sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

2008 - Viagem a Espanha e Itália - Parte II

Continuação da viagem...

10º Dia - Turim/Rapallo - 226.8 Km

Saímos de Turim às 11 horas e fomos por Asti, tendo parado para almoçar pouco depois.
Depois do almoço seguimos sempre por estrada nacional, subindo e descendo serras até Génova, tendo nesta cidade perdido bastante tempo, pois havia muito trânsito e quase parado.
Assim que nos conseguimos livrar dele, seguimos para Rapallo, que é uma comuna da região da Liguria e uma antiga aldeia piscatória. Transformou-se numa localidade turística nos fins do séc. XIX. Ficámos no Camping Miraflores, onde chegámos às 18.15.

Depois de nos termos instalado, fomos à recepção pedir informações turísticas e ficámos a saber que faziam passeios de barco para vários destinos, com partida do embarcadouro que ficava a cerca de dois quilómetros do camping. Decidimos então que ficaríamos dois dias neste camping, para irmos amanhã num desses passeios até Cinque Terre, o qual partia às 9 horas de Rapallo e demoraria o dia todo.
Fomos depois a pé até ao centro e daqui até ao mar, que ficava logo em frente, para vermos onde era o ponto de embarque e assim de manhã não perdermos tempo à procura.

A noite estava agradável e havia muita gente na marginal junto ao mar (Lungomare Vittorio Veneto).

Depois de andarmos um pouco por ali, voltámos para o camping e na Piazza 4 Novembre virámos pela Via della Libertà e mesmo no final desta fomos a um recinto ao lado de um campo de futebol, onde estava a decorrer a Expo-Rapallo 2008, que tinha começado hoje e durava até domingo. Como não tinha nada de especial, pois limitava-se a alguns stands com produtos à base de enchidos e queijos, continuámos o caminho para o camping e seguimos pelo Corso Goffredo Mameli. Um pouco à frente dali entrámos numa pizzaria e comprámos uma pizza para o nosso jantar, que se efectuou já no camping.

11º Dia - Rapallo/Levanto - 77.5 Km

Saímos do camping às 8 horas e fomos a pé até ao embarcadouro, para o passeio de barco. Quando lá chegámos verificámos com tristeza, que o mesmo tinha sido suspenso por o mar se encontrar muito agitado.
Como não havia nada a fazer, fomos pela marginal até ao velho Forte, que é hoje utilizado para exposições.

Passámos depois na Piazza per la Libertà, onde havia um coreto de música cujo tecto era todo ornamentado com belas pinturas.

Regressámos a seguir ao camping, pois não valia a pena ficar aqui os dois dias e saímos dele por volta das 10.30 indo até Portofino, que é uma pequena comuna.
A estrada SP227, para esta localidade era nalguns pontos bastante estreita e não é aconselhável para ACs de maiores proporções.

Passámos em Santa Margherita e quando chegámos a Portofino,

tivemos de voltar para trás pela mesma estrada , pois a partir dali a estrada não tinha seguimento e a polícia não deixava parar, também porque não havia estacionamentos. De qualquer maneira valeu a pena fazer este percurso, pela paisagem.

Voltámos a passar por Rapallo e continuámos na direcção de La Spezia, pela SP1 (Via Aurelia), tendo ficado em Levanto, que é uma comuna da província de La Spezia, no Camping Acqua Dolce, onde chegámos por volta das 13.30.
Este trajecto também é muito bonito e é feito sempre a subir desde o mar, por uma estrada estreita de montanha, da qual se podem ver as casas espalhadas pela mesma e depois sempre a descer novamente até ao mar pela estrada cheia de curvas, com algumas a 180º.

Uma vez no camping, almoçámos e pedimos informações na recepção.
Depois do almoço dirigimo-nos a pé até à estação de comboios, onde depois de comprar os bilhetes de ida e volta, apanhámos um até Riomaggiore que é a primeira localidade do famoso Parco Nazionale delle Cinque Terre.

Fazem parte deste parque, que é Património Mundial da Humanidade pela Unesco desde 1997, além de Riomaggiore: Manarola, Corniglia, Vernazza e Monterosso.
De salientar que esta linha é toda em tunel, com excepção das estações, que ficam nas localidades.
Chegados a Riomaggiore, andámos a percorrer a localidade, que é sempre a subir desde o mar.

A meio da subida parámos a comer um gelado e fomos depois até à Chiesa San Giovanni Battista (Igreja São João Baptista), que é de 1340 e foi reconstruída em 1820 em estilo neo-gótico.

Junto da igreja havia um miradouro de onde se tinha uma vista sobre a localidade.

Passado algum tempo voltámos a descer e fomos até à parte de baixo, junto ao mar.

Fomos depois apanhar o comboio no sentido inverso, tendo saído em Vernazza, onde também demos uma volta, tendo ido até ao mar, onde havia uma pequena praia.

Quando lá estivemos, andavam uns noivos que se tinham casado numa igreja ali ao lado, a tirar fotografias.
Voltámos a apanhar o comboio e saímos na estação seguinte, que era Monterosso e já o dia se estava a acabar e começava a cair a noite.

Mesmo assim deu para vermos e passear

e como já era tarde resolvemos ir jantar, o que fizemos depois de alguma escolha, no Ristorante Pizzeria da Ely, tendo comido esparguete com frutos do mar.

Depois de jantar fomos apanhar o comboio para Levanto, que também era a estação seguinte e regressámos ao camping.

12º Dia - Levanto/Viverone - 335.5 Km

Saímos do camping e fomos até ao embarcadouro c0m o propósito de irmos numa viagem de barco até Portovenere e daqui seguíamos até Lerici, mas também hoje não tivemos sorte, pois quando lá chegámos a senhora que estava na bilheteira disse-nos que não se efectuava por causa das condições do mar.

Fomos então dar uma volta por Levanto, tendo começado por subir até ao Castelo, que é do séc. XIII.

Descemos a seguir por uma estrada romana, mesmo ao lado do castelo, até à Igreja Paroquial de Sant'Andrea, que também é do séc. XIII, embora se note que principalmente a sua fachada, já foi remodelada.

Continuámos a descer e fomos até ao centro, tendo passado na Piazza do Municipio.

Voltámos para o camping e saímos com a AC com destino a Portovenere. Seguimos pela estrada SP1, que era a que trazíamos e que é de montanha, a qual é muito bonita pois fica a um desnível enorme do mar e vêem-se as localidades por onde andámos ontem, lá bem no fundo junto ao mar.

De qualquer maneira não substitui a viagem por mar, de onde se tem uma prespectiva totalmente diferente.
Parámos num dos recantos desta estrada para almoçar, tendo após o almoço continuado a viagem. Passámos por La Spezia e seguimos pela SP530 para Portovenere, mas alguns quilómetros mais à frente não pudemos continuar por só ser permitido a carros ligeiros. Parámos nessa zona, onde até havia um grande parque de estacionamento e como ficava num alto, podia-se ver Portovenere bem lá no fundo junto ao mar.

Voltámos pela mesma estrada até La Spezia e nesta cidade apanhámos a auto-estrada A15 e mais à frente mudámos para a A12, passando novamente por Génova, onde apanhámos muito trânsito, apesar de irmos na auto-estrada.
Depois de termos passado Génova, virámos pela A26, tendo nas proximidades de Vercelli seguido pela A5 e saindo depois na direcção de Biella, continuámos para Viverone, onde ficámos no Camping Internazionale Del Sole, junto ao Lago de Viverone, tendo chegado por volta das 18.30.



13º Dia - Viverone/Turim - 140.8 Km

Saímos do camping às 10.30 e fomos para Oropa, onde visitámos o Santuário, o qual já tínhamos visitado em 2005 e que é um sitio religioso dedicado à Virgem Preta (Madonna Nera). Toda a zona central que na altura se encontrava em obras, já estava concluída e ficou com um aspecto muito agradável.

Depois da visita ao Santuário, fomos almoçar no Ristorante Ai Tre Arc, onde comemos o menú turístico que era composto por uma entrada (antipasti), um primeiro prato que foi a tradicional "Polenta Concha" e um segundo que foi perú no forno com verdura e puré de batata, tudo isto acompanhado de pão, água, vinho, doce e café. Resta acrescentar que a nossa vinda a Oropa tinha a principal função de comer a "Polenta", da qual tínhamos gostado em 2005 e que não tínhamos voltado a encontrar igual em mais nenhum local.
Depois do almoço fomos para a AC e seguimos viagem até Turim, onde chegámos às 17 horas.

14º Dia - Turim - 0 Km

Hoje a R. foi para a creche (asilo, em italiano) e nós, enquanto a C. esteve lá com ela a fazer a integração que demorou cerca de uma hora, estivemos com a C (neta) num parque infantil que havia lá mesmo ao lado. Depois fomos todos para casa e lá permanecemos o resto do dia.

15º Dia - Turim/Saillagouse - 741.5 Km

Saímos de Turim às 08.30 e fomos pela auto-estrada A32 até Oulx, onde saímos e seguimos pela SS24 até Clavière, entrando logo de seguida em França.
Passámos por Montgenèvre e pela N94 continuámos para Briançon e daqui para Gap.

Como tínhamos decidido ir dormir a Andorra ou já perto de lá, seguimos o caminho mais rápido, que era por auto-estrada. Virámos pela N85 na direcção de Sisteron e entrámos mais à frente na A51.

Parámos para almoçar numa das àreas de descanso e após o almoço continuámos a viagem.
Saímos depois para a A54 e passámos por Aix-en-Provence, Salon-de-Provence, Arles e na zona de Nimes entrámos na A9, indo nela até Perpignan, onde saímos e seguimos pela N116 na direcção de Andorra.
Passámos por Mont-Louis e ficámos mais à frente, em Saillagouse, no Camping Ilisa, a 1350 metros de altitude nos Pirenéus Orientais, onde chegámos por volta das 20 horas.

Continua...

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

2008 - Viagem a Espanha e Itália - Parte I

Viagem realizada de 27.08 a 19.09.2008, com visita à Expo 2008 e passagem por Andorra e França.

Na imagem abaixo está apresentado o percurso efectuado.1º Dia - Pinhal do General/Zaragoza - 919.4 Km

Este ano saímos do Pinhal do General, ao contrário do que é costume, às 05.30 da manhã e fomos apanhar a A2 e depois a A6 até à fronteira do Caia, por onde entrámos em Espanha às 07.30 (08.30 espanholas).
Em Espanha fomos pela A5 até Madrid, tendo um pouco antes desta cidade entrado na auto-estrada R5, para fugirmos ao trânsito. Mais à frente entrámos na A2 para Zaragoza. Chegados a esta cidade, dirigimo-nos para o novo Camping Ciudad de Zaragoza ou Camping Municipal El Canal, que abriu este ano por alturas do início da Expo 2008. Chegámos pelas 18 horas. Este camping é muito bom, embora como é compreensível, tenha ainda poucas sombras. Quanto a instalações sanitárias são excelentes. Já fazia falta a esta cidade ter um camping assim, pois desde o fecho do Camping Casablanca não havia nenhum na cidade. É óptimo também, por ter muito perto da entrada autocarros para o centro da cidade.

2º Dia - Zaragoza (Expo) - 0 Km

Saímos do camping por volta das 8 horas e fomos apanhar o autocarro para a Expo, que partia das traseiras do Centro Comercial Alcampo e ía mesmo até à Expo.
O recinto da Expo abria às 09.30 e os pavilhões abriam às 10 horas. Para adquirir os bilhetes havia uma grande fila, apesar de haver várias bilheteiras e para entrar no recinto havia uma rigorosa inspecção às pessoas e bagagens, tendo estas de passar por máquinas de raios-x e as pessoas por uns detectores de metais como nos aeroportos.
A Expo Zaragoza 2008 é subordinada ao tema "Água e Desenvolvimento Sustentável" e encontra-se localizada nas margens do rio Ebro.
A sua mascote, o Fluvi, foi inspirada numa gota de água e foi desenhada pelo catalão Sergi López Jordana.
Quando comprámos as entradas, comprámos também os bilhetes para o teleférico, ou telecabine.
Entrámos pela Puerta del Pabellón-Puente e após a entrada, atravessámos o Pabellón-Puente, que é uma ponte pedonal sobre o rio Ebro e que vai dar ao recinto própriamente dito. Visitámos alguns pavilhões, tendo escolhido aqueles com menor afluência de público, para assim podermos ver o maior número possível. De salientar que alguns, como o da Alemanha e o da Espanha por exemplo, tinham filas com várias horas de espera e que por esse motivo não visitámos. Também não visitámos o Acuario Fluvial, que é o maior aquário de água doce da Europa e realiza um percurso natural pelos cinco maiores rios do Planeta (Nilo, Mekong, Amazonas, Darling Murray e Ebro). Como não podia deixar de ser, visitámos o Pavilhão de Portugal, que estava muito bem localizado, mesmo ao lado do da Alemanha e estava dividido em três áreas: Alerta, Consciência e Mudança. Na área de Alerta, chamava-se a atenção para os problemas reais que as recentes mutações climáticas provocam. Na área da Consciência era chamada a atenção para o essencial e o supérfluo, criticando o desperdício. Na Mudança, procurava-se projectar os visitantes para um futuro melhor, mais atento. Para não perdermos tempo, almoçámos umas sandes num daqueles bares espalhados pelo recinto e de tarde fomos então andar no teleférico. Para o apanhar, tivemos de sair do recinto pela Puerta de la Torre del Agua, onde nos deram uma fita para colocar no pulso e assim podermos voltar entrar. Fomos num e atravessámos todo o recinto e o rio até à outra margem, onde nos apeámos e voltámos a entrar noutro para o regresso, tendo voltado a entrar pela mesma porta.
À noite fomos jantar ao Restaurante do Pavilhão do Nepal e depois disso demos mais uma volta pelo recinto, agora já com os pavilhões fechados e estivemos um pouco junto ao Anfiteatro, onde estava a decorrer um espectáculo musical. Achámos esta Expo muito fraquinha, comparando com outras que já visitámos e até mesmo com a nossa de 1998. No final nem havia fogo de artifício, como é habitual, limitando-se a haver espectáculos musicais.
Regressámos depois ao camping pelos mesmos transportes.

3º Dia - Zaragoza/Orange - 733.2 Km

Saímos do camping às 9 horas e fomos pela A2 até entrar na auto-estrada AP2, seguindo por ela até Fraga, onde saímos e tomámos a direcção de Andorra, onde fomos meter gasóleo em San Juliá de Loria. Após alimentarmos a AC, que já ía com o estômago vazio, voltámos para trás e fomos almoçar no self-service do Centro Comercial Punt de Trobada, que fica quase na fronteira.
Depois do almoço seguimos viagem e na fronteira de Espanha tive de parar, como já é costume, mas não me revistaram a AC limitando-se às perguntas da praxe: Tem tabaco ou bebidas?Seguimos então e em Seu d'Urgel virámos para França, para onde entrámos por Bourg-Madame.Seguimos depois para Perpignan e daqui fomos na direcção de Narbonne, tendo um pouco antes entrado na auto-estrada, porque já se fazia tarde.
Saímos em Orange e ficámos no Camping Le Jonquier, onde chegámos às 19.45.
4º Dia - Orange/Turim - 347.9 Km

Saímos do camping às o9.15 e fomos na direcção de Gap. Daqui seguimos para Briançon e depois para Montgenèvre, onde parámos para almoçar.
Depois do almoço entrámos em Itália e continuámos a viagem até Turim, tendo chegado a casa da C. às 16 horas. Assim que chegámos ficámos admirados com a R., que está muito lourinha e quando nasceu tinha o cabelo preto. A C. também já está crescidinha e fala pelos cotovelos, apesar de não percebermos metade do que diz.

5º ao 9º Dia - Turim - 0 Km
Estivemos estes cinco dias em casa da C., pois ela ainda não foi trabalhar (de baixa por parto) e as meninas também ainda estavam em casa. Deu para matar saudades e brincar com as netas. Algumas vezes íamos até ao parque e nada de especial se passou.
Continua...