domingo, 27 de outubro de 2019

Viagem pelas Aldeias Históricas do Centro - Parte 5

Dia 18 - Penamacor / Almeida - 155,8 Km


Saímos do parque de campismo e fomos até Belmonte, onde estacionámos junto ao Castelo (coordenadas GPS: N 40º 21’ 34’’ W 07º 20’ 55’’).


Passámos pela Torre Sineira da Igreja de Santiago, que só foi construída no século XIX, ligeiramente afastada da igreja e com acesso por escada exterior



e fomos visitar a Igreja de Santiago. Esta igreja foi construída no século XIII.



No seu interior, que é de uma só nave, podemos ver vestígios de frescos


e a Capela de Nossa Senhora da Piedade, aberta de dois lados, onde está a Pietá em granito, do século XIV, que é a peça mais admirável desta igreja.



O fresco da Capela-Mor, do início do século XVI, representa São Tiago, Nossa Senhora da Esperança e S. Pedro.


Na parede do lado esquerdo está o Pulpito em pedra.


A cobertura da igreja é em madeira


e por cima da porta da igreja está o Coro-Alto, apoiado em duas colunas centrais.




Encostado à igreja está o Panteão dos Cabrais, construído no século XV pelos pais de Pedro Álvares Cabral.


Na igreja há uma porta que dá acesso ao Panteão, onde se guardam os túmulos da família, um deles diante do altar e outros dois, posteriores, nas paredes laterais.



Fomos de seguida ao Castelo.




Este Castelo foi construído no século XIII e foi declarado Monumento Nacional em 1927. Recentemente foi construído no seu interior um anfiteatro para funções culturais.



Ao passar a porta encontramo-nos perante o que teria sido a praça de armas.


No século XV, o castelo passou a ser a residência da família Cabral e já no século XVI é edificado no seu interior o Solar dos Cabrais, havendo ainda registos junto à porta principal



e subindo à muralha também estão ainda bem visíveis restos dessa construção.

 




Encostada a este Solar e às Muralhas, encontra-se a Torre de Menagem de planta quadrada, com três pisos e encimada por ameias.




Ao entrar na Torre, verificámos que havia no seu interior, uma exposição de trajes do século XIX.








Saindo do castelo passámos pela Capela de Santo António, construída no século XV


na qual é possível observar um brasão com as armas das famílias Queiroz, Gouveia e Cabral.


Mais ao lado está a Capela do Calvário, esta do século XIX.


 Descemos uma rua


e fomos sair ao Largo do Pelourinho, onde se destaca o edifício dos antigos Paços do Concelho, além do próprio Pelourinho.

 
Mais abaixo passámos por um jardim onde estava uma estátua de Pedro Álvares Cabral, que foi inaugurada em 1961 pelo Presidente do Brasil.


Continuando a descer a Rua Pedro Álvares Cabral, passámos pela Câmara Municipal, que está instalada num edifício do século XIX.



Logo a seguir encontra-se o Ecomuseu do Zêzere, instalado na antiga Tulha dos Cabrais. Este edifício foi mandado construir pela família Cabral, em frente ao seu Solar, para servir de celeiro.



Em frente do Ecomuseu está o Solar dos Cabrais, que hoje alberga a Biblioteca e Arquivo Municipal.



No logradouro do edifício foi construído o Museu dos Descobrimentos, que não visitámos, porque ao contrário do que esperava fechou para almoço e não quisemos esperar.



De regresso à AC, passámos ainda pela Igreja Matriz, que foi inaugurada em 1940. A fachada principal tem uma Torre Sineira ao centro.


O interior é composto por uma nave

 
e a Capela-Mor mais baixa e estreita.


No Retábulo podemos ver ao centro a Sagrada Família e à direita a imagem de Nossa Senhora da Esperança, que segundo dizem, terá acompanhado Pedro Álvares Cabral na sua descoberta do Brasil.


Ainda na Capela-Mor podemos ver duas varandas de cada lado


e por cima da entrada o Coro-Alto.


Saímos de Belmonte e dirigimo-nos para a aldeia de Sortelha, tendo estacionado junto às Muralhas (coordenadas GPS: N 40º 19’ 45,70’’ W 07º 12’ 52,50’’).


A aldeia histórica de Sortelha, situada no concelho do Sabugal, foi recentemente considerada uma das mais belas aldeias do mundo. Situada no alto de um monte elevado, a mais de 760 metros de altitude, numa região muito acidentada, de cariz granítico, Sortelha é uma povoação ornada com penedos e barrocos, onde as casas encostam e assentam. O Castelo de Sortelha, do século XIII, foi classificado Monumento Nacional em 1910. Passámos por esta aldeia no dia 18 e no dia 20 iria ter lugar neste castelo o Mercado Medieval, com a designação de "Muralhas com História", pelo que se via andarem já a enfeitar as ruas e montar barraquinhas.




Atravessámos as Muralhas pela Porta da Vila e ficámos no Largo do Corro.




No Largo do Pelourinho, encontra-se o Pelourinho, construído no século XVI. Está assente sobre seis degraus octogonais e classificado Imóvel de Interesse Público desde 1933.


No interior existe uma pequena porta, chamada Porta da Traição e que servia para uma fuga em caso de emergência.


Na fachada do Castelo, sobre a Porta Principal, encontra-se a Varanda de Pilatos apetrechada de mata-cães, para defesa da porta principal.




Passando esta porta encontramo-nos perante várias ruínas.



Subi ao topo da Muralha, percorrendo-a.







Daqui podia-se admirar a vista sobre a aldeia e as redondezas.







Depois de visitar o Castelo, continuámos a subir por uma rua empedrada e ladeada por casas de granito


até chegarmos à Porta Nova, que contráriamente ao nome, é a porta mais antiga.


Continuámos, mas agora a descer



e passámos pela Casa Árabe, possívelmente do século XIV.


Esta e outras casas encontravam-se numa calçada medieval.


Continuámos a descida



até chegar à Igreja Matriz, também conhecida por Igreja de Nossa Senhora das Neves, que data do século XIV, tendo sido remodelada no século XVI.




Antes de abandonar Sortelha quero também mostrar as janelas típicas das casas.



Saímos de Sortelha com destino a Almeida mas pelo caminho fizemos um pequeno desvio na zona de Vilar Formoso, para ir abastecer de gasóleo logo à entrada de Espanha, mas ao voltar a entrar em Portugal vi no Intermarché o gasóleo mais barato 3 cts.
Chegámos à vila de Almeida e fomos directamente para a Área de Serviço onde iríamos pernoitar (coordenadas GPS: N 40º 43’ 45’’ W 06º 54’ 05’’). Como tínhamos estado em Almeida em Janeiro, na nossa viagem de fim de ano, fomos apenas rever alguns locais. Assim, depois de atravessar a rua que nos separava das Muralhas, entrámos no recinto pela Porta Nova


e virando à esquerda subi por uma rampa com degraus à Muralha.




Em frente ficava um jardim com um Coreto


e o Monumento aos Mortos da Grande Guerra, construído em 1940.


Subi depois ao Baluarte S. João de Deus, do século XII, que é a componente de maior dimensão da Praça-Forte,





de onde se abrangia uma vista sobre todo o exterior.




No interior existem as chamadas Casamatas. Em frente está o edifício do Quartel das Esquadras que foi construído em meados do século XVIII


Mais ao lado encontra-se a Igreja da Misericórdia, do século XVII, em cuja fachada se replica a Porta de Santo António.


É uma igreja de uma única nave com cobertura de madeira a duas águas e Capela-Mor, demarcada por um arco em cantaria ladeada por dois Retábulos do século XIX.


A Capela-Mor é muito bonita e o tecto está decorado com pinturas religiosas.



Na parede lateral tem um Púlpito servido por uma escada de pedra


e por cima da entrada situa-se o Coro-Alto.


Atravessámos depois a Porta de S. Francisco até ao exterior.





Passámos pelo edifício da Câmara Municipal, do século XVIII, com o seu pórtico de arcada tripla.


Subimos uma rua



e fomos dar à Torre do Relógio, que está situada no topo da vila e foi edificada em 1830 sobre as ruínas da Igreja Matriz, destruída durante a Guerra Peninsular.


Continuando chegámos às Ruínas do Castelo, do século XIII, que são Monumento Nacional desde 1928. Para a visita foi construída uma escadaria e um passadiço em metal.

 




Fomos a seguir passar e transpor a Porta Dupla de Santo António, do século XVII, que apresenta uma cobertura à prova de bomba




e no interior, junto à porta, até tinha uma latrina para os soldados mais aflitos.


Passámos esta porta e fomos até à porta exterior.



Regressámos depois à autocaravana.

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