domingo, 11 de dezembro de 2022

Sintra e Mafra

Continuação da viagem denominada "Ao encontro do Cabrito Estonado", realizada de 21 a 28.10.2022, num total de 1150,3 Km percorridos.

Dia 24 - Évora / Santa Susana - 204,4 Km


Saímos de Évora e viemos por autoestrada. Atravessámos o rio pela Ponte Vasco da Gama


e seguimos na direcção de Sintra. Parámos para almoçar num descampado no Bairro da Cavaleira, em Algueirão-Mem Martins, junto ao Lidl (coordenadas GPS: N 38º 48' 17'' W 09º 21' 24''). Depois do almoço fomos até Sintra e estacionámos numa rua próxima do Centro Cultural Olga Cadaval (coordenadas GPS: N 38º 48' 15'' W 09º 23' 04''). Depois de estacionar fomos a pé, cerca de 1,5 Km, até ao Centro Histórico. Passámos pelo majestoso edifício da Câmara Municipal, construído entre 1906 e 1909 em que se destaca a sua Torre com ameias no topo,


Percorremos a Volta do Duche, também construída nos mesmos anos e onde se encontra a bonita Fonte Mourisca. Esta fonte foi construída em 1920 no extremo da Volta do Duche mas foi desmantelada em 1959 para alargamento da rua e guardada nos armazéns da Câmara e só em 1982 ela é novamente montada no local onde actualmente se encontra.


Chegámos depois ao largo onde se situa o Palácio da Vila.


Fomos primeiro dar uma volta pelos jardins do Palácio



de onde se tem uma vista sobre o Centro Histórico e a Serra de Sintra.


Entrámos de seguida no Palácio para uma visita. Para começar, uma vista para o exterior a partir das arcadas.


Subimos depois ao 1º andar


e passámos pela Sala dos Cisnes. que era onde até ao século XIX se realizavam banquetes, saraus musicais, festas  religiosas e até cerimónias fúnebres


a seguir entrámos na Câmara de Ouro. Aqui o monarca, D. João I, podia receber pessoas de maior estatuto social.


Passámos também pela Sala dos Brasões


onde a nobreza é aqui representada pelos brasões das 72 famílias mais importantes, tendo D. Manuel I colocado o seu no alto da cúpula desta sala.


As paredes desta sala foram revestidas a azulejos no século XVIII.


A Capela é uma construção original do reinado de D. Dinis, século XIII, mas alterada e aumentada durante o reinado de D. Afonso V.


O seu tecto é um dos melhores exemplos mudéjares preservados em Portugal.


A Sala dos Árabes encontra-se na zona do Palácio que foi mais afectada pelo terramoto de 1755 e no reinado de D. Manuel I, foram aqui colocados a fonte e os azulejos múdejares.



A Cozinha do Palácio foi construída por D. João I, para servir todo o Palácio




seguiu-se a Sala Manuelina.


Logo a seguir encontram-se os aposentos de D. Maria Pia de Saboia, constituídos por oito divisões.




De uma das janelas podem ver-se as chaminés da cozinha


e o Centro Histórico.


Terminada a visita ao palácio, fomos dar uma volta pelas ruas do Centro Histórico




passámos pelo Posto de Turismo para receber informações para o dia seguinte


e continuámos pela estrada acima. Passámos por uma bonita fonte decorada com painéis de azulejos


e fomos até um pouco mais acima, onde havia uma outra fonte


junto à entrada da Quinta Biester, que não visitámos por já estar a encerrar.


Voltámos à autocaravana e fomos para Santa Susana, onde pernoitámos na sua àrea de serviço (coordenadas GPS: N 38º 55' 04'' W 09º 22' 59''.

Dia 25 - Santa Susana / Mafra - 44,3 Km


Saímos da ASA e fomos novamente para Sintra. Estacionámos num dos raros espaços na Serra de Sintra, próximo da Quinta da Regaleira, que fomos visitar.


A Quinta da Regaleira é uma propriedade do século XVI, composta por um magnífico Solar e ainda jardins e bosques, classificada como Imóvel de Interesse Público desde 2002.


Começámos a visita pelos jardins




fomos ao Poço Iniciático, que é uma galeria subterrânea com uma escadaria em espiral, sustentada por colunas esculpidas, por onde se desce até ao fundo do poço.


No fundo do poço está embutida, em pedra mármore, uma rosa dos ventos.


Existem várias galerias ou túneis, que outrora eram habitados por morcegos.




Visitámos de seguida a Capela da Santíssima Trindade, composta por uma magnífica fachada.


No interior, no Altar-Mor, vê-se Jesus depois de ressuscitar a coroar Maria.


Entre a Capela e o Palácio encontra-se este encantador banco.


Entrámos depois no Palácio.



Passámos na Sala Principal, com a lareira ao fundo


e um bonito tecto.


Um pormenor dos puxadores das portas.


Passámos também pela Sala dos Reis, antiga sala de bilhar



com um tecto onde estão representados 20 reis e 4 rainhas da monarquia portuguesa.


Da varanda do palácio tem-se uma vista sobre os jardins.



Terminada a visita fomos almoçar no Restaurante Tasca do Xico. Depois do almoço fomos apanhar o autocarro para o Palácio da Pena. Chegados lá e embora tivéssemos comprado os bilhetes pela net com hora marcada, ainda estivemos quase meia hora numa fila para entrar.



O acesso ao interior do Palácio faz-se pelo percurso reservado à Família Real até 1910. D. Fernando II remodelou esta escada, criando uma escada dupla


que conduz ao pequeno Claustro. Este Claustro foi construído em 1511 e apresenta galerias que se abrem para um pãtio central.


Passámos à Sala de Jantar, que foi adaptada por D. Fernando II a partir do refeitório conventual, a sala de jantar privada da família real.


De salientar a cobertura com uma abóboda de nervuras.


Seguiu-se o quarto de D. Fernando, que é o principal quarto de dormir do palácio.


Entrámos depois no gabinete da Rainha D. Amélia, onde se conserva a secretária onde a Rainha escrevia a sua correspondência.


Passámos à Sala de Visitas


em que também sobressai o tecto.


Na Sala de Fumo salta à vista o tecto e o candeeiro.


Seguiu.se o Salão Nobre, que é o maior compartimento do palácio.



A seguir admirámos a Sala dos Veados, que era destinada a banquetes e evocava uma das actividades exclusivas da nobreza: a caça.




Entrámos a seguir na Cozinha.




Saímos do palácio e fomos até ao terraço



de onde se tem uma vista sobre a serra de Sintra.



Este terraço dá acesso ao Terraço do Tritáo




de onde também se tem uma vista sobre a zona envolvente.



Abandonámos o palácio e fomos percorrer o parque



passando pela Feteira da Rainha


e por uma pérgola


até chegarmos ao Chalet da Condessa d'Edla.



Este chalet foi construído pelo rei
D. Fernando II para a condessa. Actualmente entramos para o chalet pela zona de serviços, assim ficamos logo na cozinha



e passamos a seguir para o átrio da escada, que é a zona que separa a zona de serviços e o piso superior que é onde se encontram os aposentos privados do casal.


Entrámos na
Sala das Eras, que era a sala de estar da condessa


depois temos o
Quarto de Cama, que era partilhado pelo casal


e por fim a
Toilette da Condessa.


Passámos a seguir pelas cavalariças


e pelo picadeiro


e mais à frente por onde andava um cavalo a pastar.


Dirigimo-nos depois para a saída


e passámos pelo
Vale dos Lagos.



Saímos deste parque e fomos logo ali à saída apanhar o autocarro de regresso e o motorista foi tão simpático que parou junto da autocaravana para nos deixar sair e assim nos poupou uns quantos passos desde a paragem. Já na AC seguimos para
Mafra, indo estacionar para pernoitar na área de serviço, que fica mesmo ao lado do convento (coordenadas GPS: N 38º 55' 57'' W 09º 19' 36''). 


Dia 26 - Mafra / Costa de Lavos . 181,9 Km


Saímos a pé da ASA para ir visitar o Convento de Mafra. Logo à saída da ASA passámos por um Monumento ao Soldado de Infantaria que levantou alguma polémica quanto à sua localização.


Logo a seguir encontra-se o majestoso Palácio/Convento.



Este palácio foi mandado construir por D. João V e edificado entre 1717 e 1730 e está classificado como Monumento Nacional desde 1907. As Torres contêm um dos maiores conjuntos sineiros do mundo, constituído por dois carrilhões com um total de 98 sinos.


Entrámos no Mosteiro e subimos ao primeiro andar


atravessámos a sala de exposição de esculturas e presépios de alguns santos



e passámos pela enfermaria, com dezasseis quartos individuais. É a única enfermaria do século XVIII que existe em Portugal.



A seguir fica a cozinha da enfermaria.



Nas celas dos frades pode ver-se o mobiliário do século XVIII.


Percorremos os aposentos do Rei, no Torreão Norte, passando primeiro pela sala de Diana, em que se destaca a pintura do tecto que é dedicada à deusa da caça.



Seguiu-se a sala do trono




e depois a capela privada do Rei



segue-se a sala de espera para a entrada nos aposentos do Rei


e depois o quarto do Rei.


Segue.se uma sucessão de salas formando um longo corredor com 232 metros, que separa o Torreão Sul.




No Torreão Sul temos os aposentos da Rainha.




Seguiu-se a sala da música,



a sala de jogos


e a sala da caça.




Passámos depois pela biblioteca, que está entre as mais importantes do mundo. Conta com cerca de 36000 livros.




Por fim visitámos a Basílica que ocupa o centro deste grande edifício. Tem quase 60 metros de comprimento e 43 de largura.



O Zimbório foi a primeira cúpula construída em Portugal, com 65 metros de altura e 13 metros de diâmetro e é um dos maiores do mundo.


Na Basílica destacam-se os seis órgãos que foram construídos no tempo de D. João VI.



Nas laterais existem ainda algumas capelas.



Terminada a visita, fomos para a AC onde almoçámos. Depois do almoço partimos para a Costa de Lavos, onde fomos estacionar e pernoitar (coordenadas GPS: N 40º 05' 15,70'' W 08º 52' 23'').


Depois de nos instalarmos, como ainda era cedo fomos dar um passeio junto à praia.


Dia 27 - Costa de Lavos / Praia de Pedrógão - 72,5 Km


Saímos da Costa de Lavos e fomos até Buarcos, onde estacionámos junto ao Largo de Buarcos, entre a Av. Infante D. Pedro e a Av do Brasil.



Caminhámos pela avenida até às Muralhas, que são o que resta da Fortaleza de Buarcos do século XVI.




Voltámos pela rua de cima, onde há vários restaurantes.



Fomos de seguida almoçar ao já nosso conhecido Restaurante Rei da Picanha, onde saboreámos uma bela picanha com queijo. Depois do almoço fomos para a AC e viajámos até à Praia de Pedrógão, onde fomos pernoitar no Parque de Campismo, também já nosso conhecido (coordenadas GPS: N 39º 54' 54'' W 08º 57' 00'')


Dia 28 - Praia de Pedrógão / Brejos de Azeitão - 199,9 Km


Saímos do parque de campismo e fomos na direcção da Batalha. Parámos um pouco antes, na N1, em frente do Restaurante Elsa & Filomena, onde fomos almoçar.


Quando viajamos de regresso a casa vindos do norte é sempre neste restaurante que almoçamos (se forem horas para isso). Depois do almoço continuámos a viagem de regresso a casa, tendo atravessado o Tejo pela Ponte Marechal Carmona e chegámos a casa ao final da tarde.

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