domingo, 25 de junho de 2023

Viagem pelo centro de Portugal

 Viagem pelo centro de Portugal, aproveitando um almoço com ex-colegas na Praia da Vieira, realizada de 03.06.2023 a 10.06.2023 num total de 1574,8 quilómetros percorridos.

Dia 3 - Brejos de Azeitão / Viseu - 373,1 Km


Saímos de casa e fomos direito ao Porto Alto, onde virámos para Vila Franca de Xira. Aí, para fugir ao trânsito do Carregado, entrámos na A1 e saímos em Aveiras, tendo a partir daí seguido por estrada nacional. Fomos pelo IC2 até à Batalha, tendo seguido depois as indicações para a Praia da Vieira, onde estacionámos frente ao Restaurante Barrote, onde iria decorrer o almoço. Como fomos os primeiros a chegar, ficámos na AC a aguardar a chegada de outros.


Depois do almoço e das despedidas, seguimos para Nelas, onde tinha planeado ir pernoitar na ASA local, mas ao chegar lá, verificando que não havia mais ninguém, alterámos a rota e seguimos para a ASA de Viseu, na qual já havia muitas ACs.


Dia 4 - Viseu / Peso da Régua - 111,6 Km


Saímos de Viseu e fomos até Castro D'Aire, onde estacionámos no Centro Histórico junto ao Miradouro (coordenadas GPS: N 40º 53' 47'' W 07º 56' 06,50'')


de onde se avista a Serra de Montemuro


Quase ao lado encontra-se a Igreja Matriz, que não visitámos por se encontrar a decorrer uma cerimónia religiosa. Esta igreja terá sido construída no final do século XVII, início do século XVIII



Fomos dar uma volta e passámos por uma fonte ou mina rebaixada em relação ao pavimento


situada mesmo por debaixo da praça onde está o coreto.


Passámos a seguir pelo Solar dos Aguilares, cuja construção data do século XVII



e que na sua fachada ostenta o brasão.


Possui ainda uma capela, construída no século XIX.


Seguimos por uma das ruelas


e fomos dar novamente à igreja



tendo passado por um portão


para o adro ajardinado da mesma.



A um canto deste adro, encontra-se uma pequena capela.



Após esta curta visita, fomos para a autocaravana e seguimos para o Restaurante Mézio, alguns quilómetros à frente.



Tive conhecimento deste restaurante através de comentários favoráveis na internet e não fiquei nada arrependido. Almoçámos o tão falado arroz de salpicão, que consta de arroz de feijão com salpicão cozido.


Enquanto estivemos a almoçar, veio uma grande chuvada acompanhada de trovoada e como tínhamos deixado as claraboias abertas, quando chegámos não necessito de explicar como estava o interior.
Daqui seguimos para Resende, onde decorria o Festival da Cereja




e onde adquirimos 5 Kg.


Quando regressámos à autocaravana estava a desfilar o cortejo alegórico e ficámos um pouco a assistir.




À saída e por causa do desfile, estavam várias ruas cortadas e o GPS mandava-me precisamente para uma dessas e enquanto parei para perguntar a um dos orientadores por onde deveria seguir para a Régua, parou ao meu lado um GNR de mota que me perguntou para onde queria ir, tendo-me mandado seguir atrás dele. Levou-me então por uns caminhos estreitos, onde só cabia um carro e quase no final ainda mandou recuar dois carros que se aproximavam em sentido contrário. Ao chegar à estrada principal, que era a N222, indicou-me para seguir sempre em frente e desejou-me boa viagem.
Ao chegar à Régua, dirigimo-nos para a ASA e depois de estacionar estivemos a ver o jogo da final da taça de Portugal entre o Porto e o Braga, que o Porto ganhou por 2-0.

Dia 5 - Peso da Régua / São João da Pesqueira - 207,9 Km


Saímos da Régua e fomos pela N2 e depois pelo IP4 até ao início da N304, que tínhamos como objectivo percorrê-la. Atravessámos o Parque Natural do Alvão



passámos por Ermelo e chegámos a Mondim de Basto, onde virámos para o Santuário Nossa Senhora da Graça ou Ermida do Monte Farinha. Este Santuário foi reconstruído todo em granito da região, no século XVIII. Chegámos lá acima, estacionei e subimos aquela escadaria.



Feito isso, fomos dar a volta ao Santuário





e só depois entrámos para visitar o interior que é de nave única octogonal


e capela-mor rectangular


Na Capela-mor, encontra-se a imagem da padroeira Nossa Senhora da Graça.


Ladeando a Capela-mor, podemos ver do lado esquerdo a imagem de Jesus crucificado


e do lado direito a imagem de Nossa Senhora de Fátima


A nave é coberta por uma cúpula de granito


O Coro-alto, sobre um arco, é também em granito e está ladeado por dois Púlpitos.


Ao lado do Santuário encontra-se o centro de acolhimento de peregrinos.


Em toda a volta temos belas vistas até onde os olhos alcançam.




Após a visita voltámos a descer até Mondim de Basto e fomos almoçar no Restaurante Ramos. Depois do almoço e no regresso à AC, atravessámos o Parque Urbano.




Já na AC, queríamos continuar a percorrer a N304, que termina na N206 junto a Gandarela, mas aconteceu que o meu amigo GPS me levou por outros caminhos e quando percebi que já me estava a desviar, também não quis voltar para trás e segui para Celorico de Basto, onde iniciei a descida com destino a São João da Pesqueira, passando por Amarante e Mesão Frio até Peso da Régua. Aí, entrámos na N222, em parte junto ao rio Douro, até São João da Pesqueira, onde fomos pernoitar no Parque de Campismo.


Passado pouco tempo de nos termos instalado, começou a chover e alguma trovoada, tendo um trovão bastante forte fazer-se ouvir mesmo por cima de nós, parecendo que tinha rebentado uma bomba. Felizmente a trovoada parou e logo de seguida a chuva também.

Dia 6 - São João da Pesqueira / Viseu - 219,2 Km


Depois da ameaça de chuva e trovoada de ontem, hoje acordámos com bom tempo. Saímos do parque e fomos para Folgosinho para ir almoçar ao Restaurante O Albertino, do qual estava farto de ouvir dizer bem. Estacionei à beira da estrada, uma vez que no interior era difícil. Logo à entrada passámos por uma fonte com painéis de azulejos e vários quadras também em azulejo na lateral.




Logo de seguida subimos uma rua em escada


que nos levou para o interior da vila



e fomos direito ao restaurante.


Já no interior, foi-nos sugerido um menú especial por 20 € por pessoa, que incluía as entradas, 4 mini-doses, sobremesa, pão, bebidas, café e digestivo. Apesar de já saber que existia esta modalidade, não me lembrava. Aceitámos a sugestão e então para entrada veio uma boa fatia de queijo da serra e uma travessa com chouriço, morcela e farinheira, tudo assado e ainda quente.


Quando me lembrei de fotografar já tínhamos começado a comer e o queijo já tinha ido. Depois veio o primeiro prato, que foi feijoada de javali


o segundo foi cabidela de coelho, que estava muito bom.


Para terceiro prato foi-nos apresentado borrego assado, acompanhado por batata assada e couve


para quarto prato veio leitão assado.


Para sobremesa escolhemos arroz doce


e leite creme


mas podíamos ter escolhido três mini-doses constituídas por arroz doce, leite creme e uma mousse de qualquer coisa que não me lembro. Terminámos com o café e eu bebi uma aguardente. Os cafés foram tomados ao balcão, onde havia várias bebidas para nos servirmos. Apesar de serem doses pequenas, só com as duas primeiras já ficávamos bem.
Depois do almoço fomos dar uma volta pela vila. Logo na rua ao lado do restaurante, encontra-se o Pelourinho, que foi reconstruído em 1937.


Passámos pela Igreja Matriz, do século XVI e dedicada a S. Pedro, que se encontrava fechada.



Mais ao lado encontra-se uma fonte com os seguintes dizeres de um lado "ÁGUA E MULHER, SÓ BOA SE QUER"


e do outro "ÁGUA MÁ FAZ DANOS, ÁGUA BOA DÁ ANOS".


Passámos depois pela Capela de S. Faustino


e continuámos por uma rua na direcção do castelo.



Fomos dar a um miradouro


de onde se via o Castelo



e se podia admirar a paisagem circundante.




Regressámos de seguida à AC, passando por mais algumas ruas




nas quais Folgosinho mantém a tradição das quadras populares, feitas em azulejos colocados nas suas casas.





Daqui seguimos para Mangualde, onde fomos visitar o Palácio dos Condes da Anadia (coordenadas GPS: N 40º 36' 16'' W 07º 45' 57'') mas estacionámos mais à frente, no estacionamento do Intermarché. Este palácio é uma construção do século XVIII.


A porta de entrada dá acesso a um átrio com chão de lajes estriadas, para facilitar o acesso de cavalgaduras, logo seguido de um lanço de cinco degraus e um patamar antecedendo uma majestosa escadaria, decorada com painéis de azulejos azul e branco



que se subdivide em duas com corrimão de pedra, ao cimo das quais, ao centro, se ergue um magnífico portal.


Todo este conjunto é encimado por um alto tecto em caixotões policromados, com as armas da família Paes do Amaral ao centro.


A visita começou numa sala com os trajes da família na época


uma pequena biblioteca


várias salas




a sala de refeições


o salão de jogos.


Passámos de seguida para os aposentos da condessa com uma antecâmara


uma sala com um bonito tecto



um pequeno escritório com biblioteca


e o quarto de dormir.


Deixámos o palácio e fomos até às Ruínas Romanas da Raposeira (coordenadas GPS: N 40º 36' 37,40'' W 07º 45' 06,70''). Estas ruínas eram uma estalagem de natureza pública, construída no século I, na época do 1º Imperador de Roma, César Augusto, junto ao cruzamento de duas importantes estradas imperiais e servia para descanso e abastecimento. Apesar de estarem classificadas como Sítio de Interesse Público, desde 2014, a minha impressão é que estão um pouco ao abandono, pois além de estar tudo rodeado de erva, o espaço está vedado com um portão que qualquer pessoa abre.




A partir de Mangualde, tínhamos programado ir pernoitar na ASA de São Pedro do Sul, mas ao passarmos numa rotunda, vimos uma placa que indicava a ASA de Penalva a 9 Km. Não liguei e segui, mas pelo caminho não esqueci esta placa, tendo acabado por voltar para trás e seguir essa indicação. Ao chegar lá, verifiquei que a ASA era numa rua inclinada e resumia-se apenas aos serviços, não tendo ficado lá. Como já se fazia tarde, acabámos por seguir para Viseu, onde voltámos a pernoitar.

Dia 7 - Viseu / Arouca - 105,6 Km


Saímos de Viseu e fomos até à área de serviço de São Pedro do Sul (coordenadas GPS: N 40º 44' 26,25'' W 08º 05' 11,70''), onde não havia nenhum companheiro (ainda bem que resolvemos ir para Viseu). Estivemos lá cerca de meia hora a fazer tempo para o almoço, que tínhamos destinado ser no Restaurante Salva Almas, em Maceira-Sul, na Serra de São Macário, do qual tínhamos muito boas referências (coordenadas GPS: N 40º 51' 56,50'' W 08º 03' 44'').




Chegados lá, escolhemos para almoço a posta de vitela, que estava divinal


Fomos servidos pelo proprietário, sr. José de Almeida, que era uma pessoa simpática e atenciosa. No final do almoço, convidou-nos a visitar o Santuário, que ficava ao lado e por baixo e tinha sido construído pelo seu pai, que tinha agora 93 anos mas continuava activo e cheio de ideias.




De admirar o pormenor do tecto e calcular o trabalho que deu a fazer.


No exterior do santuário, encontrava-se um busto deste senhor, também feito por ele


e mais ao lado uma imagem da esposa, já falecida.


O exterior do santuário também merece ser admirado.


E mais uma vez, o pormenor do tecto


e da parte de cima.


Após esta visita seguimos até ao Santuário de São Macário (coordenadas GPS: N 40º 52' 33,30'' W 08º 03' 38,20'') que fica a 1054 metros de altitude. Daqui seria possível contemplar as serras de Montemuro, Estrela e Caramulo, mas devido ao nevoeiro não tivemos essa sorte.


A Ermida está cercada por um alto muro empedrado, que a protege dos ventos fortes.



Passando o muro, ficamos perante a  velha Ermida.



Descemos um pouco e fomos até à Capela e Gruta de São Macário.



A Capela foi edificada em 1769, junto a uma gruta onde, segundo a tradição, terá vivido S. Macário.


Daqui seguimos até à aldeia da Pena, a poucos quilómetros de distância. As vistas da serra de São Macário são deslumbrantes



e na estrada cruzámo-nos com pachorrentos animais, que impávidos e serenos seguiam a sua vida.




Seguindo na direcção da aldeia



ao nos aproximarmos, a vista que tínhamos da aldeia era esta, já que ela fica num vale profundo da serra de São Macário.


Para lá chegarmos tivemos de descer uma estreita e sinuosa estrada


e ao chegar, estacionámos à entrada da aldeia (coordenadas GPS: N 40º 52' 40,20'' W 08º 04' 41,20''), até porque é proibida a entrada de veículos.


A aldeia da Pena é uma aldeia típica de xisto, com poucas casas (a maioria recuperadas) e poucos habitantes.


Junto à entrada encontram-se os dois restaurantes da aldeia, a Adega Típica da Pena


e o restaurante Onde o Morto Matou o Vivo.


Fomos dar uma volta pelas ruas desta aldeia




e fizemos apenas o início do trilho PR4-Rota da Cabra e do Lobo, que é um trilho circular de 12 Km.




Em alguns sítios tivemos de abrir um portão, tendo de voltar a fechá-lo


pois havia gado que tinha de ser protegido.




Também tivemos de atravessar uma pequena ribeira, com água transparente.


A dada altura voltámos para trás


e passámos pela Lojinha da Augusta, que é uma loja/museu de artesanato, mas que estava fechada.


Uma das coisas que me despertou a atenção nesta aldeia, é que havia várias pinturas feitas em lajes de xisto, espalhadas pela aldeia.




Regressámos à autocaravana e seguimos para Arouca, indo direito à sua ASA, onde pernoitámos (coordenadas GPS: N 40º 55' 35'' W 08º 15' 04''). À noite, já depois de jantar, veio uma grande chuvada e trovoada.

Dia 8 - Arouca / Vaga Splash - 98,6 Km


Saímos de Arouca e fomos até Ílhavo



indo almoçar ao Restaurante D. Fernando


onde saboreámos um delicioso arroz de cherne.



Depois do almoço fomos até à Praia da Vagueira e depois um pouco à frente até ao Parque Aquático Vaga Splash, onde pernoitámos na sua área de serviço (coordenadas GPS: N 40º 32' 59'' W 08º 46' 13'').


Pouco depois de termos chegado, caiu uma forte chuvada, mas que durou pouco tempo. Como era cedo, fomos dar uma vista de olhos à praia.



Dia 9 - Vaga Splash / Praia de Pedrógão - 264,9 Km


Saímos do Vaga Splash e fomos almoçar com um amigo. Tínhamos ficado de ir ter com ele ao Restaurante da Picha, na Picha


logo a seguir à Venda da Gaita


mas ao chegar lá verificámos que estava fechado para férias. Seguimos então mais para a frente, até ao Alto da Louriceira e almoçámos no Restaurante do Alto.


O prato escolhido foi ensopado de cação, que estava muito bom. Depois do almoço passámos por casa do meu amigo e de seguida partimos para o Parque de Campismo da Praia de Pedrógão, onde pernoitámos (coordenadas GPS: N 39º 54' 54'' W 08º 57' 00'').


Dia 10 - Praia de Pedrógão / Brejos de Azeitão - 193,9 Km


Saímos do parque e fomos direito a Santo Antão, um pouco antes da Batalha no sentido sul, para como de costume, ir almoçar no Restaurante Elsa & Filomena. Ao chegar lá, verificámos que, por ser feriado, se encontrava encerrado. Continuámos mais para a frente e fomos ao Restaurante Migalhas Rústicas, que deixou muito a desejar e não aconselhamos. Depois do almoço seguimos viagem até casa.