Saímos de León e fomos visitar as Cuevas de Valporquero. A viagem para lá fez-se através de uma estrada rodeada de altas montanhas que mostrava uma paisagem de beleza incomparável.
A dada altura parámos junto a um rio, onde havia um desnível que provocava uma queda de água.
A estrada nesta altura já era mais estreita e á medida que íamos subindo começava a ver-se alguma neve.
Chegados ao local, estacionámos no espaço destinado a esse fim e dirigimo-nos à bilheteira.
Estas grutas estão a 1309 metros de altitude e abriram ao público em 1966 e contam com sete salas ao longo de 1300 metros. A temperatura no interior da gruta é constante durante todo o ano e ronda os 7º C. A visita é guiada e ao fim de alguns minutos iniciou-se a caminhada. Atravessámos um pequeno túnel aberto na rocha até chegarmos à boca da gruta um pouco mais abaixo.
Começámos pela sala das Pequenas Maravilhas que é precedida por um lago iluminado.
Seguiu-se a Grande Rotunda, que é a sala de maiores dimensões com mais de 100.000 m3. As suas paredes formam uma grande cúpula de 20 metros de altura e é atravessada por um rio.
A Grande Cascata de 15 metros de altura cai mais à frente.
Fomos andando, subindo escadas e atravessando pontes até passar pela Sala das Maravilhas.
Logo a seguir saímos da gruta por outro túnel.
Fomos para a Ac e seguimos para Oviedo.
Chegados a Oviedo dirigimo-nos para a Área de Serviço (coordenadas GPS: N 43º 22' 57.50'' W 05º 49' 26'').
Almoçámos na área e depois do almoço fomos apanhar o autocarro C2 para o centro, na paragem Quatro Caños. Durante o trajecto fomos tirando algumas fotos.
Saindo do autocarro, seguimos por algumas ruas
e na praça da Catedral (Plaza Alfonso II) entrámos numa pequena capela.
Fomos depois visitar a Catedral de San Salvador, que foi construída entre o séc. XIII e o séc. XVI. A fachada é irregular e apresenta três portadas em madeira de nogueira do séc. XVIII.
A Torre, restaurada depois da guerra, mede 80 metros de altura.
O interior é formado por três naves, tendo a maior 10 metros de largo, 67 metros de comprimento e 20 metros de altura, sendo que as outras duas apenas têm 6 metros de largura.
A Capela-maior, situada na abside da Catedral, é encimada por duas linhas de vitrais, mas apenas a superior é visível já que a inferior está tapada pelo Retábulo-maior.
Este Retábulo do séc. XVI, em madeira policromada e de apreciável dimensão, é dedicado a San Salvador e nele se relatam episódios da vida de Cristo.
Á volta do Retábulo foi construída a "Girola", no séc. XVII, nela se encontrando cinco pequenas capelas.
Ao fundo, por cima da entrada está colocado um bonito orgão.
Em toda a volta, logo abaixo da cobertura abobadada, existem também lindos vitrais.
Passando à Câmara Santa temos o local onde se guardam os tesouros e relíquias da Catedral.
O Claustro foi construído em diferentes fases e concluído em 1441. É rectangular, com as medidas de 27 x 32 metros e um pequeno jardim no centro.
Do claustro acede-se à Sala Capitular, onde se encontram os restos do cadeiral do coro da Catedral, em madeira de nogueira, dos finais do séc. XV. É a parte mais antiga da Catedral, já que foi por aqui começada a construção. Nota-se a ausência quase total de janelas.
Saímos da Catedral e fomos novamente apanhar o autocarro, desta vez o C1, já que estava a começar a chover. Já na área, começou a chover com mais intensidade e já não voltámos a sair.
Saímos da área de serviço e fomos até à Igreja de Santa Maria del Naranco, que se encontra no Monte Naranco a 6 Km da área de serviço. Esta é uma igreja pré-românica construída em 842. Não a visitámos por dentro por ser visita guiada em conjunto com a Igreja de San Miguel, situada a cerca de 100 metros e o começo da visita ainda demorava algum tempo. A Igreja foi declarada Património Mundial da Humanidade pela Unesco em 1985. Tem uma planta rectangular de 21 metros de comprido por 6 de largo e está dividida em dois pisos com uma altura total de 9 metros.
Na sua parte mais larga existe uma escada dupla para acesso ao piso superior.
No exterior tem-se uma vista sobre Oviedo e as montanhas.
Seguimos depois para Nava e estacionámos junto ao Museu da Sidra que fomos visitar.
Este museu foi inaugurado em 1996 e mostra todo o processo de fabricação da sidra, desde o cultivo da maçã até ao engarrafamento. Existe uma máquina interactiva que nos mostra, através da inserção de uma maçã, todo o processo até à saída da sidra e seu engarrafamento.
A visita é guiada e vai-nos sendo dada toda a explicação sobre o processo.
Passámos depois por uma zona onde podemos experimentar tocar a Gaita Asturiana (gaita de foles).
Por fim experimentámos também a maneira de servir a sidra, com a mão que segura a garrafa bem levantada acima da cabeça e deixando cair a sidra para o copo que estará à altura da cintura. Esta experiência é feita com água e não com sidra.
Para terminar foi-nos dada a provar um pouco de sidra. Saímos do museu e percorrendo algumas ruas abandonámos Nava.
e seguimos para Cangas de Onis.
Aí chegados e depois de estacionar, fomos dar uma volta.
Passámos junto à Igreja da Assunção, também conhecida por Igreja de Santa Maria. Foi reconstruída recentemente sobre um templo medieval.
Apenas se destaca pela sua Torre Sineira de seis sinos, que consiste em três andares que vão estreitando, em termos de largura, à medida que vai subindo. Como se encontrava fechada não a visitámos.
Ao lado da igreja encontra-se uma mota feita de pedra e ferro.
Mais à frente passámos pelo Ayuntamiento instalado num bonito edifício.
Continuámos e fomos até à Ponte Romana que se encontra sobre o Rio Sella. Esta Ponte foi declarada Monumento Histórico-Artístico em 1931 e consta de um arco mais elevado e outros dois mais baixos. No arco mais elevado encontra-se uma reprodução da Cruz da Victória, que é o símbolo principal das Astúrias.
Subimos à ponte e percorremo-la até ao outro lado.
Do seu ponto mais elevado tem-se uma prespectiva da outra ponte e do rio.
Regressámos à AC e seguimos para Covadonga.
Depois de estacionar fomos primeiro visitar "La Santa Cueva" ou o Santuário de Covadonga. Trata-se de um santuário católico, situado numa gruta.
Em baixo tem um pequeno lago onde cai a água de uma cascata.
Acede-se à gruta através de uma escada.
Ao lado da gruta existe um túnel através da rocha, por onde saímos.
Fomos a seguir visitar a Basílica de Nossa Senhora de Covadonga, a qual foi construída entre 1877 e 1901 em pedra calcária rosa, que contrasta com o verde da paisagem.
A fachada principal chama a atenção pelas agulhas que encimam as torres.
A entrada é feita através de um pórtico frontal, com três arcos.
O interior apresenta três naves, sendo a central notóriamente mais alta que as laterais, cruzeiro e três absides na cabeceira.
No Altar-Maior destaca-se a imagem de Nossa Senhora.
À esquerda tem também um bonito orgão.
Á saída da Basílica começou a chover e tivemos de apressar o passo até à AC. Devido à chuva e ao nevoeiro que fazia, não nos foi possível subir aos Lagos como estava planeado. Seguimos para Las Arenas de Cabrales, onde nos instalámos no Camping Naranjo de Bulnes.
Dia 9 - Las Arenas de Cabrales / Ribadesella - 210.3 Km
Saímos do camping e fomos até Fuente Dé. A estrada não é larga embora tenha duas faixas de rodagem e é quase sempre ao lado do Rio Cares, o que torna a viagem agradável.
Estacionámos e almoçámos no estacionamento.
Como havia algum nevoeiro estávamos indecisos se havíamos de subir no teleférico ou não, mas optámos por arriscar e então depois do almoço fomos até à estação na base adquirir os bilhetes.
Este teleférico, com capacidade para 20 passageiros, percorre o desnível de 753 metros, em apenas 4 minutos a uma velocidade de 10 metros por segundo e leva-nos a uma altitude de 1823 metros, onde se encontra a estação superior e de onde se tem uma paisagem de rara beleza.
Lá em cima estava tudo cheio de neve e enquanto lá estivemos esteve a nevar, embora em pequena quantidade. Depois de tirar algumas fotos voltámos a descer no teleférico e fomos para a AC.
Continuámos a viagem e parámos em Potes, onde andámos um pouco a pé.
Passámos pela Igreja Paroquial
e ao lado pela antiga Igreja de San Vicente, que é um edifício composto por espaços construídos em diversas épocas, desde o séc. XIV ao séc. XVIII. Hoje acolhe o Centro de Estudos Lebaniegos.
Continuámos e passámos numa das muitas pontes que existem em Potes, sobre o Rio Quiviesa, de onde se podem ver as velhas casas de pedra sobre o rio.
Esta é a Ponte Medieval de San Cayetano
e esta é a Ponte de la Cárcel, junto à Torre del Infantado.
Aqui é a junção dos dois rios: O Deva e o Quiviesa.
Logo de seguida passámos pela Torre del Infantado, que é um edifício medieval declarado Bem de Interesse Cultural em 1985.
Na fachada principal tem uma grande varanda, logo acima da entrada que se situa ao cimo de uma larga escada. Nas quatro fachadas existem pequenas janelas e em cima, nos cantos existem quatro pequenas torres com ameias.
Passeámos por mais algumas ruas e regressámos à AC, partindo depois para Poncebos.
A estrada é quase sempre ao lado do Rio Cares.
A dada altura deparámo-nos com umas cabras no meio da estrada, que logo fugiram à nossa passagem.
Em Poncebos era para fazermos a Ruta del Cares, mas devido ao estado do tempo achámos melhor apenas admirarmos a paisagem que é deslumbrante e tirar algumas fotos.
Estivemos à entrada do Funicular de Bulnes, que é um funicular que une as aldeias de Poncebos e Bulnes. Esta aldeia esteve sempre isolada até à criação do funicular em 2001, pois não tem acesso por estrada sendo apenas acessível por um caminho não asfaltado ao longo do desfiladeiro do rio Bulnes. Este funicular percorre uma distância de 2227 metros, com um desnível de 402 metros e uma inclinação média de 18,19%. Cada carruagem tem lotação para 28 passageiros e a sua velocidade é de 5 metros por segundo. Também não pudemos ir nele, porque o mesmo estava a encerrar quando chegámos.
Partimos de seguida para Ribadesella, onde parámos e pernoitámos na Área de Serviço (coordenadas GPS: N 43º 27' 37'' W 05º 03' 15'').
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