Dia 27 - Hoces del Duratón / El Burgo de Osma - 142,7 Km
Hoje já me sentia melhor e saímos do camping. Fomos até ao Parque Natural de las Hoces del Rio Duratón (gargantas), que distava poucos quilómetros. Este Parque Natural destaca-se pela sua riqueza arqueológica e histórica aliada à sua beleza natural, onde as águas do rio Duratón escavaram profundas gargantas. Estacionámos e fomos fazer uma caminhada seguindo por um caminho indicado como sendo "Senda de los Rios".
Era um caminho de terra quase plano, pelo meio da vegetação, que nos levou até à Puente de Talcano um vestígio da ocupação romana.
Esta ponte estava vedada ao público devido ao seu estado de degradação e via-se que por cima passava uma calçada romana de piso irregular.
Passámos ao lado dela por uma ponte mais recente, construída para caminhantes e ciclistas.
Continuámos a caminhar pelo carreiro
e fomos dar a um braço do rio, onde um desnível formava uma pequena queda de água.
Depois de umas fotos voltámos pelo mesmo caminho até ao estacionamento e partimos para outra zona das "Hoces". A dada altura deixámos a estrada de alcatrão e metemos por uma estrada sinuosa de terra, durante 5 Km até um estacionamento (coordenadas GPS: N 41º 19' 37'' W 03º 52' 08'').
Aí parados, iniciámos a caminhada que nos levaria até à Ermita de San Frutos.
Era um caminho largo em terra mas com muita pedra solta.
Ao longo deste caminho fomos tendo vistas extraordinárias do rio até ao ponto onde ele formava um cotovelo e aí ficámos algum tempo a admirar aquela beleza.
Dali já se avistava a Ermida e o caminho começava a descer.
Atravessámos uma pequena ponte de pedra, construída em 1757 sobre uma fenda na rocha.
Alguns metros antes da Ermida encontrava-se uma cruz de ferro em cima de um pedestal de pedra, em que figuram as sete chaves de Sepúlveda. Esta cruz foi erguida em 1900.
Chegámos então à Ermida que são os restos de um antigo conjunto monástico.
Este conjunto encontra-se mesmo no coração das Hoces do rio Duratón e é o lugar mais visitado. A Ermida é uma construção do século XII. Das ruínas resta a Capela que estava fechada mas que através de um postigo deixava ver o seu interior, que era de uma só nave.
Saímos deste recinto e mais abaixo fomos dar às Tumbas de los Santos, onde no interior havia muitas moedas espalhadas.
Descendo mais um pouco temos ao fundo mais um braço do rio, em que se vêem algumas aves nos buracos das paredes rochosas.
Voltámos para trás e agora o caminho no início era todo a subir. Quando chegámos ao estacionamento retomámos a viagem e fomos até Sepúlveda.
Como em Sepúlveda era difícil estacionar tirámos algumas fotos de um ponto alto na estrada em que se via o túnel da estrada principal que atravessa a vila e a Igreja de San Salvador que fica no cimo da vila.
Continuámos pela estrada até chegarmos a El Burgo de Osma.
El Burgo de Osma tem um dos recintos medievais mais bem conservados da província de Sória e está declarada Conjunto Histórico-Artístico desde 1993. Estacionámos mesmo em frente da entrada amuralhada (coordenadas GPS: N 41º 35' 12'' W 03º 04' 23'') e depois de chegar ficámos um pouco a descansar.
Após alguns momentos resolvemos ir iniciar a visita. Saímos do estacionamento, atravessámos a rua, passámos a ponte sobre o rio Ucero e entrámos por uma porta da muralha.
Logo a seguir pela Calle Brasilia até à Plaza de San Pedro, onde se situa a Catedral de la Asunción de Nuestra Señora, que foi declarada Monumento Histórico Nacional em 1931.
Esta Catedral gótica foi construída no século XIII sobre outra românica que havia começado a construir-se no século XII.
A Catedral conta com três entradas: a de San Miguel, a Portada de la Capiscolia e a Portada Principal.
Começámos a visita pelo Claustro que foi construído no século XVI sobre o anterior.
Encontram-se nele restos da antiga catedral. Ao lado dele está o Museu Catedrático com várias salas e a antiga sacristia. Destacam-se pinturas, esculturas, roupas litúrgicas e peças de ourivesaria.
Na Sala Capitular destaca-se o Retábulo-Mor assim como o Túmulo do fundador, San Pedro de Osma, em pedra policromada. O Túmulo está assente em cima de quatro leões.
O interior é formado por três naves, separadas por arcos.
No século XVIII ampliou-se a Catedral com a construção na cabeceira, de uma Girola, da Sacristia e de uma Capela.
No Altar-Mor destaca-se o Retábulo
e muito perto dele encontra-se o Púlpito, construído no século XV em pedra de mármore branco.
Ao centro da nave temos o Coro, construído no século XVI em madeira de nogueira o qual conta com 71 lugares.
No Coro estão colocados dois Orgãos: um do século XVII e outro do século XVIII.
A Catedral possui uma Torre que foi construída em 1739 e tem 72 metros de altura.
Depois de visitar a Catedral fomos pela Calle Mayor até à Plaza Mayor onde se localiza a Casa Consistorial ou Ayuntamiento.
É um edifício construído em 1768 e a fachada está ladeada por duas torres, com o propósito de criar uniformidade com o Hospital de San Agustin que fica em frente no outro lado da praça. O corpo central do edifício é constituído por dois pisos assentes em quatro colunas e no segundo existe uma varanda virada para a praça e rematado com um relógio construído em 1886. As torres contam com três pisos.
Nesta altura as árvores da Plaza Mayor estavam todas podadas, o que lhe dá um aspecto engraçado.
Na Plaza Mayor apanhámos um pequeno veículo eléctrico para dar uma volta turística.
Passámos pela Plaza San Pedro junto à Catedral, virámos por outra rua e passámos junto ao Convento del Carmen.
Saímos depois para fora do centro e fomos pela Carretera Rasa-Osma. Passámos ao lado da Ponte Romana
e mais acima viam-se as ruínas do Castelo.
Passámos também pela Igreja Santa Cristina
e fomos depois pela Av. Juan Carlos I até à Calle Universidad. Aí parámos no Hotel Termal que está instalado na antiga Universidade de Santa Catalina, um edifício do século XVI
e fomos visitar o hall ou pátio que está coberto por uma estrutura vidrada.
A zona termal fica por baixo deste pátio e está coberta por uma cúpula de cristal situada no centro.
Regressámos pela mesma avenida, passámos por uma ponte sobre o rio Ucero e o motorista/guia deixou-nos no estacionamento onde estava a AC.
Depois de levarmos a Nina a fazer as suas necessidades, pois tinha ficado fechada enquanto andámos pelas visitas, fomos a um supermercado comprar pão e já não saímos mais.
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