quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Escapada 2020 - 1ª Parte

Para desanuviar do Covid, fomos dar uma volta pelas Beiras (Baixa, Alta e Litoral), de 1 a 11 de Outubro, num total de 1206 Km.

Dia 01 - Brejos de Azeitão / Póvoas e Meadas- 297,5 Km


Saímos de manhã de casa e fomos por estrada nacional até Vila Nova da Barquinha, onde parámos para almoçar na Área de Serviço de autocaravanas (ASA) (coordenadas GPS: N 39º 27' 21.50'' W 08º 26' 00.70''). Depois do almoço fomos caminhar pelo Parque Barquinha, que é um local bastante agradável.


Regressámos à AC e seguimos viagem até Tancos, tendo parado junto ao cais, onde estivemos apenas o tempo necessário para tirar umas fotos e apreciar a vista sobre o rio Tejo e a aldeia fronteiriça do Arripiado.



Retomámos a viagem e fomos parar no Castelo do Almourol, também apenas para algumas fotos, pois já o havíamos visitado em viagens anteriores.


Mais alguns quilómetros andados levaram-nos à vila de Constância. Esta vila foi conquistada aos mouros em 1150 e durante as invasões francesas foi muito vandalizada. É também aqui que o rio Zêzere se vai juntar ao rio Tejo. Estacionámos num parque de estacionamento junto ao jardim da marginal e subimos uma rua


até à Igreja da Misericórdia, construída no século XVII.


Daqui fomos até à Praça Alexandre Herculano, onde se encontra o Pelourinho construído em 1821, substituindo o que foi destruído durante as invasões francesas.


Passámos depois por uma escultura do Zé de Malpique, da autoria do escultor João Reis. Esta escultura representa um cidadão que sofre de perturbações mentais causadas portraumas de guerra e abuso de drogas e gerou alguma controvérsia para o autor.


Continuámos e passámos junto à Casa-Memória de Camões



indo depois até à zona ribeirinha


onde se encontra um estaleiro de barcos.



Maia à frente fomos dar ao Jardim da Marginal onde havia um miradouro sobre o rio Tejo



Próximo encontra-se uma curiosa árvore, ou o que resta dela, com vários rebentos.


Logo a seguir, virado para o Zêzere, encontra-se o Monumento a Camões da autoria do escultor Lagoa Henriques e inaugurado em 1981.


Dirigimo-nos depois para a AC e partimos para Vila Velha de Ródão, tendo um pouco antes desviado para ir visitar o Castelo de Ródão, também conhecido por Castelo do Rei Vamba, classificado como Imóvel de Interesse Público em 1993. Logo no início temos a Capela de Nossa Senhora do Castelo, que é da época da Reconquista Cristã.


Caminhámos até à Torre,



na qual entrámos.



No interior existe uma escada metálica que nos dá acesso ao cimo,


de onde se tem uma panorâmica sobre o rio Tejo e as Portas de Ródão.


Após esta visita dirigimo-nos para a ASA de Vila Velha de Ródão  (coordenadas GPS: N 39º 39' 06'' W 07º 40' 21'') a fim de aí pernoitarmos, mas ao chegar verificámos que o local estava todo vedado e ocupado pela Federação Portuguesa de Motonáutica por motivo do Campeonato do Mundo de Motonáutica F2 se disputar nesta vila nos dias 3 e 4. Dada a impossibilidade de ali pernoitarmos resolvemos seguir para a ASA da Barragem de Póvoa e Meadas (coordenadas GPS: N 39º 29' 02'' W 07º 32' 51''), que não conhecíamos. Verificámos ser um local muito calmo e com bastante espaço para estacionamento.




Dia 02 . Póvoa e Meadas / Oleiros - 118,9 Km


Depois de uma noite sossegada e após o pequeno almoço, saímos da área e fomos por Nisa até novamente Vila Velha de Ródão, onde estacionámos junto ao Lagar de Varas, que fomos visitar.



Este lagar foi adquirido pela autarquia em 2007 e requalificado em 2011, Consiste num Núcleo Museológico onde podemos conhecer todas as etapas da produção de azeite, desde os métodos primitivos até aos sistemas mecânicos. A imagem seguinte mostra um sistema com energia animal, em que o animal andava à volta como nas noras.


E depois o sistema mecânico.




Havia também na sala vários objectos utilizados na agricultura



e várias vasilhas onde o azeite era acondicionado.



Depois de visitar este lagar seguimos para a aldeia de Figueira, uma das aldeias de xisto. Esta aldeia encontra-se quase toda em estado primitivo, com muitas casas ao abandono.




As ruas estreitas, com traçado medieval, são denominadas quelhas.




Nas entradas do casario eram usadas cancelas, as quais eram fechadas durante a noite nos séculos XVII e XVIII para evitar a entrada de lobos.


Na Travessa da Ti Augusta fomos tomar café na Casa da Ti Augusta.




Na deambulação pela aldeia passámos no Forno Comunitário, que hoje práticamente só é usado pelo restaurante Casa da Ti Augusta, no qual cozem o pão todos os dias e fazem assados.


Fomos depois por um caminho até a uma fonte.



Com isto terminámos a visita e regressámos à AC, partindo na direcção de Oleiros. Aí chegados dirigimo-nos para a ASA (coordenadas GPS: N 39º 55' 15'' W 07º 54' 51''), com ideia de pernoitarmos no estacionamento anexo, junto à GNR, mas vimos que o mesmo se encontrava todo vedado por estarem a construir alguma coisa. Fomos então procurar outro sítio e optámos por ficar junto ao pavilhão gimnodesportivo, ali bem perto (coordenadas GPS: N 39º 55' 20'' W 07º 54' 45.50'').

Dia 03 - Oleiros / Unhais da Serra - 107 Km


Depois de uma noite tranquila saímos para a vila de Orvalho, onde fomos fazer apenas uma parte dos Passadiços, que fazem parte da GeoRota do Orvalho que tem uma extensão de cerca de 9 Km. Os Passadiços só foram construídos em pontos de maior dificuldade da GeoRota para assim permitir a um maior número de pessoas o acesso a locais de maior beleza. Começámos por visitar a Cascata da Fraga de Água d'Alta, mas inicialmente entrámos por um sítio errado e descemos esta escadaria.



No final percorremos um carreiro


até uma zona de lazer com mesas.


Tendo verificado que não era por ali, voltámos a subir a escadaria até à estrada e andámos mais alguns metros até ao local certo da descida.



Chegados lá abaixo apreciámos a beleza daquela cascata, que tem um desnível de 50 metros, o que faz dela a cascata mais alta de toda a Beira Baixa.



A partir da Cascata percorremos um verdejante percurso que acompanha a Ribeira de Água d'Alta,



no qual íamos encontrando pequenas cascatas,



bem como algumas pontes de madeira que cruzam as diferentes margens da ribeira.




Também passámos por uma zona de piquenique


e finalmente por um caminho com árvores,


chegámos à Lagoa das Lontras,


junto da qual existe um moinho de água em ruínas.



Ao longo de todo este percurso fomos encontrando pequenas esculturas de animais feitas de pedra e chapa.




Voltámos para a AC e fomos almoçar ao Restaurante Pérola do Orvalho. Íamos com ideia de comer pela primeira vez o cabrito estonado, mas só o faziam ao domingo e lá tivemos de escolher outro prato. Depois do almoço fomos na AC até Miradouro do Cabeço do Mosqueiro, que fica a cerca de 660 metros de altitude e também faz parte do passadiço mas ao qual se tem acesso por estrada. Estacionámos e fomos visitar o espaço, no qual foram construídos muros em xisto.


Logo à entrada tem um parque de merendas com churrasqueiras



e um parque infantil com brinquedos em madeira



e ainda um Santuário.




Ao lado encontra-se o passadiço em madeira.


Depois temos o Miradouro




de onde se desfruta uma vista panorâmica sobre as povoações vizinhas.



Voltámos à AC e tomámos o caminho da aldeia da Barroca, onde fomos visitar a Capela de Nossa Senhora da Rocha. Esta Capela encontra-se no topo de uma elevação sobranceira à aldeia




e por esse motivo pode-se desfrutar de uma paisagem deslumbrante sobre a aldeia.



Na parte de baixo da Capela existe um painel de azulejos alusivo aos fundadores da mesma e com a imagem de Nossa Senhora.



Também aí se encontra uma zona de piquenique com mesas, churrasqueiras e lava-loiças.




Após esta visita seguimos viagem para Paul, mais concretamente para o Santuário de Nossa Senhora das Dores. Este Santuário foi erguido em 1954, cumprindo-se uma promessa de que se durante as invasões francesas Paul não sofresse qualquer dano, seria construído no cimo do Monte da Fonte Santa. A visita inicia-se por uma imponente escadaria


ladeada por doze capelinhas, cada uma representando uma etapa da vida de Cristo, com figuras em tamanho natural



e termina no Templo, que é um local de peregrinação.




Nas traseiras do Santuário existe um Coreto, local este onde decorre a festa de Nossa Senhora das Dores, que se realiza no primeiro domingo de Julho.


Também na traseira deste Santuário, enquanto lá estivemos, andava um grupo de javalis, possívelmente à procura de comida em virtude do incêndio que deflagrou nas imediações do Santuário em Maio deste ano.



Seguimos depois para Unhais da Serra, onde fomos pernoitar na Área de Serviço desta localidade (coordenadas GPS: N 40º 15' 21'' W 07º 37' 24.50'').



Junto da área de serviço situa-se a Praia fluvial



com água limpida e transparente, onde existe uma ponte para se atravessar para o outro lado


e que forma uma pequena queda de água.


Mais acima encontram-se uns moinhos de água.




Dia 04 - Unhais da Serra / Sabugueiro - 41,4 Km


Hoje fomos dar uma volta a pé pela vila e ao chegar à estrada principal, passámos por um monumento à memória de todos os filhos de Unhais mortos ao serviço da Pátria, inaugurado no dia 1 de Dezembro de 1975.


Quase em frente, fica a Igreja Paroquial de Santo Aleixo que terá sido edificada no século XVIII.




Percorremos depois algumas ruas, apreciando as construções.



Passámos pelo Mercado Municipal,


por um Chafariz de 1890 e restaurado em 1954


e ainda por um coreto.


Regressámos à Área de Serviço e partimos para o Sabugueiro. No percurso passámos pela Torre mas como estava um nevoeiro serradíssimo, nem sequer parámos. Chegados ao Sabugueiro, fomos estacionar junto da Capela de Nossa Senhora de Fátima, onde acabaríamos por pernoitar (coordenadas GPS: N 40º 24' 14'' W 07º 38' 44''




e de onde se tinha uma vista sobre parte da vila.


Depois de estacionar fomos almoçar, quase ao lado, na Churrasqueira o Chocalho, findo o qual descemos em direcção ao Centro Histórico.




Na estrada nacional que atravessa a vila, podem ver-se inúmeras casas de venda de produtos serranos (queijo, presunto, chouriços, etc.) e artesanato. Também se vê muito à venda os cães serra da estrela. Passámos pela Igreja Paroquial, situada no Largo da Igreja,



onde o granito predomina nas calçadas e casario.




Passámos também por uma Fonte, construída em 1010 e reconstruída em 1938, segundo a placa que lá se encontra


e ainda por um tanque comunitário.


Mais abaixo tínhamos uma vista sobre a Praia fluvial.


Depois desta caminhada e de termos adquirido alguns produtos, regressámos à AC.

Dia 05 - Sabugueiro / Sarzedo (Arganil) - 101,8 Km


Saímos do Sabugueiro e fomos até à cidade de Seia. Estacionámos junto do cemitério e descemos a rua. Passámos pela estátua de Afonso Costa


e fomos até ao Largo António Borges Pires, onde se encontra um Cruzeiro


e onde se situa o edifício da Câmara Municipal.



Quase ao lado encontra-se a Capela do Santo Cristo, do século XVI, assente sobre um alto pódio, com acesso por uma escada frontal. Do lado direito tem um Púlpito circular.


Subimos a seguir uma escada


que nos levou à entrada para as traseiras da Igreja de Nossa Senhora da Assunção, que é a Igreja Matriz da cidade.


Esta igreja foi reconstruída na segunda metade do século XIX. A sua fachada apresenta duas Torres Sineiras.


O interior apresenta uma única nave


e uma Capela-Mor mais estreita.


Em cada parede lateral apresenta um Púlpito. 


Ao fundo, sobre a entrada encontra-se o Coro-Alto.


Ao lado da igreja existe uma zona ajardinada onde se encontra uma imagem de Nossa Senhora sobre uma alta coluna



e uma curiosa fonte.


De regresso à AC passámos por esta fonte com dois painéis de azulejos na parede e duas bandeiras: uma da vila e outra da elevação a cidade em 3 de Julho de 1986


e já na zona onde estava a AC, junto ao cemitério, encontra-se esta homenagem aos bombeiros.


Depois de Seia, fomos até ao Senhor das Almas, no concelho de Oliveira do Hospital, pois tinha interesse em conhecer a área de serviço. É realmente uma ASA boa, com electricidade gratuita, zona de piquenique com grelhadores e mesas, casas de banho, parque infantil e numa zona sossegada no centro da aldeia e junto à EN 17.






Fomos depois até à Área de Serviço do Barril de Alva (coordenadas GPS: N 40º 17' 10'' W 07º 57' 42,50'') apenas para irmos almoçar ao Restaurante Quinta do Urtigal.
Depois do almoço fomos até à Mata da Margaraça, que está situada em plena Área Protegida da Serra do Açor e já está documentada desde a segunda metade do século XIII. Dela fazem parte inúmeras espécies de árvores como carvalhos, castanheiros, cerejeiras, ulmeiros, freixos, loureiros e outras. De arbustos conta com medronheiro, aveleiras, gilbardeiras e outras.





A seguir à Mata da Margaraça fomos ver a Fraga da Pena que também se encontra na Área Protegida da Serra do Açor e consta de diversas quedas de água, tendo a mais deslumbrante e maior, uma altura de 19 metros.





Seguimos desta vez para a aldeia de Sarzedo, no concelho de Arganil e instalámo-nos no Parque Municipal de Campismo (coordenadas GPS: N 40º 14' 30,40'' W 08º 04' 04,70'').





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