sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Viagem entre 2 encontros - Parte 1

Viagem aproveitando 2 encontros, realizada de 11 a 20.10.2019, num total de 632,1 Km percorridos.

Dias 11 a 13 - Brejos de Azeitão / Golegã - 141,4 Km
 
 
Saímos de Brejos de Azeitão pela manhã e fomos almoçar ao Entroncamento em casa de um amigo autocaravanista, que é um apaixonado pelos comboios e tudo o que lhes diga respeito. Depois do almoço subimos até ao sótão da sua residência, para ver e apreciar a sua exposição de miniaturas, que está espectacular com todos os pormenores.
 






 
Depois de nos deslumbrarmos com tudo aquilo, fomos com ele para o Parque de Campismo da Golegã, onde iria decorrer o encontro do CAA - Clube Autocaravanista da Abeceira, de que ambos fazemos parte, durante este fim de semana.



Deste encontro que decorreu animado, deixo apenas algumas imagens das refeições, por não ser aqui o local indicado para maior publicação.



Na tarde de sábado fizemos uma caminhada pela vila e visitámos a Casa-Estúdio Carlos Relvas.






Este palacete construído no século XIX, apresenta características únicas a nível mundial. Carlos Relvas ficou especialmente conhecido, no país e no estrangeiro, como um dos pioneiros da fotografia. Para entrar no palacete tivemos de calçar uma proteção de plástico por cima dos sapatos, para não danificar o chão de mosaicos.


No palacete não era permitido tirar fotos, pelo que só pude tirar na entrada.




No domingo fomos almoçar à Adega Típica Cú da Mula e assim terminou este encontro entre amigos.



 
Dia 14 - Golegã / Tomar - 32,5 Km

 

 Saímos do Parque de Campismo e fomos direito a Tomar. Durante toda a viagem esteve sempre a chover. Estacionámos na Área de Serviço (coordenadas GPS: N 39º 36’ 25’’ W 08º 24’ 37’’). De tarde fomos dar uma volta pela cidade e passámos junto ao Rio Nabão, que estava com pouca água.
 
 
 
Seguimos depois por uma rua até à Praça da República, onde se localiza a Câmara Municipal.
 
 
 
Em frente fica a Igreja S. João Baptista que é a Igreja Matriz e que fomos visitar.
 
 
 
Esta Igreja é de finais do século XV mas foi reconstruída no século XVI. Na fachada é de realçar o seu portal manuelino.
 
  
O interior é de três naves, separadas por arcos.
 
 
Ao cimo, a Capela-Mor com Retábulo-Mor em talha dourada
 
  
é ladeada por duas outras capelas.
 
 
 
No pilar do lado esquerdo junto à Capela-Mor, encontra-se o Púlpito em pedra, repleto de relevos e servido por escada de caracol.
 
 
 
À direita da Capela-Mor está a Pia Baptismal
 
 
e colada a um pilar uma pia de água benta.
 
 
Por cima da entrada podemos ver o Coro-Alto, onde se encontra um órgão de tubos.
 
 
A cobertura da igreja é em madeira.
 
 
Saímos das igreja e subimos uma escadaria e depois uma rampa até à entrada do Convento de Cristo.
 
 
 
 
 
O Convento de Cristo, do século XII, é um conjunto de edificações históricas de que se destacam o Castelo, a Charola, os Claustros, a Igreja e o Convento. Passámos a porta e subimos uma rampa que levou a uma segunda porta, a Porta do Sol
 
 
 
e mais acima até junto da Charola, onde havia uma escadaria.
 
 
Esta é a porta principal da igreja, mas entrámos por uma lateral.
 
 
Na igreja o destaque vai sem dúvida para a Charola, que funciona como Capela-Mor da igreja e foi construída no século XII, mas foi reconfigurada no século XVI.
 
 
 
 
Junto à Charola encontra-se um bonito Púlpito
 
 
e ao fundo da igreja está o Coro-Alto.
 
 
Atravessámos o Claustro da Lavagem
 
 
 
 
 
e entrámos na Sacristia Nova que foi construída no século XVI.
 
 
A abóboda do tecto é muito bonita e trabalhada.
 
 
Passámos pelo Claustro Principal, edificado no século XVI
 
 
 
 
e fomos ao Claustro de Santa Bárbara, também conhecido por Pequeno Claustro, que se desenvolve em dois pisos.
 
 
 
 
Em 1843, por ordem do rei D. Fernando II, o piso superior foi demolido para desobstruir a Janela Manuelina
 
 
e graças a ele podemos hoje ver a famosa Janela Manuelina.
 
 
 
Passámos pelo Dormitório das noviças
 
 
e também pela Casa da Padaria e o respectivo forno, datados de 1541, para serviço do convento.
 
 
 
 
A seguir passámos na Adega do Azeite, que dispunha de 28 talhas (hoje tem 12) e de 6 tanques.
 
 
 
A seguir fui dar uma palestra sobre o que tinha visto, mas a sala ficou imediatamente vazia
 
 
e então regressámos à área de serviço com o arco-íris no horizonte.
 
 
 
Dia 15 - Tomar / Fátima - 69,8 Km



Saímos de Tomar e fomos até aos Moinhos da Pena (coordenadas GPS: N 39º 35’ 23’’ W 08º 32’ 08’’), que são um conjunto de 12 moinhos de vento, cuja origem histórica é difícil de determinar. Parámos a AC e fomos por um caminho de terra.





Estes moinhos funcionaram até 1965 e em 1995 foram recuperados sete deles para alojamento turístico, mas neste momento apenas um deles tem essa função, estando todos os outros ao abandono.




Este local serve também de Miradouro.



Depois dos Moinhos, seguimos para Torres Novas tendo estacionado junto ao Castelo (coordenadas GPS: N 39º 28' 47'' W 08º 32´23,50''). Este estacionamento é de difícil acesso a autocaravanas maiores, devido às ruas estreitas.


O Castelo foi construído ou reconstruído no reinado de D. Sancho I. Do estacionamento subimos uma rampa



e fomos depois por um caminho




até à entrada do castelo.



O interior é bastante espaçoso.




Subimos às muralhas





e algumas torres




de onde se obtinha uma vista sobre a cidade.




Saímos do castelo e junto a uma entrada, encontrava-se a estátua de D. Sancho I.


Descemos por uma rua até à Igreja da Misericórdia



e passámos na Praça 5 de Outubro pelo Monumento aos Mortos da Grande Guerra, inaugurado em 1927.


Continuámos por uma rua pedonal


até a uma ponte sobre o rio Almonda


onde havia uma roda em madeira.



Demos mais uma volta, atravessámos um jardim com uma ponte em madeira sobre um lago


e subimos novamente até ao castelo para o local da AC.



Partimos desta vez até Ourém e estacionámos num parque próximo do castelo (coordenadas GPS: N 38º38' 35,50'' W 08º 35' 25'').


Subimos depois a estrada até à entrada do Castelo


passámos pela Porta da Vila


e fomos até ao Miradouro da Sé Colegiada, de onde se tinha uma vista da cidade.


Passámos em frente da Igreja de Nossa Senhora da Visitação, Matriz de Ourém ou Igreja da Colegiada, que foi construída no século XV e reconstruída no século XVIII, depois do terramoto de 1755 que a danificou quase por completo.



Fomos depois por uma rua


e passámos por uma escadaria que subia para o castelo


mas continuámos pela rua e passámos pelo Miradouro de Fátima, com vistas para os montes e casario.



Por uma calçada empedrada atingimos o Castelo



e por mais umas escadas, junto a umas ruínas



chegámos ao Pátio de Armas, onde ao centro tinha um monumento a D. Nuno Álvares Pereira.



Neste local já não existem muralhas, restando apenas duas torres e pouco mais.



Descemos novamente a calçada e saímos pela Porta da Vila.



Seguimos agora até Fátima, onde estacionámos num dos grandes parques de estacionamento nas traseiras do Santuário (coordenadas GPS: N 39º 38' 02'' W 08º 40' 16'').


De seguida fomos até ao Santuário


e iniciámos a visita pela Basílica de Nossa Senhora do Rosário, cuja construção teve início em 1928. O interior é formado por uma única nave coberta por abóboda



e uma galeria elevada.


A Capela-Mor é ampla e tem em cima um alto-relevo.



Junto ao transepto está o Púlpito, construído de forma simples
 

e ao fundo tem o Orgão de tubos, construído em 1952 e reconstruído em 2015.



No interior podemos ainda ver, junto ao Presbitério, os Túmulos dos pastorinhos. Na capela lateral esquerda estão os restos mortais de Jacinta  e Lúcia, que repousam lado a lado




e na capela lateral direita os de Francisco.



Saímos da Basílica e descemos o vasto Recinto de Oração, onde a meio se encontra a Capela das Aparições, construída em 1919 no local exacto das aparições. Em 1982 foi construído um grande alpendre para proteger a Capelinha e os peregrinos.


Mais abaixo encontra-se à esquerda a estátua de João Paulo II


e à direita a de Paulo VI.


Logo a seguir encontra-se a Galilé dos Apóstolos São Pedro e São Paulo, que é uma vasta área subterrânea, acessível por duas escadarias e duas rampas. A Galilé dos Apóstolos funciona como átrio comum às Capelas Subterrâneas.


Logo depois entrámos na Basílica da Santíssima Trindade, que é a mais recente construção deste complexo e que foi concluída em 2007.


O interior é de uma dimensão enorme, com capacidade para 8633 lugares sentados, tem uma altura de 18 metros e de configuração circular com 125 metros de diâmetro.




No Presbitério está um painel em terracota dourada com 500 m2, executado por um grupo de artistas provenientes de oito países.



Saímos da Basílica e atravessámos novamente o Recinto de Oração, admirando todo o complexo.



A fachada principal da Basílica de Nossa Senhora do Rosário é dominada pela Torre Sineira com 65 metros de altura.


Á volta situa-se a Colunata que é um conjunto que junta a Basílica aos edifícios de cada lado do Recinto de Oração. Por cima da Colunata encontram-se dezassete estátuas em mármore, representando alguns santos e fundadores de ordens religiosas. As estátuas maiores medem 3,20 metros e as mais pequenas 2,30 metros.


Regressámos à autocaravana e pernoitámos neste local.

Sem comentários: