Viagem aos Camiñitos del Rey em Espanha, aproveitando para visitar outros locais no percurso ou nas proximidades. Esta viagem realizou-se entre os dias 21 e 29 de Abril de 2017, num total de 1723,7 Km. Em baixo está o percurso de casa até Mérida (já no regresso).
Dia 21 - Brejos de Azeitão/Mérida - 274.7 Km
Saímos de Brejos de Azeitão por volta das 20 horas e fomos pela A2 e A6 até à fronteira do Caia por onde entrámos em Espanha. Uma vez no país vizinho seguimos para a cidade de Mérida, dirigindo-nos para a Área de Serviço de Autocaravanas que se localiza na Calle Cabo Verde e cujas coordenadas de GPS são as seguintes: N 38º 55' 05'' W 06º 20' 10.5''. De salientar que esta área fica mesmo junto a todos os monumentos dignos de visita.
Dia 22 - Mérida/Almadén - 174.6 Km
Saímos da área a pé e fomos até ao Circo Romano, que fica quase ao lado.
A sua construção começou no início do século I e era o maior dos edifícios de espectáculos da cidade, juntamente com o anfiteatro. Foi declarado Património Mundial pela Unesco em 1993.
Quase ao lado fica o Aqueduto de S. Lázaro e as Termas.
Este aqueduto foi um dos três aquedutos que transportavam água para a cidade romana de Emérita Augusta, actualmente Mérida. Deste aqueduto apenas se conservam três robustos pilares que estão unidos por dois arcos de pedra. A sua altura máxima é de 14,97 metros.
Ao lado do aqueduto ficam as Termas Romanas de S. Lázaro que foram construídas no século I e se mantiveram em funcionamento até finais do século IV.
Continuámos pela Av. da Extremadura e fomos até à Basílica de Santa Eulália.
Esta igreja foi construída no século IV, no lugar da Igreja de Santa Maria das Arenas, a qual foi destruída durante um incêndio e onde tinha sido sepultado o corpo de Santa Eulália, muito próximo do local onde foi queimada viva em 12 de Fevereiro de 304, depois de ter sido tremendamente torturada por se recusar a abandonar a fé cristã.
Passámos depois pela Oficina de Turismo para obtermos o mapa da cidade e informação.
De seguida ultrapassámos o Arco de Trajano, construído na primeira metade do século I e que era uma porta de entrada na cidade. Mede 13,97 metros de altura e 5,70 metros de largura e encontra-se no início da rua com o mesmo nome.
Fomos então até ao Templo de Diana. É um templo romano construído nos finais do século I na época de César Augusto. Em 1993 foi declarado Património da Humanidade.
Depois de algumas fotos seguimos para a Alcazaba ou Alcáçova que é a mais antiga fortificação muçulmana da Península Ibérica.
Foi construída em 805 e as suas paredes têm cerca de 2,70 metros de espessura e 10 metros de altura e foram feitas de blocos de granito reaproveitados de obras romanas e visigodas.
No interior existe uma cisterna subterrânea de água filtrada do rio Guadiana que passa próximo, e que é acessada por uma escada dupla a partir do piso térreo de uma torre.
Após a visita à Alcazaba fomos visitar o Anfiteatro e o Teatro Romanos.
O Anfiteatro foi construído junto ao Teatro e inaugurado no ano 8 a.C.. Tem uma forma oval e uma capacidade para 14000 pessoas. A arena mede 64 metros por 41 metros. Era destinado a lutas entre gladiadores, entre feras e entre homens e feras.
Foi abandonado desde o século IV até princípios do século XX, tendo permanecido parcialmente enterrado. Em 1912 foi nomeado Bem de Interesse Cultural e desde 1993 é considerado Monumento da Humanidade.
Do Anfiteatro passámos ao Teatro que foi construído e inaugurado possívelmente entre os séculos XVI e XV a. C. Foi abandonado no século IV e coberto de terra e só em 1910 começaram as escavações. Desde 1933 alberga o Festival de Teatro Clássico. Actualmente é composto por um terraço com capacidade para 6000 espectadores.
Por detrás do Teatro existe uma zona ajardinada.
Depois desta visita e porque já era tarde, fomos almoçar numa das várias esplanadas dos restaurantes da zona, tendo depois do almoço seguido para a área de serviço.
Saímos da área e seguimos viagem para Almadén. Aí chegados dirigimo-nos para o Parque Mineiro de Almadén, local onde iríamos pernoitar para o visitar na manhã seguinte. Coordenadas GPS: N 38º
46’ 30’’ W 04º 50’ 33.5’’.
Depois de jantar ainda fomos dar uma volta pelas redondezas e passámos pelo Castillo de Retamar que são os restos de uma fortaleza construída pelos árabes no Séc. XII para defender as minas. É Património da Humanidade desde 2012.
Passámos também pela Puerta de Carlos IV, que foi construída em 1795 durante o reinado de Carlos IV e era uma das portas de entrada do denominado cerco de Buitrones, estando integrada na muralha que cercava a mina.
Depois de tomarmos o pequeno almoço fomos visitar o Parque Mineiro
(http://www.parqueminerodealmaden.es), do qual fazem parte as Minas de Mercúrio mais antigas do Mundo e que funcionaram por 2000 anos, tendo encerrado a sua actividade em 2003.
O Parque Mineiro faz parte do Património da Humanidade.
A visita começa pelas instalações mineiras de superfície no Centro de Visitantes
e prossegue pelas antigas oficinas e antes de se percorrer as galerias subterrâneas passa-se pelo Centro de Interpretação Mineira onde são dados conhecimentos prévios sobre a evolução histórica dos trabalhos mineiros.
Passamos depois ao interior da mina a 50 metros de profundidade, baixando pelo Poço de San Teodoro, numa "jaula" mineira, não sem antes nos termos equipado com os respectivos capacetes.
O percurso a pé é feito por uma mina real explorada nos séculos XVI e XVII com uma deficiente iluminação. Seguem-se algumas fotos do interior da mina.
No final, regressamos à superfície por meio de um comboio de pequenas vagonetas
e continuamos a visita pelas instalações do exterior, fornos do século XVII, Porta de Carlos IV
para depois passarmos ao Museu do Mercúrio onde se encontram salas dedicadas à geologia e paleontologia da zona.
Finalizamos a visita regressando ao Centro de Visitantes em mini-buses eléctricos.
Depois de almoçar a bordo, partimos em direcção a Antequera e fomos para a Àrea de Serviço que fica na Av. Miguel de Cervantes, junto ao campo de futebol. Coordenadas GPS: N 37º 01’ 17’’ W 04º 34’ 19’’.
Dia 24 - Antequera - 16.9 Km
Antequera possui um património religioso invejável, com igrejas e conventos de uma beleza inigualável. Saímos da área de serviço e dirigimo-nos para o Castelo. Na subida, ao chegar à Plaza Portichuelo, deparámo-nos com a Capela da Virgem do Socorro que foi construída em 1715 juntamente com outras que existem na cidade, para o trajecto da procissão da sexta feira santa das confrarias de Santa Cruz de Jerusalém e de Nossa Senhora do Socorro, em estilo Barroco-Mudéjar tendo sido colocada no cimo uma imagem da Virgem do Socorro para veneração popular.
Ao lado e na mesma praça está a Igreja de Santa Maria de Jesus, construída a partir de 1527 como igreja conventual da Ordem Terceira de S. Francisco e a sua construção só terminou em 1615. Não a pudemos visitar por se encontrar fechada.
Continuámos a subir e fomos então visitar o Castelo ou seja, a Alcazaba que foi declarada Bem de Interesse Cultural em 1993.
A Alcazaba é composta por duas partes: a Alcazaba própriamente dita, situada na parte mais elevada do conjunto e as muralhas que a cercam. Uma porta dá acesso ao interior da Alcazaba com as suas dependências e jardins.
Fomos andando e atravessámos o Pátio de Armas que fica aos pés da Torre de Menagem.
Entrámos na Torre e subimos até ao cimo.
De lá e graças à sua localização, a Alcazaba de Antequera oferece-nos uma vista esplêndida da cidade.
Do outro lado podemos ver a Torre Blanca que foi construída no séc. XIII. Entre as duas torres existe um caminho na muralha que nos permite transitar de uma para a outra.
Atravessámos essa muralha e fomos até à Torre Blanca, tendo também subido até ao cimo mas a meio havia uma sala onde parámos para tirar foto.
Depois de visitar o Castelo fomos visitar a Real Colegiata de Santa Maria la Mayor, mas no caminho atravessámos a Plaza de los Escribanos onde se localiza o Arco de los Gigantes.
Este arco foi construído em 1585 por iniciativa municipal e está aberto num muro com mais de 2 metros de espessura e 7 metros de altura, sendo uma das portas mais importantes do recinto. Transposto o arco temos uma vista sobre a cidade bem assim como da própria praça.
Fomos então para a Real Colegiata, que foi construída entre 1514 e 1550. A sua fachada totalmente em pedra é monumental e a mais grandiosa das igrejas de Antequera. A Torre, situada à direita da fachada, foi construída mais tarde, no séc. XVII.
O interior da igreja é de uma grande pureza basilical com três naves separadas por colunas. As naves são cobertas por uma armadura de madeira de estilo mudéjar.
Após estas visitas regressámos à Àrea de Serviço, tendo no trajecto passado pela Plaza de San Sebastian, um local que se destaca pela beleza das suas construções e onde se encontra a Igreja de San Sebastian cuja construção se iniciou em 1530 mas que não visitámos.
A sua Torre foi erguida no período barroco. No final do Séc. XVII construiu-se a base e no século seguinte os 3 corpos superiores, feitos de tijolo. No centro da praça está uma fonte renascentista construída em 1545. Ao lado da igreja encontra-se um belo edifício, a Casa Bouderé, construída em 1910 e que se destaca pela sua pedra calcária vermelha proveniente da Serra del Torcal.
Continuando o regresso à àrea passámos também pela Puerta de Estepa, construída no reinado de Fernando VI e que é composta por 3 arcos, sendo o do meio mais largo, para a passagem de carruagens.
A seguir a este arco passámos na Plaza Castilla que tem ao centro a Fonte dos namorados.
Finalmente chegámos à Àrea de Autocaravanas e preparámo-nos para partir com destino ao Centro de Visitantes de Torcal de Antequera (www.torcaldeantequera.com).
Dia 24 - Antequera/Torcal de Antequera/Ardales - 66.3 Km
Chegámos ao Centro de Visitantes de Torcal de Antequera, coordenadas GPS: N36º 57’ 11’’ W 4º 32’ 40’’, depois de termos percorrido uma estrada estreita e cheia de curvas, mas com vistas maravilhosas.
Estacionámos a AC no parque de estacionamento e fomos primeiro até ao Mirador las Ventanillas, de onde pudemos admirar toda a beleza envolvente.
O Torcal de Antequera oferece uma impressionante paisagem considerada única no mundo. É um mar de rochas que começou a formar-se no periodo Jurássico e foi considerado Sítio de Interesse Nacional em 1929.
Depois de termos estado no mirador encetámos um dos vários percursos tendo optado pela Ruta Verde por nos parecer ser o mais fácil.
É um percurso circular, que começa e acaba no estacionamento, com apenas 1440 metros e um desnível de 41 metros, se bem que o terreno é irregular e muito pedregoso.
No final seguimos viagem até Ardales, tendo ficado no Camping Ardales (www.parqueardales.com ). Coordenadas GPS: N 36º 55’
11’’ W 4º 48’ 13.9’’.
Dia 25 - Ardales/Camiñitos del Rey/Ardales - 0 Km
Passámos a manhã no camping.
O Camping Ardales fica numa encosta e vai dar a um enorme lago que é o Embalse Guadalhorce, cujas obras de construção começaram em 1914 e terminaram em 1921.
Saímos depois de almoço a pé até à entrada para os Camiñitos del Rey (www.caminitodelrey.info/es/#2). Do camping seguimos pela estrada até um pequeno tunel do lado direito, que atravessámos
e caminhámos cerca de 2,5 Km por um caminho pitoresco que segue o curso de um rio, até à entrada para os Camiñitos e onde se encontra um ponto de controlo. Aqui deram-nos uns capacetes para usar durante todo o percurso.
Estes caminhos foram construídos entre 1901 e 1905 e foram utilizados para o transporte de materiais e pessoas entre as centrais eléctricas que se construíram nos dois lados do Desfiladeiro de los Gaitanes. Estiveram encerrados a partir de 2000 por se encontrarem em muito mau estado e várias pessoas terem perdido a vida. Foram reabertos, depois de sofrerem uma remodelação, em finais do mês de Março de 2015. Têm um comprimento total de 7700 metros ao redor de paredes de rocha de até 400 metros.
O velho Camiñito foi preservado de modo a que fosse deixado tão intacto quanto possível, embora com o novo caminho construído por cima. É feito predominantemente de painéis de madeira e suportes presos na face das rochas
e que termina numa ponte suspensa a mais de 100 metros acima de um precipício, que se atravessa por cima de los Gaitanes.
No final do caminho regressámos de autocarro até ao início, tendo depois seguido a pé para o camping.
Dia 26 - Ardales/Ronda - 61.1 Km
Saímos do camping e seguimos viagem até Ronda, tendo-nos dirigido para o Camping El Sur (coordenadas GPS: N 36º 43' 16.67'' W 05º 10' 17.60'').
Depois de nos instalarmos e de termos almoçado fomos visitar a cidade de Ronda.Ronda desempenhou um importante papel histórico durante a ocupaçao árabe da Península Ibérica.
Começámos a visita pela Muralha que protegia a cidade, a qual foi erguida no séc. XI e onde há que destacar a Puerta de Almocabar que foi uma das portas principais de acesso à cidade e que foi construída no séc. XIII entre duas imponentes torres circulares.
Logo a seguir às Muralhas encontramos a Igreja do Espírito Santo que foi construída entre 1485 e 1505 sobre as ruínas de uma torre islâmica. Não visitámos por se encontrar fechada.
De seguida passámos aos Banhos Árabes. Os banhos árabes
de Ronda são dos mais bem preservados de Espanha. Foram construídos em finais do século XIII
durante o reinado de Abomelik. Os Banhos eram constituídos por 3 salas, cada uma com banhos a temperaturas diferentes. A caldeira utilizada para aquecer a água ainda
hoje existe e está em boas condições de utilização.
As áreas de ventilação no
tecto têm peculiares formas de estrela, inspiradas nos banhos de Alhambra, em
Granada.
Dali avistava-se a Ponte Velha da qual não se sabe ao certo a sua origem. A Ponte consta de apenas um arco de 10metros de diâmetro e 31metros de altura.
A seguir passámos pela Igreja do Padre Jesus que foi construída nos finais do séc. XV e principio do séc. XVI. Desta época apenas se conserva a sua Torre.
Continuando o nosso passeio chegámos à Plaza del Socorro, que é uma das mais populares da cidade com numerosos cafés e restaurantes. Nela se localiza a Igreja del Socorro que é uma igreja nova, já que a anterior foi incendiada e destruída em 1936 durante a Guerra Civil. A construção da actual foi terminada em 1956. Também esta se encontrava fechada e por esse motivo não foi visitada.
Ao centro da praça encontra-se uma fonte com uma escultura de Hércules com os leões.
Subimos mais um pouco e fomos dar à Igreja de Nossa Senhora de la Merced, dedicada a Nossa Senhora das Graças e construída em 1585, faz parte de um conjunto com o Convento das freiras Carmelitas descalças. Mais uma que se encontrava fechada.
Fomos depois até à Alameda del Tajo, anteriormente conhecida por Alameda de San Carlos, que é uma área arborizada e Jardim Botânico datada do séc. XIX e que se situa junto à Praça de Touros. Esta área é formada por 5 avenidas ajardinadas que desembocam num passeio com miradouro de onde se tem uma vista magnífica.
Encontram-se nela árvores com mais de 200 anos.
Depois de admirar e fotografar as vistas que se obtêm daqui, fomos visitar a Praça de Touros que é uma das mais antigas de Espanha, construída no séc. XVIII. Tem capacidade
para acolher 5 mil espectadores e a arena mede 66 metros de diâmetro.
As fotos abaixo são da zona onde permanecem os touros antes de entrarem na arena.
Esta é do curral onde estão os cavalos que participam nas corridas.
E esta é do recinto de equitação.
No interior podemos visitar o Museu Taurino que nos permite conhecer um pouco mais sobre o mundo dos touros, as grandes dinastias de toureiros de Ronda, e outros aspectos interessantes de sua história. Estão expostas peças únicas de trajes de vários toureiros de renome.
O Museu conta com uma excelente colecção de armas antigas.
No exterior da Praça de Touros encontram-se estátuas de toureiros famosos.
Atravessámos depois a Plaza de España
e fomos até à Ponte Nova que só ficou concluída em 1793, tendo levado 42 anos até estar construída.
Tem 98 metros de altura e permitiu a ligação do bairro moderno com o bairro antigo da cidade. É sem dúvidas o maior e mais famoso monumento de Ronda. É composta por 3 imensos arcos, sendo que o central mede 90 metros, além de 2 arcos laterais menores.
Junto à ponte existe um monumento construído em memória dos muitos escritores que utilizaram Ronda como fonte de inspiração.
A seguir à Ponte passámos pela Calle Armiñan, onde debaixo de umas arcadas havia muitas lojas de artigos de cabedal.
Logo a seguir passámos pelo Museu Lara que se encontra instalado num edifício do séc. XVIII, mas que não visitámos.
Fomos depois visitar a Colegiata de Sta. Maria La Mayor, por onde já tínhamos passado mas que se encontrava ainda fechada. Voltámos então para a visitar por ser o principal templo católico de Ronda. Está edificada no lugar onde existia a Mesquita Mayor durante a dominação muçulmana da qual pouco resta. A Torre Campanário foi construída no séc. XVI. As varandas frontais foram construídas na mesma época da torre e serviam para que a nobreza e as autoridades pudessem assistir às corridas de touros e outros actos públicos que se realizavam na praça. Em 1580 aconteceu um terramoto que danificou muito o interior da igreja.
A subida à Torre fez-se através de uma escada de pedra em caracol.
Lá de cima pode-se ter uma panorâmica da cidade.
Também da Torre temos acesso à parte superior da igreja e podemos admirar os tectos e as colunas.
Descendo à Cripta, do séc. XV, podemos ver várias figuras, livros e a maqueta da igreja.
Terminada esta visita, regressámos ao camping.
Dia 27 - Ronda/Setenil de las Bodegas - 31.8 Km
Saímos do camping e seguimos viagem para Setenil de las Bodegas que fica a 640 metros de altitude. Estacionámos num parque na parte alta, junto ao castelo construído durante a ocupação árabe (Séc. XII-XIII) e do qual pouco resta. Coordenadas GPS: N 36º 51' 51,5'' W 05º 10' 45''.
Ao lado do castelo podemos ver a Igreja de Nossa Senhora da Encarnação cuja construção começou nos finais de 1505, depois da conquista da vila e que nunca chegou a ser acabada, tendo-se parado as obras em 1614.
Dali descemos por umas escadas até à parte baixa.
Passámos junto à Ermida de Nossa Senhora del Carmen, patrona de Setenil. É um templo do Séc. XVIII.
O principal atractivo de Setenil de las Bodegas é a própria localidade que se encontra incrustada nas rochas e que foi declarada Conjunto Histórico-Artístico em 1985. Ao contrário de outras localidades trogloditas, estas casas não foram construídas cavando a rocha mas antes aproveitando as suas cavidades e apenas fechando a frente. Passámos pela Calle Cuevas de la Sombra
e depois pela Calle Cuevas del Sol
Passeámos por várias ruas,
atravessámos algumas pontes
e passámos junto à Ermida de San Benito, construída nos séc. XV-XVI.
Na foto abaixo podemos ver o exemplo de um bar construído no interior da rocha.
Regressámos ao local onde tínhamos estacionado
e partimos para Olvera.
Dia 27 - Setenil de las Bodegas/Olvera - 16.2 Km
Chegados a Olvera dirigimo-nos para a Àrea de Serviço de Autocaravanas onde iríamos pernoitar, que fica junto à antiga estação de comboios. Coodenadas GPS: N 36º 56' 29.4'' W 05º 15' 06''.
Olvera foi declarada Conjunto Histórico-Artístico em 1983.
Defronte da área existe um miradouro de onde se tem uma prespectiva dos arredores.
Antes de jantar ainda fomos dar um passeio e vimos alguns cavalos a pastar.
De manhã saímos da área e fomos estacionar na Calle Trasera Matadero, muito próximo do castelo e da igreja. Coordenadas GPS: N 36º 56' 15'' W 05º 16' 03''.
Fomos depois a pé até à Igreja de Nossa Senhora da Encarnação. Quando chegámos estava a chuviscar e fazia bastante frio.
A igreja começou a ser construída em 1796 e ficou concluída em 1843. O interior consta de 3 naves, uma central e duas laterais mais pequenas.
Da Praça defronte da igreja tem-se uma panorâmica extraordinária.
A seguir à igreja fomos ao Castelo Árabe que é do séc. XII, encontra-se construído sobre uma rocha e conserva os muros e a Torre de Menagem. Foi declarado Bem de Interesse Cultural em 1985 e é o monumento mais antigo de Olvera.
Após estas visitas regressámos à autocaravana e partimos em direcção a Mérida. Lá chegados dirigimo-nos para a Área de Serviço, onde já tinhamos pernoitado no início da viagem.
Depois de nos instalarmos fomos ver o que tinha ficado por ver na primeira passagem por Mérida. Saímos da área e tomámos a direcção do Aqueduto de los Milagres. Este aqueduto tem actualmente cerca de 830 metros com uma altura de 25 metros na parte mais profunda do vale. Ele é composto por robustos pilares e a união entre eles é formada por arcos em diferentes alturas. É realmente um aqueduto colossal.
Continuámos até ao rio Guadiana e seguimos pelo jardim junto ao rio tendo passado junto à Ponte Lusitânia.
Continuámos pelo jardim até passar por baixo da Ponte Romana.
Subimos depois para a Rotunda junto à Ponte, onde está a estátua da Loba a alimentar o Rómulo e o Remo.
Depois entrámos na Ponte tendo andado um pouco por ela.
A caminho da área de serviço passámos novamente pela Alcazaba, pelo Templo de Diana e pelo Circo.
Dia 29 - Mérida/Cáceres - 76.8 Km
Saímos de manhã da área e seguimos para Cáceres. A cidade de Cáceres foi declarada Monumento Nacional em 1949 e Património da Humanidade em 1986. Estacionámos na Área de Serviço de Autocaravanas, coordenadas GPS: N 39º 28' 50'' W 06º 22' 00'' e almoçámos.
Depois do almoço fomos a pé para o Centro Histórico.
Passámos pela Igreja de Santiago (Séc. XII)
e fomos dar à Plaza Mayor.
No topo da praça encontra-se o edifício do Ayuntamiento.
Nesta praça temos também a Ermida da Paz do Séc. XVIII encostada à Torre de Bujaco. A fachada desta igreja é constituída por 3 arcos suportados por pilares de pedra.
A Torre de Bujaco é uma construção quadrada do Séc. XII, com 10 metros de lado por 25 metros de altura.
Ao lado da Ermida fica uma escadaria que dá acesso ao interior do recinto amuralhado, depois de se atravessar o Arco da Estrela, que foi construído no Séc. XVIII sobre o mesmo lugar que ocupara desde o Séc. XV a denominada Porta Nova. Este nome foi-lhe dado porque no cimo tem uma imagem de Nossa Senhora da Estrela.
Continuámos a caminhada
e fomos visitar a Concatedral de Santa Maria, cuja construção começou no Séc. XIII e só terminou no Séc.XVI, com amplas dimensões e grossas paredes.
Ela é o templo cristão mais importante da cidade de Cáceres e foi declarada Monumento Histórico-Artístico em 1931. Em 1957 obteve a dignidade de Concatedral.
No interior sobressai o retábulo plateresco, realizado de 1547 a 1551 em madeira de cedro.
O orgão foi fabricado em 1703.
Depois da Concatedral subimos pela rua mais característica de Cáceres, a Cuesta de la Compañia onde se encontra o Palácio de los Golfines de Abajo, cuja construção começou em 1510 ou 1511. A fachada principal é composta por um corpo central e duas torres laterais.
A janela superior é de estilo gótico e por baixo do peitoril tem o escudo dos Golfines.
Logo a seguir passámos pela Igreja de San Francisco Javier, construção barroca que foi terminada em 1755, 12 anos antes da Ordem dos Jesuítas ter sido expulsa do país. No exterior destacam-se as duas torres gémeas.
Passámos ao lado pelo Convento de San Pablo que é um convento de clausura de monjas franciscanas, edificado no Séc. XV sobre uma anterior ermida.
A igreja mais importante da parte superior é a Igreja de San Mateo, construída sobre as ruínas de uma mesquita árabe no Séc. XVI, na parte mais alta da cidade (458 metros de altitude). Desde 1982 está declarada Monumento Histórico-Artístico. A torre, último elemento construído, data de 1780.
Mais adiante encontra-se a Igreja de San Juan. A sua construção foi iniciada no Séc. XIII e depois interrompida, sendo só retomada e concluída no Séc. XVIII.
Dia 29 - Cáceres/Marvão - 130.2 Km
Saímos de Cáceres e fomos pela N-521 na direcção de Portugal, passando por Malpartida de Cáceres e Valência de Alcântara. Em Portugal seguimos para a Área de Serviço de Autocaravanas de Marvão, coordenadas GPS: N 39º 23' 39'' W 07º 22' 26'', mas como não gostámos, procurei um parque de campismo na zona e fomos para o Camping Asseiceira em Sto. António das Areias.
É um parque rural pequeno, situado no Parque Natural da Serra de S. Mamede, propriedade de um estrangeiro (inglês?) o Sr. Gary.
Fica muito próximo da localidade, a qual dispõe de várias lojas úteis: talho, padaria, banco, farmácia.
Depois de nos instalarmos fomos a pé à localidade e passámos pela Praça de Touros, onde se realiza anualmente uma corrida de touros à portuguesa.
Mais à frente passámos pela Igreja Matriz (provávelmente construída no século XVI) e defronte dela o Cruzeiro.
Passámos por outras ruas e regressámos ao parque de campismo.
Dia 30 - Marvão/Brejos de Azeitão - 255.1 Km
Saímos do parque de campismo e tomámos o caminho para casa, sempre por estrada nacional. Passámos ao lado de Portalegre, onde apanhámos o IC13. Continuámos pela N-119, N-2, Mora (onde fomos almoçar no Restaurante O António).
Chegámos a casa e já preparados para outra.
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