terça-feira, 1 de maio de 2018

Viagem aos Picos da Europa (Parte 3)

Dia 10 - Ribadesella / Cudillero - 171,6 Km

Saímos de Ribadesella




e fomos direito à Área de Serviço de Gijón, onde almoçámos (coordenadas GPS: N 43º 32' 41'' W 05º 41' 44''). A área de serviço fica junto do porto da cidade e de uma praia. Tem também uma grande zona ajardinada.





Depois do almoço fomos até ao centro, onde tivemos grande dificuldade para estacionar apesar de ser pago. Gijón é a cidade mais povoada das Astúrias e é uma cidade grande e moderna. Estacionámos no outro extremo, o mais próximo possível do centro e viemos pela marginal, que é uma zona bonita, ao longo da Praia de San Lorenzo.




Esta praia tem o formato de concha e com a maré baixa apresenta um grande areal.




Passámos junto ao Palácio de Revillagigedo, que foi edificado em 1705 e declarado Monumento Histórico em 1974. A fachada está ladeada por duas torres que lhe dão um aspecto medieval.



Passámos depois pelo Ayuntamiento que fica na Plaza Mayor. Este edifício começou a ser construído em 1861 e terminou em 1865. Conta com três andares, mas o que se destaca na fachada é varanda presidencial e o remate superior onde se encontra o relógio e o escudo da cidade.



Dali seguimos até à Igreja de San Pedro que fica no final do Paseo del Muro e contorná-mo-la antes de entrar para a visitar. Na traseira existe um varandim, de onde se tem uma vista sobre o mar e as rochas.







Esta igreja é relativamente moderna. Foi construída entre 1945 e 1955 no local da primitiva, do séc. XV, destruída durante a Guerra Civil.




O interior conta com três naves e a Capela Maior é encimada por vitrais.




À volta do altar podem ver-se bonitas pinturas.



Ao fundo, por cima da entrada, um bonito orgão.



Em frente da igreja, por debaixo de uma praça ajardinada, encontram-se as Termas Romanas de Campo Valdés que fomos também visitar e que são consideradas um dos locais mais importantes do norte de Espanha. Estas termas foram descobertas acidentalmente em 1903 e mantiveram-se ocultas ao público até 1965.



No início temos uma sala onde podemos assistir a um video sobre as mesmas.


Passamos por uns passadiços através das ruínas




e podemos também ver expostos alguns objectos e restos arqueológicos.



Regressámos ao local onde estávamos estacionados



e partimos em direcção a Avilés.


Quando lá chegámos, seguimos a indicação para a área de serviço, mas como não nos agradou seguimos para Salinas, cuja área de serviço ainda nos agradou menos. Fomos então para Cudillero e estacionámos na Área de Serviço, que fica numa gasolineira e aí pernoitámos (coordenadas GPS: N 43º 33' 17'' W 06º 09' 59'').



Dia 11 - Cudillero / La Corunha - 309,6 Km

Saímos de Cudillero e fomos até ao Cabo Vidío, onde estacionámos e fomos a pé dar uma volta e admirar a paisagem. Este é um dos Cabos mais importantes das Astúrias e forma um penhasco a 80 metros acima do mar.





Uma das suas principais atracções é o Farol, que foi construído entre 1948 e 1950, sendo um dos mais novos de Espanha. É constituído pelo farol e duas vivendas. A Lanterna está situada a 10 metros de altura em relação ao cabo.




Contornámos todo o recinto do farol.





De seguida partimos para a Praia das Catedrais que é o nome dado à Praia de Augas Santas, situada no município de Ribadeo.






Esta praia foi declarada Monumento Natural. Quando chegámos estava a chuviscar mas isso não nos impediu de ir percorrer um passadiço de madeira com painéis informativos e admirar os rochedos saídos da água.







Infelizmente chegámos com a maré alta e desta maneira a água tapava tudo, alterando completamente a paisagem.












Com a maré baixa podemos ver enormes arcos e cavernas formados nas rochas e passear na areia por entre eles, como se pode ver nesta foto retirada da net.


Mas não dava para esperar pois a maré só estaria alta por volta das 20 horas. Regressámos à AC e partimos para Ribadeo.


Para festejar o meu 70º aniversário, fomos almoçar ao Restaurante El Huerto.





Depois do almoço seguimos para a Corunha.






Estacionámos junto à Torre de Hércules, indo de seguida até lá. A Torre de Hércules é o único farol romano ainda a funcionar em todo o mundo. Ergue-se a uma altura de 68 metros. O conjunto é constituído por três corpos: o inferior, de base quadrada com 11,60 metros de largura e 34,60 metros de altura; um intermédio, de menores dimensões, de secção octogonal; e um terceiro, menor ainda, também de secção octogonal, que suporta a construção cilíndrica em vidro que protege a lanterna do farol. Foi classificada Património da Humanidade em 2009.





Em toda a volta podemos admirar a beleza do mar




e também uma vista da cidade.



Para pernoitar escolhemos a Àrea de Serviço O Portiño, que ficava a cerca de 6 Km. Esta área era inclinada em todas as direcções mas bastante sossegada.



Depois de jantar fomos, como de costume, cavaquear para a AC dos nossos amigos e ao entrar tivemos uma surpresa: a AC estava às escuras e em cima da mesa estava um bolo com as respectivas velas, uns chocolatinhos e bebidas. Uma simpatia da parte dos meus amigos que eu não estava à espera e que me tocou bem fundo.




Dia 12 - La Corunha / Vilamarin - 418,6 Km

Saímos da Corunha e fomos até ao Cabo Finisterra, onde almoçámos.


Pelo caminho ainda apanhámos alguma chuva, mas ligeira.


O Cabo Finisterra é um promontório de granito, de 600 metros de altura e que constitui uma península de 3 Km de comprimento. Depois do almoço admirámos a paisagem que se abrangia do local onde estávamos







e caminhámos até ao Farol.






O Farol foi construído em 1853, 138 metros acima do nível do mar e é considerado como o Cabo do Fim do Mundo. A sua torre mede 17 metros, é de base octogonal e acaba numa cornija, sobre a qual se apoia a varanda. Em cima fica a abóbada, com uma lanterna poligonal.



Passámos pelo marco que assinala o Km 0 do Caminho de Santiago


e fomos até à parte de trás do Farol de onde se tem uma vista sobre aquele imenso mar.





Regressámos à AC e fomos para a estrada. A dada altura, o GPS pregou-nos uma partida: mandou-nos seguir por um atalho bastante estreito e onde só cabia um carro. Estranhámos mas continuámos, até que no final se tinha de virar à esquerda a 90º e não havia espaço para a manobra. Apesar das várias tentativas, acabámos por ter de vir de marcha atrás até ao início e aí retomámos a estrada de onde nunca devíamos ter saído.



Continuámos e fomos até ao Miradouro A Curotiña, cujo acesso é por uma estrada estreita e cheia de curvas.



Este Miradouro eleva-se a uma altitude de 512 metros e pode-se desfrutar de uma impressionante vista das Rias Baixas e da presença de jangadas nas águas do estuário de Arousa e da Serra de Barbanza, que é espectacular.







Daqui seguimos para Ourense, mais concretamente para a zona termal Muiño da Veiga.




Quando lá chegámos surpreendeu-nos o que vimos. Toda aquela zona das poças estava coberta de água, motivada pelo grande caudal do rio




em contraste com a visita no início de Dezembro do ano passado, em que a diferença é abismal. 



Fomos a pé até às Termas de Outariz




e regressámos à AC para seguir para a Área de Serviço de Tamallancos em Vilamarin (coordenadas GPS: N 42º 25' 24'' W 07º 53' 16''), nos arredores de Ourense. Esta área encontra-se nas traseiras de um posto de combustível, onde existe café, restaurante, supermercado e WC e é muito sossegada.


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