Viagem pelo norte de Portugal, Galiza, Astúrias, Cantábria e Castela e Leão em Espanha, realizada de 09.09.2023 a 29.09.2023, num total de 3185 quilómetros percorridos. (4ª e última Parte)
Dia 23 - Ruente / Aguilar de Campoo - 87,1 Km
Saímos da área de serviço e fomos dar uma volta por Ruente. Ruente é uma pequena cidade sede de município. Fomos pela estrada até à Ponte dos 9 Olhos, assim chamada por ter 9 arcos. É uma ponte medieval, baixa e construída em alvenaria
Passámos ao lado dela e fomos percorrer o Parque de la Fuentona, que é um parque urbano com muita sombra e área de merendas.
até chegar à La Fuentona, que é a nascente do rio . Esta nascente brota de uma parede de rocha calcária.
Atravessámos a ponte medieval e entrámos no Bairro Monasterio, onde se encontra a Igreja de Santa Maria Madalena, construída no século XVIII.
Na ASA, fizemos a manutenção à AC, após o que partimos para a estrada. Fomos por Espinilla e passámos por estrada de montanha
Na passagem por Reinosa, parámos no Mercadona para nos abastecermos. Chegámos a Aguilar de Campoo e dirigimo-nos para a ASA (coordenadas GPS: N 42º 47' 10'' W 04º 15' 26'').
Aguilar de Campoo foi declarada Conjunto Histórico-Artístico em 1966. Ao chegar, deparámo-nos com uma passagem por debaixo da estrada N-611, em que a altura era limitada a 2,40 m e a ASA era logo a seguir à passagem. Tivemos então de voltar para trás e dar a volta por outras ruas.
Depois de estacionar, almoçámos já um pouco tarde. Depois do almoço, fomos a pé até ao centro, seguindo pelo Paseo El Soto, ao lado do rio Pisuerga, onde em certa altura havia uma ponte em madeira para atravessar para a outra margem.
Esta ponte, de origem medieval, conta com uns assentos em pedra em cada uma das laterias, que serviam para descanso das pessoas que queriam aceder ao recinto amuralhado e que teriam de pagar o imposto.
A porta não pertence a este período, pois foi só construída no século XVIII. Passando a porta, do lado esquerdo fica o Palacio de la Vera Cruz, onde está instalada a Casa Paroquial
cujas fases de construção variam do século XIII ao século XVIII, mas que do século XIII apenas se conserva a porta principal.
Um desses edifícios é o Palacio de los Marqueses de Aguilar, que fazia parte de um complexo palaciano que se localizava nesta praça.
e fomos até ao fundo da rua, de onde já se via. É um Castelo de origem medieval, que se encontra em ruínas e apenas as muralhas e as torres se encontram preservadas.
Não fomos até lá porque ainda ficava distante e o caminho era sempre a subir. Quase ao lado do castelo, na mesma encosta, encontra-se a Ermita de Santa Cecilia, do século XII, que também vimos cá de baixo.
Continuámos e passámos pelo Molino Capitán Malla, que é um moinho de água que fazia parte de um conjunto destes moinhos que aproveitavam a água do rio Pisuerga.
A seguir ao moinho, atravessámos a Puerta del Paseo Real, do século XIV, também conhecida como Puerta del Monasterio, que é uma das seis portas da muralha que se conservam na actualidade.
Este mosteiro foi declarado Monumento Histórico-Artístico em 1914 e a primeira referência a este mosteiro é do século XI. Foi encerrado no século XIX e entrou em ruínas. Em 1914 foi declarado Monumento Nacional e os edifícios restaurados, na segunda metade do século XX, alojam hoje um Instituto de Ensino Secundário e também uma Fundação para o estudo do Românico. Entramos primeiramente para um museu
Após esta visita, percorremos novamente o caminho até à Plaza de España e pelas traseiras da Igreja San Miguel
passámos pela Puerta del Palacio de los Villatorre, conhecida localmente por Puerta de la Torrejona, construída no século XVI, que fazia parte da entrada principal do palácio.
e logo depois pela Puerta de la Tobalina-Judería, do século XIV, que é uma das seis portas da muralha que ainda se conservam e que dava acesso ao Barrio de las Tenerias
Dia 24 - Aguilar de Campoo / Palência - 103,6 Km
Saímos de Aguilar de Campoo e fomos para Palência. Logo à entrada da cidade, fomos visitar o Cristo del Otero, que é uma grande escultura e símbolo da cidade, que se encontra no cimo de uma colina.
Foi construída em 1931 e é uma das estátuas de Cristo mais alta no mundo. Depois de deixar a AC, subimos uma rampa que nos levou aos pés da estátua
Nesse terraço, aos pés de Cristo, encontra-se esculpida na rocha uma pequena capela, sustentada por muitas colunas e totalmente caiada de branco
Depois do almoço fomos a pé para o centro. Á saída da ASA, atravessámos uma ponte de ferro, construída em 1911, para facilitar a passagem da cidade para os campos de cultivo do outro lado do rio Carrón.
virando mais à frente para a Iglesia de San Miguel, construída nos séculos XI a XIII. Foi declarada Monumento Histórico-Artístico em 1931 e Bem de Interesse Cultural em 1992.
Desta igreja fomos por ruas interiores até à Catedral, dedicada a San Antolín e construída do século XIV ao século XVI. Chegámos pela cabeceira da Catedral
Seguimos até à Plaza Mayor, onde a um canto se encontrava uma escultura de Jeronimo Arroyo, um arquitecto, político, jornalista e escultor espanhol, nascido nesta cidade.
Da Plaza Mayor, passámos à Plaza de San Francisco, adjacente a esta, onde se encontra a Iglesia de San Francisco, construída no século XIII.
Na rua junto a esta capela e nas traseiras do Ayuntamiento está uma estátua em bronze representando uma Aguadora
Seguimos pela Calle Colón e no cruzamento com a Calle Burgos, encontra-se um colossal edifício, construído em 1914 e onde funciona o Palácio Provincial de Palência.
Virámos na Calle Burgos e logo à frente do palácio está o Convento de las Claras, construído entre os séculos XIV e XV.
Logo a seguir situa-se a Iglesia de San Lázaro, que foi construída em várias etapas a partir do século XIV.
Junto da entrada está uma estátua de São Lázaro com o cão.
Saímos de Palência e fomos até Venialbo, depois de termos passado por Toro. Em Venialbo dirigimo-nos para a ASA (coordenadas GPS: N 41º 23' 28'' W 05º 32' 20''), onde almoçámos. Esta ASA fica numa zona enorme, toda relvada e com electricidade por 3 €.
Fomos dar à Iglesia Paroquial da Assunción de Nuestra Señora, do século XII, mas que a maior parte do que vemos hoje é do século XV e que estava fechada.
Junto da igreja estava uma árvore já com bastante idade e com o tronco todo consumido, mas ainda toda verdinha a lutar pela vida.
Entrámos na estrada e logo à frente, numa zona ajardinada encontrava-se um monumento dedicado às forças armadas, com uma âncora, uma hélice e o que parece ser uma bala.
Regressámos a seguir à ASA.
Dia 26 - Venialbo / Castelo Branco - 383,0 Km
Saímos de Venialbo na direcção de Salamanca e seguimos para Alba de Tormes, onde estacionámos logo depois de passar a Ponte Medieval, junto ao rio Tormes (coordenadas GPS: N 40º 49' 35'' W 05º 30' 57'').
Esta Basílica, cuja construção começou em 1898 ficou inacabada e em 2007 recomeçaram as obras e foi-lhe colocada uma cobertura em madeira laminada e chapas de cobre.
estava a funcionar uma exposição em homenagem a Levi Ezquierdo Martin, de 82 anos, em que se destacavam diversas pinturas.
Daqui seguimos até à Iglesia de San Pedro, que sofreu um incêndio em 1512 que a destruiu quase por completo, salvando-se apenas a fachada. Foi reconstruída em 1577.
Fomos depois visitar a Igreja do Monasterio Madres Carmelitas Descalzas, fundado em 1571 por Santa Teresa de Jesus
Este castelo, do século XIII, tem o estatuto de Bem de Interesse Público. No seu interior encontram-se as ruínas, onde decorrem escavações arqueológicas desde 1991
e apenas resta a Torre de Menagem, convertida em museu, onde podemos visitar várias salas. No rés-do-chão, com restos de bustos, cerâmicas e moedas da época
Depois do almoço fomos para a AC e seguimos para Plasência, onde planeávamos pernoitar, mas ao chegar à ASA, como estava muito calor e o estacionamento era todo ao sol, resolvemos antecipar o nosso regresso a Portugal e seguimos para Castelo Branco, tendo-nos instalado no Parque de Campismo Municipal (coordenadas GPS: N 39º 51' 28,70'' W 07º 29' 36,80'').
Dia 27 - Castelo Branco - 0 Km
Hoje mantivemo-nos no parque de campismo para descansar, das caminhadas anteriores.
Dia 28 - Castelo Branco / Pedrógão Grande - 89,0 Km
Saímos de Castelo Branco e seguimos na direcção de Pedrógão Grande. Passámos pela Barragem do Cabril e logo depois chegámos ao Parque de Campismo, onde nos instalámos e pernoitámos.
e à Praia Fluvial.
Dia 29 - Pedrógão Grande / Casa - 276,2 Km
Saímos do parque de campismo e seguimos pela N2 até à Sertã, onde fomos almoçar o cabrito estonado no Restaurante Ponte Velha.
Depois do almoço, continuámos pela N2 até Montargil, onde virámos para Coruche. Fomos depois fazer os despejos na nova ASA de Erra, uma localidade ali próximo, mais para vermos como era, mas ficámos desiludidos. Apesar de ser das que necessitam de registo, encontra-se de cancelas abertas, mas o caminho para lá chegar é péssimo, em terra batida e cheio de nervuras. Após a manutenção, continuámos a viagem e chegámos a casa ao final da tarde.
2 comentários:
... uma palavra de sincero reconhecimento pelo excelente trabalho aqui apresentado pelo seu Blogue. Muitíssimo bem apresentado completado ao pormenor com todos os detalhes que, sem dúvida, são de uma ajuda importante para os "turistas em autocaravana. Muito obrigado. Abraço fraterno. L.Lucas DaSilva
Obrigado pelas suas simpáticas palavras, companheiro Lucas da Silva. Um abraço.
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