quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Viagem de passagem de ano 2019/2020 - 3ª Parte

Dia 03.01 - Braga / Baiona - 139,2 Km


Saímos do Parque de Campismo e fomos por estrada nacional na direcção de Viana do Castelo e desta cidade para Vila Nova de Cerveira, onde passámos a fronteira para Espanha. Em Espanha dirigimo-nos para La Guardia e uma vez aqui, seguimos para o Monte de Santa Trega ou Santa Tecla. A meio da subida do monte podemos ver as ruínas do que foi uma grande cidade celta: a Citânia de Santa Trega.



Estacionámos no largo junto do hotel (coordenadas GPS: N 41º 53' 19'' W 08º 52' 15,40'').



Este local é um fantástico miradouro natural, com vista para a foz do rio Minho e para o oceano Atlântico, não fosse estar bastante nevoeiro e a cair uma chuva miudinha. Subimos primeiro ao Pico de S. Francisco, a uma altitude de 341 metros





e descemos depois até à Capela.




Almoçámos no local e fomos beber o café ao restaurante do hotel. Voltámos depois a descer o monte e fomos para Baiona. Esta viagem decorreu sempre à beira do Atlântico com paisagens maravilhosas. Em Baiona seguimos para a Virgen de la Roca (coordenadas GPS: N 42º 07' 12'' W 08º 51' 30,50''). Este monumento foi construído 100 metros acima do nível do mar, em granito sobre as rochas do Monte Sansón e inaugurado em 1930.


Tem 15 metros de altura




e representa a Virgem segurando na sua mão direita uma barca-miradouro, à qual se acede através de uma escada interior de caracol.



Junto à estátua foi criado um parque florestal de lazer com mesas e bancos em pedra.




Fomos a seguir visitar a Fortaleza de Monterreal, também conhecida como Fortaleza de Monte de Boi (coordenadas GPS: N 42º 07' 19,60'' W 08º 50' 58,30''. Esta Fortaleza foi construída à beira mar, na península do mesmo nome,  nos séculos XII ao XVI. Toda a península está rodeada por 3 Km de muralhas. Depois de estacionar entrámos no recinto pelo Portão de Armas


e fomos a pé percorrer o perímetro da Fortaleza.



Subimos à muralha,




de onde se tinha uma vista sobre a marina, e a cidade.




Caminhámos sobre a muralha



e passámos pela Bateria de Santiago, onde havia vários canhões.


Passámos também junto a uma das torres


e aproximámo-nos do Parador Nacional Conde de Gondomar, construído em 1963.




Antes de sair da Fortaleza ainda passámos pela Torre de la Tenaza.


Depois da visita a esta Fortaleza fomos até à Ermita de Santa Marta (coordenadas GPS: N 42º 06' 54'' W 08º 50' 11''), com o intuito de ali pernoitarmos,


mas como nos disseram que a polícia multava e também não gostámos do local, acabámos por ir mais para a frente e ficámos numa rua muito sossegada junto à praia da Ladeira (coordenadas GPS: N 42º 06' 43'' W 08º 49' 54''), onde também já havia outra AC de espanhóis.



Dia 04.01 - Baiona / Pontevedra - 99,8 Km



Saímos de Baiona e dirigimo-nos para Vigo circulando ao lado da Ria de Vigo. Em Vigo seguimos para o Monte O Castro (coordenadas GPS:; N 42º 13' 49'' W 08º 43´30''), onde estacionámos.


O Castro é um monte onde se encontram os restos da fortaleza de San Sebastián, do século XVII, mesmo no coração da cidade.



Dentro das muralhas existe um parque com uma diversidade de árvores e flores





e algumas esculturas



e o Castelo onde à porta tem uma lápide a homenagear 136 homens assassinados pelo franquismo, por defenderem a liberdade.



Dentro do castelo também existe um jardim e um lago artificial contendo uma escultura conhecida como Monumento a Vigo,




além de outras construções.




Este lugar contém excelentes miradouros que oferecem as melhores vistas sobre a cidade e a baía de Vigo.





Depois desta visita e por dificuldade em estacionar no centro da cidade, seguimos a viagem até Cangas, contornando a Baía. Chegados a Cangas estacionámos num parque junto à praia (coordenadas GPS: N 42º 15' 49'' W 08º 46' 31'') e seguimos a pé por um caminho pedonal junto à água,



até um jardim, o Paseo de Castelao, onde havia um espigueiro.



Continuámos pelo caminho à beira da água e mais à frente passámos pela Capela do Hospital, que se encontra em pleno jardim e que também é conhecida por Capela de San Roque. É uma construção dos séculos XVI-XVIII.




Mais adiante, dentro de água via-se um grande cardume de peixes que nadavam felizes e contentes.


E logo à frente estava a marina onde descansava uma grande quantidade de barcos. 



Saindo da beira mar, à saída do jardim passámos por um Coreto



e caminhámos  por estreitas ruas,



passando pelo edifício do mercado.


Continuámos pelas ruas do interior



e fomos sair  à Igreja de Santiago de Cangas, do século XVI, que se encontrava fechada.




Virámos por outra rua


e fomos almoçar no Restaurante O Eirado.



Depois do almoço fomos para as ACs e seguimos para Pontevedra. Em Pontevedra fomos para a Àrea de Serviço (coordenadas GPS: N 42º 25' 59'' W 08º 38' 09'').


Depois de nos instalarmos atravessámos a Puente de los Tirantes que ficava junto da ASA



e que foi inaugurada em 1995 unindo as duas margens do rio Lérez.


É formada por uma torre de 56 metros de altura, que sustenta o tabuleiro através de cabos. Já do outro lado fomos passear pela Ilha das Esculturas



que é um grande parque onde as famílias passeiam a pé ou de bicicleta. Após um curto passeio, regressámos às ACs desta vez atravessando uma Ponte Pedonal.



Fomos ainda até ao Centro Histórico, que não ficava longe e que estava com as iluminações de Natal. Passámos em várias ruas







e algumas praças




e fomos visitar a Capela da Virgem Peregrina, que se encontrava aberta.





Esta Capela foi construída no século XVIII e está classificada como Bem de Interesse Cultural. No século XIX o adro foi substituído por uma grande escadaria. Nossa Senhora Peregrina é a padroeira de Pontevedra e do Caminho Português de Santiago. Antes de regressar às ACs ainda passeámos por mais algumas ruas




e passámos por bares.


Dia 05.01 - Pontevedra - 0 Km



Hoje fomos novamente para o Centro Histórico, que está classificado como Conjunto Histórico-Artístico desde 1951 e começámos a visita pela Igreja de São Bartolomeu. Esta igreja foi construída entre os séculos XVII e XVIII pelos jesuítas.




O interior é formado por três naves


e o Retábulo do Altar-mor é em talha dourada.


Nas naves laterais existem várias capelas com retábulos muito ricos.





Por cima da entrada o Coro-alto é ladeado por uma continuação do mesmo




e o Cruzeiro é encimado por um zimbório que dá entrada de luz à igreja.


Continuámos e fomos passar na Plaza da Leña, que é a praça mais pequena do centro histórico. Tem ao centro um Cruzeiro.



Continuámos a caminhada


e passámos a seguir por uma fonte na Plaza da Verdura.


Logo depois era a Calle Real onde havia outra fonte.


Nesta zona histórica havia imensas fontes e entrando na Plaza do Treuco, demos de frente com mais uma.


Junto a esta fonte um senhor galego fez questão de nos explicar tudo àcerca desta praça. Foi construída no século XVIII e é considerada a mais imponente da Pontevedra antiga. Está cercada por muitas mansões com brasões de gente nobre.



Mais à frente outra fonte na Plaza Curros Henriquez.


Passando adiante, mais uma casa com brasão



e continuando


fomos dar à Basílica de Santa Maria a Maior que é datada do século XVI.






Foi declarada Monumento Histórico-Artístico em 1931 e actualmente é considerada Bem de Interesse Cultural. Como estava a decorrer um acto religioso não nos foi possível fotografar. Saímos e fomos para a Praza de España, onde começa a Gran Via de Montero Rios e onde logo no início se encontra um Monumento aos Heróis de Pontesampaio na Alameda central que é uma ampla zona verde.
 

Ao fundo da alameda encontra-se outro monumento de homenagem aos caídos pela pátria: La Cruz a los Caidos.


Este monumento tem causado grande polémica e é exigida a sua retirada já que homenageia os mortos da guerra civil espanhola de 1936 a 1939. A meio da alameda encontra-se um grande coreto


e defronte dele mas na Gran Via está o edifício da Delegação Provincial de Pontevedra


e logo a seguir o edifício do Ayuntamiento


ao lado do qual se encontram as Ruínas da Igreja de San Domingos, dos séculos XIV-XV.






Fomos depois até à Praza da Ferraria




e aqui, subindo umas escadas entrámos na Igreja do Convento de S. Francisco, mas também aqui não pudemos fotografar por se encontrar  a realizar um acto religioso.


Fomos a seguir para  a àrea de serviço mas antes ainda passámos pelo Convento de Santa Clara, do século XIV.



Ao final da tarde voltámos para o centro histórico para assistirmos ao desfile da Cavalgada dos Reis, do qual deixo apenas algumas imagens das muitas que tirei.







No final, logo atrás do desfile, vinham os carros de limpeza para limparem todo o lixo deixado.


Logo a seguir fomos jantar nas autocaravanas e já não saímos.