Viagem pelo norte de Portugal, Galiza, Astúrias, Cantábria e Castela e Leão em Espanha, realizada de 09.09.2023 a 29.09.2023, num total de 3185 quilómetros percorridos. (3ª Parte)
Dia 19 - Covadonga - 23,5 Km
Hoje saímos do parque com ideia de continuar a viagem e fomos à ASA de Cangas de Onis fazer a manutenção da AC. Durante esse processo, já que estávamos ali, pensámos ir até aos lagos e voltámos para o Parque 4. Pagámos uma diária e fomos à saída do parque, comprar os bilhetes para o autocarro. Estivemos mais de uma hora até conseguirmos entrar num, já que nos dois primeiros não tivemos lugar.
A viagem demorou cerca de 30 minutos e admirei a destreza daquele condutor, que com um carro daquele tamanho conseguia fazer as curvas, algumas bem apertadas, sem qualquer dificuldade
até chegarmos lá acima.
Após sairmos do autocarro, iniciámos uma caminhada pelo percurso PR-PNPE2 que está bem assinalado
e que continha algumas escadas
e algumas subidas
até chegarmos ao Centro de Visitantes Pedro Pidal, que no seu interior tinha uma sala de audiovisual
No exterior do Centro havia uma Cabana de Pastores
e logo a seguir começava uma nova subida em escada
seguida de caminho em piso de terra
que nos levou até ao Mirador del Principe de Asturias
de onde se tinha uma vista sobre as montanhas dos Picos.
Continuámos a subida
e passámos por uma vaca, que lá andava sossegada na sua vida.
Deste caminho, a vista em redor era esta.
Como a subida não tinha fim à vista, resolvemos voltar para trás e próximo do Centro de Visitantes
havia este parque de merendas, onde umas sandes que tínhamos comprado antes da subida no autocarro, nos serviram de almoço.
No parque havia algumas cabanas de pedra, em que uma era casas de banho e outra um bar, mas que estava fechado.
Ao fundo deste parque estava a saída das Minas de Buferrera, que foram umas minas onde se explorou ferro e manganês até 1979, durante 130 anos.
A partir daqui, subimos até à estrada alcatroada,
de onde já se avistava o Lago Enol
e um grande rebanho que pastava próximo dele.
Descemos até ao Lago Enol
e fomos depois para a paragem do autocarro, onde já havia muita gente e só no terceiro conseguimos entrar. Fomos depois para o parque da autocaravana para uma noite tranquila.
Dia 20 - Covadonga / Somo - 277,4 Km
Saímos de Covadonga e seguimos o caminho para Riaño. Em Ceneya, começa o Desfiladeiro de Los Beyos, que percorre toda a estrada N-625.
Passámos e estacionámos na Cascata del Aguasaliu, para ir vê-la.
Esta cascata, de uns 270 metros de desnível, verte as suas águas no rio Sella.
Continuámos a descida do desfiladeiro
e parámos no Miradouro de Oseja de Sajambre.
Mais à frente encontra-se a Fuente del Inferno, que é a nascente do rio Sella.
Chegámos a Riaño depois de termos passado por Puerto del Pontón e Vegacerneja.
Em Riaño, parámos em frente à ASA apenas para almoçar (coordenadas GPS: N 42º 58' 25,53'' W 05º 00' 02,82'')
de onde se via a ponte.
Depois do almoço seguimos para Lebeña, pela N-621
e em Puerto de San Glorio
deixámos Castilla Y León para trás e entrámos na Cantábria
onde havia um Miradouro com soberbas vistas.
Á entrada de Lebeña estacionámos (coordenadas GPS: N 43º 12' 53,50'' W 04º 35' 23,30'') e fomos visitar a Iglesia de Santa Maria de Lebeña, que é um edifício medieval e está classificado como Bem de Interesse Cultural
mas como estava fechada apenas pudemos ver o exterior.
De seguida partimos para Somo, onde pernoitámos na sua ASA (coordenadas GPS: N 43º 26' 48'' W 03º 43' 40'')
Dia 21 - Somo / Santillana del Mar - 69,9 Km
Durante esta noite choveu bastante, mas de manhã já só caía uma chuva miudinha. Saímos de Somo e fomos na direcção de Santander, onde nos dirigimos para a ASA (coordenadas GPS: N 43º 28' 20'' W 03º 48' 13''), a qual se encontrava totalmente lotada. Ainda lá estivemos um pouco, mas como também estava de chuva, resolvemos seguir para Santillana del Mar, indo directamente para a ASA (coordenadas GPS: N 43º 23' 33'' W 04º 06' 10'') que era daquelas com registo, mas sem qualquer dificuldade, nada que se pareça com as nossas dos ''montanhistas". Como ainda era cedo e já não chovia, pensámos ir primeiro visitar Santillana e ao chegar lá, ao procurar estacionamento, vimos um camping mesmo perto do centro e fomos para lá.
Entrámos então no Camping Santillana e instalámo-nos.
Fomos depois a pé até ao centro
onde há restaurantes quase lado a lado e almoçámos na Bodeguca Los Blasones.
Após o almoço, descemos a rua
e fomos visitar o Museo de la Tortura
que é um museu privado que contém mais de cem instrumentos originais de tortura e pena capital, dos séculos XV ao XIX.
É arrepiante ver aquilo e imaginar as pessoas naquela situação. Continuando o nosso passeio
fomos até à Igreja Colegiada de Santa Juliana, que é um dos monumentos românicos mais representativos da região, declarado Monumento Nacional desde 1889.
Passámos também pelo Palacio Museo de Velarde, um edifício do século XVI.
Fomos até à Plaza Mayor, onde se situa a Torre de Don Borja, um edifício do século XV.
Do outro lado está também uma torre que não consegui identificar.
Regressámos de seguida ao camping e já não saímos.
Dia 22 - Santillana del Mar / Ruente - 63,5 Km
Saímos do Camping e fomos até Comillas
onde estacionámos num grande parque em frente à Playa de Comillas.
Fomos depois mais para o centro e estacionámos num parque com parquímetro. Seguimos a pé
até à Plaza de la Constitución, onde estava instalada uma feira.
Nesta praça fica o antigo Ayuntamiento, construído em 1780
e também a Iglesia de San Cristóbal, cuja construção foi iniciada a meio do século XVII e terminada a meio do século XVIII.
Como estava aberta, entrámos para visitar. O interior é composto por três naves, sendo a do meio mais larga do que as laterais
todas cobertas por uma bonita abóboda.
Logo à entrada tem uma pia de água benta em forma de concha
O interior é muito simples e despido e a Capela-mor limita-se a ter apenas uma cruz em madeira.
No transepto, de cada lado da capela-mor está um bonito Púlpito com a armação em ferro
e do interior consta ainda um magnífico Órgão.
Saímos desta praça e passámos pelo novo Ayuntamiento
junto do qual se encontra a Fuente de los Tres Caños, que é uma fonte monumental, construída em 1889.
Fomos a seguir visitar o El Capricho de Gaudi, que foi projectado por Antoni Gaudi e construído em 1883-1885. Foi declarado Monumento Nacional em 1969.
De salientar a decoração exterior em girassóis.
Visitámos também o interior, mas devido a um problema na máquina, do qual só me apercebi depois, apenas aproveitei estas duas fotografias.
No exterior encontra-se uma bonita zona ajardinada mas também as fotos foram afectadas pelo problema da máquina.
Regressámos a seguir à autocaravana e seguimos para San Vicente de la Barquera, tendo estacionado na traseira do Santuário de la Barquera, onde almoçámos (coordenadas GPS: N 43º 23' 25,25'' W 04º 23' 31'')
e de onde se tinha uma vista para o rio Escudo, que vai desaguar no mar Cantábrico.
Depois do almoço fomos ver o Santuário, que tem um pequeno jardim na parte lateral e frontal
e cujo interior é bastante simples. Apesar de haver um gradeamento que fechava o livre acesso à nave, consegui através da grade obter as fotos.
Novamente na autocaravana seguimos para o centro
e estacionámos num parque junto ao rio, no Paseo Maritimo (coordenadas GPS: N 43º 23' 02,50'' W 04º 23' 54,40'').
Dali avistava-se o Castillo de San Vicente
e no rio a marina.
Ao lado, uma zona ajardinada com palmeiras
e uma fonte de onde jorravam vários jactos de água.
Via-se também a Puente de La Maza, do século XV, com 32 arcos e 500 metros de comprimento, que iríamos atravessar daqui a pouco.
Saímos de San Vicente de La Barquera, atravessando a ponte que víamos há pouco, já com alguns choviscos
e fomos para a ASA de Ruente, que também era daquelas com registo mas com muito boas condições (coordenadas GPS: N 43º 15' 41'' W 04º 15' 46'').
Cada lugar tinha electricidade e um espaço relvado com mesa e bancos.
Além disso tinha WC e duche com pagamento de 1 €. Ficámos o resto da tarde na ASA, pois até tinha internet.
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