quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Viagem pelo interior - 1ª Parte

Viagem pelo centro interior, efectuada de 13 a 24.09.2021, num total de 1387 Km percorridos.

Dia 13 - Brejos de Azeitão / Miranda do Corvo . 338,1 Km


Saímos de casa pelas 10 horas e fomos pelo Porto Alto, Almeirim e Chamusca, para irmos almoçar na zona ribeirinha de Constância. Aconteceu que na Chamusca o GPS nos mandou seguir em frente, em vez de virar para a ponte e passar pelo Entroncamento. Seguimos então as indicações recebidas e ao chegar a Constância Sul deparámos com uma sinalética para a ponte com a indicação de proibição de passagem a veículos com altura superior a 2,30 metros. Retrocedemos então até à Chamusca e atravessámos a ponte. Devido às horas já avançadas, acabámos por parar para almoçar na ASA de Vila Nova da Barquinha (coordenadas GPS: N 39º 27' 27'' W 08º 25' 59'').

Após o almoço seguimos viagem até à Praia Fluvial do Penedo Furado, no concelho de Vila de Rei, onde estacionámos (coordenadas GPS: N 39º 37' 33,30'' W 08º 09' 42,60'').



Fomos depois percorrer o Passadiço circular, inaugurado em 2019 mas alargado em 2021, tendo agora cerca de 1800 metros de extensão.




Passámos pela Cascata



e a partir dela o caminho, duante alguns metros, deixa de ser o passadiço de madeira e passa a ser em terra batida e degraus de pedra nas subidas




para mais à frente voltar a ser em madeira e sempre a subir até Miradouro do Penedo Furado.

No regresso à praia fluvial, passámos ainda pela Gruta



e descemos os últimos degraus do passadiço.


Regressámos à AC e seguimos até Água Formosa, uma aldeia de xisto também do concelho de Vila de Rei. Estacionámos à entrada da aldeia (coordenadas GPS: N 39º 38' 05,60'' W 08º 05' 55,50'') e começámos por descer uma rua calcetada,


como alíás são todas as ruas desta aldeia e demos uma volta




verificando que as casas têm vindo a ser recuperadas.



Também reparámos em alguns pormenores.



Após esta visita seguimos viagem e a próxima paragem foi em Casal de S. Simão, mais própriamente nos Passadiços da Ermida de S. Simão (coordenadas GPS: N 39º 55' 07'' W 08º 19' 16,70''). Estacionámos e logo a seguir encontrava-se a Capela de S. Simão, um Templo do século XV, situado no cimo de uma escadaria.


Mais à frente começavam os Passadiços que se iniciavam em madeira


para logo a seguir ser em terra com barrotes a formar degraus



e mais à frente recomeçavam em madeira


indo dar a um pequeno Miradouro


de onde se avistavam os montes verdes em redor.


Mais acima, um outro Miradouro



com vistas fantásticas.



Voltámos a descer e deixando a AC no mesmo sítio, fomos até à aldeia do Casal de S. Simão, também ela uma pequena aldeia de xisto que desce a encosta e em que as casas são construídas em quartzito.




Á medida que íamos avançando notava-se que as casas estavam quase todas recuperadas.





Passámos também por uma fonte


e notámos o pormenor de uma porta com a sineta.


Após a visita continuámos, agora debaixo de alguma chuva, até Miranda do Corvo onde fomos pernoitar na área de serviço (coordenadas GPS: N 40º 05' 16,80'' W 08º 19' 56'').

Dia 14 - Miranda do Corvo / Góis - 65,1 Km


Saímos da ASA e fomos até ao Alto do Calvário, o lugar onde existiu o castelo medieval. Estacionámos no largo junto ao cemitério e à Capela do Calvário (coordenadas GPS: N 40º 05' 31,50'' W 08º 20' 09'')


Em frente da capela encontra-se o Cristo-Rei no cimo de uma escadaria.


Subindo a escada, temos uma pequena gruta



e à volta dela há uma escada em pedra


que nos leva até à base do Cristo.


Continuando vamos dar à Torre Sineira, que é separada da igreja e que foi o aproveitamento de uma torre defensiva do antigo castelo.


Dando a volta, seguimos por um caminho que ladeava o Cristo


de onde se tinha uma vista sobre a vila


e fomos ter à Igreja Matriz que foi construída no século XVIII em substituição da velha igreja do século XV e que é dedicada a São Salvador.



Continuámos depois a viagem até nova aldeia de xisto: Casal Novo (coordenadas GPS: N 40º 05' 29,80'' W 08º 14'09,50''). Esta aldeia, é a mais pequena das cinco aldeias de xisto do concelho da Lousã e está um pouco escondida, pois quem passa na estrada quase não se apercebe de que está a passar ao lado de uma aldeia de xisto, não fosse o painel amarelo à beira da estrada

e estende-se desde a beira da estrada pela montanha abaixo, num declive bastante acentuado.




Dali tem-se uma vista panorâmica sobre a vila da Lousã.


Mais à frente na estrada encontra-se a Moldura "Isto é Lousã".


Pena o tempo não permitir uma melhor visualização. 
Dali seguimos directamente para a vila de Góis, tendo estacionado na sua área de serviço (coordenadas GPS; N 40º 09' 51'' W 08º 06' 32,80''), onde permanecemos o resto do dia.


Ao lado da ASA corre o rio Ceira


Dia 15 - Góis / Barril de Alva - 74,7 Km


Hoje ao sair de Góis, dirigimo-nos para Vila Nova de Poiares e fomos estacionar na sua área de serviço (coordenadas GPS: N 40º 12' 48'' W 08º 15' 26'').


Fomos depois dar uma volta até ao Centro Histórico, onde se localiza a Igreja Matriz, do século XVIII, dedicada a Santo André.


    

A Torre Sineira, situada no lado direito,


tem incrustado um relógio de sol com a data de 1744.
Como se encontrava aberta, entrámos para uma visita. Logo à entrada, no início da nave, tem duas pias de água benta em dois pilares de pedra, um de cada lado.


A nave é simples

assim como o Altar-Mor, que terá sido trazido de uma igreja em Lisboa, do século XVII 


Na parede do lado esquerdo encontra-se um Púlpito, com vedação em madeira.


Próximo do altar situa-se uma Pia Baptismal em pedra.


Por cima da entrada está o Coro-Alto, também com a vedação em madeira a qual também cobre o tecto.

Ao lado da igreja está o Jardim Municipal



onde se encontra um coreto


e uns bancos em cimento.


Junto do jardim está também um mural com 100 m2, alusivo à estrada nacional 2, pintado na parede de um edificio municipal.


Ao lado encontra-se o Monumento "O Cristo", no topo de uma escadaria. Este monumento é uma cruz com 17 metros de altura, onde se pode ver Cristo crucificado.



Terminada a visita seguimos directamente para o Barril de Alva. Estacionámos na área de serviço (coordenadas GPS: N 40º 17' 08'' W 07º 57' 48'') e fomos almoçar ao restaurante. Depois do almoço fomos até à ponte



e depois passear pela aldeia. Passámos pelo coreto


em frente do qual existe uma fonte


e mais à frente a Igreja Matriz dedicada a S. Simão.


Continuámos pela estrada até onde havia uma fonte um pouco afundada em relação à estrada.


Voltámos aí para trás e fomos para a AC, onde ficámos o resto do dia.

Dia 16 - Barril de Alva / Sarzedo (Arganil) - 61,1 Km


Ficámos na área de serviço durante a manhã e fomos almoçar ao restaurante. Depois do almoço saímos e fomos até à vila de Avô. Estacionámos no largo, junto ao coreto por detrás da Igreja Matriz (coordenadas GPS: N 40º 17' 40'' W 07º 54' 09'').


De onde se tinha uma panorâmica da vila.


Fomos a seguir dar uma volta e começámos por passar pela Igreja Matriz, dedicada a Nossa Senhora da Assunção. Esta igreja é do século XVIII e foi construída no local de outra do século XVI.


No adro da igreja existe um cruzeiro.


De seguida atravessámos a Ponte sobre o rio Alva




e seguimos por umas ruas



até ao Castelo.

Este castelo presume-se que seja do século XII e está actualmente práticamente em ruínas.



Do castelo tem-se uma vista sobre a praia fluvial e a vila.



Saímos do castelo e descemos para o centro da vila.



Passámos pelo Pelourinho, do século XIV, assente sobre uma plataforma de 3 degraus de pedra, que se encontra na praça onde funcionava a antiga Casa da Câmara


seguindo até à praia fluvial




Regressámos à AC e fomos até São Gião, no concelho de Oliveira do Hospital, com ideia de ficar no Parque de Campismo (coordenadas GPS: N 40º 20' 48'' W 07º 48' 24''), mas depois de termos entrado, verificámos que o mesmo estava vazio e não gostámos das condições, pois nem água quente havia nos duches. Resolvemos então sair e ir para o Parque de Campismo Municipal de Arganil, em Sarzedo, já nosso conhecido (coordenadas GPS: N )


Dia 17 - Sarzedo (Arganil) - 0 Km

Hoje mantivemo-nos no parque e fizemos um churrasco para o almoço. Depois do almoço fomos dar uma volta pela vila. Passámos pela Igreja Matriz, dedicada a S. João Baptista


e fomos mais à frente beber o café ao Castelo Bar.


Por cima deste, encontra-se um Miradouro


de onde se tem uma vista sobre o rio Alva



e os campos e serras à volta.


Depois do café circulámos por várias ruas




e fomos dar a um largo, onde ao centro tinha uma fonte com um menino a fazer xi-xi



Regressámos de seguida ao parque.

Dia 18 - Sarzedo (Arganil) /  Monte Colcurinho - 52,5 Km


Hoje ficámos no parque durante a manhã e fizemos novamente um churrasco para o almoço. Saímos depois do almoço e fomos até à vila de Arganil, tendo estacionado no Largo da Feira (coordenadas GPS: N 40º 12' 59,60'' W 08º 03' 09''). Fomos a seguir dar uma volta pela vila e passámos pelo edifício da Câmara Municipal


onde na praça fronteiriça existe uma série de repuxos de água no chão.


Descemos depois uma rua pedonal



que nos levou até à Torre Sineira que tem a particularidade de estar separada da igreja e num ponto mais elevada.

Em frente desta encontra-se a Igreja Paroquial, também conhecida por Igreja de São Gens, que é dos finais do século XVII.


Como se encontrava aberta aproveitámos para visitar o seu interior, que é formado por uma nave e capela-mor.


Na parte lateral direita existem dois orgãos de tubos numa galeria


e o tecto da nave está forrado com caixotões com pinturas já um pouco (ou muito) deterioradas.

O Coro-Alto encontra-se por cima da entrada


e ao lado desta está a Pia Baptismal.


Ao regressar à autocaravana passámos pelo melhor que Arganil tem: o Núcleo de um grande clube de futebol.


Dali seguimos até ao Monte Colcurinho (coordenadas GPS: N 40º 15' 58,80'' W 07º 49' 34''). O caminho para lá, apesar de ser alcatroado, é sempre a subir e bastante estreito, não permitindo na maior parte do trajecto o cruzamento de dois carros. Íamos com o desejo de assistir ao pôr do sol mas chegámos já ele se tinha escondido e estava um frio de rachar. Depois de jantar o frio e o vento tinham abrandado e o céu estava limpo, deixando ver as localidades em volta todas iluminadas.




Pernoitámos lá em cima, próximo da Capela.

Continua...

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