Viagem a Espanha para percorrer a Ruta de Don Quijote, realizada de 04.07 a 14.07.2022 num total de 2131,6 Km percorridos (2ª parte).
Dia 7 - Argamasilla de Alba / Villanueva de los Infantes - 97,7 Km
Saímos da ASA e fomos até ao Castillo de Peñarroya, a cerca de 12 Km, à entrada do Parque Natural das Lagunas de Ruidera, onde estacionámos num grande terreiro junto ao castelo.
Atravessámos uma porta
Deixámos o castelo e penetrámos no Parque Natural das Lagunas de Peñarroya, onde se localizam as Lagunas de Ruidera. As Lagunas são um conjunto de pequenos lagos que estão na sua maioria interligados.
Depois de percorrer toda a estrada das lagunas, a uma velocidade de 30 Km/h, partimos para Villanueva de los Infantes. Ao chegar dirigimo-nos para a ASA, que também era como as anteriores (coordenadas GPS: N 38º 44' 25,20'' W 03º 00' 12,50''). Depois de nos instalarmos fomos a pé até ao Centro Histórico, cerca de 1 Km. Pelo caminho passámos pelo Convento de las Franciscanas
e capelas laterais, numa das quais se encontra o corpo de Francisco Quevedo, um nobre politico e escritor espanhol.
Na Plaza Mayor também existem as estátuas de Don Quixote e o seu cavalo Rocinante e de Sancho Pança com o seu burro.
Dia 8 - Villanueva de los Infantes / Almagro - 155,9 Km
Saímos de Villanueva de los Infantes e fomos até Manzanares, tendo estacionado próximo do Castelo, numa rua em que batia a sombra projectada pelos prédios (coordenadas GPS N 38º 59' 40,70'' W 03º 22' 07''). Passámos depois a pé pelo Castillo de Pilas Bonas, uma fortaleza do século XIII que é hoje um hotel.
Também nesta praça fica a Iglesia de Nuestra Señora de la Asunción, cuja construção inicial data do século XV, tendo sofrido um incêndio no século XVI, do qual só ficou a estrutura do templo, sendo depois restaurada
Esta Ermita é uma pequena igreja construída no século XVI, limitada na altura ao espaço onde é hoje o transepto, tendo no século XIX sido objecto de várias restaurações. Foi destruída durante a Guerra Civil e reconstruída em 1940. O interior é simples e de uma só nave.
Em 1962 foi mandado construir o Retábulo do Altar-Mor, em madeira policromada, ogival, que cobre toda a parede da cabeceira
Ao centro encontra-se a imagem principal da igreja: o Nosso Pai Jesus do Perdão, que é o padroeiro de Manzanares
Fomos depois passar pela Ermita de San Antón, uma construção do século XV, que se localiza no meio da praça com o mesmo nome.
A partir daqui fomos fazer a Ruta Manzanares Histórico, que percorre a parte antiga da cidade ao longo dos seus oito séculos de história.
Regressámos à AC e partimos para o Parque Nacional de las Tablas de Daimiel. Estacionámos à entrada (coordenadas GPS: N 39º 08'16'' W 03º 41' 47''). As Tablas de Daimiel são uma zona húmida práticamente única na Europa e devido às suas condições são o habitat excepcional para toda a fauna ligada ao meio aquático.
Existem três percursos que se podem fazer livremente: o Percurso da Ilha do Pão, o Percurso da Lagoa Permanente e o Percurso da Torre do Prado Ancho. Nós optámos por fazer o primeiro, que era circular e tinha uma distância de 2 Km.
Já no final deste percurso pudemos ver Los Majanos, que são construções em pedra retiradas dos campos e amontoadas sem qualquer argamassa para as unir e que servem para abrigo de animais.
Como estava muito calor, ficámos apenas por este percurso e voltámos à autocaravana partindo então para Almagro. Ficámos no Camping Los Arenales à entrada da cidade (coordenadas GPS: N 38º 52' 51,20'' W 03º 41' 47'') e já não saímos. Como o calor era tanto, fomos até ao bar tomar umas bebidas fresquinhas.
Dia 9 - Almagro / Guadalupe - 211,5 Km
Saímos do camping e fomos estacionar perto do centro (coordemadas GPS: N 38º 53' 22'' W 03º 42' 21''). De seguida fomos visitar o Convento de la Asunción de Calatrava, que é do século XVI.
Entrámos directamente para o Claustro que apresenta uma galeria dupla com um total de 60 colunas
e ao redor dele podemos observar várias portas ricamente decoradas
Do claustro entrámos no Refeitório
e de seguida na Sala Capitular.
No claustro destaca-se a escada em pedra com três lanços, de acesso ao piso superior
De salientar a decoração existente nos pilares. em que podemos ver cabeças humanas e de animais em alto relevo
No piso superior temos outra vista do Claustro
e uma Sala Mudéjar, que na sua origem era destinada a dormitório das religiosas do convento
em que o tecto é de madeira.
Na igreja não era permitida a entrada e apenas pudemos entrar no Coro-Alto
de onde se tinha a vista sobre a igreja que é constituída por uma só nave com capelas laterais.
Terminada a visita atravessámos a praça frontal, onde existia uma bonita fonte com jactos de água
e seguimos pela Calle Madre de Dios e Calle Feria
ao fundo da qual se encontra a Iglesia de San Agustin, do século XVIII.
O Transepto é coberto por uma linda cúpula
A nave central e o coro-alto são cobertos por abóbadas com pinturas
Actualmente é utilizada como uma das principais salas de exposição da cidade.
Ao sair ficámos na Plaza Mayor, que estava rodeada por esplanadas
e onde se situa o Ayuntamiento
A meio da praça, de um dos lados, encontra-se o Corral de las Comedias
que é o único exemplar totalmente preservado de um teatro do século XVII, pois ainda mantém a estrutura original
Subi depois á primeira galeria que era destinada a famílias de alto poder
e também à segunda
Saímos e ao fundo da praça passámos pela escultura equestre de Diego de Almagro, um conquistador espanhol do século XV.
No regresso à AC passámos pela Iglesia de San Bartolomé, do século XVIII
e virámos depois pela estrada principal, passando logo a seguir pela Iglesia de San Blas, do século XVI
Já na AC viajámos até Ciudad Real, indo estacionar junto ao Gasset Park num grande estacionamento (coordenadas GPS: N 38º 58' 56,50'' W 03º 56' 03.40'')
onde estivemos sentados numa esplanada a refrescar a garganta, pois o calor era insuportável. No topo desta praça fica também o Ayuntamiento, num bonito edifício, construído em 1976
O interior é de nave única de grandes proporções, 34 metros de altura por 53 de comprimento e 18 de largura
Após esta visita regressámos à AC e passámos, ainda a pé, pela Puerta de Santa Maria que era uma das entradas do Alcázar e recinto amuralhado de Ciudad Real na Idade Média.
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