Viagem ao Gerês - 2ª Parte

Dia 18 - Entre Ambos-os-Rios - 0 Km

Hoje optámos por ficar no parque de campismo para descansar da canseira que o trilho feito ontem nos causou.

Este parque é grande e está localizado numa península dos rios Lima e Tamente e tem muito boas condições. Está inserido numa frondosa floresta de carvalhos e pinheiros que desce até ao rio Lima.

Como o parque tinha grelhadores, fizemos uma grelhada para o almoço

e almoçámos numas mesas junto do grelhador.

Depois do almoço saímos do parque e fomos, inicialmente à beira do rio

e depois por estrada,

dar um passeio no exterior. Atravessámos a EN 203 e fomos até um cruzamento onde havia um monumento a Nossa Senhora de Fátima constituído por uma pequena capela com uma escadaria ao lado

que nos levava a um patamar onde se encontra o monumento propriamente dito

e um coreto.

No regresso ao parque de campismo aproveitei uma sombra para me deitar a descansar do descanso, sim, porque o descanso também cansa

e voltámos a atravessar a estrada ao lado de uma ponte sobre o rio Tamente.

Dia 19 - Entre Ambos-os-Rios - Ponte de Lima - 104,5 Km

Saímos do parque de campismo e tomámos a direcção da vila do Sistelo. Aí chegados, estacionámos na beira da estrada nacional 304 e seguimos a pé a indicação dos trilhos.

Mais abaixo, no Largo Visconde do Rio Vez

havia outra informação do sentido e distâncias dos vários trilhos.

Escolhemos o dos Passadiços por não ser muito extenso.

Aqui podemos ver o mapa do trilho que começa junto ao cruzeiro.

Iniciámos a descida

por uma calçada antiga um pouco íngreme, debaixo de latadas.

Logo abaixo passámos uma ponte sobre o rio Vez

que levava pouca água e formava uma pequenina cascata.

Ao passar por um cruzeiro ou monumento ao Senhor dos Aflitos,

já o caminho era em asfalto e a paisagem lateral era assim.

Mais abaixo passámos pela Capela do Senhor dos Aflitos

e logo a seguir entrámos na Zona Fluvial de Lazer do Sistelo

onde atravessámos um rio por uma ponte com aberturas para a passagem da água, o que formava umas pequenas quedas de água.

Esta ponte servia como uma pequena represa para acumular a água do rio, oferecendo-nos um brilhante espelho de água.

É também aqui que começam os passadiços.

Estas estruturas em madeira levam-nos ao longo do rio Vez debaixo de uma sombra refrescante do arvoredo.

No final dos passadiços entramos no Trilho de Pé Posto em terra batida.

Aqui o caminho começou a ser em subida e com piso um pouco pior e aproveitei para descansar um pouco.

Voltámos depois a entrar na calçada antiga

e terminámos no local de começo, indo depois almoçar na Tasquinha Ti'Mélia, cujo interior era com decoração rústica

e a comida servida em panelas de ferro.

Regressámos à AC e partimos para a Quinta de Pentieiros, mais concretamente para o Centro Educativo das Lagoas de Bertiandos, próximo de Ponte de Lima.

Estacionámos e fomos até à recepção da Quinta Pedagógica,

onde nos disseram que o trilho das lagoas era livre. Iniciámos então o percurso por um caminho em terra batida, por entre arvoredo, mesmo ao lado da recepção.

Mais à frente começou um passadiço em madeira

sempre debaixo de um frondoso arvoredo que nos transmitia uma temperatura agradável.

Chegámos então às Lagoas,

onde no passadiço havia um desvio para um posto de observação de onde se podia presenciar a fauna e a flora.

Continuámos e mais à frente terminou o passadiço e começou um caminho de terra batida na mesma envolto pelo arvoredo

onde, de quando em vez havia pequenos rios que o atravessavam,

sendo num dos sítios com uma pequena ponte em madeira

e noutros em betão.

Terminado este agradável trilho regressámos à AC e partimos para Ponte de Lima. Quando lá chegámos dirigimo-nos para o recinto da Expolima, onde iríamos pernoitar. (coordenadas GPS: N 41º 46' 17'' W 08º 34' 58''). É um local calmo e muito perto do centro.

Depois de jantar fomos dar uma volta a pé pelo centro da vila. Seguimos pela Alameda de São João até à Ponte Medieval

de onde se avistava a Igreja de Santo António da Torre Velha, toda iluminada e as águas espelhadas do rio Lima.

Atravessámos o Largo de Camões e subimos até à Praça da República, onde se encontra o edifício da Câmara Municipal.

Virámos a seguir por uma rua

e passámos defronte da Igreja da Misericórdia.

Logo depois estávamos com a Igreja de Nossa Senhora dos Anjos, a Igreja Matriz da vila, à vista.

Esta igreja foi construída no século XV, mas o aspecto que actualmente apresenta deriva de obras realizadas no século XVI. A imagem que apresento a seguir foi retirada da Wikipédia.

A fachada principal apresenta um bonito portal

encimado por uma esplêndida rosácea construída no século XX.

Na lateral direita encontra-se a Torre Sineira, quadrada

na base da qual se encontra um bonito painel de azulejos, representando a visita do rei D. João I.

Muito perto da igreja tive de fazer uma pega de caras a um touro que se nos deparou pela frente.

Quase ao lado está plantada uma oliveira, penso que seja milenária

e a um canto uma bonita árvore.

Já no Passeio 25 de Abril e no regresso à AC, passámos por uma escultura em bronze, representando uma mulher a puxar uma junta de bois com um arado a lavrar a terra.

Dia 20 - Ponte de Lima -  Viana do Castelo - 69,6 Km

Saímos de Ponte de Lima e fomos para Viana do Castelo. Apesar de já lá termos estado várias vezes, subimos primeiro ao Monte de Santa Luzia, onde se encontra o Santuário do Sagrado Coração de Jesus

cujo interior é pequeno mas deslumbrante.

Também nunca nos cansamos de ver a vista que dali se consegue sobre Viana.

Viemos depois para baixo e fomos estacionar na marginal,

onde permanecemos alguns minutos a ver o mar.

Ao fundo da marginal onde estacionámos via-se o Fortim da Areosa.

Daqui seguimos para o Parque de Campismo da Orbitur

onde nos instalámos e pernoitámos.

Dia 21 - Viana do Castelo - Brejos de Azeitão - 430,9 Km

Saímos do Parque de Campismo e regressámos a casa, passando por Esposende, A Ver-o-Mar, Póvoa de Varzim e atravessando o rio Douro na cidade do Porto pela Ponte da Arrábida. Continuámos pela N-1 e IC-2 até Coimbra, Vila Franca de Xira, Porto Alto e casa.