Dia 26 - Segóvia / Hoces del Duratón - 65,5 Km
Dos jardins também se tem uma panorâmica sobre o exterior e a Igreja de la Vera Cruz.
Segóvia está classificada como Património da Humanidade pela Unesco. Saímos da área de serviço e fomos a pé até ao Aqueduto.
O Aqueduto de Segóvia é um aqueduto romano e é o maior símbolo da cidade e um dos monumentos romanos mais bem conservados da Península Ibérica. Este Aqueduto tem 813 metros de comprimento, 28,5 metros de altura no seu ponto mais alto e está assente em 128 pilares.
Caminhámos depois até à Calle Juan Bravo onde se situa a Casa de los Picos.
É uma construção do século XV, coberta com pedra de granito em forma pontiaguda e actualmente é a sede da Escola de Arte e sala de exposições. Continuámos a caminhada pelas estreitas e sinuosas ruas até à Plaza San Martin, onde ao cimo de uma escadaria se ergue a estátua em bronze de Juan Bravo e ao fundo vê-se a Torre do Palácio de Lozoya, hoje convertido em sala de exposições.
Ao lado encontra-se a Igreja de San Martin, do século XII, de origem moçárabe, que possui uma galeria que rodeia práticamente todo o edifício.
O interior é formado por três naves
e no Altar-Mor sobressai o Retábulo dedicado a San Martin, datado de 1668.
Na coluna próxima do Altar-Mor encontra-se o Púlpito em pedra.
Voltámos às ruas estreitas
e atravessámos o Bairro Judeu
até à Plazuela del Socorro, onde se encontra uma das portas do recinto histórico: a Puerta del Socorro.
Ao centro desta praça está um monumento a Agapito Marazuela, através de uma curiosa estátua em bronze com mais de dois metros de altura.
Continuámos pela rua e fomos dar ao Mirador del Museo de Segovia, de onde se têm vistas do exterior e do interior da muralha.
Descemos a Ronda de Don Juan II e poucos metros à frente estamos nos portões dos Jardins Reina Victoria Eugenia, que antecedem o Alcácer.
Depois de percorrer o jardim chegámos à entrada do Alcácer, que é um palácio fortificado construído sobre um penhasco rochoso.
A sua existência remonta ao início do século XII e foi uma das moradas favoritas dos reis de Castela, durante a Idade Média. O que mais impressiona é a Torre da entrada, que foi mandada construir por Juan II, pai de Isabel a Católica.
A entrada no Alcácer faz-se através de uma ponte levadiça devido ao fosso que o separa.
Entrámos para o Pátio de Armas a partir do qual se tem acesso a várias salas.
Começámos pela Sala del Palacio Viejo, na qual se conservam as janela geminadas que davam luz ao palácio, uma vez que a parede em que se encontram era o muro exterior do palácio velho.
Nesta sala encontram-se armaduras equestres do séc. XV.
Passámos a seguir pela Sala da Chaminé que contém um mobiliário do século XVI.
Seguiu-se a Sala do Trono que abriga o trono encomendado para a visita do rei Alfonso XIII e da Rainha Victoria Eugenia.
Logo após entrámos na Sala da Galera que deve o nome ao seu tecto em forma de barco invertido.
Ao fundo da sala encontra-se uma pintura que representa a coroação de Isabel A Católica na igreja de San Miguel.
Também o tecto desta sala é magnífico. A Sala das Pinhas deve o seu nome a uma peculiar decoração do tecto, que apresenta 392 esculturas que se assemelham a pinhas.
Na Câmara Régia (Quarto Real) a cama do rei em madeira de nogueira.
Logo a seguir na Sala de Reyes (Sala dos Reis) destaca-se o tecto e um friso em que estão representados os reis das Astúrias, Castela e Leão.
Passámos depois à Sala do Cordão que recebe este nome pelo cordão franciscano colocado nas paredes por ordem de Alfonso X, como penitência pelo seu orgulho excessivo.
Na Capela podemos admirar o Retábulo-Mor do século XVI.
A Sala de Armas contém uma colecção de armas e objectos militares de épocas diferentes.
Por último temos os salões do Museu da Escola de Artilharia Real.
Fomos de seguida subir à Torre de Juan II.
São 152 degraus numa escada estreita e em espiral mas que vale a pena pela vista que se abrange lá de cima.
Depois de visitarmos o Alcácer fomos almoçar no Restaurante Bar Daoiz por termos visto que serviam cochinillo assado (leitão). Infelizmente foi fraca a pontaria pois não tinha nada a ver com o nosso da Bairrada. Vinha carregadinho de um molho gordurento que até enjoava e até as batatas fritas (poucas) vinham ensopadas.
Depois do almoço fomos visitar a Catedral de Nossa Senhora da Assunção e São Frutos, construída entre os séculos XVI e XVIII e que é conhecida como a Dama das Catedrais devido às suas dimensões: 33 m de altura, 50 m de largura, 105 m de comprimento
e a sua Torre chega quase aos 90 metros de altura.
Para reduzir os custos da construção, alguns elementos foram trazidos da velha catedral, como o coro, o claustro e a pia baptismal. A entrada faz-se pela Puerta de San Frutos.
O interior é formado por três naves,
12 capelas laterais e 7 na girola, a torre e o claustro. Junto ao Altar-Mor temos o Púlpito em mármore, com relevos dos evangelistas.
No Altar-Mor temos ao centro a imagem da Virgem da Paz, do século XIII.
Na Girola podemos ver as várias capelas e os magníficos tectos.
O Coro mantém as 116 cadeiras da antiga catedral
e por cima está ladeado por dois Orgãos do séc. XVII, ambos em funcionamento.
O Trascoro foi construído em 1784.
Nas naves laterais as várias capelas.
A antiga sacristia, hoje Capela do Santíssimo Sacramento,
construída em 1562, é formada por duas capelas: A Capela dos Ayala, onde se destaca o Retábulo realizado em 1686
e Cristo crucificado.
A Capela de Cristo Jacente, também conhecida como Capela do Sepulcro, onde ao centro se pode ver uma urna que protege uma extraordinária escultura de Cristo, do século XVII.
Também na Catedral existem belos vitrais.
Passámos depois ao Claustro que pertencia à Catedral velha e foi construído no século XV.
Também a porta de acesso ao claustro é procedente da antiga catedral. Encostada ao Claustro está a Sala Capitular, coberta de tapetes tecidos em Bruxelas durante o século XVII. Ao fundo da sala encontra-se uma figura de Cristo, do século XVII.
No seguimento entramos no Museu Catedrático onde vemos vitrinas com vestimentas.
Subimos depois uma escada, do século XVI, até ao piso superior
onde se encontra a antiga livraria e em cujas paredes também estão expostos tapetes.
Saímos da Catedral e passámos pela Plaza Mayor onde se encontra o Ayuntamiento, num bonito edifício do século XVII.
Ao centro da praça está um coreto para actuações musicais.
Á direita da praça podemos ver a Igreja de San Miguel.
Regressámos a seguir à área de serviço e partimos para Real Sitio de San Ildefonso. Aí chegados, estacionámos e fomos a pé até ao Palácio Real de La Granja.
No exterior tem um grande jardim que tivemos de atravessar.
Após ter comprado os ingressos comecei a sentir-me agoniado, por causa do "maldito" cochinillo.
O Palácio Real é um palácio com jardins à maneira francesa e fontes esculturais,
mas quase não vi nada pois tive de sair rápidamente, porque não me estava a sentir bem, indo de imediato para a AC, onde bebi uma água das pedras.
Partimos a seguir com destino ao Camping Hoces del Duraton, em Cantalejo, próximo do Parque Natural de las Hoces del Rio Duratón (coordenadas GPS: N 41º 15' 25'' W 03º 54' 38'').
Depois de nos instalarmos já não voltámos a sair.
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