quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Viagem pelas Aldeias Históricas do Centro - Parte 6

Dia 19 - Almeida / Mêda - 163,9 Km


Saímos da Área de Serviço e fomos para Pinhel, a cidade Falcão como é conhecida. Estacionámos numa rua com parque de estacionamento (coordenadas GPS: N 40º 46’ 33,40’’ W 07º 03’ 38’’) e fomos à descoberta da zona histórica. Passámos pela Porta de Santiago, do século XIII, que é uma das principais entradas no reduto fortificado.


Subimos uma calçada, passando por debaixo de um arco



e atravessámos o Auditório Exterior, que funciona numa casa em ruínas entretanto recuperada e que foi inaugurado em 2018.




Saindo do auditório por um piso superior demos entrada no Castelo.


Deste Castelo, do século XIII, só subsistem actualmente duas torres, alguns panos de muralhas e algumas portas. Fomos primeiro visitar a Torre Sul que é a mais antiga.



De planta quadrada, foi no passado utilizada como prisão. Entrámos na Torre e logo em frente tem uma escada de caracol em madeira com corrimão de alumínio, que nos transporta ao segundo piso,


piso este que tinha o pavimento em madeira e onde decorria uma exposição de pintura.


Também neste piso havia outra escada de caracol em madeira com protecção em ferro, que levava até ao terraço.


No terraço tínhamos uma vista sobre os campos em volta, a Torre de Menagem e a vila.

 





Em alguns dos merlões das ameias havia seteiras.
 
 
Depois de admirarmos a paisagem, voltámos para baixo pela mesma escada.
 
 
Fomos a seguir à Torre de Menagem, junto da qual existe um enorme pinheiro manso.
 
 
A Torre de Menagem, também quadrada, tem 30 metros de altura.
 
 
Demos entrada e logo no piso de entrada também havia uma escada de caracol em madeira.
 

 
Neste piso havia uma parede com janela mainelada ou geminada
 
 
e outra com uma janela toda em vidro.
 
 
Para subir ao terraço, havia uma entrada para uma escada de caracol em pedra, bastante estreita.
 


 
No terraço havia varandas desniveladas com mata-cães e acesso por escada
 


 
e de onde se abrangia a Torre Sul e tudo em redor.
 
 
Passámos também pela Torre do Relógio, que foi construída no início do século XIX sobre uma torre medieval do século XIII.
 

 
Aqui havia um miradouro de onde se avistava em baixo a Praça Sacadura Cabral.
 
 
Fomos depois por uns caminhos
 

 
até à Igreja de Santa Maria do Castelo, cuja construção remonta ao século XIV. Na fachada principal tem um óculo circular por cima da porta e uma janela ao lado dela.
 
 
Do lado direito apresenta uma torre sineira dupla com acesso por uma escada exterior na lateral.
 

 
Descemos para a Praça Sacadura Cabral, onde se situa o Pelourinho, do século XVI, classificado como Monumento Nacional desde 1910. Está assente em cinco degraus octogonais, sendo a coluna também octogonal.
 
 
Quase ao lado está a Igreja da Misericórdia, que terá sido construída no século XVI. Na fachada, por cima da porta tem um grande janelão.
 
 
Contígua a esta, encontra-se a Igreja de São Luis, do século XVI. A fachada, que possívelmente foi reconstruída no século XIX, apresenta por cima da porta uma janela gradeada. Do lado direito foi construída a Torre Sineira no século XIX.
 


No jardim da Praça encontra-se um Coreto.
 
 
De Pinhel partimos para a aldeia de Castelo Rodrigo que está localizada no topo de uma colina e estacionámos junto à Porta do Sol ou Porta Nascente (coordenadas GPS: N 40º 52’ 37’’ W 06º 57’ 46.50’’, por onde entrámos.
 
 
Logo à entrada havia lojas de artesanato e que vendiam vários tipos de amêndoa artesanais.
 
 
Subimos pela rua empedrada em direcção ao Castelo.
 

 
A entrada no Castelo, ou melhor, nas Ruínas do Castelo, faz-se através de uma porta de ferro bastante pesada.
 
 
Este Castelo foi reconstruído e remodelado no século XIII a partir de um do século IX. No século XVI tornou-se num palácio residencial de Cristóvão de Moura e é difícil perceber onde acaba um e começa o outro.
 




 
Diz-se que ao fundo destas escadas havia uma porta secreta que ía dar a um mosteiro.
 
 
Saímos do castelo e descemos uma rua
 
 
que nos levou até à Igreja Matriz, também conhecida por Igreja de Nossa Senhora de Rocamador. Esta igreja do século XII foi reconstruída no século XVII. A fachada apresenta uma Torre Sineira dupla na lateral. Foi classificada como Monumento Nacional em 1922.
 

 
Continuámos a descer e fomos dar ao Pelourinho, que é do século XVI, tem 8 metros de altura e foi também classificado Monumento Nacional em 1922.
 


 
A caminho da saída, percorremos ruas e passámos na Ginjinha do Castelo, uma casa de artesanato com vários artigos pendurados no exterior.
 


 
Partimos com destino a Vila Nova de Foz Côa mas na estrada para lá, desviámos um pouco e fomos até ao Miradouro de S. Gabriel (coordenadas GPS: N 41º 01’ 57’’ W 07º 04’ 34,70’’). Saindo da Estrada Nacional 222, o caminho até lá é estreito e em terra batida, mas vale bem a pena. Logo à chegada tem um nicho em granito, assente num bloco de xisto.
 
 
Mais à frente e já em caminho empedrado, encontra-se a pequena Capela construída no século XIX, no cimo de uma elevação natural.
 



 
Em toda a volta tem um gradeamento de onde se desfruta uma vista panorâmica sobre toda a região.
 



 
De regresso à AC havia na lateral do caminho uma zona de merendas com mesas e bancos.
 
 
Voltámos a descer e seguimos para Vila Nova de Foz Côa, onde estacionámos próximo da Igreja Matriz (coordenadas GPS: N 41º 05’ 02,30’’ W 07º 08’ 13,70’’). Esta Igreja, construída nos séculos XV / XVI é dedicada a Nossa Senhora da Piedade e foi classificada Monumento Nacional em 1910.
 

 
A fachada, em vez de ter torre sineira, tem os sinos inseridos no cimo dela em três aberturas ou janelas.
 
 
O que também impressiona o visitante é o seu belo portal com roseta, esferas armilares e arabescos.
 

 
O interior é formado por três naves separadas por colunas unidas entre si por arcos
 
 
e ao fundo a Capela-Mor coberta por um tecto formado por 27 caixotões com episódios da vida de Cristo e da Virgem.
 
 
Chama-nos a atenção o tecto de madeira da nave central com pinturas a óleo.
 
 
Junto a um dos pilares encontra-se o Púlpito em pedra
 
 
e junto da entrada está a Pia Baptismal.
 
 
Por cima da entrada está o Coro-Alto.
 
 
Ao lado da igreja está a Praça do Município, onde se encontra o Pelourinho, construído no século XVI. Está assente sobre quatro degraus octogonais e  o pilar é de secção quadrada e esculpido em cada uma das faces.
 

 
Nesta praça encontra-se também o edifício da Câmara Municipal. Este edifício do século XIX, tem na fachada sobre a porta principal, uma janela de sacada protegida por um gradeamento de ferro forjado e por cima a pedra de armas.
 
 
Percorremos depois algumas ruas
 

 
e passámos num largo onde havia como monumento, uma balança decimal em pedra.
 
 
Seguimos a viagem para Freixo de Numão, tendo estacionado no Largo da Devesa (coordenadas GPS: N 41º 04’ 03’’ W 07º 13’ 09’’), largo esse com bastantes sombras. Nesse largo existe um Coreto

 
e mais ao lado está um monumento parecido com um Pelourinho, construído em granito e que não sei o significado.
 
 
Caminhámos por algumas ruas
 

 
 
até chegarmos à Igreja Matriz. Esta é uma igreja do século XVI mas que foi reconstruída e ampliada depois do terramoto de 1755. Tem uma Torre Sineira encostada ao lado esquerdo da fachada principal.
 
 
 
No mesmo largo onde se encontra a igreja está também o Pelourinho do século XVIII, construído em granito e assente sobre três degraus circulares. Está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1933.
 
 
Continuámos agora a viagem até à aldeia de Numão. Esta é uma das mais antigas aldeias de Portugal. Tomámos a direcção do Castelo e estacionámos próximo dele (coordenadas GPS: N 41º 06’ 06.40’’ W 07º 17’ 22.50’’). Subimos depois por um caminho, primeiro de terra e mais à frente em calçada, de onde já se via o Castelo.
 


 
A referência mais antiga a este castelo data do ano 960. Entrámos por uma das quatro portas que a cerca teria no passado
 
 
e já no interior subimos um caminho com escadas
 

 
até darmos com um campo onde cresciam amendoeiras e havia grandes pedras.
 


 
Ao fundo via-se uma outra porta
 
 
e subi depois à muralha por uma escada estreita feita na mesma.
 
 
De lá tinha-se uma prespectiva dos campos em redor e da aldeia lá mais abaixo.
 

 
 
Caminhei em cima dela até chegar à Torre,
 

 
tendo então descido e entrado na Torre que era quadrada mas apenas com as paredes exteriores.
 


 
Voltámos à AC e partimos para Penedono. Estacionámos próximo do Castelo (coordenadas GPS: N 40º 59’ 24’’ W 07º 23’ 36’’)
 

 
e fomos até ao largo que conduz à entrada do Castelo.
 

 
Aqui encontra-se também o Pelourinho, do século XVI, assente em cinco degraus octogonais.
 
 
Junto ao Pelourinho começam os degraus que levam à entrada do Castelo e onde estão expostos instrumentos de guerra da antiguidade construídos em madeira.
 


 
Entrámos no Castelo, que era um misto de fortificação defensiva e residência senhorial.
 

 
Hoje o Castelo encontra-se relativamente bem conservado, após obras de restauro e consolidação da muralha e da torre que se realizaram em meados do século XX.
 

 
Nas paredes da residência havia janelas quadradas ladeadas por bancos de pedra.
 
 
Subi de seguida às Muralhas por uma estreita escada,
 





 
de onde se tinha uma vista sobre a vila.
 

 
De Penedono partimos para o Parque de Campismo de Mêda, já nosso conhecido (coordenadas GPS: N 40º 58' 11,50’’ W 07º 15’ 33,40’’).