terça-feira, 12 de agosto de 2008

1997 - Viagem a Itália efectuada de 02 a 27.08, com passagem por Espanha e França, num total de 7341.2 quilómetros percorridos.

No mapa abaixo está apresentado o percurso efectuado nesta viagem.

Este ano estreámos a roulote, uma Pluma, a qual adquirimos em substituição do tão viajado atrelado-tenda. Também este ano o N. não quiz ir de férias connosco, de maneira que fomos só os três: eu a M. A. e a C.

Nota: Algumas das fotos que irei apresentar, foram retiradas da internet.

1º Dia - Algueirão/Calatayud - 884.5 Km

Saímos do Algueirão às 6 horas da manhã e fomos pela Ponte 25 de Abril direito a Setúbal. Mais à frente, na zona da Marateca, apanhámos uma bicha de 6 Km por causa da saída para o Algarve, em virtude de ser início de mês e de férias para muita gente. Com isto perdemos mais de uma hora em pára-arranca.
Assim que nos livrámos daquela confusão, seguimos viagem por Vendas Novas e nunca mais tivemos engarrafamentos. Passámos depois por Elvas e atravessámos a fronteira para Espanha, no Caia. Seguimos na direcção de Madrid e desta cidade para Calatayud, onde chegámos às 23.30, já pela hora espanhola e ficámos no Camping Calatayud, já nosso conhecido.

2º Dia - Calatayud/Nimes - 776.1 Km

Saímos de Calatayud às 9 horas e dirigimo-nos para Zaragoza, continuando a partir desta cidade por auto-estrada até La Junquera, por onde entrámos em França. Passámos por Montpellier e ficámos mais à frente na Área de Descanso de Nimes, onde chegámos cerca das 23.30.

3º Dia - Nimes/Chamonix - 443.6 Km

Saímos de Nimes por volta das 9 horas. Logo à saída da área de descanso, um camionista fez-me sinal para a roulote e eu encostei logo para ir ver. Como não vi nada de anormal continuei a viagem, mas mais à frente comecei a ouvir um barulho e encostei novamente, verificando então que me tinha esquecido de levantar a roda piloto. Não se chegou a estragar em virtude de ter sido por pouco tempo.
Continuámos por auto-estrada até Valence, onde saímos, tomando a direcção de Grenoble e depois Chamonix. Fomos logo direito ao Camping Les Molliasses, que estava cheio, mas com boa vontade lá nos encaixaram num canto, logo à entrada, onde até nem ficámos mal.
Chamonix é uma pequena cidade, famosa por estar na base do Monte Branco, o pico mais elevado da Europa Ocidental.
Depois de jantar fomos até ao centro, onde andámos a dar umas voltas de carro.

4º Dia - Chamonix - 46.8 KM

Saímos do camping e fomos até ao teleférico de Aiguille du Midi, onde aguardámos mais de uma hora para o apanhar. Subimos nele até Plan de l'Aiguille, que fica a 2309 metros de altitude, onde tivemos de mudar para outro teleférico que nos levou até Aiguille du Midi, que fica a 3842 metros de altitude.
Estes teleféricos são bastante grandes. O primeiro levava 66 pessoas e o segundo 72. Lá em cima havia bastante neve, apesar de estarmos em Agosto e viam-se algumas pessoas a andar nela e alguns a fazer alpinismo.
Após a descida fomos ao camping buscar o carro, indo nele até Argentiére, uma localidade próxima de Chamonix. Seguimos ainda um pouco mais para a frente, até Le Tour, onde também havia teleféricos que subiam até Col de Balme.
Regressámos ao camping ao fim da tarde, altura em que começou a chover, só tendo parado já muito depois do jantar.

5º Dia - Chamonix/Turim - 201.4 Km

Saímos do camping e fomos estacionar mais à frente, junto a uma estação de caminho de ferro, onde apanhámos um comboio de cremalheira que nos levou pela serra acima até Montenvers, que fica a 1913 metros de altitude.



Em Montenvers tem-se um panorama sobre o Glaciar Mer de Glace.
Chegados à estação apanhámos um teleférico que desceu até ao Glaciar, onde fomos visitar a Gruta de Gelo, que é uma gruta cavada no interior do Glaciar, na qual se entra por um túnel feito no mesmo, ao fundo do qual existe uma ampla galeria, onde se podem admirar algumas esculturas feitas no próprio gelo. As formas são esculpidas anualmente e tentam descrever a vida dos montanhistas no início do séc. XIX. Voltámos a subir no teleférico e regressámos a Chamonix no comboio. Foi um passeio muito bonito e que recomendamos.
Em Chamonix ainda fomos dar uma volta antes de ir para o carro e comprámos umas fatias de um bolo regional que se via muita gente a comer.
Fomos depois para o carro e partimos em direcção a Turim, tendo atravessado o Túnel do Monte Branco, que tem 11.6 quilómetros de comprimento e foi inaugurado em 1965, ligando Chamonix em França com Courmayeur na Itália.
Chegámos a Turim e andámos que tempos à procura do camping, até que encontrámos umas placas que o indicavam. Seguimos as indicações e fomos ficar no Camping Villa Rey, o qual não era grande coisa e nem sequer tinha água quente directa nas casas de banho, tendo de se comprar umas fichas para ter acesso a ela, através de umas máquinas existentes nos duches.
Turim, Torino em italiano, é a capital e a maior cidade da região de Piemonte. Foi a primeira capital da Itália unificada, entre 1861 e 1864.

6º ao 8º Dia - Turim - 201.7 Km

Estivemos estes três dias em Turim, pois a C. ficou de se encontrar com o F. (o namorado), o que fez logo assim que chegámos, tendo-lhe telefonado e indo ele ter com ela. Andámos portanto sòzinhos a visitar a cidade, uma vez que ela saía de manhã com ele e só voltava à noite.
Fomos para o centro da cidade, onde vimos a Mole Antoneliana só por fora, pois encontrava-se em obras de recuperação, não sendo portanto visitada. Este monumento é o símbolo de Turim e tem 167 metros de altura. Foi construída entre 1863 e 1897 e foi projectada pelo arquitecto Alessandro Antorelli, de onde deriva o seu nome. Originalmente deveria abrigar uma sinagoga.
Descemos a Via Pó e fomos visitar a Gran Madre de Dio, que é uma igreja católica. Foi construída entre 1818 e 1831, para assinalar o regresso a Turim de Victor Emmanuel I. No interior existem uma série de capelas.


Subimos ao Monte dei Cappuccini de onde se tem uma vista sobre a cidade.
Na Piazza Castello, que é a praça central de onde partem várias ruas do centro histórico, visitámos o Palácio Real e os seus jardins. Este palácio é um antigo palácio real da Casa de Sabóia. É a primeira e a mais importante das residências construídas pelos Sabóia em Piemonte.
Também na mesma praça se encontra o Palácio Madama, que se encontrava em obras de recuperação e por esse motivo não podia ser visitado. Este palácio é constituído por dois núcleos interligados entre si: o barroco e o medieval. A fachada traseira começou por ser no séc. I, uma porta na muralha que dava acesso à cidade e que ficava precisamente entre as duas torres existentes. Depois da queda do Império Romano, a porta foi transformada numa fortaleza destinada à defesa da cidade, embora mantendo a função original de passagem.
Na segunda metade do séc. XIV o edifício foi ampliado, tornando-se num castelo. Um século depois, Ludovico Acaja reorganizou-o, fazendo-o assumir a forma quadrada com pátio e pórtico e quatro torres cilindricas angulares. Com a construção do Palácio Real, passou a ser a residência para os hóspedes dos Sabóia.
Quase ao lado do Palácio Real, encontra-se a Igreja de Santa Síndrome, que também se encontrava em obras, devido a um incêndio que quase a destruiu no ano anterior.
Passámos depois pela Porta Palatina, que está localizada ao longo da antiga muralha romana da cidade e é um dos mais belos exemplos de portões de muralha romana.
Visitámos o Santuário da Consolata, que remonta ao séc. XV e é dedicado a Santo André. O interior tem muitas estátuas em mármore e frescos do séc. XVIII.
Visitámos também o Santuário de Maria Ausiliatrice e passámos pela Cittadella.
Uma visita obrigatória deve ser feita ao Parco Valentino, que cobre uma área de cerca de 5000 m2 e está localizado na margem esquerda do Rio Pó.


Encontra-se nele o Castelo do mesmo nome, onde funciona hoje a faculdade de arquitectura.
É também nele que está o Borgo Medieval, que recria uma pequena cidade do final da Idade Média com castelo, igreja, casas e comércio. Foi construído em 1884 para uma exposição que Turim acolheu e concebido pelo arquitecto Alfredo d'Andrade, inspirado em vários edifícios famosos de Piemonte e Vale d'Aosta.
Vimos também o Palácio Carignano, que Emanuele Filiberto, dum ramo secundário da casa de Sabóia, os Sabóia-Carignano, encomendou na segunda metade do séc. XVII (1679-1684), ao célebre arquitecto Guarino Guarini, para a sua própria família. Este, projectou um esplêndido edifício no típico barroco piemontês com tijolo à vista. Entre 1864 e 1871, foi construída a fachada posterior, em estilo eclético em pedra branca e estuque rosa, com numerosas colunas e balaustrada no telhado. Foi neste palácio que nasceu Victor Emmanuel II, criador da unidade italiana e primeiro rei de Itália em 1861. Foi também neste palácio que funcionou o Parlamento, quando Turim foi a capital de Itália. Em 1938 transferiu-se para aqui o Museu do Ressurgimento.
Já fora do centro fomos visitar a Basílica de Superga, construída no séc. XVIII (entre 1717 e 1731), pelo arquitecto Filipe Juvara para o duque Vitor Amadeu II de Sabóia e deve-se a uma acção de graças pela libertação da cidade cercada pelos franceses em 1706. Situa-se num local privilegiado, no cimo de uma colina a 670 metros de altitude, dominando a cidade. Nela se encontram túmulos de muitos principes e reis da Casa de Sabóia. Entre eles está D. Maria Pia de Sabóia, raínha de Portugal.
Foi nas traseiras desta Basílica que no dia 4 de Maio de 1949, chocou um avião devido ao nevoeiro, que transportava toda a equipa de futebol do Torino no regresso de um jogo particular em Lisboa contra o Benfica, para homenagear o jogador Francisco Ferreira. Neste acidente morreram todos os ocupantes. No local encontra-se uma lápide com o nome de todos os jogadores e dirigentes falecidos. Na época, a equipa do Torino era uma das melhores equipas italianas e estava nesse ano no primeiro lugar do campeonato. Devido ao trágico acontecimento, que abalou toda a Itália e em especial os torinenses, nos quatro encontros que faltavam para o final do campeonato, o clube apresentou-se em campo com a equipa de juvenis, tendo sido correspondido pelos seus adversários que também fizeram o mesmo.
Nos arredores fomos ao Palácio de Stupinigi, que fica a 11 Km da cidade e que se encontrava num estado muito degradado. Neste local existia já na Idade Média um pequeno castelo, que era propriedade da família Sabóia. Nos terrenos adjacentes ao castelo construiu-se um pavilhão de caça, dos duques. Foi já no séc. XVIII que isso aconteceu, tendo sido inaugurado em 1731 com a primeira caçada. Foi depois sofrendo várias ampliações e entre 5 e 16 de Maio de 1805 esteve aqui instalado Napoleão Bonaparte. Foi neste palácio que viria a falecer em 5 de Julho de 1911, a rainha D. Maria Pia, depois de ter saído de Portugal em 5 de Outubro de 1910, aquando da implantação da República. Desde 1919 está aqui instalado o Museu de Arte e Mobiliário.



Fomos também visitar o Castelo de Rivoli, que fica a 14 Km de Turim mas noutra direcção. Este castelo entrou na posse da família Sabóia durante o séc. XVI e foi restaurado entre 1715 e 1727. Desde 1984, funciona aqui o Museu de Arte Contemporânea.




9º Dia - Turim/Pisa - 387.1 Km

Saímos de Turim e fomos por estrada nacional na direcção de Génova, mas pouco depois entrámos na auto-estrada porque eram só localidades pegadas umas às outras e não andávamos nada. Depois de passarmos Génova, saímos da auto-estrada e fomos para Spézia por estrada. Esta estrada é toda em montanha, com curvas bastante apertadas e subidas ou descidas um pouco íngremes, mas com uma vista belíssima para o Mar da Liguria. Quando íamos nesta estrada começou a chover e ainda andámos uns quantos quilómetros à chuva, apesar de estar bastante calor.
Depois de Spézia voltámos a entrar na auto-estrada e saímos em Lucca, mas como não havia nenhum camping continuámos até Pisa, onde ficámos no Camping Torre Pendente, mesmo no centro.
Depois de nos instalarmos, fomos até à Torre e andámos por lá um bocado, tendo voltado ao camping para jantar.

10º Dia ( manhã ) - Pisa/Florença - 107 Km

Antes de abandonar Pisa, saímos do camping só com o carro e fomos até à Piazza del Duomo, também conhecida por Campo dei Miracoli. Nesta gigantesca praça concentram-se os quatro monumentos mais importantes da cidade de Pisa que são: a Catedral, a Torre Pendente, o Baptistério e o Cemitério ou Campo Santo, que formam um monumental conjunto arquitectónico medieval sem paralelo no mundo ocidental e que foi classificado Património Mundial pela Unesco em 1987. Esta praça encontra-se dentro de umas muralhas, para onde entrámos através da Porta de Santa Maria.
Assim que passamos esta porta temos uma coluna com a figura da loba, alimentando Rómulo e Rémulo.
A Catedral é um excelente exemplar da arquitectura românica desta região. Destacam-se as portas de bronze, muito afectadas pelo incêndio que ocorreu na Catedral em 1595. No interior de três naves, ostentam-se colunas de influência árabe e um pavimento em mosaico.
A Torre Pendente começou a ser construída em 1173, sob a direcção do arquitecto Bonanno Pisano e só foi terminada em 1350 pelo arquitecto Giovanni Pisano, depois de 177 anos. A sua inclinação deve-se à extrema instabilidade do terreno onde foi construída, que começou a ceder pouco depois do início da construção. A Torre foi construída como campanário da Catedral. Neste momento a mesma está encerrada ao público e estão já a decorrer importantes trabalhos de estabilização.
O Baptistério foi erigido sobre uma construção dos séc. VII-VIII e o início das obras teve lugar em 1153.
Voltámos ao camping para ir buscar a roulote e partimos então em direcção de Florença, por uma via rápida.
Chegámos a esta cidade eram 12.45 e procurámos o camping, tendo-nos instalado em Fiesole a 6 Km de Florença, no Camping Panorâmico Fiesole, que fica no cimo de um monte e cujo acesso é feito por uma estrada estreita e muito íngreme. Deste camping tem-se uma vista maravilhosa sobre Florença.

10º Dia ( tarde ) - Florença - 40.7 Km

Depois do almoço fomos até Florença. Florença, Firenze em italiano, é a capital da região da Toscana. Foi durante muito tempo considerada a capital da moda e é considerada o berço do Renascimento Italiano e uma das cidades mais belas do mundo. Florença foi governada pela família Médici desde o início do séc. XV até meados do séc. XVIII.
Passámos pela Fortaleza de Basso (Fortezza di Basso), que foi construída em 1534, por ordem de Alessandro de Médici e foi mais tarde utilizada como prisão. Fomos a seguir à Piazza Michelangelo, projectada em 1869, de onde se obtém uma vista soberba da cidade, por ficar num ponto alto.
Mais à frente visitámos a Igreja em S. Miniato al Monte, com uma arquitectura românica, caracterizada pela fachada em mármore verde e branco. A sua construção começou em 1013. Começou como um mosteiro beneditino, mas hoje é dos monges Olivetanos. Fica no topo de um dos mais altos pontos de Florença. Durante o cerco a Florença em 1530, foi usada como posto de artilharia e Miguel Angelo ordenou que se colocassem colchões ao seu redor, para que ficasse protegida do fogo inimigo. No interior, do lado esquerdo, está uma capela do Cardeal de Portugal, que é um memorial ao Cardeal Jaime de Portugal, embaixador português em Florença.
Após a visita regressámos ao camping.

11º Dia - Florença - 0 Km

Hoje deixámos o carro no camping e fomos de autocarro para a cidade. Comprámos os bilhetes na recepção e fomos numa carrinha deste, até à paragem que ainda ficava a cerca de dois quilómetros. Aí apanhámo-lo até ao centro de Florença e fomos visitar na Praça de S. Marco, a Igreja do Mosteiro de S. Marco.
Seguimos depois até à Academia de Belas Artes. Foi fundada em 1784 pelo então Grão-Duque da Toscana, Pedro Leopoldo. Em 1813 trasladou-se a bela escultura de David, da autoria de Miguel Angelo, da sua posição original na Piazza della Signoria para dentro de um espaço especial da sede da Galeria. É um importante museu, dedicado à perservação de um rico conjunto de obras de arte de fins do gótico, até ao final do séc. XIX.
Dirigimo-nos a seguir para a Piazza Duomo e Piazza S. Giovanni, que ficam juntas como que formando uma só e fomos visitar a Catedral de Santa Maria del Fiore, que é um dos maiores edifícios do mundo Cristão. Tal como a vemos hoje, é o resultado de seis séculos. O projecto inicial é do final do séc. XIII e a sua fachada teve de esperar até ao séc. XIX para ser concluída e é um magistral trabalho em mármores coloridos em estilo neogótico. Foi construída em cima da antiga catedral dedicada a Santa Reparata, que funcionou durante nove séculos, até ser demolida completamente em 1375. O interior com três naves, tem 153 metros de comprimento por 38 metros de largura e a cúpula eleva-se a 90 metros de altura.
Mesmo ao lado subimos ao Campanário do Giotto, que tem 82 metros de altura e 417 degraus e de onde se tem uma bela vista sobre a Praça e a cidade.
Visitámos o Baptistério, também este quase pegado à Catedral, que é uma arquitectura românica e tem 25 metros de diâmetro interior. A Itália mostrou-se conservadora, continuando a construir os campanários e baptistérios em separado, quando noutros países já se construíam em conjunto com as igrejas. O Baptistério é um local específico para a realização do baptismo entre os cristãos. Serve para envolver e guarnecer a pia baptismal.
Passámos pela Badia que foi fundada em 978 e é visível de muitas áreas de Florença e pelo Bargello, que remonta a 1255. No séc. XVI foi uma prisão e residência do chefe da polícia. É um exemplo da arquitectura gótica e um dos edifícios públicos mais antigos da cidade. Foi convertido em Museu Nacional em 1865.
Fomos até ao Palazzo Vecchio, localizado na Piazza della Signoria. Este palácio começou a ser construído em 1299, com desenho do arquitecto Arnolfo di Combio e foi terminado em 1314. A sua torre mede 94 metros de altura e não está centrada em relação à fachada, mas sim deslocada em direcção ao lado sul. O palácio actual é fruto de outras construções e ampliações, levadas a cabo entre o séc. XIII e o séc. XVI. Foi sede do governo italiano no periodo entre 1865 e 1871, quando Florença se tornou capital do Reino de Itália.
Ao cimo das escadas e ladeando o portão de entrada, estão as estátuas de Hércules e uma reprodução da de David. Ao lado do palácio ergue-se um pórtico do séc. XIII, onde se encontram numerosas estátuas.
Na rua que parte do palácio e que vai até ao Rio Arno, encontra-se a Galeria degli Uffizi (Galeria dos Ofícios), que é um palácio que abriga um dos mais famosos museus do mundo. A sua construção começou em 1560 e é um edifício em forma de U. Não o fomos visitar porque na altura em que passámos tinha uma bicha enorme para entrar.
Seguimos até ao rio e admirámos a Ponte Vecchio, que é uma ponte medieval sobre o Rio Arno, famosa por ter uma quantidade de lojas (principalmente ourivesarias e joalharias) ao longo de todo o tabuleiro. Acredita-se que tenha sido construída ainda na Roma Antiga e era feita originalmente de madeira. Foi destruída pelas cheias em 1333 e reconstruída em 1345. Foi a única ponte que os nazis não destruíram em 1944.
Fomos até à ponte e atravessámos sobre ela para o outro lado, tendo seguido para a Praça da República e passado pelo Palácio Strozzi, que é um dos mais notáveis edifícios da fase inicial da Renascença italiana. Foi construído entre 1489 e 1538, para a família Strozzi, que o manteve na sua posse até 1907, ano em que foi legado ao estado italiano. Para a sua construção foi necessário destruir 15 edifícios.
Visitámos a Igreja de Santa Maria Novella. Em 1049 foi construída a pequena Santa Maria Novella, concedida em 1221 aos dominicanos. A ampliação principiou em 1279 e terminou em meados do séc. XIII e só foi consagrada em 1420 pelo Papa Eugénio IV. A sua fachada foi sobreposta em 1470.
Fomos ainda ver a Igreja de S. Lorenzo que fica na praça do mesmo nome. Fundada no séc. IV a igreja original serviu como catedral de Florença, durante 400 anos. No início do séc. XV tornou-se a igreja oficial da família Médici e foi inteiramente reconstruída. Em 1418 o prior do convento de San Lorenzo, consegue a expropriação dos terrenos junto à cabeceira da sua velha igreja conventual e pôde assim dar início às obras de ampliação do templo, cujos trabalhos tiveram início em 1421. A construção prolongou-se bastante no tempo, sendo o interior só concluído em 1469 e o exterior manteve-se por concluir durante vários séculos e até hoje a fachada continua inacabada. San Lorenzo é uma basílica de três naves de diferentes alturas e é coberta por um tecto plano, em madeira.
12º Dia - Florença - 0 Km

Hoje também fomos de autocarro para a cidade. Saímos na última paragem, que era na estação de comboios e aí apanhámos outro autocarro até perto do Palácio Pitti, que fomos visitar.
Este palácio renascentista está situado na margem direita do Rio Arno, muito perto da Ponte Vecchio. O aspecto actual data do séc. XVII, tendo sido projectado inicialmente por Brunelleschi em 1458 e a construção só foi terminada 100 anos depois. Foi construído com pedra rústica e destaca-se a sua fachada com 205 metros de comprimento. Em 1539 foi comprado pela família Médici, para servir de residência oficial dos Grandes Duques da Toscania. No séc . XIX o palácio foi usado como base militar por Napoleão I e de seguida serviu como residência oficial do Rei Victor Emannuel II, de 1865 a 1870, quando a capital de Itália passou de Turim para Florença. No início do séc. XX foi doado ao povo italiano por Victor Emannuel III, tendo por esse motivo aberto as portas ao público, como uma das maiores galerias de arte de Florença.
Daqui partimos ao longo do rio até à Basílica de Santa Cruz, que é a principal igreja franciscana em Florença e uma das principais basílicas da Igreja Católica no mundo. É o lugar onde estão enterrados alguns dos mais ilustres italianos, tais como Michelangelo, Galileo Galilei, Maquievel, Rossini, entre muitos outros e assim é apelidada de Panteão das Glórias Italianas.
A construção da actual igreja foi iniciada em 1294, possívelmente por Arnolfo di Cambio. Foi consagrada em 1442 pelo Papa Eugénio IV. As suas características mais marcantes são as 16 capelas, muitas delas decoradas com frescos de Giotto e os seus alunos e os monumentos funerários. O campanário foi construído em 1842.
Seguimos para a Piazza della Santissima Annunziata, onde visitámos a igreja do mesmo nome, a qual se encontrava toda tapada por se encontrar em obras. Encaminhámo-nos de seguida para a Praça de San Marco, onde apanhámos o autocarro para Fiesole e neste local, outro para o camping.

13º Dia - Florença/Siena - 81.5 Km

Saímos de Florença e fomos por estrada nacional até Siena, onde ficámos instalados no Camping di Siena Colleverde.
Siena está situada a sul de Florença e é uma pitoresca e bem conservada cidade medieval. Totalmente cercada por muralhas e maravilhosamente perservada, Siena é um dos mais belos legados da história medieval. Caminhar pelas suas ruas estreitas e sinuosas, com a loba romana como símbolo, sempre omnipresente em estátuas e soleiras de portas, é caminhar pela história. O centro histórico de Siena foi classificado Património Mundial pela Unesco, em 1995.
Depois de nos instalarmos, fomos até ao centro e dirigimo-nos para a Piazza del Campo, onde se situa o Palazzo Publlico, cuja construção começou em 1297 com o propósito de abrigar o governo republicano. O exterior é um exemplo da arquitectura medieval com influências góticas. O campanário, chamado Torre del Mangia, foi construído entre 1325 e 1344 e foi-lhe mais tarde acrescentado um relógio mecânico. Esta torre mede 88 metros de altura e após subirmos 400 degraus até ao seu topo, pudemos admirar uma bela vista panorâmica da cidade.
É nesta praça que se realiza duas vezes por ano (2 de Julho e 16 de Agosto), o célebre Palio. O Palio tem origens remotas com regras que vigoram desde 1644, ano em que teve lugar o primeiro Palio com cavalos, assim como é realizado hoje.
Siena está dividida em 17 Contrades (bairros) e cada uma é como se fosse um pequeno estado, administrada por uma directoria. Dentro de cada Contrada existe uma igreja e ao lado desta fica a sede da Contrada, onde é guardado todo o património respeitante ao Palio (trajes típicos, bandeiras, estandartes e todo o arquivo relacionado com a vida da Contrada).
Como hoje era dia 14, já havia inúmeras manifestações pelas ruas como preparativos para o Palio e pelas 19 horas realizou-se na praça, que se encontrava totalmente cheia, uma corrida de cavalos que deram duas voltas à mesma. O Palio é como que uma disputa entre todas as Contrades, em que no final sai uma vencedora. Assim mal comparado, é quase como as marchas populares de Sto. António que se realizam em Lisboa.
Depois de descermos da Torre, fomos até à Catedral de Santa Maria da Assunta. Esta Catedral foi originalmente projectada e construída entre 1215 e 1263 no local de uma estructura antiga. O exterior e o interior são feitos de mármore preto e branco, as cores simbólicas de Siena. A exuberante fachada representa profetas, filósofos e apóstolos. A janela em forma de rosa, um vitral redondo representando a última ceia colocado num quadrado, foi feita em 1288 e instalada na área do coro. A porta central de bronze é recente e data de 1958.
No interior, o efeito do mármore preto e branco é o que mais marca os visitantes. O púlpito, feito em mármore, foi esculpido em 1265 e é a obra mais antiga da igreja. Ele está inteiramente destacado de qualquer coluna e parede, como que sendo um edifício isolado. O chão é um dos mais decorados da Itália e cobre toda a área da Catedral. A sua construção durou dois séculos e 40 artistas trabalharam na obra. São 56 painéis em diferentes tamanhos. O chão inteiro só pode ser visto durante três semanas ao ano. Para o proteger, no resto do ano o pavimento é coberto e poucas áreas ficam à vista.
Quando entrámos na Catedral, estava-se a preparar e realizou-se pouco depois a benção aos diversos intervenientes no Palio. Estivemos a assistir à chegada do cortejo e no final fomos para a praça, onde como já disse se realizou às 19 horas a corrida de cavalos, disputada entre os vários bairros. Pelas ruas circulavam montes de pessoas e de vez em quando, apareciam grupos de alguns bairros em grandes cantorias e algazarra.
Por fim regressámos ao camping.

14º Dia - Siena/Roma - 258.9 Km

Saímos de Siena e fomos cerca de 50 quilómetros por estrada nacional até entrarmos na auto-estrada para Roma. Quando chegámos a esta cidade dirigimo-nos e instalámo-nos no Camping Tiber, do qual já trazíamos indicação de Florença, cerca das 13 horas. Almoçámos e ficámos a descansar um pouco.
Roma tornou-se a capital da nova Itália unificada, em 1871 e fica na região de Lazio. Conhecida internacionalmente como a Cidade Eterna, pela sua história milenar, Roma espalhou-se pelas margens do Rio Tiber e o seu centro histórico está compreendido nas suas sete colinas. Segundo a tradição, a cidade foi fundada cerca de 753 a. C. por Rómulo e Remo, dois irmãos criados por uma loba, que são actualmente o símbolo da cidade. Em 1929 Mussolini estabeleceu numa série de acordos com o Papado, o Estado independente do Vaticano, cedendo um pedaço no seio da cidade a este novo país.
Durante a II Guerra Mundial, Roma sofreu pesados bombardeamentos e foi também palco de numerosas batalhas. Nos anos seguintes à guerra, a cidade teve um crescimento acelerado.
Saímos do camping por volta das 17 horas. Deixámos o carro no camping e comprámos na recepção, bilhetes para os transportes públicos. Fomos num autocarro do camping, até Prima Porta, que fica a cerca de 1.5 Km e aí apanhámos um comboio, que era muito velho e todo pintado, a que eles chamam metro e que realmente a determinada altura passa a andar debaixo do chão. Fomos nele até à estação de Flamino, que era o final da linha e aí mudámos para outro metro, também todo pintado e saímos na estação seguinte, que era na Piazza di Spagna. As estações de metro também são muito velhas e feias. Ainda no primeirop metro, fomos com uns espanhóis de Barcelona, muito simpáticoa, que conversaram connosco e fomos todos juntos até à Praça de Espanha , tendo-nos aí separado.
Esta praça é o ponto de encontro diurno e nocturno, de romanos e turistas e é dominada pela escadaria da Trinitá dei Monti, cuja construção foi concluída em 1723 e conta com 138 degraus. Tem ao centro uma fonte em forma de barco, La Fontana della Barcaccia, que foi construída entre 1627 e 1629, na época em que o rio Tiber transbordou e as suas águas trouxeram um barco até este local. Ao cimo da escadaria fomos visitar a Igreja de Trinitá dei Monti, do séc. XVI, que foi fundada pelo rei Charles VIII de França. O trabalho foi lento por causa do saque de Roma em 1527. Foi consagrada pelo Papa Sisto V, em 1586. O edifício foi sériamente danificado pela primeira ocupação francesa em 1799 e restaurado em 1816. A construção teve início em 1502, mas só foi terminada em 1587.
Daqui fomos até à Fontana di Trevi (Fonte dos Trevos), que é a maior e mais ambiciosa construção de fontes barrocas de Itália. Tem cerca de 26 metros de altura e 20 metros de largura. Começou a ser construída em 1732 e foi concluída em 1762, no ponto terminal do antigo aqueduto Aqua Virgo (Água Virgem). Manda a tradição que todos os visitantes lancem duas moedas para dentro dela; uma assegura que se volte a Roma e a outra permite a realização de um desejo.
Seguimos depois para a Piazza Venezia, que fica no sopé da colina do Capitólio e onde se ergue o imponente Monumento Nacional a Victtorio Emanuele II, também chamado Monumento ao Soldado Desconhecido, que foi construído em 1885 em homenagem ao primeiro rei da Itália unificada. No seu interior alberga um Museu da História Militar e Bélica da Itália.
Como hoje eu e a M.A. comemorávamos as Bodas de Prata, fomos procurar um restaurante e fomos jantar.
Findo este, fomos a pé até Piazza del Popolo (Praça do Povo) e daqui tomámos a direcção da Flamini. Como já era tarde, já não havia comboio e tivemos de ir mais adiante apanhar o eléctrico 225 e no fim da linha apanhámos o autocarro 200 para a Prima Porta. Chegados aqui, tivemos de ir a pé até ao camping, onde chegámos já depois da meia-noite.

15º Dia - Roma - 0 Km

Tal como ontem, hoje também comprámos bilhetes e fomos nos mesmos meios de transporte até Flamini, onde apanhámos o metro para o Vaticano. O Vaticano é uma cidade-estado e o menor Estado independente do mundo. Foi através do Tratado de Latrão, assinado por Mussolini e o Papa Pio XI em 11 de Fevereiro de 1929, que o Vaticano teve a sua independência. No Vaticano, além do Papa, residem e trabalham lá: Bispos, Cardeais, Arcebispos e outros funcionários importantes da Igreja Católica.
O palácio onde vive o Papa, tem 5000 quartos, 200 salas de espera, 22 pátios, 100 gabinetes de leitura, 300 casas de banho e dezenas de outras dependências destinadas a recepções diplomáticas.
A Guarda Suíça é o nome dado ao grupo de soldados contratados para proteger o Papa, criado no séc. XV.
Quando chegámos, havia uma bicha enorme para visitar o Museu e a Capela Sistina. Estivemos cerca de uma hora até conseguir entrar e visitámos então o Museu, que abriga extensas e valiosas colecções de arte e antiguidades, reunidas ao longo de séculos pelos diversos Pontífices Romanos. O Museu teve a sua origem na colecção de esculturas reunidas pelo Papa Júlio II, em 1503, que as organizou num espaço especial. João XXIII reorganizou-as e transferiu-as do Palácio de Latrão para o actual edifício dentro do Vaticano, inaugurado em 1970.






A Capela Sistina é uma capela situada no Palácio Apostólico, erigida entre 1475 e 1483, durante o pontificado do Papa Sisto IV. A sua forma é rectangular, medindo 40.93 metros de comprimento, 13.41 metros de largura e 20.70 metros de altura.
Numerosos artistas trabalharam no seu interior, esculpindo e pintando paredes. O tecto é um monumental fresco de Michelangelo, realizado entre 1508 e 1512. Na capela não se podia filmar nem fotografar, mas às escondidas ainda consegui filmar alguma coisa.
Quando saímos, fomos para a Praça de S. Pedro afim de visitar a Basílica, mas não deixavam entrar em calções nem com camisolas de alças e então estivemos um bocado sentados na praça a descansar.
Fomos depois visitar o Castelo de Sant'Angelo, que se localiza na margem direita do rio Tiber, a pouca distância do Vaticano. A sua primitiva construção foi iniciada em 135, vindo a ser concluída em 139. Foi depois ampliado e modificado. Foi construído como Mausoléu do Imperador Hadrien e da sua família. Passado pouco tempo passou a ser utilizado como edifício militar. A sua actual designação remonta a 590. Durante a época medieval, esta foi a mais importante das fortalezas pertencentes aos papas. No séc. XIX também serviu como prisão, na época dos movimentos para a unificação da Itália. Foi o desenho deste castelo que influenciou o Forte do Bugio em Portugal. A entrada faz-se através de uma rampa helicoidal e do seu terraço obtém-se uma vista magnífica sobre a cidade. Em frente do castelo encontra-se sobre o Rio Tiber, a Ponte Sant' Angelo que é muito bonita e está toda ornada com 12 estátuas do séc. XVI, representando anjos.
Depois de visitar o castelo regressámos ao camping.

16º Dia - Roma - 0 Km

Também hoje deixámos o carro no camping e apanhámos os habituais transportes.
Fomos direito ao Coliseu, também conhecido como Anfiteatro Flaviano, que se encontra localizado no centro de Roma e é uma excepção entre os anfiteatros, pelo seu volume e arquitectura. A sua construção foi iniciada em 72 e terminou em 80 e podia conter até 50000 pessoas. Mais tarde foi ampliado com um 4º andar e passou a poder receber até 90000 pessoas. Foi utilizado durante aproximadamente 500 anos e ali se realizavam espectáculos, tais como lutas de gladiadores, que geralmente eram escravos, espectáculos com feras e até batalhas navais, pois o Coliseu possuía um sistema que transformava a arena num grande lago. Mais tarde foi usado como habitação, oficina, forte, pedreira, sede de ordens religiosas e templo cristão.
A curta distância do Coliseu passámos pelo Arco de Constantino, que é um arco triunfal e que remonta ao ano 312. Foi construído para comemorar a vitória do imperador Constantino sobre Maxêncio, na Batalha de Ponte Mílvio.
Fomos depois ao Palatino, que é uma das sete colinas de Roma e tem 70 metros de altura. Foi nesta colina que surgiu o núcleo primitivo da cidade de Roma, que segundo se crê foi fundada por Rómulo em 754 oiu 753 a. C. Foi nas suas encostas que se construíram, de um lado, o Fórum Romano e do outro, o Circo Máximo. É nesta colina que se encontravam outrora, agora em ruínas, os palácios de César Augusto, Tibério e Domiciano.
Visitámos o Forum Romano, que era antigamente o principal centro comercial da Roma Imperial. Havia ali lojas, praças de mercado e de reunião.
Seguimos para o Campidoglio, que é outra das sete colinas e a mais famosa de Roma. No centro situa-se a Piazza del Campidoglio e para lá chegarmos tivemos de subir uma imponente escadaria. Ao centro desta praça ergue-se a estátua de Marco Aurélio, que segundo algumas fontes, foi feita em bronze no séc. II.
À esquerda temos a Igreja de Santa Maria de Aracoeli, que foi construída no local onde, segundo a lenda, a Sibila Tiburtina profetizou a chegada de Cristo ao Imperador Augusto, pouco antes da sua morte. No interior da igreja, as suas 22 colunas foram trazidas do Fórum e do Palatino.
Passámos a seguir pelo Teatro Marcelo, que foi construído no séc. I a.C. por vontade de Júlio César, entre o rio Tiber e o Capitólio e dedicado a Marcelo, filho de sua irmã Octavia, que morreu cinco anos antes da conclusão do edifício.
Mais à frente fomos visitar a Igreja de Santa Maria de Cosmedin, construída no séc. VI sobre as ruínas de um antigo edifício. Foi aumentada com uma abside no final de cada uma das naves laterais e foi o Papa Calisto II que criou o campanário. A reconstrução realizada na era barroca, foi retirada no séc. XIX e repostas as condições do séc. XII. Vista do exterior, é uma construção simples de tijolo, com um vestíbulo de dois andares em contraste com o poderoso campanário. Logo à entrada encontra-se uma grande cara circular de pedra, a famosa Boca da Verdade, a qual segundo a lenda, tem o poder de morder a mão de quem afirmar algo que não corresponda à verdade e coloque de seguida a mão na boca, ou seja, morde a mão dos mentirosos.
Caminhámos até à Ilha Tiberina, que tem a forma de uma barca e que se formou no meio do rio Tibre, perto do Capitólio. Mede cerca de 270 metros de comprimento por 67 metros de largura. Foi considerada um lugar de mau presságio e os romanos evitavam aproximar-se dela. Foi consagrada a Esculápio, o deus grego da medicina.
Quase ao lado passámos pela Sinagoga, para mais à frente irmos ver a Fonte das Tartarugas, localizada na Piazza Mattei. Foi construída em 1588 e as tartarugas de bronze não existiam no projecto original, sendo acrescentadas depois , em 1658. Elas foram roubadas várias vezes, mas sempre reencontradas e colocadas de volta no seu lugar. Em 1981 a fonte ficou sem uma tartaruga e decidiram substituí-las por uma cópia, estando as três originais conservadas nos Museus Capitolini.
Depois destas andanças regressámos ao camping, para um merecido descanso.

17º Dia - Roma - 0 Km

Como nos dias anteriores, fomos nos transportes e dirigimo-nos para a Praça de S. Pedro no Vaticano. Visitámos a Basílica de S. Pedro, tendo antes de entrar, estado a vestir calças e camisolas não muito decotadas, mas mesmo assim não deixaram entrar a C., dizendo que o vestido era muito curto. Teve de vestir umas calças, que por acaso levava, e assim lá conseguimos entrar. A Basílica de S. Pedro é a segunda maior de todas as igrejas católicas e talvez a mais famosa e visitada das igrejas cristãs do mundo. Ocupa uma área de 23000 m2 e pode albergar até 60000 pessoas. A sua construção começou em 1506 e terminou em 1626. Logo à entrada temos duas pias de água benta, ornadas com estátuas de meninos, que lhe dão um aspecto muito belo. Na nave central, abrem-se uma série de capelas, tais como a Cappella della Pietá, com a famosa obra de Miguel Angelo, representando Cristo colocado nos braços de sua Mãe, que o artista realizou com apenas 24 anos de idade. O túmulo de S. Pedro encontra-se debaixo do altar principal e diversos outros papas estão ali sepultados. Após visitar a Basílica, que é realmente esplendorosa, subimos à cúpula que tem 42 metros de diâmetro e atinge os 132.5 metros de altura. Subimos primeiro num elevador até determinada altura e depois tivemos de galgar 320 degraus até lá acima. Valeu pela soberba vista que se obtém sobre a praça e a cidade.
Daqui seguimos para a Basílica de S. Paulo Extramuros, que se encontra próxima da margem esquerda do Tibre e aproximadamente a 2 Km da Muralha Aureliana, saindo pela Porta de S. Paulo, resultando daí o nome Extramuros, ou Fora de Muros. Esta Basílica é a maior da cidade depois da de S. Pedro. Tem 131.66 metros de comprimento, 65 metros de largura e 29.70 metros de altura. Diz-se que foi construída no local onde o apóstolo Paulo foi sepultado, estando o túmulo dele debaixo do altar-mor. A Basílica e todo o complexo anexo, como o Claustro e o Mosteiro, não fazem parte da República Italiana, mas são propriedades da Santa Sé. A actual Basílica, uma construção do séc. XVIII, foi erguida sobre a antiga Basílica paleocristã do tempo de Constantino. Entra-se nela através de um grande jardim, onde ao centro se encontra a estátua de S. Paulo. O interior, enorme e majestoso, é delimitado por 80 colunas.
Fomos a seguir ver a Porta de S. Paulo e junto dela a Pirâmide.
Dirigimo-nos depois para as Termas de Caracalla, construídas entre 212 e 217 e que podiam acolher mais de 1500 pessoas. O edifício media 337 por 328 metros, encontrando-se hoje em ruínas. Não as pudemos visitar por se encontrarem fechadas.
Regressámos depois ao camping.

18º Dia - Roma - 0 Km

Novamente em transportes públicos, dirigimo-nos para as Catacumbas, que eram os locais que serviam de cemitério subterrâneo aos primeiros aderentes do cristianismo, para quem a fé se baseava na esperança da vida eterna para além da morte.
Visitámos a Catacumba de S. Callisto, que é uma das catacumbas mais visitada em todo o mundo e conta-se que 20000 pessoas estão enterradas lá. Ocupa cerca de cinco andares debaixo da terra e mais de 20 Km de corredores levam aos diversos túmulos, onde descansam os corpos de pessoas que viveram na época de Jesus Cristo. Mais tarde as catacumbas serviram de refúgio para os cristãos perseguidos, que ali se escondiam para rezar e se encontrar.
Das catacumbas seguimos para a Praça de S. Giovanni, onde visitámos a Basílica San Giovanni in Laterano (S. João de Latrão), que é a catedral do Bispo de Roma: o Papa e é considerada a mãe de todas as igrejas do mundo. Contém o Trono Papal, o que a coloca acima de todas as igrejas do mundo, inclusive da Basílica de S. Pedro. Até 1309, a residência do Papa situava-se ao lado da Basílica. Foi construída no séc. IV e em toda a volta da nave central, estão as estátuas dos doze apóstolos, que ali foram colocadas entre 1703 e 1719 graças a doadores generosos.
Fomos depois visitar a Basílica de Santa Maria Maggiore, também conhecida por Basílica de Nossa Senhora das Neves.
Foi construída entre 432 e 440 e é uma das maiores basílicas paleo-cristãs de Roma. Segundo o que se diz, foi edificada pelo Papa Libério no local onde, depois da aparição da Virgem Maria, caiu neve em pleno verão.
Daqui seguimos para a Igreja de Santa Maria sobre Minerva, localizada na Praça Minerva, onde ao centro existe um oblisco egípcio do séc. VI a.C.. A igreja foi construída no séc. VIII sobre as ruínas de um templo dedicado a Minerva e daí o nome "Sobre Minerva". Foram depois acrescentadas numerosas capelas laterais e há muitos sepulcros onde estão Papas. A abóboda gótica foi colocada sobre a nave em 1453. A grande atracção da igreja é a grande estátua de Cristo Ressuscitado, esculpida em mármore desde 1519 e desvendada em 1521.
Quase ao lado está o Panteão, também conhecido como Panteão de Agripa. É o único edifício construído na época greco-romana que actualmente se encontra em perfeito estado de conservação. Desde que foi construído no ano 27 a.C., que se manteve em uso constante. Foi destruído por um incêndio em 80 d.C., sendo totalmente reconstruído em 125, durante o reinado do imperador Adriano. É uma construção circular com 86 metros de diâmetro interior e tem uma abertura central na cúpula de quase none metros de diâmetro, que se encontra a 43 metros da base. A cúpula é a maior que chegou até nós da antiguidade e foi durante muito tempo a maior de toda a europa ocidental. É aqui que estão sepultados os reis de Itália, Vittório Emanuele II e Umberto I e a rainha Margherita.
Fomos depois para a Piazza Navona, que é a praça mais característica da cidade, onde se localizam três fontes barrocas: a famosa Fontana dei Quattro Fiumi ao centro, construída em 1651,




a Fontana del Moro
e a Fontana de Neptuno nas extremidades. A sua forma longa e rectangular, com as extremidades estreitas ao norte, retém a forma do estádio, ou seja 240 por 65 metros, construído neste local pelo imperador Domiciano entre 96 e 81 a. C. para jogos e competições, que mais tarde abrigou lutas com animais e gladiadores. Os edifícios ao seu redor ergueram-se nos alicerces das bancadas onde se podiam sentar 30000 espectadores.
Voltámos novamente à Fontana di Trevo, tendo entretanto começado a chover o que nos fez abrigar durante algum tempo.
Após estas visitas regressámos ao camping.

19º Dia - Roma/Assis - 243.9 Km

Saímos de Roma e fomos por estrada nacional, que a partir de certa altura era via rápida, até Perugia que é a capital da região da Umbria.
Chegados a esta cidade estacionámos e fomos a pé ver o centro histórico. Para lá chegarmos, tínhamos a partir de determinado sítio, três lanços de escadas rolantes que nos levaram até lá acima.
Fomos até à Piazza 4 de Novembre, que reúne a Catedral de San Lorenzo, o Palazzo dei Priori e a Fontana Maggiore. A Catedral foi construída entre os séculos XII e XVI. Tal como a vemos hoje foi começada em 1345 e continuou até 1587.
O Palazzo dei Priori foi construído entre 1293 e 1297 e recebeu duas ampliações nos séculos XIV e XV.
A Fontana Maggiore encontra-se no centro da praça e é o monumento mais famoso. É uma obra de Nicola Pisano e do filho Giovanni. Foi construída entre 1220 e 1280.
Demos a seguir uma volta pelas ruas do centro e regressámos ao estacionamento, continuando a nossa viagem até Assis, onde ficámos no Camping Fontemaggio.
Um pouco antes de chegarmos a esta cidade, apanha-se uma grande recta na estrada, podendo-se assim vê-la logo ao longe, no cimo do monte.
Assis é famosa por ter sido o local de nascimento de São Francisco de Assis (Francesco Bernadone), que aí fundou a Ordem dos Franciscanos em 1208 e de Santa Clara de Assis.
Depois de nos instalarmos, fomos até ao centro. Aí, ao estacionar, o carro descaiu num ressalto da estrada para o terreno contíguo e entortei a tomada de ligação da roulote, mas não foi nada de grave.
Fomos então a pé dar uma volta pelo centro e fomos visitar a Basílica di San Francesco, que é considerada a igreja-mãe da ordem dos Franciscanos. Foi construída numa colina, conhecida como Colina do Inferno (onde os criminosos eram mortos). Hoje o local é conhecido como Colina do Paraíso. A primeira pedra foi colocada pelo Papa Gregório IX, em 17 de Julho de 1228. Esta basílica é constituída como que por duas basílicas; uma inferior e outra superior, como sendo dois edifícios sobrepostos. A basílica inferior foi terminada em 1230 e no dia de Pentecostes, 25 de Maio de 1230, o corpo de S. Francisco de Assis foi trazido para o local. Esta basílica, que representa a penitência, consiste numa nave central com várias capelas laterais. Da nave pode-de descer para a Cripta, que por sua vez é outra igreja por baixo das outras duas e é aí que se encontra o túmulo de S. Francisco. Esta Cripta foi mandada construir pelo Papa Pio IX. A construção da basílica superior começou logo após 1239 e foi finalizada em 1253. Esta basílica representa a glória e o seu estilo é totalmente diferente do da basílica inferior.
Passámos também pela Igreja de Santa Chiara, cuja fachada dá para um miradouro donde se obtém uma vista soberba sobre os campos próximos. Esta igreja, embora construída de 1257 a 1265, apresenta um aspecto quase novo.
Passámos a seguir pelo Templo de Minerva, que remonta aos finais do periodo republicano, no séc. I a. C.. A fachada está surpreendentemente bem conservada, ainda no seu estado original. Em 1539, foi construída a Igreja de Santa Maria dentro do próprio templo. Mais abaixo encontra-se a casa onde viveram os pais de S. Francisco.
Depois de darmos mais umas voltas, voltámos para o camping.

20º Dia - Assis/Bolonha - 330.6 Km
Saímos do camping e fomos ver a Rocca Maggiore, que é um castelo medieval do séc. XIV e donde se tem uma esplêndida vista sobre a cidade e os campos. Voltámos ao camping para ir buscar a roulote e saímos, já passava do meio-dia.
Fomos por estrada nacional até Fane, onde entrámos na auto-estrada, tendo saído em San Marino. Fomos até ao cimo, onde havia um teleférico, o qual já se encontrava fechado. Voltámos para baixo e entrámos novamente na auto-estrada, indo até Bolonha, onde ficámos no Camping Cittá di Bologna.

21º Dia ( manhã ) - Bolonha/Bardolino - 175.3 Km
Saímos do camping e demos uma pequena volta pela cidade. Bolonha é a capital da região de Emília-Romagna e foi intensamente bombardeada durante a segunda guerra mundial.
Tomámos depois as indicações para a auto-estrada, por onde fomos até ao Lago de Garda, que é o maior lago de Itália e possui cinco ilhas.
Ficámos em Bardolino, no Camping La Rocca, mesmo encostado ao lago, onde chegámos por volta das 12.30.
Almoçámos e ficámos a descansar um pouco.

21º Dia ( tarde ) - Verona - 68.6 Km

De tarde fomos até Verona, que é a cidade de Romeu e Julieta. Dista cerca de 30 Km do lago e ao que parece foi fundada pelos Celtas e foi incorporada no reino de Itália em 1866, com a terceira guerra da independência italiana. Está cercada pelo rio Ádige de um lado e pelas colinas, de outro. Possui alguns monumentos do início da era cristã e outros ainda anteriores.
Estivemos na Piazza delle Erbe e na Piazza dei Signori, que ficam quase pegadas. A Piazza delle Erbe, é a mais antiga praça de Verona e foi construída sobre o antigo lugar do Fórum Romano. É caracterizada por casas de torres medievais que ainda possuem pinturas originais. Nesta praça efectua-se um mercado de frutas e verduras e ao centro encontra-se a Fontana di Madonna Verona. Na Piazza dei Signori, encontra-se o Palazzo Comunale, que é um edifício do séc. XII.
A Fontana di Madonna Verona é uma das mais velhas e conhecidas fontes da cidade e tem ao centro uma estátua romana do ano 380.
Continuámos a nossa incursão pela cidade e mais abaixo, no número 23 da Via Capello, fomos visitar a Casa di Giulietta, onde supostamente viveu a família que baseou o romance de Shakespeare. É uma residência medieval, que ao entrarmos através de um portal que data do séc. XIII, nos deparamos com um jardim onde se encontra uma grande estátua de Julieta, onde os visitantes passam a mão no seio direito, que está descoberto, para segundo a tradição, encontrarem o verdadeiro amor, motivo pelo qual a mesma já se encontrar um pouco gasta. Virada para este jardim encontra-se a varanda onde a Julieta se debruçaria. Dentro da casa existe um museu com porcelanas e frescos da época.
Não muito longe da casa, observámos os Túmulos dos Scaliger (Arche Scaligero), que são mausoléus góticos elevados e debaixo de umas balaustradas em mármore, rodeados por uma vedação em ferro forjado e decorados com estátuas de santos.
Visitámos a Igreja di San Zeno Maggiore, que foi construída entre os séc. XII e XIII, para abrigar os restos mortais do africano San Zeno, primeiro bispo da cidade. Ao lado há uma torre de uma antiga abadia e de um campanário.
Vimos também a Igreja di San Fermo, que na verdade é composta por dois templos, sendo o inferior do séc. XI, construído com a intenção de abrigar as relíquias de S. Fermo. O superior é do séc. XII e foi alterado no séc. XIV, para a sua forma actual.
Fomos depois atravessar a Ponte Scaligero, que foi construída em 1354 e mais parece uma muralha fortificada. Em 1945 foi destruída por bombardeamentos e foi posteriormente reconstruída com os materias recuperados das orlas do rio.
Ligado a ela encontra-se o Castelo Velho (Castelvecchio), que começou a ser construído em 1345 e concluído em 1375. A construção, tal como a da ponte, é de tijolos, toda rendilhada e com grandes torres, pátios e pontes elevadiças. É sede do Museu Cívico de Arte, depois de ter sofrido uma restauração em 1956.
Do castelo fomos para a Piazza Bra, onde se localiza a Arena, que data do séc. I a. C. e é um dos monumentos mais bem conservados da época romana e um dos maiores anfiteatros romanos do mundo, podendo levar cerca de 25000 pessoas, nos espectáculos que nele se realizam. A sua arquitectura é fortemente influenciada pelo estilo grego. Foi construída inicialmente de pedra calcárea branca e rosada. Em 1117 ocorreu um terramoto que quase destruiu o anel exterior e posteriormente foi usada como pedreira para construção de outros edifícios. Foi restaurada no Renascimento.
Ao final da tarde voltámos para o camping.

22º Dia - Lago de Garda - 161.6 Km
Hoje saímos do camping e fomos dar volta completa ao Lago de Garda, começando pelo sul.
Fomos direito a Sirmione, que é uma vila medieval situada numa península que entra 4 Km pelo lago dentro.
Visitámos o Castelo Scaligero, que foi mandado edificar no séc. XIII pelos Scaligero de Verona, como principal ponto de defesa do Lago de Garda. Encontra-se muito bem conservado e está circundado por um fosso, cheio com a própria água do lago. A entrada faz-se através de uma ponte eleladiça e do cimo das suas torres tem-se uma vista sobre a península e o lago.
Vimos também a Igreja de Santa Maria Maggiore.
De Sirmione seguimos para Saló e a estrada a partir de Gargnano, é formada por uma série de túneis até Riva del Garda, já no norte do lago. Em Riva del Garda fomos ver a Cascata de Varone, cuja água se precipita de uma altura de 85 metros, pelo meio de rochas.
Continuámos o passeio por Tórbola, Malcésine, Garda e novamente Bardolino, onde ficámos no camping.

23º Dia - Dolomites - 498.6 Km

Saímos do camping e fomos entrar na auto-estrada, indo até Bolzano onde saímos em direcção aos Dolomites, que são formações calcáreas. Passámos pelo Lago di Carezza, que é um lago alpino situado a 1534 metros de altitude, e atingimos em Passo Pordoi, o ponto mais alto com 2314 metros.
Seguimos para Cortina d'Ampezzo, que fica a 1210 metros de altitude e de onde se vêem os maciços.
Subimos em mais de um local, a mais de 2000 metros de altitude e voltávamos a descer, com paisagens admiráveis.
Hoje passámos quase todo o dia debaixo de chuva e em algumas zonas havia também muito nevoeiro, o que não contribuiu em nada para admirarmos melhor toda aquela beleza. Também por esse motivo, não subimos em nenhum teleférico, dos muitos existentes na região, porque com o nevoeiro lá de cima não se conseguia ver nada, pois nós cá de baixo deixávamos de os ver à medida que se íam afastando.
Além da chuva também estava um pouco de frio e chegámos a ver 14º C marcados em alguns termómetros, o que não era de espantar pois estávamos em montanha.
Regressámos ao camping novamente pela auto-estrada.

24º Dia - Bardolino/Salon de Provence - 713.6 Km
Saímos do camping e fomos sempre por auto-estrada. Passámos a fronteira para França em Ventimiglia e continuámos a viagem em auto-estrada. Parámos para jantar numa àrea de descanso e depois deste, prosseguimos até cerca da meia-noite, altura em que parámos para dormir numa àrea de descanso na zona de Salon de Provence.
25º Dia - Salon de Provence/Calatayud - 827 Km

Saímos da àrea de descanso por volta das 10 horas e viemos por auto-estrada até Arles, tendo voltado a entrar nela em Montpellier e seguindo até Le Perthus, que é a fronteira de Espanha, onde chegámos cerca das 16 horas.
Já em Espanha continuámos por auto-estrada e na zona de Girona, chovia torrencialmente. Parámos para jantar às 20.30 e chegámos ao Camping Calatayud, onde ficámos, por volta das 23 horas.

26º Dia - Calatayud/Algueirão - 892.7 Km

Saímos do camping às 10.30 e fomos pela NII até Madrid e a partir desta cidade, pela NV até Portugal, onde entrámos pela fronteira do Caia eram 21 horas, mas devido ao desfasamento horário, beneficiámos de uma hora e eram apenas 20.
De salientar o facto de termos feito quase toda a viagem desde Madrid até Portugal, debaixo de chuva.
Seguimos até Elvas e fomos jantar ao Restaurante D. Quixote, um pouco à frente desta cidade.
Depois de jantar continuámos a viagem e em Montemor entrámos novamente na auto-estrada, passando depois por Vendas Novas, Setúbal e Ponte 25 de Abril.
Chegámos ao Algueirão, era uma hora da manhã e assim terminou esta viagem.
ESTATÍSTICA
Total de quilómetros percorridos: 7341.2
Despesa em gasolina em escudos: 129722
Total de gasolina em litros: 741.09
Despesa total em campings e em escudos: 99376
Média em campings por noite em escudos:
Espanha: 3629
França: 3519
Itália: 4478
Obs.: 3 Adultos, carro e roulote.