guarda documentos, objectos  e cenas da época, que retratam a resistência da região.





Fomos depois estacionar num parque mais à frente (coordenadas GPS: 43.847976, 6.510905) e fomos visitar a cidade. Ao sair do parque passámos pela Eglise Saint-Joseph


e pela Tour de l'Horloge, com 25 metros de altura, construída no século XII, também conhecida por Porte de Saint-Michel.


Passámos através do seu arco


e fomos pela Rue Saint-Victor


até à Eglise Saint-Victor, cuja construção original data do século XIII e ampliada nos séculos XV e XVIII.



O interior é composto por três naves


com o Altar à cabeça


e Capela lateral.



Vimos à distância a Tour Pentagonale, com cinco andares e quase 20 metros de altura, que data de 1359 e faz parte das muralhas que protegem a cidade. Está classificada como Monumento Histórico desde 1921.



Fomos a seguir à Église Sacré-Coeur que se situa na praça principal e que data do século XIX.


O interior é formado por três naves



e termina numa abside circular com vitrais.


Ao fundo da nave lateral direita encontra-se um altar


e a meio da nave está uma homenagem aos mortos castelhaneses na I Guerra Mundial.


Ao fundo da nave lateral esquerda também se encontra outro altar.


Aos pés da igreja situa-se o Coro-alto com um Orgão.


Saindo da igreja fomos até à praça central



onde se situa a Mairie


e onde estava a decorrer uma feira.



Atravessámos depois uma ponte sobre o rio Verdon


e voltámos a atravessá-lo mais adiante pela Pont du Roc, uma ponte pedonal dos inícios do século XV.



Fomos depois para a autocaravana e seguimos pela estrada D952, a estrada das Gorges du Verdon. Esta é uma estrada que corre ao longo de grandes paredes calcárias, ao lado do rio Verdon, estreita e cheia de curvas, que deve ser percorrida devagar, não pelas curvas, mas para podermos apreciar as paisagens.





Fizemos uma pequena paragem em Point Sublime para apreciar a paisagem e ver lá ao fundo o rio Verdon que desagua no Lac de Sainte-Croix, um lago artificial, com a sua água azul turquesa. 





Continuámos a nossa viagem para Arles, tendo passado por Riez. Um pouco antes de Arles, ficámos no Camping Le Guardian (coordenadas GPS: 43.638850, 4.740382).

Dia 18.09 - Arles / Peralada - 346,2 Km

Saímos do camping e seguimos directamente para Espanha. Parámos para almoçar numa área da auto-estrada, ainda em França.


Depois do almoço continuámos a viagem e entrámos em Espanha pela fronteira de Le Perthus / La Jonquera. Seguimo para a ASA de Peralada, onde já se encontravam algumas AC's (coordenadas GPS: 42.305697, 3.008667).



Depois de estacionar fomos dar uma volta pela cidade e passámos o Portal del Pont


seguindo pela rua em frente



até à Plaça Sant Antoni.


Continuámos e fomos dar à Plaça Gran



onde se situa o Ayuntamiento.


Quase ao lado fica a Iglésia de Sant Marti, reconstruída no século XVIII sendo a Torre dos séculos XIV/XV.


Depois voltámos para a AC.

Dia 19.09 - Peralada / San Sadurní d'Anoia - 210,2 Km

Saímos de Peralada e fomos para Figueres. Estacionámos num grande parque próximo do Teatro-Museu Dali (coordenadas GPS: 42.271164, 2.959594) e dirigimo-nos para lá.



Como ainda era cedo, fomos primeiro visitar a Iglesia de Sant Pere, que remonta ao século X mas reconstruída e ampliada no século XIV



com uma impressionante Torre sineira que se destaca ao longe.


O seu interior com uma única nave


termina numa Abside principal


onde se destaca a sua Cúpula octogonal com janelas


de cada lado do Transepto encontra-se um Púlpito de pedra.


Além da Abside principal tem ainda mais duas Absides laterais


também com uma bonita Cúpula.


A luz natural entra através de rosáceas


e de janelas junto ao tecto.


Depois da igreja fomos então visitar o Teatro-Museu Dali, para o qual já havíamos comprado as entradas pela net. Este teatro foi construído sobre as ruínas do antigo teatro municipal de Figueres e inaugurado em 1974.


Na parte central do museu, num pátio a céu aberto, com estatuetas nuas nos espaços das antigas janelas


encontra-se um carro da época.



O antigo palco está coberto por uma cúpula de vidro


e Dali está enterrado numa cripta abaixo dele.


O museu abriga a maior colecção de obras de Salvador Dali, de todas as décadas da sua carreira 



assim como esculturas do próprio artista




mas a mais espectacular é uma escultura em forma de sofá, representando os lábios da actriz Mae West


a partir do qual criou uma instalação tridimensional para sala de estar, expressamente para o museu, que se parece com o rosto de Mae West quando visto de um determinado ponto.


No segundo andar existe uma galeria dedicada a trabalhos do seu amigo Antoni Pitxot, feitos com pedras




Mostro também uma das salas da exposição, com destaque para o tecto.


Saímos do museu e fomos almoçar na esplanada do Restaurante Burger Plaça, que ficava na praça do museu, onde saboreámos uma paella.



Depois do almoço fomos dar uma pequena volta pelo Centro Histórico da cidade. Passámos pela Plaça de l'Ajuntament


onde se situa o edifício do Ajuntament


pelo Museo del Juguete (Museu do brinquedo), que não visitámos


e pela Rambla.


Regressámos de seguida ao estacionamento e partimos para Besalú, onde estacionámos num parque à entrada (coordenadas GPS: 42.197925, 2.702578).


De seguida dirigimo-nos para a Ponte Medieval Fortificada, do século XII, sobre o rio Fluvià



a qual atravessámos



dando entrada no antigo Bairro Judeu, cuja comunidade se estabeleceu nesta cidade no século IX, até ser expulsa no século XV pelos Reis Católicos.


Fomos depois dar à Plaça Llibertat




e continuámos até ao Monastir de Sant Pere, construído no século X.




Na fachada, por cima da porta, existe uma janela com esculturas de leões de ambos os lados.


O interior é composto por três naves


tendo ao fundo o Altar inserido numa Abside.


Saímos da igreja, atravessámos a Plaça del Prat de San Pere


e fomos até à Iglesia de Sant Vicenç, também construída no século XII.



O interior é formado por três naves e tem uma aparência escura



em que o elemento mais atractivo é uma rosácea na nave central.


Após esta visita regressámos à autocaravana


e seguimos para Castellfollit de la Roca, uma localidade situada no cimo de um penhasco basáltico, com mais de 50 metros de altura. Por impossibilidade de estacionar sem ser bastante afastado do centro, acabámos por não visitar e apenas para ilustrar, retirei uma imagem da net.


Fomos depois para uma ASA em San Pere de Riudebitlles (coordenadas GPS: 41.448541, 1.699933), mas como não havia mais ninguém, não ficámos e seguimos para San Sadurní d'Anoia (coordenadas GPS: 41.43388, 1.784997), uma área agradável e com apenas um lugar vago, parecendo que estava reservado para nós.


Dia 20.09 - San Sadurní d'Anoia / Albarracin - 429,3 Km

Saímos da ASA e fomos para Morella. Primeiramente fomos para a ASA para almoçar (coordenadas GPS: 40.62392, - 0.0916).



Nesta área havia restos de um aqueduto construído no século XIV


e também dali se tinha uma vista para a cidade e o seu castelo.


Depois do almoço fomos estacionar num parque pago, à entrada da cidade muralhada (coordenadas GPS: 40.622606, - 0.101270).


Descemos a rua até às muralhas, do século XIV


e entrámos pelo Portal de Sant Miquel, que são duas torres ligadas entre si por uma ponte, que fazem parte da muralha medieval e que é a entrada mais monumental da cidade.


Do interior, esta é a imagem do mesmo portal.


Subimos a rua principal, Carrer Sant Miquel, e passámos pela antiga Iglesia de Sant Miquel que está transformada em centro de saúde.


Virámos por outra rua


e passámos pelo Ajuntament



que se localiza na Carrer de la Mare de Déu del Pilar, uma rua bastante comercial.


Continuámos pela Carrer d'En Blasco d'Alagó, ladeada por arcadas



e fomos dar à Plaça de Colom.



Continuámos até à Plaça de l'Estudi, com as suas casas brancas e varandas de madeira e um grande relógio de sol ao centro.



Mesmo ao lado está a Torre del Consell, que forma um excelente Miradouro de onde se obtêm vistas deslumbrantes.



Subindo mais um pouco estamos no Portal de l'Estudi




Fomos depois visitar a Basílica de Santa Maria la Major, construída entre os séculos XIII e XVI. No exterior destacam-se logo os dois portais, o dos Apóstolos


com cenas da infância de Jesus, acima da porta e logo acima a coroação de Maria


e as várias esculturas


e o das Virgens.


O interior é de três naves e ao entrar sobressai logo ao nosso olhar a escadaria em espiral, que sobe enrolada a um pilar até ao Coro-alto



que se encontra erguido sobre quatro colunas.



Logo a seguir, o nosso olhar vai para o Altar-Mor, construído no século XVII, com um magnífico Retábulo dourado




Também o Orgão, do século XVIII, merece a nossa atenção.


Após a visita à Basílica, voltámos para o estacionamento tendo saído pelo Portal de la Nevera.


Saímos de Morella e seguimos para Albarracin, tendo pernoitado na ASA (coordenadas GPS: 40.409248, -1.427546).


Dia 21.09 - Albarracin / Pinto - 298,9 Km

Saímos da ASA e fomos visitar a cidade. Estacionámos num parque à entrada (coordenadas GPS: 40.408693, -1.438511) e fomos ao Turismo pedir informações. Albarracin foi declarada Património Histórico-Artístico em 1961. Subimos depois por uma rua, logo em frente ao turismo



e passámos pela Plaza Mayor, com o seu traçado irregular e o edifício do século XVI, onde funciona o Ayuntamiento.


Neste dia, a praça ainda mostrava restos de areia, devido às festas da cidade que acontecem em Setembro e onde esta praça é transformada em arena para a lide de touros. Dali, subimos até à Catedral del Salvador, onde defronte da qual temos um Miradouro que nos oferece vistas incríveis da cidade e das muralhas.




A Catedral del Salvador foi construída no século XVI sobre as ruínas de um antigo templo do século XII.


Pena que a visita só seja permitida a quem tenha adquirido visita guiada à cidade. Anexo à Catedral, está o Palácio Episcopal.


Ao lado deste, descemos uma escadaria


que nos levou até ao Portal del Agua, que servia como saída secreta em caso de cerco.



Depois, uma vista da mesma porta do lado contrário.


Continuámos por essa rua


até passarmos o Portal de Molina.


Ao lado do Portal seguem firmes as muralhas da cidade


e do outro lado do Portal encontra-se outra construção histórica, do século XIV, a Casa Julianeta.


 Regressámos à AC


e partimos para Cerro de los Ángeles, por uma estrada da serra de Albarracin, muito agradável.



Parámos para almoçar um pouco antes de Cuenca, também numa zona agradável.


Depois do almoço fui explorar a zona e deparei-me com uma queda de água



que ía desaguar numa lagoa.


Continuámos a viagem para Cerro de los Ángeles, próximo de Madrid e fomos estacionar junto do Monumento al Sagrado Corazón de Jesús, bem dentro do recinto religioso (coordenadas GPS: 40.308714, -3.684285).


e do Mosteiro de las Carmelitas Descalzas del Sagrado Corazón de Jesus, do século XIV.


Fomos depois a pé até ao Monumento antiguo del Sagrado Corazón, que foi construído em 1919 e destruído em 1936 durante a Guerra Civil Espanhola.


Atravessámos de seguida o recinto e fomos até ao Monumento nuevo del Sagrado Corazón. Este novo Monumento, foi mandado construir por Franco após a Guerra Civil. A construção começou em 1944 e mostra um Cristo de braços abertos. A estátua tem 11,5 metros de altura em cima de um pedestal de 26 metros.




Na sua base encontra-se a Basílica del Sagrado Corazón de Jesús, em  cuja fachada de pedra se encontram nichos com imagens de San Isidoro, San Isidro e San Fernando.


O interior da Basílica foi escavado no solo


e está dividido em três naves, mais duas naves laterais.




A decoração limita-se a vitrais coloridos.




Após esta visita seguimos patra a ASA de Pinto (coordenadas GPS: 40.238602, -3.69083), onde pernoitámos.


Dia 22.09 - Pinto / Castelo Branco - 567,7 Km

Saímos da ASA com destino a Aranjuez e estacionámos próximo do Palácio Real (coordenadas GPS: 40.034896, -3.612174).


Começámos a visita pelo Palacio Real, que vimos apenas por fora, por ser segunda feira e estar encerrado, mas decidimos logo que teríamos de voltar numa próxima oportunidade para o visitar.



Este Palácio foi declarado Património Mundial pela Unesco em 2001 e tem sido a residência de campo dos reis de Espanha. A sua construção só terminou no século XVIII. Caminhámos pela lateral



e entrámos nos jardins do Palácio, começando pelo Jardin del Rey


passando logo a seguir por uma pequena ponte sobre o rio Tajo


que dava passagem para o início do Jardin de la Isla, onde se encontra a Fuente de la Boticária.



Do lado direito, o rio apresenta um pequeno desnível.



Do outro lado passámos por outra fonte, com várias estátuas e resguardada por gradeamentos




Outras fontes estão espalhadas pelo jardim.



Encostada ao Palácio, encontra-se a Cascada de las Castañuelas.



Para sair, passámos novamente outra ponte


e  atravessámos pelo Jardin de la Reina, que é semelhante ao Jardin del Rey.


O Jardim da Ilha é uma vasta área verde, com muitas árvores, largos passeios e diversas fontes decorativas e estátuas de pedra e mármore, mas apenas visitámos o início, guardando o resto para quando voltarmos para visitar o palácio. Saímos dos jardins e atravessámos a Plaza Real, rodeada por instalações do proprio palácio


com a fonte Mariblanca e a Iglesia de San Antonio de Padua ao fundo.


Passámos na Plaza de la Constitución pelo Ayuntamiento, num edifício construído no século XVIII


em que foi colocado um  relógio em 1863, tendo sido substituído em 1865 por um com mostrador de vidro transparente, encimado por uma estrutura em ferro fundido com um sino.


Na mesma praça, com um monumento a D. Alfonso XII, encontra-se o Mercado de Abastos, construído no século XIX


onde entrámos para fazer algumas compras.



De seguida ultrapassámos a arcada que circunda a Plaza Real e passámos pela Real Capilla de San Antonio de Padua (para mim é e sempre será de Lisboa), construída, assim como a praça, no século XVIII.



Voltámos à AC e partimos para Plasência, onde pretendíamos pernoitar. Pelo caminho, parámos para almoçar no Restaurante Sol & Luna, após o que continuámos a viagem.


Ao nos aproximarmos de Plasência, como ainda era cedo e não irmos visitar a cidade, por já a conhecermos, resolvemos seguir para Portugal e para a ASA de Alfaiates. Ao chegar lá, como não havia ninguém, também ali não ficámos e seguimos para Castelo Branco, onde fomos pernoitar no Parque de Campismo (coordenadas GPS: 39.858019, -7.493479).



Dia 23.09 - Castelo Branco / Praia da Vieira - 180,5 Km

Saímos do parque de campismo depois do almoço e seguimos para a Praia da Vieira, onde já se encontravam muitas autocaravanas e onde pernoitámos (coordenadas GPS: 39.879152, -8.965186).



Depois de estarmos instalados, fui até à zona da praia



onde as gaivotas procuravam comida na areia e pairavam no ar.



Como fazia muito vento, acabei por me refugiar na AC.

Dia 24.09 - Praia da Vieira / Brejos de Azeitão - 210,0 Km

Saímos da Praia da Vieira e fomos até à Campers Life Gaspar, resolver um pequeno problema na AC. Seguimos depois para Santo Antão e fomos almoçar no Restaurante Elsa & Filomena, já nosso habitual ponto de paragem quando por ali passamos em horas de almoço.


Depois do almoço continuámos a viagem até casa, onde chegámos a meio da tarde.

Até à próxima viagem.

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