domingo, 6 de junho de 2021

Viagem pela Rota do Douro e Vale do Tua - 1ª Parte

Após novo confinamento motivado pelo corona virus covid 19, fizemos uma viagem pela Rota do Douro e Vale do Tua de 13 a 23.05.2021, num total de 1726,7 Km percorridos.


Dia 13 - Brejos de Azeitão / Rio Tinto - 362,1 Km


Saímos de Brejos de Azeitão e fomos pelo Porto Alto até Vila Franca de Xira, entrando de seguida na auto-estrada para fugir ao trânsito no Carregado e tendo saído em Aveiras de Cima. Fomos depois apanhar a N1 em Alcoentre e seguimos até à Batalha. Como queríamos ir almoçar à Mealhada e já não era muito cedo, entrámos mais à frente na A8 e A17 e saímos para a Mealhada. À saída desta localidade fomos almoçar no Restaurante Virgílio  dos Leitões o sempre saboroso leitão assado.


Depois do almoço seguimos pela nacional até ao Porto, atravessando o Douro pela Ponte do Freixo e fomos direito a Rio Tinto, tendo pernoitado na área de serviço (coordenadas GPS: N 41º 10' 31'' W 08º 32' 30'').

Dia 14 - Rio Tinto / Souselo - 79,4 Km


Saímos de Rio Tinto e fomos até ao Miradouro da Boneca que se localiza na Serra da Boneca. Estacionámos a seguir à Junta de Freguesia de Sebolido (coordenadas GPS: N 41º 03' 10'' W 08º 20' 32'') e percorremos um trilho sempre a subir que começava com uma escada em madeira 


mas que depois passava a ser de terra batida e resguardado com uma vedação em corda.



Chegados lá, pudemos admirar uma vista sobre o rio Douro e a Serra da Boneca.





Não subimos até ao Baloiço da Boneca, por serem mais 500 metros de subida, mas conseguíamos vê-lo do miradouro.


Voltámos a descer e seguimos até Gondarém, uma pequena aldeia de xisto no município de Castelo de Paiva (coordenadas GPS: N 41º 02' 48'' W 08º 19' 53,80''). Estacionámos logo à entrada, junto aos lavadouros públicos



e descemos a estreita rua empedrada



que nos levou até ao fim da aldeia quase abandonada, pois apenas vimos uma pessoa.



Voltámos à AC e seguimos para Midões, outra aldeia de xisto a pouco mais de um quilómetro de distância. Estacionámos num largo, logo à entrada (coordenadas GPS: N 41º 03' 10,70'' W 08º 19' 51'').


Esta aldeia fica encostada ao rio Douro e possui um pequeno cais de acostagem.




Defronte do cais existe um bar de apoio com uma bonita pintura na parede.


A aldeia está implantada numa encosta virada para o rio e verifica~se que está mais preservada do que Gondarém e conta também com mais habitantes.




Como é hábito nas aldeias de xisto, algumas casas destoam das restantes construções de xisto. Depois de percorrer a aldeia





seguimos para Castelo de Paiva, onde estacionámos num grande parque de estacionamento no recinto da feira (coordenadas GPS: N 41º 02' 25'' W 08º 16' 21''), onde também se encontra uma ASA.


Fomos depois a pé até ao centro histórico da vila, mais própriamente para o Largo do Conde de Castelo de Paiva, o qual se encontrava todo em obras de beneficiação e vedado ao trânsito.



Nesse largo fica a Igreja Matriz Nossa Senhora da Assunção, construída no século XVIII e acessível através de uma escada em toda a largura da igreja.




Encostada ao seu lado direito, está a Torre Sineira.


Descemos este largo e fomos por uma rua estreita, a qual já tinha o piso todo renovado.


Voltámos ao local do estacionamento


e seguimos a viagem até à ASA de Souselo que fica à beira da N222 (coordenadas GPS: N 41º 04' 12'' W 08º 13' 51''), onde pernoitámos. Achámos esta área boa, com electricidade, zona com mesas e casas de banho.




Ao fundo e mais elevada podíamos ver a Igreja Matriz, que é anterior ao século X e fica ao cimo de uma longa escadaria.



À noite fomos pela área de serviço e zona ajardinada adjacente até à igreja e regressámos.





Dia 15 - Souselo / Peso da Régua - 89,0 Km


Saímos da área de serviço e fomos estacionar junto do Parque de Lazer do Ribeiro de Sampaio (coordenadas GPS: N 41º 05' 04'' W 08º 07' 11,30''). Este parque fica localizado na zona de Cinfães, perto da Barragem do Carrapatelo e não tem problema de estacionamento. Logo à entrada, junto à estrada, tem uma zona de merendas com mesas e bancos de madeira, grelhadores, WC e uma pequena fonte.



Logo a seguir, tem uma zona de banhos formada por uma pequena lagoa com uma queda de água.


Mais ao lado tem início um pequeno trilho sempre ladeado pelas águas do ribeiro, que nos leva através de uma verdejante paisagem





onde vamos encontrando velhos moinhos de água em completo estado de abandono.



Chegámos depois a um local, onde se encontra um baloiço sobre as águas, que não é mais que uma tábua presa por cordas a um tronco de árvore que se inclina sobre as águas.


Continuando pelo trilho vamos dar mais acima a uma ponte de madeira, construída com troncos de árvores, que atravessa o ribeiro e de onde se admira a bela cascata.




Ainda passámos além da ponte para ver a cascata por cima



após o que regressámos à AC e tivemos então um pequeno percalço. Sem que nada o fizesse prever, pois nunca tinha dado sinais de fraqueza, a AC resolveu que não queria dali sair pois a bateria não dava qualquer tipo de sinal e ali estávamos nós no meio do nada. Valeu que a estrada era ligeiramente inclinada e deu para pegar de empurrão. Parei mais à frente numa oficina que me indicaram uma casa ali perto onde poderia comprar outra bateria e assim pudemos continuar o nosso passeio, com uma bateria nova e a carteira mais leve.
Seguimos então para Cinfães indo estacionar num parque de estacionamento perto do centro (coordenadas GPS: N 41º 04' 19'' W 08º 05' 14''). Fomos visitar a Igreja de S. João Baptista, que se encontrava aberta e que é a Igreja Matriz.



Esta igreja é datada do século XVIII e é de nave única com duas capelas laterais.


A capela-mor é mais estreita e baixa do que a nave e apresenta aos lados, duas portas encimadas por janelões.


O Retábulo é em talha policromada com trono.


No topo dos transeptos tem dois retábulos, dedicados ao Sagrado Coração de Jesus e a Santo António.



Junto ao transepto tem um Púlpito de cada lado e junto a eles dois Retábulos, um dedicado a São Sebastião e o outro a Cristo Crucificado.



O tecto é em madeira policromada com a representação do Baptismo de Cristo no rio Jordão, na zona central.


Por cima da entrada encontra-se o coro alto com varanda.


Esta igreja encontra-se implantada numa zona ajardinada com árvores.



Mais ao lado existe uma zona com repuxos.



Fomos depois almoçar no Restaurante O Rabelo. Depois do almoço, seguimos para o Miradouro de Teixeirô (coordenadas GPS: N 41º 05' 11'' W 08º 05' 07'') ao qual se vai por uma estrada estreita e empedrada de difícil acesso a autocaravanas de maiores dimensões.


Este miradouro permite contemplar a foz do rio Bestança com o rio Douro, a Ponte de Mosteirô e o cais de Porto Antigo.




Daqui fomos para Cárquere, mais concretamente para o Mosteiro de Santa Maria de Cárquere (cooednadas GPS: N 41º 05' 13'' W 07º 57' 28,40''), também conhecido por Igreja Paroquial de Cárquere, Igreja de Santa Maria de Cárquere ou Santuário de Nossa Senhora de Cárquere. Este mosteiro é datado do século XII. Estacionámos logo à entrada


e passámos por uma Torre


e transpusemos um arco


indo dar à fachada principal da igreja


que é de nave única e estava a ser preparada para uma qualquer cerimónia(9a) com cobertura em madeira.


A Capela-Mor abriga o Retábulo-Mor, executado em talha dourada.


Passámos depois pela sacristia



e subimos ao Coro-alto.



Na zona envolvente do mosteiro fomos ao
Parque do Carvalhal, que dispõe de espaços para merendas com mesas, bancos e casas de banho.



É aqui que se juntam milhares de pessoas na romaria a
Santa Maria de Cárquere, no quarto domingo de Maio.



Terminada a visita rumámos a
Peso da Régua, onde fomos pernoitar na ASA (coordenadas GPS: N 41º 09' 20'' W 07º 46' 47,40'').


Depois de jantar fomos ainda dar uma volta a pé pela cidade.

Dia 16 - Peso da Régua / São João da Pesqueira - 81,3 Km


Saímos de Peso da Régua e fomos pela N222 até à vila de Pinhão,


indo estacionar do outro lado do rio (coordenadas GPS: N 41º 11' 16'' W 07º 33' 01,50'').




Viemos depois a pé até ao cais de embarque,




tendo atravessado pela ponte pedonal.


Continuámos à beira rio



e passámos por debaixo da ponte rodoviária,



virando depois para a estação dos caminhos de ferro na altura em que estava a passar um comboio.




Regressámos à AC para almoçar e partimos depois de almoço percorrendo a estrada panorâmica EN323, com destino à Aldeia Vinhateira de Provesende. Estacionámos bem no Centro Histórico, num largo junto à Fonte Velha (coordenadas GPS: N 41º 13' 03,40'' W 07º 34'02,30''), que é um centenário fontanário de granito


e fomos logo ali ao lado beber o café no Café Bar "O Arado Museu".



Entrámos sem saber o que iríamos ver, apenas com o intuito de beber café, mas qual não é o nosso espanto quando nos deparamos com um autêntico museu.




O interior está repleto de todo o tipo de peças e utensílios de trabalho





e muitas obras construídas pelo proprietário com os mais diversos materiais





e bonecos feitos com cabaças.


Depois da visita a este café-museu fomos dar uma volta pela aldeia e passámos pela Igreja Matriz, dedicada a S. João Baptista, que foi construída durante o século XVIII no lugar da antiga.



Fomos depois pelo largo da Junta de Freguesia, onde se encontra o Pelourinho que está classificado como Imóvel de Interesse Público e é datado da segunda metade do século XVI.


Continuámos por umas ruas mais estreitas




e por outras mais largas




com diversos tipos de arquitectura.





Passámos também um palacete com brasão que é turismo de habitação.


A certa altura havia na beira da rua, um conjunto de cruzes encostadas a um muro que dava para uns grandes vinhedos.




Vimos um outro palacete, também com brasão, mas que estava em estado degradado.



Por uma das janelas conseguia-se ver os tectos com bonitos relevos.



À saída da aldeia havia uma outra capela.


Visitada a aldeia, seguimos para São João da Pesqueira. Era para ficarmos no Parque de Campismo, mas como estava fechado e havia ao lado um pequeno parque de estacionamento em frente aos bombeiros, fomos ao posto da GNR perguntar se podíamos ali pernoitar e a resposta foi que sim, sem qualquer problema. Assim, estacionámos e pernoitámos nesse parque (coordenadas GPS: N 41º 08' 46,50'' W 07º 24' 07,60'').
Depois de estacionar fomos dar uma volta por esta vila, que é a mais antiga de Portugal, tendo recebido foral entre 1055 e 1065. Seguimos por uma rua



até à Praça da República, no coração do Centro Histórico, que foi recuperada a nível de fachadas e pavimento.



Nesta praça destaca-se a Capela da Misericórdia


que conta na fachada com dois painéis de azulejos representando "Cristo curando um enfermo" e "Cristo e a Samaritana".


Outro atractivo é o Arco


a Torre do Relógio


e a Arcada do século XVIII, que serviu de mercado noutros tempos.


Saímos da praça pelo Arco e seguimos por essa rua


até ao final, de onde se avistava um imenso vinhedo.



Fomos depois dar a uma praça


e seguimos por uma rua com pavimento novo na qual havia barricas com flores.



De regresso à AC, passámos ainda pela Casa do Cabo, que é um palacete com brasão que pertenceu à família mais ilustre da época e hoje é pertença da Câmara Municipal.



Quando tegressámos à Ac já lá esravam mais duas autocaravanas.

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