domingo, 15 de outubro de 2023

Viagem pelo norte de Portugal, Galiza, Castela e Leão, Astúrias e Cantábria em Espanha - 1ª Parte

Viagem pelo norte de Portugal, Galiza, Astúrias, Cantábria e Castela e Leão em Espanha, realizada de 09.09.2023 a 29.09.2023, num total de 3185 quilómetros percorridos. (1ª Parte)

Dia 09 - Brejos de Azeitão / Maceira - 172,1 Km


Saímos de casa e fomos até ao Porto Alto, onde virámos para Vila Franca de Xira, tendo mais à frente entrado na A1, para fugir ao trânsito do Carregado. Saímos em Aveiras e seguimos pela N1/IC2 até à Batalha. Logo à frente, em Santo Antão, fomos almoçar no nosso já habitual Restaurante Elsa & Filomena.


Depois do almoço, passámos por casa de um casal amigo, em Maceira e já não nos deixaram sair, acabando por jantar e pernoitar lá.

Dia 10 - Maceira / Águeda - 220,7 Km


Saímos de Maceira e fomos até à ASA de Palhaça (coordenadas GPS: N 40º 31' 53'' W 08º 36' 09''), onde almoçámos. É uma área pequena, com apenas 3 lugares, inserida numa zona de lazer com inúmeras mesas e churrasqueiras e um lago com patos. Talvez por ser domingo, os lugares estavam ocupados por viaturas ligeiras, incluindo o local de despejos, de pessoas que estavam a passar o dia na zona.
Depois do almoço seguimos para a Pateira de Fermentelos, que é um lago natural formado a partir da confluência dos rios Cértima e Águeda. É o maior lago natural da Península Ibérica. Começámos pela Pateira de Óis da Ribeira (coordenadas GPS: N 40º 34' 34'' W 08º 30' 43,30'').


Seguimos depois por uma estreita estrada ao lado da lagoa,


até à Ponte Romana,


onde parámos para a obtenção de algumas fotos.


De seguida continuámos até à Pateira do Carregal (coordenadas GPS: N 40º 34' 20'' W 08º 32' 37,50''),


que tem um parque onde é permitido pernoitar, por um máximo de 48 horas.


Junto a este parque existe uma área de lazer com churrasqueiras


e muitas mesas, algumas debaixo de uma cobertura.


Há também uma zona de observação de aves


e um baloiço


com uma placa onde se pode ler: Olhe com alma, Sinta com o coração.


Após percorrermos a área por alguns minutos, partimos com ideia de ir ficar na ASA de Águeda, mas passados alguns quilómetros resolvemos alterar para a ASA de Estarreja, por esta ter electricidade, mas ao chegar lá verificámos que o café onde se vai buscar a chave e pagar, estava encerrado. Ainda lá estivemos alguns minutos mas resolvemos retomar a ideia anterior e seguimos para Águeda, onde pernoitámos na sua ASA (coordenadas GPS: N 40º 34' 17'' W 08º 26' 36'').

Dia 11 - Águeda / Vouzela - 86,0 Km


Saímos de Águeda e fomos até à Cascata da Cabreia, na zona de Sever do Vouga (coordenadas GPS: N 40º 45' 13,20'' W 08º 23' 30,30''). O caminho para lá chegar era estreito e com descida acentuada, em calçada e estava com algum receio para a subida no regresso, mas felizmente não houve problema.


Depois de estacionar


fomos por um caminho de terra




até à cascata, que se apresentava com bastante água.



Esta cascata tem 25 metros de altura e tem a sua origem nas águas do rio Mau. Nas imediações da cascata existe um parque de merendas.


Voltámos à AC e partimos para Vouzela, tendo estacionado num parque junto à estação de camionagem (coordenadas GPS: N 40º 43' 23'' W 08º 06' 34,70''). Depois de estacionar fomos a pé até à Praça da República, onde se localiza a Igreja da Misericórdia, do século XVI, mas onde não são permitidas visitas. Sobressai a fachada principal, revestida com azulejos azuis e brancos.


Quase defronte da igreja está o Pelourinho, do século XVIII.


Continuámos pela Rua Morais de Carvalho


e na Praça do mesmo nome encontra-se uma estátua deste filho da vila.


Ainda nesta praça podemos admirar a Capela de São Frei Gil, datada do século XVIII, com uma fachada bonita.


São Frei Gil é o padroeiro de Vouzela, que nasceu e morreu nesta vila. A simplicidade do exterior da capela esconde a riqueza do seu interior.



Descemos a Rua de São Frei Gil,


onde se encontram muitas casas brazonadas


até à Ponte Romana, do século XVI, sobre o rio Zela.


Aqui virámos para a Fonte da Nogueira, uma fonte em pedra, do século XVI, mandada construir pelo Príncipe D. Luis


formada por dois tanques de água aos quais se acede por uns degraus também de pedra e que ostenta um brasão com as armas reais.


Ao cimo podemos ver a antiga Ponte Ferroviária, agora pedonal.


Voltámos para trás e atravessámos o jardim fronteiriço à Câmara Municipal,


de onde se tinha outra prespectiva da Ponte


e um pouco mais à frente fomos visitar a Igreja de Nossa Senhora da Assunção, a Igreja Matriz de Vouzela, construída em pedra de granito no início do século XIII, que se destaca pela curiosa Torre Sineira, separada da fachada.


O interior é formado por uma só nave com cobertura de madeira.



A Capela-mor abre-se ao cimo da nave


e é coberta por um tecto de caixotões pintados.


Na lateral situa-se a pequena Capela dos Almeidas, com a imagem de Cristo Crucificado no seu interior.


No regresso ao estacionamento onde estava a AC, passámos e atravessámos a Ponte Ferroviária / Pedonal, onde logo à entrada se encontra uma locomotiva a vapor que remonta a 1911.




Já na autocaravana, partimos para o Parque de Campismo de Vouzela (coordenadas GPS: N 40º 42' 58'' W 08º 05' 34'').


Dia 12 - Vouzela / Barragem da Queimadela - 182,1 Km


Saímos de Vouzela e fomos até à Cascata do Poço do Linho (coordenadas GPS: N 40º 48' 25'' W 08º 16' 16''), que fica na aldeia de Paraduça e é bastante acessível por se encontrar à beira da estrada, a partir da qual está agora dotada de modernos passadiços de madeira.



Após descer os poucos degraus do passadiço, eis-nos perante a cascata, que nesta altura não apresentava um grande caudal.


A cascata assume este nome, porque no passado as mulheres íam lavar o linho no poço que ali se forma. Cerca de 500 metros à frente fomos visitar a pequena aldeia da Paraduça, onde os seus poucos habitantes trabalham a terra para dela tirarem o seu sustento.



Por entre campos de milho, fomos até ao fundo da aldeia


para irmos visitar a Casa da Broa, que funciona numa antiga escola primária, mas para pena nossa encontrava-se fechada.



Regressámos à estrada e do outro lado fomos ver os Moínhos da Paraduça


que são um conjunto de cinco moinhos de rodízio com paredes de granito e telhados de lousa.




Estes moínhos estavam abandonados e foram recuperados em 2004, pela Associação de Desenvolvimento Turístico de Paraduça. Actualmente quatro destes moínhos estão em funcionamento, sendo utilizados pela população local.



Após esta visita procurámos um restaurante para almoçar, mas devido a estarmos a circular em serra, com estradas estreitas e cheias de curvas, nas poucas aldeias que atravessámos apenas vimos alguns cafés. O tempo passava e acabámos por almoçar na autocaravana, na ASA de Vale de Cambra que não conhecíamos mas que achámos muito boa (coordenadas GPS: N 40º 50' 59'' W 08º 23' 50'').




É uma área pequena, com apenas 5 lugares, com electricidade e água em todos os espaços e casas de banho, que pelo menos quando lá estivemos, se apresentavam limpas. Depois do almoço seguimos para o Parque de Campismo da Barragem da Queimadela (coordenadas GPS: N 41º 30' 12'' W 08º 09' 43,80'').


Dia 13 - Barragem da Queimadela / Gerês - 91,1 Km


Saímos do parque a pé e fomos fazer a caminhada no trilho Verde da Marginal PR4 Fafe, circular de 3 quilómetros. Seguimos para a barragem, que se situa no rio Vizela, e atravessámos o paredão para a outra margem



onde iniciámos a caminhada por um caminho de terra, por entre bosques e frondoso arvoredo.



Caminhámos ao longo da albufeira


à sombra dos refrescantes carvalhos, pinheiros, eucaliptos e choupos.




A certa altura saímos do trilho e subimos uma encosta empedrada



que nos levou à aldeia de Repulo, um pequeno aglomerado de casas de pedra e espigueiros.




Só depois constactei que a visita não seria a esta aldeia mas sim á aldeia de Pontido, que é uma aldeia um pouco mais acima, onde já não havia habitantes e foi criada uma aldeia turística a partir da reconstrução das casas abandonadas. Voltámos a descer por um carreiro estreito



até atingirmos os passadiços de madeira, que percorremos de seguida



até chegarmos à Cascata


e mais à frente a uma zona de lazer com mesas e churrasqueiras



junto à praia fluvial.



Assim terminámos a caminhada, que com a subida à aldeia, ultrapassou os 3 Kms e regressámos ao parque de campismo para ir buscar a AC e sair. Parámos logo a seguir, num estacionamento em terra, onde almoçámos. Depois do almoço continuámos a viagem com destino à albufeira da Barragem do Ermal (coordenadas GPS: N 41º 35' 19,20'' W 08º 07' 51,50'') mas a certa altura o GPS pregou-me uma partida e enfiou-me por um caminho de terra estreito e com valas provocadas pela chuva e pedras, em que só cabia um carro. Felizmente que não apanhei nenhum em sentido contrário. Este percurso foi feito em 1ª e 2ª a 20 e 30 Km/h. Acabámos por não ir até à barragem e mal nos apanhámos novamente em alcatrão, seguimos para Póvoa de Lanhoso, mas ao chegar à ASA, vimos que a mesma estava cheia e apenas fizemos os despejos e metemos água. Seguimos depois para o estacionamento, já nosso conhecido, no Gerês, onde é permitida a pernoita (coordenadas GPS: N 41º 44' 07'' W 08º 09' 35,50'').



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