sábado, 27 de junho de 2020

Viagem ao Gerês - 1ª Parte

Após o confinamento motivado pelo corona virus covid 19, fizemos uma viagem ao Gerês de 14 a 21.06.2020, num total de 1155,1 Km percorridos.

Dia 14 - Brejos de Azeitão / Póvoa de Lanhoso - 423,6 Km



Saímos de casa de manhã bem cedo e fomos por estrada nacional até ao Porto Alto, atravessando o Tejo pela Ponte de Vila Franca de Xira. Continuámos depois até à Mealhada, tendo estacionado no parque do Restaurante Rei dos Leitões, onde fomos saborear o sempre apetecido leitão, acompanhado com um branquinho gasificado.
Após o almoço voltámos à estrada e passámos o Porto atravessando o Douro pela Ponte do Freixo. Seguimos para a Póvoa de Lanhoso, tendo pernoitado na Área de Serviço (coordenadas GPS: N 41º 34' 38'' W 08º 16' 12''), onde já se encontravam algumas ACs (13,14). Depois de jantar fomos ainda dar uma volta pela vila.



Dia 15 - Póvoa de Lanhoso / Ermida - 33,5 Km



Depois de tomarmos o pequeno almoço, partimos com destino à Ermida, tendo atravessado duas pontes sobre o rio Cávado.


Parámos logo a seguir à segunda ponte, num parque de estacionamento, apenas o tempo suficiente para admirar a paisagem e tirar algumas fotos para mais tarde recordar.




Continuámos até ao Ermida Gerês Camping (coordenadas GPS: N 41º 42' 01.80'' W 08º 07' 40.70''), onde já fomos almoçar.




Depois do almoço fomos a pé até à Cascata do Tahiti, como são mais conhecidas, mas cuja denominação correcta é Fecha das Barjas.


Esta cascata dista do parque de campismo cerca de 2,5 Km. Seguimos pela estrada, sempre a descer,



até uma ponte sobre o rio Arado.


Aí virámos por um caminho de terra, monte abaixo,


até chegar à cascata,




mas na parte final para chegar mesmo perto, tínhamos de descer umas pedras com alguma altura e saltar um pequeno ribeiro, pelo que não nos atrevemos e ficámos a admirá-la dali mesmo.


Depois de algum momento ali, regressámos ao parque de campismo e agora o caminho era bastante penoso por ser sempre a subir, mas tivemos a sorte de um jovem casal nos oferecer boleia e deixou-nos mesmo à porta do parque.


Dia 16 - Ermida / Gerês - 39,4 Km



Saímos do parque de campismo e fomos até à Cascata do Arado.


Deixámos a AC no entroncamento do sopé do Miradouro das Rocas


e seguimos a pé pela estrada de terra batida



ao longo da qual ía havendo várias fontes.




Ao chegarmos a uma ponte sobre o rio Arado,



iniciámos uma subida por escada


até um miradouro de onde se podia observar a cascata.





Regressámos à AC e partimos em direcção do Miradouro da Pedra Bela, que ficava a 3 Km dali.


Depois de estacionar, subimos até ao miradouro que se encontra a 834 metros  de altitude




e para ter acesso ao mesmo tivemos de atravessar uma passagem entre dois penedos, ideal para pessoas elegantes como nós.


Transporta essa passagem, subimos então ao miradouro


de onde, devido ao nevoeiro que se fazia sentir, não tínhamos a tão esperada vista.


Fomos almoçar no local onde estávamos e junto havia também uma fonte.




Entretanto depois do almoço o nevoeiro já tinha abrandado e fomos a um outro miradouro mais ao lado, junto a uma zona de pic-nic com mesas em pedra




e finalmente podemos admirar a vista deslumbrante que dali se tem.





Aproveitámos para também ficar nas fotos.



Fomos depois até à Portela do Homem, cuja fronteira com Espanha estava encerrada devido ao Covid 19,




tendo atravessado a Mata de Albergaria em que tivemos de pagar 1,50 €.




Fomos a pé pela estrada,


passámos na Fonte da Portela


e logo mais à frente havia uma ponte com vedação em madeira



de onde se via a Cascata da Portela do Homem.




Regressámos à AC e descemos até à vila do Gerês. Ainda na Mata da Albergaria passámos numa zona onde andavam cavalos a pastar na mata.



Chegados à vila do Gerês estacionámos e pernoitámos num parque de estacionamento (coordenadas GPS: N 41º 44' 06'' W 08º 09' 36'') no qual passámos uma noite descansada. Depois de estacionar fomos dar uma volta pela vila e passámos pelo Parque das Termas. Ao lado da estrada corria um riacho que formava uma pequena queda de água.


Do outro lado da estrada havia um largo que estava a ser reconstruído e ajardinado.





Descendo a rua, logo no início há uma pequena igreja


e ao lado desta uma casa com duas grandes flores como decoração.


Voltámos à AC e fomos jantar no Restaurante Lagoa, que ficava no largo onde estávamos estacionados.



Dia 17 - Gerês / Entre Ambos-os-Rios - 53,6 Km



Depois de ter comprado pão ao padeiro na carrinha às 08:30 e de ter tomado o pequeno almoço, saímos da vila do Gerês e fomos até São Bento da Porta Aberta, onde estacionámos logo à entrada. Caminhámos depois pelo passeio assinalado, tentando cumprir com as passadas, mas acabámos por desistir e seguir no nosso próprio passo.




No final do passeio encontra-se a estátua de São Bento


e a Fonte da Vida.


Também dali se tem uma vista sobre a albufeira da Caniçada.


Chegámos ao Santuário, cuja construção teve início em 1880 e foi concluída 15 anos depois, apesar de ter a sua origem em 1615 com uma pequena ermida.



Este Santuário é o segundo santuário português, depois de Fátima. Do seu interior apenas temos estas duas fotos por estar permanentemente em culto.




Dado as diminutas dimensões do Santuário, foi construída ao lado a Cripta, iniciada nos finais do século XX e concluída em 2002.




Na entrada da Cripta encontram-se duas estátuas em bronze de S. Rosendo e de S. Geraldo.


Descendo as escadas ficamos perante uma homenagem a Monsenhor Manuel Vaz Coutinho, pela sua dedicação a São Bento da Porta Aberta.


O interior é amplo e com grandes aberturas para o exterior.



No chão e nos bancos podem ver-se as indicações para o afastamento social por causa do Covid 19.



Ao fundo, sobre um plano elevado, encontra-se a imagem de São Bento.



Passámos de seguida ao Claustro que tem a curiosidade de ser ao redor da Cripta e não no centro interior, como normalmente é uso



e também com aberturas para o exterior de onde se admira a paisagem.





No Claustro existem dez painéis de azulejos que retratam episódios da vida de São Bento e que são dignos de observação.




Voltámos à autocaravana e seguimos até Covide, onde estacionámos na E. N. 307, junto ao Café- Restaurante Turismo Gerês (coordenadas GPS: N 41º 44’ 08,60’’ W 08º 12’ 32,60’’). Como eram horas de almoço, almoçámos mesmo ali.
Depois do almoço fomos fazer o Trilho da Cidade de Calcedónia. Iniciámos o percurso um pouco mais à frente, virando à direita para as Várzeas. De início o caminho era bastante agradável, por entre um carvalhal que providenciava uma preciosa sombra.



Mais adiante deixámos o carvalhal para trás e o caminho, agora em terra batida, não oferecia dificuldade,


mas como o bom não dura sempre, começaram as subidas e com alteração do piso, passando este a ser em pedra



e com as laterais com enormes penedos.




A certa altura cruzámo-nos com umas simpáticas habitantes que se dedicavam à sua habitual labuta.




Durante o percurso fomos tendo oportunidade de observar inúmeras figuras geológicas moldadas ao longo de milhares de anos nas rochas. Algumas dessas figuras assumem uma forma quase humana, animais e outras formas curiosas.





Continuando, passámos por uma abertura entre duas rochas,




mas o melhor veio depois a seguir: para prosseguirmos o caminho, tivemos mesmo que nos baixar para passar por um buraco nas rochas.





A partir daqui o caminho começou a descer




e a paisagem à volta mantinha-se.




Esta descida tornou-se mais cansativa porque havia muitos pedregulhos com algumas alturas consideráveis que tinham de ser transpostos. Quando esta terminou, o caminho melhorou mas custava a distinguir-se com a vegetação existente.




Transpusemos depois um ribeiro por uma ponte de poldras feita em lajes de granito


e para terminar tivemos ainda, mas já em caminho de terra, uma subida até à estrada. No cimo havia uma placa com o nome da rua, que bem ilustrava aquilo que sentíamos que tinha sido este trilho


que contava com 7 Km e que demorámos cerca de seis horas a percorrê-lo. O trilho está muito bem sinalizado ao longo de todo o percurso.
Fomos depois para Entre Ambos-os-Rios e ficámos no Camping Lima Escape (coordenadas GPS: N 41º 49' 26'' W 08º 19' 03'').

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