quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Viagem até Ourense

Viagem a Ourense, Espanha, realizada de 4 a 12 de Dezembro de 2017, num total de 1663,7 Km percorridos.

Dia 4 - Brejos de Azeitão / Barril de Alva - 349,7 Km

Saímos de Brejos de Azeitão a seguir ao almoço e fomos por estrada nacional até Abrantes, onde nos juntámos com um casal amigo. Continuámos depois até Barril de Alva, onde fomos pernoitar na Área de Serviço (coordenadas GPS: N 40º 17' 10'' W 07º 57' 44''). Depois de nos instalarmos fomos jantar ao Restaurante Quinta do Urtigal, recentemente reaberto depois dos incêndios de Outubro.


Dia 5 - Barril de Alva / Meda - 168,2 Km

Saímos do Barril e fomos até Mangualde, tendo estacionado junto à área de serviço (coordenadas GPS: N 40º 36' 42'' W 07º 44' 49.30''), ao fundo da escadaria que nos leva até ao Santuário de Nossa Senhora do Castelo que fomos visitar de seguida. De salientar que neste percurso se passa por uma paisagem negra motivada pelos recentes incêndios que devastaram uma vasta área desta região.
Após estacionarmos, iniciámos a subida até ao Santuário.


Ao longo da subida vamos deparando com várias capelas dedicadas respectivamente a Nossa Senhora da Conceição,


Nossa Senhora da Encarnação,



Nossa Senhora da Visitação


e Nossa Senhora da Assunção,



todas elas do mesmo modelo e com azulejos no interior ilustrativos da invocação de cada uma.
As obras de construção de todo este conjunto começaram em 1819 e duraram 58 anos. Hoje está classificado como Monumento de Interesse Público desde 2013.




Chegados lá acima, limitámo-nos a ver o exterior e a vista sobre a cidade, uma vez que o templo se encontrava fechado.







Finda esta visita e regressando à autocaravana, prosseguimos a viagem até ao próximo destino que foi Penalva do Castelo. Estacionámos num parque junto à Câmara Municipal (coordenadas GPS: N 40º 40' 30'' W 07º 42' 06'') e aí almoçámos.
Depois do almoço atravessámos a Praça Magalhães Coutinho



e fomos visitar a Igreja da Misericórdia, construída entre os finais do Séc. XVIII e início do Séc. XIX).

A entrada faz-se por uma porta lateral.


A igreja é composta por um altar-mor



e dois altares laterais.



O tecto é em madeira e tem um coro


e possui um magnífico órgão de tubos de 1810.


Numa sala ao lado tinha um presépio.



Saímos da igreja e demos uma volta pelas ruas próximas.


Passámos por um presépio instalado num miradouro


e ainda antes de chegar à AC passámos pela Fonte dos Namorados, obra inaugurada em Junho de 2017.


Regressámos novamente à estrada e dirigimo-nos para Aguiar da Beira, estacionando junto às ruínas do Castelo, do qual apenas restam algumas pedras e onde existe a estátua de um santo com cerca de 4 metros de altura e ainda um depósito de água.


Dali se obtém uma vista sobre a vila.


Mais ao lado encontra-se a Capela de Nossa Senhora do Castelo que tem a originalidade de ter um púlpito no exterior e ainda uma cruz de granito trabalhado.




Passámos por algumas ruas,




numa das quais se encontrava a Capela de São João Evangelista


e fomos dar ao Largo dos Monumentos, que se encontrava em obras de beneficiação


e onde se encontra o Pelourinho, monumento em granito datado do Séc. XVI, assente numa plataforma formada por quatro degraus octogonais


e a Torre do Relógio. A Torre do Relógio ou Torre Amedada está classificada Monumento Nacional desde 1922 e pensa-se que foi edificada pelos mouros.


Fomos a seguir para a Aldeia da Lapa onde estacionámos logo à entrada, junto às três cruzes que se encontram lado a lado sobre a rocha.



Nesta aldeia tudo é granito, desde os caminhos às casas.



Aqui se situa o Santuário de Nossa Senhora da Lapa (coordenadas GPS: N 40º 52’ 13’’ W 07º 34’ 32’’). Esta igreja foi construída no Séc. XVII pelos jesuítas e é onde se encontra a imagem original de Nossa Senhora da Lapa. O seu interior é lindíssimo.







O altar desta igreja foi erguido no local onde, segundo a lenda, a pastora Joana (uma menina de 12 anos muda de nascença) encontrou a imagem escondida por umas religiosas fugindo a uma perseguição de um general mouro, há mais de quinhentos anos.







Este santuário guarda no seu interior o rochedo (lapa) com a imagem da Senhora da Lapa.




E também o túmulo dos Condes da Lapa.


Na gruta que se encontra no interior existe uma passagem muito estreita entre duas rochas, que segundo reza a tradição só quem não tem pecados mortais é que consegue passar. Eu passei sem problemas, portanto pecados não tenho.





No seu interior podemos ver uma ampla sala




Também dentro da igreja existe um presépio permanente que vale a pena apreciar.


 


Este Santuário é hoje um local de peregrinação nacional. Ao sair da igreja percorremos algumas ruas





e como não podia deixar de ser, adquirimos o famoso queijo artesanal da Lapa e enchidos numa loja próxima.





Também o pão é famoso e há diversas padarias de onde ele sai quente várias vezes ao dia.




Abandonámos esta aldeia e seguimos para Sernancelhe, indo estacionar na Praça da República, junto à Igreja Matriz. Sernancelhe é considerada a capital da castanha.




A Igreja Matriz, que não visitámos por se encontrar fechada, é uma construção do Séc. XII e que foi parcialmente remodelada no Séc. XVII. Está classificada como Monumento Nacional. Tem um portal em arco e uma torre quadrangular com sinos.





Mais à frente encontra-se o Pelourinho (Séc. XVI).





Depois de percorrer algumas ruas, todas elas de piso granítico,










dirigimo-nos para a escadaria que nos levaria ao Monumento ao Sagrado Coração de Maria, situado no cimo de um monte, junto às ruínas do castelo.



A meio da subida e sobre o lado direito encontra-se uma construção quadrangular cobrindo um cruzeiro.



Chegando lá acima deparamo-nos com a imagem da Virgem sobre uma coluna





e mais ao lado um marco geodésico.



Lá de cima temos uma vista sobre a vila e sobre o largo da igreja.






Regressámos à autocaravana e partimos com destino a Mêda e ao Parque de Campismo (coordenadas GPS: N 40º 58' 11,50'' W 07º 15' 33,40'') onde nos instalámos.



Dia 6 - Mêda / Valpaços - 132,3 Km


Hoje ao acordar, estava tudo coberto de gelo e fazia bastante frio, mas nada que um bom agasalho não resolvesse. Saímos do parque de campismo e fomos até Marialva, uma das aldeias históricas a poucos quilómetros de Mêda. Estacionámos junto à Igreja Matriz de S. Pedro, datada do Séc.XVI e Imóvel de Interesse Público desde 2002.



Esta igreja tem um púlpito exterior virado para um adro.









Seguimos pela rua empedrada, onde abundam as casas típicas beirãs, até ao Cruzeiro que é do Séc. XV e dá nome ao largo onde está situado.





Passámos a seguir pela Capela de Nossa Senhora de Lourdes, edificada no Séc. XVII,



entrando de seguida no Castelo pela Porta do Anjo da Guarda.




Este Castelo, construído no cimo de um penedo no reinado de D. Afonso Henriques, embora já muito antes existisse uma fortaleza neste local, foi classificado como Monumento Nacional em 1978. Conforme se pode ver pelas fotos, o nevoeiro estava cerrado.





Na ampla muralha de granito estão inseridas quatro portas: a Porta do Anjo da Guarda, a Porta do Monte ou da Forca, a Porta de Santa Maria e o Postigo.


No interior podemos ver o pólo militar com a Torre de Menagem, do Séc. XIII,


e o núcleo civil ou urbano com dois pólos distintos: o administrativo com o Pelourinho, possívelmente do Séc. XVI,



a antiga Casa da Câmarao Tribunal e a Cadeia, possívelmente do Séc. XVII;






e o religioso com duas igrejas, a de Santiago do Séc. XII, que foi restaurada no Séc. XVI





e a do Senhor dos Passos do Séc. XVII, com o seu púlpito exterior onde se fazia a pregação na quinta e sexta feira de Páscoa e o Cemitério do Séc. XIX.



Antes de sair ainda percorremos mais um pouco as ruínas deste castelo.








Finda esta visita, regressámos a Mêda e fomos almoçar no Restaurante Garagem dos Grelhados. Após o almoço retomámos a viagem desta vez até Longroiva, uma localidade com uma estância termal para tratamentos de doenças de otorrinolaringologia. Estacionámos junto à Igreja Matriz de Santa Maria, do Séc. XV,






ao lado da qual existe também a Capela da Senhora do Torrão que está rodeada de algumas sepulturas do Séc. XII, sendo que muitas outras foram destruídas ou tapadas com a remodelação da praça à volta.





Subimos depois ao Castelo, cuja data é muito anterior à formação de Portugal e da primitiva construção apenas resta uma parte da muralha aproveitada para o cemitério




e a Torre de Menagem,




de onde se tem uma vista sobre a vila.





Partimos depois para o Parque de Campismo do Rabaçal (coordenadas GPS: N 41º 37' 56,40'' W 07º 14' 52''), a 8 Km de Valpaços, onde fomos pernoitar.

Dia 7 - Valpaços / Ourense - 152,5 Km


Saímos do Parque de Campismo e fomos até à cidade de Valpaços. Dirigimo-nos para o Santuário Nossa Senhora da Saúde (coordenadas GPS: N 41º 36' 49'' W 07º 18' 04'') e estacionámos ao fundo da escadaria.



Logo ali existe uma coluna com a imagem de Nossa Senhora com o Menino ao colo.




Começámos a subir e passámos na Capela de Nossa Senhora da Saúde.





Subimos mais um pouco e enfrentamos o Santuário de Nossa Senhora da Saúde, cuja construção começou em 1987.





O seu interior, de linhas simples, é muito bonito.








Voltámos à AC e fomos estacionar perto da Igreja Matriz de Santa Maria Maior que fomos visitar de seguida. A fachada é rematada com uma alta e elegante torre sineira.







O interior é de uma nave única com abóbada de granito separada da capela-mor.






Tem um bonito púlpito e um baptistério




e também um coro



No largo fronteiriço existe um chafariz e um pequeno lago com repuxo.




Fomos depois por uma rua pedonal até ao jardim fronteiro ao tribunal,



onde havia uma pequena horta, ovelhas a pastar (figuras) e um presépio.






Por fim fomos almoçar a um restaurante, do qual não me lembro o nome, onde comemos um cozido à portuguesa muito bem servido e a um preço bastante acessível.
Depois do almoço fomos para a AC e retomámos a viagem até Chaves. Estacionámos junto ao Castelo que fomos visitar de seguida.





A sua construção já data do Séc. IX e a Torre de Menagem foi construída no Séc. XIII. Em 1938 foi classificado como Monumento Nacional. Do castelo medieval resta apenas parte das muralhas e a Torre de Menagem de planta quadrangular, com 12 metros de largura e cerca de 28 metros de altura. Nela encontra-se instalado um museu histórico-militar desde 1978.





Este conjunto encontra-se envolvido por um jardim artístico delimitado pelas muralhas onde existem alguns canhões.








Das muralhas obtém-se uma panorâmica da cidade.





Saímos do castelo e fomos até à Praça de Camões onde ao centro se vê a estátua de D. Afonso, 1º Duque de Bragança, defronte da Câmara Municipal instalada num edifício do Séc. XIX.




Um pouco ao lado situa-se o Museu da Região Flaviense, instalado nos Paços do Duque de Bragança, um edifício do Séc. XV mandado construir por D. Afonso para sua residência. De salientar o pormenor da porta do museu.




Também nesta praça se encontra a Igreja Matriz, cuja reconstrução terá ocorrido no Séc. XII sobre os escombros dos templos anteriores. No Séc. XVI foi restaurada, tendo surgido novos pórticos e alterado a capela-mor. Foi novamente restaurada no Séc. XVIII, tendo sido construídos altares nas paredes laterais e colocadas janelas. Na altura estava lá um carro dos bombeiros a colocar as iluminações de Natal.


Entrámos na igreja por uma porta lateral.




O Interior mantém um ambiente medieval. Possui três naves separadas por grandes colunas cilíndricas de granito e a cobertura é escura, em madeira de castanho.






O coro prolonga-se pelas três naves, assente em pilares.



Na nave central surge um grande e magnífico órgão de tubos.



O Baptistério é formado por uma pia de pedra.




A igreja possui também bonitos vitrais.




Na mesma praça situa-se ainda a Igreja da Misericórdia que não visitámos por se encontrar fechada. Esta igreja, entalada entre o edifício da Santa Casa e o Museu da Região, foi construída na segunda metade do Séc. XVII.



Passeámos depois por algumas ruas do centro histórico








e regressámos à AC para seguir viagem até Ourense em Espanha. Em Ourense tomámos a direcção das Termas Muiño da Veiga, onde estacionámos e pernoitámos (coordenadas GPS: N 42º 21' 08,50'' W 07º 54' 36'').




Este local estava repleto de carros mas ainda nos conseguimos lá encaixar. Antes de jantar ainda fomos ver as termas, ou seja, as poças gratuitas que ficam no leito do rio Minho, onde havia bastante gente nas suas águas quentes. Estas águas termais que jorram livremente, são recomendadas para problemas de pele e circulam a uma temperatura de 65 a 72 º C. Voltámos à AC para jantar e por lá ficámos. Com o avançar das horas, os carros foram saindo e chegaram mais ACs.

Dia 8 - Ourense / Monforte de Lemos - 56,9 Km


Depois de tomar o pequeno almoço fomos até às Termas. Atravessámos um túnel onde havia algumas pinturas interessantes



e passámos nas primeiras poças onde a água fumegava.









Continuámos por uma ciclopista e passámos por um moinho em madeira recuperado, dos muitos que existiam no passado.







Esta ciclopista sai da cidade e dá a volta a quase todas as termas da zona. Também circula nela um pequeno comboio que transporta as pessoas.





Chegámos às Termas de Outariz, de inspiração japonesa, inseridas num complexo termal pago, com um bar/cafetaria e terraço miradouro, onde também havia muitas pessoas.






Continuámos e passámos mais à frente sobre uma ponte pedonal até à outra margem do rio.




Debaixo da ponte também havia mais poças onde também havia pessoas.







Percorridos alguns metros, voltámos para trás e fomos para a AC retomando a nossa viagem. Seguimos para Monforte de Lemos, onde estacionámos e pernoitámos na Área de Serviço (coordenadas GPS: N 42º 31' 39,50'' W 07º 30' 43,50''), junto ao rio Cabe.
Depois de estacionarmos, atravessámos uma ponte e fomos por umas ruas ladeadas por casas típicas, sempre a subir até ao Castelo









Acedemos ao recinto através da Porta da Alcazaba.






Este Castelo do Séc. XIII e reformado no Séc. XVI, conserva parte das muralhas, a Torre de Menagem, com 30 metros de altura e algumas portas brasonadas.







De todo este conjunto faz parte o Mosteiro de San Vicente do Pino e o Palácio dos Condes de Lemos, hoje transformado em Parador Nacional. A origem deste Mosteiro data do Séc. IX, embora o actual edifício tenha sido construído no Séc. XVII.



Ao lado encontra-se a impressionante Igreja com a sua portada renascentista, enquanto o interior é coberto por abóbadas estreladas e tem alguns vitrais interessantes.










Ao descer passámos pelo Convento de São Francisco, fundado pelos condes de Lemos no início do Séc. XVII. A sua Igreja do Séc. XVIII, é conhecida como Igreja Paroquial de Santa Maria da Régua ou de Santo Domingo.




No interior destaca-se o altar maior e o órgão, construído em 1808 é um dos melhores da Galiza e num óptimo estado de conservação.








Depois de visitar a igreja regressámos à AC e após o jantar fomos dar um passeio pela cidade. Passámos por várias ruas já com iluminação de Natal e num largo havia uma árvore de natal.





Passámos também pelo Colégio de Nossa Senhora da Antiga. É um edifício religioso construído no final do Séc. XVI e conhecido como o Escorial galego, dada a sua grandiosidade.



Ao lado existiam sobre o passeio vários repuxos de água.



Atravessámos de seguida uma Ponte Pedonal



e passámos junto à Ponte Romana ou Velha Ponte, regressando à área de serviço.







Dia 9 - Monforte de Lemos / Lóbios - 127,6 Km


Saímos de manhã da área de serviço e fomos visitar o Museu Ferroviário que está situado nas antigas instalações ferroviárias de Monforte de Lemos e foi inaugurado em 2001.


No museu podem ver-se alguns serviços ligados ao transporte ferroviário.







Entre a colecção de locomotoras podemos ver a locomotora eléctrica 7722 de fabricação inglesa




e a mítica Mikado de tracção a vapor.







Para além das locomotivas podemos também observar algumas carruagens.









No final da visita fomos numa carruagem do museu até à ponte rotativa, presenciando como era feito o transbordo para outras vias e regressámos ao museu.








Após a visita fomos almoçar na AC e depois do almoço seguimos para Lóbios.
Logo à entrada avistámos a Igreja de San Miguel, mas como o nosso destino eram as termas seguimos para lá.




Assim que chegámos vimos que toda a zona junto ao Hotel Termal, estava ocupada por autocaravanas, na sua quase totalidade portuguesas, dado que Lóbios fica a pouquíssimos quilómetros da fronteira portuguesa. Continuámos na estrada e fomos estacionar lá mais acima, num local calmo e sossegado à beira da estrada (coordenadas GPS: N 41º 51' 31,20'' W 08º 06' 20,70'').




Depois de estacionar descemos até às Poças, que estavam cheias de pessoas. Estas poças gratuitas ficam no rio Caldo, mesmo ao lado do Hotel Termal e são pequenas em comparação com as do Muiño da Veiga onde estivemos.




Fomos jantar na AC, uma vez que ali não havia nada a não ser o hotel, mas que não nos agradou. Depois de jantar ainda viemos novamente "espreitar" as poças e também para fazer horas de ir dormir. Pernoitámos no local onde havíamos estacionado, dado que por ali não passavam carros.

Dia 10 - Lóbios / Gaia - 264,5 Km 


Depois de uma noite tranquila, saímos de Lóbios e fomos na direcção do Soajo sempre debaixo de uma chuva miúda. Estacionámos na Área de Serviço (coordenadas GPS: N 41º 52' 19'' W 08º 15' 47'') que fica mesmo junto ao conjunto de espigueiros.







Estes Espigueiros foram construídos sobre uma enorme laje granítica que era usada pelo povo como eira comunitária. O espigueiro mais antigo data de 1782. No topo são geralmente encimados por uma cruz. Depois de estacionar apenas saí para tirar fotografias e coberto por um guarda-chuva.








Partimos depois para o Santuário Nossa Senhora da Peneda por uma estrada estreita, onde de quando em vez se viam vacas no meio da estrada.




Também passámos por algumas quedas de água.





Não parava de chover e havia algum nevoeiro mas mesmo assim insisti e fui até ao Santuário. Quando lá chegámos, nem saí da AC e limitei-me a abrir a janela para tirar algumas fotos.







Voltámos a descer e fomos para Ponte da Barca, estacionando num parque junto à Ponte Medieval (coordenadas GPS: N 41º 48' 30,50'' W 08º 25' 17''). Como eram horas de almoço e havia ali perto um restaurante, resolvemos ir lá almoçar. Fomos então ao Restaurante O Moinho e comemos rojões à minhota com arroz de sarrabulho, que já não comíamos há muito tempo.




Depois do almoço fui debaixo do guarda-chuva até à Ponte Medieval, construída no Séc. XV sobre o rio Lima. Tem dez arcos assentes em fortes pilares, sendo que os dois centrais são da restauração do Séc. XVIII que a ponte sofreu.




Quase ao lado encontra-se o Pelourinho construído em granito e assente sobre uma plataforma quadrangular de quatro degraus. É Monumento Nacional desde 1910. Este Pelourinho foi inicialmente colocado perto do edifício dos Paços do Concelho e só no Séc. XX foi removido para o local actual no Jardim dos Poetas.




Ao lado do Pelourinho está o antigo Mercado Pombalino de 1752, onde se alojavam os feirantes. É um largo alpendre com duas grandes arcadas apoiadas em colunas.





Subi depois um pouco até à Igreja Matriz de S. João Baptista, cuja construção começou no Séc. XVI, mas que foi reformulada no Séc. XVIII. É também Monumento Nacional desde 1910. Como se encontrava fechada não foi visitada por dentro.






O próximo destino foi Ponte de Lima, onde estacionámos num grande parque junto à Ponte Romana (coordenadas GPS: N 41º 46' 05'' W 08º 35' 08''). Esta Ponte é considerada o principal monumento do concelho e une as duas margens do rio Lima há dois mil anos. Da ponte inicial pouco mais resta do que dois arcos junto à margem direita. Ela foi reconstruída cerca de 1362 e é composta por 24 arcos. Devido ao temporal que se fazia sentir, nem saímos da AC e apenas fotografei a ponte.




O nosso próximo destino seria o Alto Minho, mas com o tempo que fazia resolvemos não ir mais para cima e começámos a descer. Passámos por Santo Tirso e fomos direito a Lordelo, onde pensámos ir ficar na área de serviço, mas como não gostámos, procurei um parque de campismo e fomos para Vila Nova de Gaia.
Ao passar na Ponte da Arrábida no Porto, o vento era tanto que empurrava a AC para a esquerda. Ficámos no Camping Marisol no Canidelo. À noite, a força do vento fazia abanar a AC e nos fazia sentir medo.

Dia 11 - Gaia / Batalha - 255,1 Km


Saímos do Canidelo e fomos pela N1 até aos Carvalhos, parando um pouco mais à frente numa localidade chamada Pedroso, para ir almoçar no Restaurante Gato Bravo.
Depois do almoço continuámos a viagem até à Batalha, onde parámos na Área de Serviço (coordenadas GPS: N 39º 39' 41'' W 08º 49' 31''). Antes de jantar ainda fomos dar uma volta pelo exterior do Mosteiro






e pelas ruas que já se encontravam com as iluminações de natal.








Dia 12 - Batalha / Brejos de Azeitão - 156,9 Km


De manhã fomos visitar o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, mais conhecido por Mosteiro da Batalha, que foi mandado construir em 1386 pelo rei D. João I, como agradecimento à virgem pela vitória sobre os castelhanos na batalha de Aljubarrota. A sua construção foi-se fazendo ao longo de dois séculos, durante o reinado de sete reis. É Monumento Nacional desde 1910 e é considerado Património Mundial pela Unesco. Melhor do que tudo o que eu possa escrever, quem estiver interessado pode ver todo o guião da visita aqui:

http://www.patrimoniocultural.gov.pt/static/data/museus_e_monumentos/monumentos_-_links_e_pdfs_site_ex-igespar/mosteiro_da_batalha/se__guiaoparavisitaaomosteirodabatalhaparadescarregarem%5B1%5D.pdf

Pela minha parte limito-me a publicar algumas fotos, primeiro do exterior.











e depois do interior.














Também do Claustro de D. João I










do Claustro de D. Afonso V




e da Sala do Capítulo, onde se encontra o Túmulo do Soldado Desconhecido.






E para terminar a visita fomos também às Capelas Imperfeitas, que são o Panteão de D. Duarte, assim chamadas por estarem ainda inacabadas. A sua construção ter-se-á iniciado por volta de 1434, quando decorria ainda o primeiro ano do seu reinado.







Aqui se encontra também o túmulo do rei D. Duarte e da rainha D. Leonor de Aragão.


No final da visita saímos da área de serviço e fomos almoçar no Restaurante Mosteiro do Leitão. A ementa, como não podia deixar de ser, foi o tão saboroso leitão.


Depois do almoço seguimos viagem até casa e assim terminou mais este passeio.