quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Viagem pelo norte de Portugal, Galiza, Castela e Leão, Astúrias e Cantábria em Espanha - 2ª Parte

Viagem pelo norte de Portugal, Galiza, Astúrias, Cantábria e Castela e Leão em Espanha, realizada de 09.09.2023 a 29.09.2023, num total de 3185 quilómetros percorridos. (2ª Parte)

Dia 14 - Gerês / Aboim da Nóbrega - 171,6 Km


Saímos da vila do Gerês e fomos até Fafião, conhecida como a aldeia de lobos, tendo passado pela Barragem de Salamonde.



Logo à entrada de Fafião, parámos junto ao Miradouro do Lobo, onde, no cimo de um penedo, se encontra uma escultura de ferro deste animal


e de onde se tem uma vista sobre as águas do rio Cávado.


Continuámos e fomos estacionar junto ao campo de futebol (coordenadas GPS: N 41º 42' 19'' W 08º 05' 22,40''). De seguida fomos a pé até ao Poço Verde, que é uma lagoa alimentada pelo rio Fafião. O caminho para lá chegar é um caminho em terra batida com cerca de 2 Km e quase sempre a descer. Começa mais largo, para pouco depois estreitar




mas para animar vamos tendo vistas soberbas.



Continuámos a descer


e avistámos o Vale do rio Fafião



Um pouco à frente já não continuámos, pois a descida para o Poço era por um trilho estreito que descia por um barranco, para nós um pouco perigoso e não quisemos arriscar



mas do lugar onde estávamos já víamos o Poço Verde, onde andavam algumas pessoas.



Regressámos pelo mesmo caminho, agora sempre a subir, o que nos custou um pouco e fomos até ao Miradouro de Fafião que fica no cimo de um monte e começámos por subir uma pequena rampa com degraus


continuando por um caminho de terra


de onde já se via o miradouro.



Ao chegar lá, atravessámos a ponte metálica que faz a ligação entre os dois penedos rochosos



e fomos até à ponta, de onde se tem uma magnífica vista.




Após esta visita regressámos à AC e partimos, tendo parado para almoçar no Restaurante Ponte Nova "Bina" em Cabril, mesmo ao lado da ponte sobre o rio Cávado.




Após o almoço e chegados à AC, verificámos que no seu interior estavam 41º C.


Daqui, partimos para Pitões das Júnias onde estacionámos para ir ver a Cascata (coordenadas GPS: N 41º 49' 55,30'' W 07º 56' 40'') que é alimentada pelas águas do ribeiro de Pitões.


O acesso à cascata, com cerca de 600 metros,  começa por um caminho de pedra


seguido por um passadiço de madeira


práticamente todo em degraus



até se chegar a uma plataforma



de onde se tinha uma vista para a cascata, que nesta altura apenas corria um pouco de água.



Voltámos a subir toda aquela escadaria, um pouco desiludidos e partimos para o Parque de Campismo de Aboim da Nóbrega (coordenadas GPS: N 41º 45' 18'' W 08º 22' 24''). O trajecto para este parque fez-nos sair para Espanha, tendo voltado a entrar em Portugal alguns quilómetros mais à frente.

Dia 15 - Aboim da Nóbrega / Paredes de Coura - 54,9 Km


Saímos do parque e tomámos o caminho para Arcos de Valdevez, onde estacionámos junto ao rio (coordenadas GPS: N 41º 50' 51'' W 08º 24' 54''). 


Fomos depois a pé e atravessámos a Ponte Pedonal



indo até à Igreja do Espírito Santo, onde funciona o Centro Interpretativo do Barroco e que se encontra classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1977


Esta igreja foi construída no século XVII e a Torre Sineira no século XVIII. A fachada actual foi reformada no século XIX. O interior é de uma só nave


e na Capela-mor encontra-se um retábulo de talha dourada


A meio da nave destacam-se os Púlpitos


e aos pés da igreja encontra-se o Coro-alto.


Atravessámos o Jardim dos Centenários



e fomos visitar a Igreja Matriz ou Igreja do Divino Salvador, construída no final do século XVII e terminada no início do século XVIII, sobre as ruínas medievais de outra



O interior, de uma só nave e três capelas, é coberto por uma abóboda de caixotões pintados


Na Capela-mor sobressai o Retábulo de talha dourada


e o tecto em caixotões


No meio da nave, encontram-se dois Púlpitos, um de cada lado


Aos pés da igreja situa-se o Coro-alto


com Órgão de tubos


e a Pia Baptismal no interior de uma capela gradeada.


Saímos da igreja e passámos pelo Pelourinho, esculpido no século XV, que se encontra na Praça Municipal.


Entrámos de seguida na zona histórica


e fomos visitar a Igreja da Lapa, construída no século XVIII.


No interior sobressai o Altar-mor



e os altares laterais


a cobertura é oval


destaca-se também o Coro-alto.


No Largo da Lapa, fronteiro à igreja, encontra-se o Relógio de água que é considerado o ex-libris do centro histórico.



Fomos de seguida almoçar no Restaurante O Pote, onde saboreámos um bacalhau frito delicioso.



Depois do almoço descemos até à Ponte sobre o rio Vez, conhecida por Ponte da Vila.


De regresso à AC, passámos pela Rotunda do Chafariz


e seguimos pelo Recontro de Valdevez.



Já na AC, seguimos para Paredes de Coura, tendo-nos em dada altura cruzado com umas vacas, que andavam a passear pela estrada.



Em Paredes de Coura dirigimo-nos para a ASA (coordenadas GPS: N 41º 54' 41'' W 08º 33' 26'') e já não saímos.

Dia 16 - Paredes de Coura / Carballiño - 122,3 Km


Saímos de Paredes de Coura e seguimos para Espanha, tendo passado por Monção. Em Espanha, dirigimo-nos para Ribadavia, tendo estacionado na sua área de serviço (coordenadas GPS: N 42º 17' 08'' W 08º 08' 35'') onde almoçámos. Depois do almoço fomos a pé até ao Bairro Judeu, tendo entrado pela Porta Nova onde este começa.


O bairro estende-se por ruas compridas e estreitas




que se ligam a praças.




Fomos depois sair ao Castelo, construído no século XII e abandonado no século XVII. Não foi visitado o seu interior por se encontrar fechado.



Logo a seguir ao castelo, encontra-se o Santuário de Nuestra Señora del Portal, cuja construção começou no século XVII mas só foi concluída no século XIX. Na fachada destaca-se o seu enorme campanário.


Ao lado encontra-se a Igreja e Convento de Santo Domingo, construída nos séculos XIII e XIV. Também esta igreja não foi visitada por se encontrar em obras.




Ao lado da igreja encontrava-se o convento.


Voltámos à AC e seguimos para Carballiño, tendo ficado no Camping Arenteiro, onde chegámos ainda cedo (coordenadas GPS: N 42º 25' 25'' W 08º 05' 54'').


Depois de nos instalarmos fomos dar um passeio ali à volta. À saída do camping, entrámos no Parque Etnográfico do Arenteiro



que fica nas margens do rio Arenteiro


e está rodeado de exuberantes florestas.


Existem moinhos recuperados, tendo um deles sido convertido em restaurante com esplanada virada para o rio.


Junto a este moinho/restaurante existe uma ponte sobre o rio


que vai dar a um pequeno miradouro sobre o rio.


Continuámos e fomos dar à zona onde se situa uma antiga fábrica de papel, que devido a um incêndio em 1840, acabaria por fechar. Hoje o edificio foi recuperado e está tansformado em museu que, ou abriu recentemente ou irá abrir brevemente.




Regressámos de seguida ao camping.

Dia 17 - Carballiño / León - 303,6 Km


Saímos do camping e fomos para Astorga. Estacionámos próximo da catedral


e fomos depois visitá-la.




A construção da Catedral foi iniciada em 1471 sobre uma catedral românica do século XI e prolongou-se até ao século XVIII. Foi declarada Monumento Nacional em 1931. As suas duas torres gémeas, são o elemento mais característico do exterior.


São também de admirar os relevos




e as portadas.



Começámos a visita pelo Museu que foi inaugurado em 1954 e remodelado em 1982, ficando com o triplo do espaço. Está dividido em dois pisos. No primeiro, estão expostos santos e pinturas



e no segundo, por onde se acede por uma escadaria decorada com tapeçarias e pinturas.


Numa das salas estão vitrines com ornamentos litúrgicos.




Na Sala do Tesouro estão moedas, bandejas de prata, pinturas.




Na Sala Capilla de Santa Marina  estão expostos restos da antiga Sé Catedral.


Passámos depois para o Claustro, onde também estão expostas várias peças



e por fim entrámos na Catedral. O interior é de três naves de extraordinária altura, sendo a do meio mais alta do que as outras duas.



Na Capela-mor surpreende o seu Retábulo, pelas suas dimensões


e a cobertura desta.


Existem várias capelas laterais





e vários vitrais.



Na nave central encontra-se o Coro, com 97 lugares e o cadeiral em madeira de nogueira



e o Órgão, restaurado e concluído em 1985 que mantém os seus elementos originais.


Saímos da Catedral e fomos um pouco ao lado visitar o Palácio de Gaudi, cuja construção decorreu desde 1889 até 1913, em pedra de granito, com características de castelo e palácio, rodeado por um fosso.




O Palácio é composto por quatro pisos. A cave é um espaço totalmente aberto, sem divisões



que hoje abriga um acervo cultural.



O piso térreo tem um amplo salão central que dá acesso às salas privadas


e a cobertura com aquelas nervuras decoradas com cerâmica vidrada, que lembram o estilo mudéjar.


No 1º andar repete-se o esquema da cerâmica vidrada.



Neste andar temos a Capela, com pinturas murais nas paredes


e com grandes vitrais


a Sala do Trono


a Sala de Jantar de Gala



o Escritório


No 2º andar temos um piso muito simples que difere dos pisos inferiores



que contém duas varandas para o interior, que funcionam como coro para a capela.


De seguida passámos para o exterior, onde estão colocadas esculturas de anjos



e circulámos pela Muralha.



Após esta visita regressámos à AC e partimos para a cidade de León, tendo estacionado na ASA local, onde pernoitámos (coordenadas GPS: N 42º 36' 17'' W 05º 35' 06'').


Dia 18 - León / Cangas de Onis - 257,3 Km


Saímos de León e fomos parar no Santuário Nossa Senhora do Bom Sucesso, na N-130 (coordenadas GPS: N 42º 49' 53'' W 05º 39' 15''). Este é um Santuário do século XVIII e foi ampliado no século XIX.



Como se encontrava fechado, apenas deu para tirar uma foto do interior, através de uma janela.


Seguimos então para o Miradouro del Fito, em plena Serra del Sueve (coordenadas GPS: N 43º 26' 20,60'' W 05º 11' 36''). Estacionámos no largo onde este começa


onde uma vaca, pachorrentamente, andava a pastar sem se importar com o movimento à volta.


Deste largo, começa um caminho


seguido de uns degraus que nos leva até ao miradouro.



Este Miradouro foi construído em betão armado e inaugurado em 1927, para proporcionar ao turista uma boa visão sem obstáculos.


Este miradouro parece ser um disco voador, suspenso a poucos metros, em que desceram uma escada para pisarem o solo. Do alto consegue-se uma vista espectacular de 360º  sobre as montanhas, vales e o mar.




Após a visita, almoçámos no local e partimos depois para Ribadesella, tendo estacionado algures, onde havia lugar, na Calle Marqueses de Arguelles, junto ao rio Sella.



Fomos depois a pé dar uma volta pelo Centro Histórico


indo dar à Iglesia de Santa Maria Magdalena, uma construção de 1924.


Continuámos e entrámos na Plaza de la Reina Maria Cristina


que abriga o edifício mais antigo da cidade, o Palácio Prieto Cutre, do século XVI


e seguimos pela Calle Infante


regressando à autocaravana. Já na AC, atravessámos a Puente del Sella


e circulámos por umas ruas com vivendas e ultrapassámos uma rotunda que tinha como decoração um barco à vela todo florido


virámos depois para o lado do rio e parámos junto à Playa de Ribadesella, apenas para admirar e fotografar.



A partir daqui seguimos para Cangas de Onis, onde estacionámos na ASA (coordenadas GPS: N 43º 21' 10'' W 05º 07' 30'').


Depois de estacionar fomos dar uma volta pela cidade. Atravessámos o rio Gueña para a outra margem, pela Ponte Pedonal



e fomos até à Iglesia de Santa Maria de la Asunción, que surpreende pela sua Torre Sineira de três andares


o seu interior é formado por três naves


com uma altura considerável


o Altar-mor é simples, sem qualquer retábulo


conta com excelentes vitrais



no Coro-alto tem um bonito Órgão


e antes da saída tem a sua Pia Baptismal.


Defronte da igreja está a Plaza del Mercado



onde também se encontra o Palaciu Pintu, construído nos anos 40 do século XX, sobre as ruínas do palácio maior que anteriormente ocupava o seu lugar, mantém o aspecto inicial e o brasão da família.


Por baixo do edifício sustentado por pilares, realiza-se o mercado semanal, aos domingos, há mais de 200 anos.


Seguimos na direcção do rio e regressámos à AC.


Depois de jantar, apareceu a polícia e disse que tínhamos de sair e ir para o parque 3, isto porque a zona das ACs estava cheia e nós, assim como muitos outros, estávamos na zona dos carros, ocupando dois lugares. Saímos então na direcção de Covadonga e ao passar no parque 3, como só lá estava uma, não quisemos ficar e continuámos na estrada até ao parque 4, já muito próximo de Covadonga, onde pernoitámos.

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