terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Viagem de fim de ano 2018

Aproveitando o reveillon que iria ser na Quinta das Cegonhas, em Nabaínhos - Gouveia, com um grupo de amigos, planeámos uma viagem com partida uns dias antes e regresso uns dias depois.
Assim a viagem decorreu de 28.12.2018 a 05.01.2019 num total de 1294,2 Km percorridos.

Dia 28 - Brejos de Azeitão / Barril de Alva - 351.1 Km

Saímos de Brejos de Azeitão e fomos por estrada nacional até Miranda do Corvo. Estacionámos na Área de Serviço (coordenadas GPS: N 40º 05' 17'' W 08º 19' 56'') onde já se encontrava um casal amigo. Fomos almoçar no Restaurante Estação de Sabores ali a dois passos, com menú completo a preço convidativo.
Depois do almoço partimos para Oliveira do Hospital, onde tivemos alguma dificuldade para estacionar, tendo-o conseguido junto à Capela de Sant'Ana.



Esta Capela foi construída no séc. XVIII e não foi visitada por se encontrar fechada.
Demos uma pequena volta e partimos para a aldeia de Bobadela, tendo estacionado junto das Ruínas Romanas (coordenadas GPS: N 40º 21' 40'' W 07º 53' 35''). Todo este conjunto arquitectónico do período romano, foi classificado Monumento Nacional em Abril de 1936. Começámos a nossa visita pelo Anfiteatro.
Este Anfiteatro foi utilizado desde os finais do séc. I até finais do séc. IV, como local de jogos e lutas. Era constituído por uma arena de forma elíptica e o muro que a circundava era constituído por fiadas de blocos de granito logo seguido por bancadas de madeira.




Ao lado do anfiteatro encontra-se um Centro de Interpretação onde se pode assistir a um video sobre o passado desta região e onde estão expostos alguns artigos.




Junto deste centro encontra-se um forno comunitário.


No largo da Igreja encontra-se o Arco Monumental, construído em grandes blocos de granito



e um pouco da calçada romana.


Também ali se encontram sepulturas e uma grande quantidade de blocos de pedra.


Ao lado a Igreja Matriz e o Pelourinho que é um monumento manuelino constituído por uma coluna em espiral, assente numa base quadrangular de quatro degraus e está classificado como Imóvel de Interesse Público.



Após esta visita seguimos para Lourosa, onde apesar de já ser noite, admirámos a Igreja Moçárabe de São Pedro, que é um templo de construção pré-românica, datado do ano 912, o que a torna uma das mais antigas igrejas em Portugal.


Abrigada na entrada, encontrava-se uma bela escultura em madeira representando a igreja e feita a partir de um tronco de pinheiro manso pelo escultor Nelson Ramos.



Seguimos até Barril de Alva, para a Área de Serviço de Autocaravanas (coordenadas GPS: N 40º 17' 09'' W 07º 57' 47''). Depois de nos instalarmos fomos jantar no Restaurante Quinta do Urtigal, anexo à área de serviço.

Dia 29 - Barril de Alva / Quinta das Cegonhas - 108.4 Km

Saímos do Barril de Alva e fomos visitar a Aldeia das Dez, que é uma freguesia do concelho de Oliveira do Hospital e faz parte das aldeias do xisto, muito embora a sua predominância seja o granito.


Toda a aldeia parece um miradouro, pois de qualquer rua ou largo se disfruta de deslumbrantes paisagens.


Estacionámos no Largo Alfredo Duarte, onde havia uma fonte e um miradouro.




Subimos depois umas escadas que nos levaram até ao Solar Pina Ferraz.


Este Solar é um conjunto de dois edifícios, um do séc. XVIII e outro do séc. XIX, este nunca chegou a ser acabado por o seu proprietário ter falecido ainda novo.




Passámos depois por algumas ruas onde admirámos as suas casas.




Fomos dar à Igreja de Santa Maria Madalena, construída em 1758 apresenta uma frontaria neo-clássica com o corpo central saliente. Não a visitámos por se encontrar fechada.


Continuámos a passear pelas ruas até chegarmos novamente às ACs.


Partimos então para o Santuário de Nossa Senhora das Preces que fica um pouco adiante, no local de Vale de Maceira. Este Santuário foi fundado no séc. XVIII e é constituído pela Igreja dedicada a Nossa Senhora das Preces, logo à entrada, a qual não conseguimos visitar por se encontrar fechada e a pessoa que a poderia abrir tinha-se ausentado e ainda demorava a chegar.



Logo a seguir tem uma escadaria monumental de estilo barroco e é ladeado por abundante vegetação, fontes e lagos.



Tem depois a Via Sacra com onze capelas dedicadas à Paixão de Cristo, com figuras de madeira em tamanho real, uma à Última Ceia e outra com o Presépio.







Também no recinto se encontra um coreto que serve nas romarias


e a um canto existia uma albergaria para apoio aos peregrinos, destruída pelos incêndios de 2017.



Após esta visita seguimos para o Piódão, onde tivemos dificuldade em arranjar lugar para estacionar, devido a ser fim de semana. Demos uma volta pela aldeia, passando logo no início pela Igreja Matrizconstruída no séc. XVIII e dedicada a Nossa Senhora da Conceição. Mais tarde sofreu obras de restauro e ampliação.


Circulámos por várias ruas





e passámos junto à Capela de S. Pedro, cuja data de fundação se desconhece supondo-se que date do séc. XVI.


Fomos depois até ao Restaurante Fontinha para almoçar, mas o número de pessoas que aguardavam na rua a sua vez de entrar, demoveu-nos da nossa intenção e fomos mais abaixo, no largo da igreja, ao Restaurante Delícias de Piódão. Este restaurante não nos agradou, devido ao tempo que tivemos de esperar para sermos servidos e até no final para pagar.



Após o almoço retomámos a viagem e fomos até à aldeia de Foz d'Égua. Esta aldeia é um local de visita obrigatória pela beleza e encanto do seu aspecto rural serrano, com as suas casas de xisto e lousa.


É aqui que as Ribeiras das Chãs e de Piódão, passando cada uma por debaixo das suas pontes, se juntam e seguem num único curso em direcção ao rio Alvoco. Depois de  estacionarmos, atravessámos uma ponte suspensa que é propriedade privada mas que é facilitada a travessia



e iniciámos a subida por umas escadas de pedra ou de madeira,




até ao Santuário construído em pedra de xisto, onde se apresenta a figura de Nossa Senhora.




Chegados lá acima podemos beneficiar de uma paisagem incrível sobre a serra e a encosta e ver em baixo as duas ribeiras com as pontes.




A meio da subida podemos ver uma réplica de um açor


e a figura de Cristo gravada na rocha.



De realçar que todo este trabalho singular, desde a ponte suspensa até ao santuário, cobrindo toda a encosta frente à aldeia, é obra de um local que se empenhou em construir tudo aquilo. Voltámos a descer e saímos passando agora pelas pontes de pedra.





Seguimos para o Poço da Broca na pequena aldeia de Barriosa, em Vide. Este é um local de extrema beleza onde podemos ver uma queda de água no rio Alvoco. Estacionámos num recanto da estrada, junto ao Restaurante Guarda Rios e seguimos a indicação de uma seta que indicava Poço da BrocaPercorridos alguns metros deparámo-nos com a bonita Cascata, que deslizando sobre as rochas se precipitava mais abaixo formando uma lagoa, antes de continuar o seu curso.




Seguimos depois para o nosso destino de passagem do ano com um grupo de amigos, a Quinta das Cegonhas, que fica na aldeia de Nabaínhos, Gouveia.

Dias 30.12.2018 a 01.01.2019 - Quinta das Cegonhas - 0 Km


Estivemos estes três dias na Quinta a conviver com os nossos amigos. Esta quinta, propriedade de uns holandeses, é composta por um parque de campismo, restaurante e quartos para alugar.



Dia 30 - Levámos a comida e almoçámos todos numa sala anexa ao restaurante, muito bem decorada com fotos e outros motivos.







Depois do almoço alguém teve de lavar a loiça.


De tarde fomos a pé até à aldeia de Melo, donde era natural o escritor Vergílio Ferreira, que ali está sepultado. À entrada da aldeia atravessámos uma ponte, onde ao lado havia uma fonte e uma queda de água que ía cair num ribeiro.



Fomos por uma rua


até ao Paço que está parcialmente em ruínas, pouco restando mais do que paredes.



Do lado direito ainda se pode ver o corpo habitacional composto por dois andares e várias janelas.



Passámos pelo Pelourinho, que é do séc. XVI e está assente sobre cinco degraus quadrangulares. Foi classificado como Monumento Nacional em 1915.


Seguimos para uma praça onde se encontra uma estátua em pedra de Vergílio Ferreira


Continuámos por mais algumas ruas e regressámos à Quinta.



Dia 31 - Hoje fizemos a habitual churrascada e almoçámos junto ao churrasco.



Depois do almoço fomos até Nabaínhos. Logo no início passámos pela Capela de S. Lourenço que foi reconstruída no séc. XVIII e totalmente modificada em relação à original.


Continuámos pela estrada, percorremos algumas ruas




e fomos dar à Capela de Nossa Senhora do Coito, que fica à beira da estrada e onde costumam fazer uma romaria.


Em frente à Capela existe um largo com um Coreto


e logo a seguir encontra-se o Cruzeiro.


Do outro lado da estrada há mesas para pic-nic. Fomos ainda até à entrada de Nabais, tendo então voltado para trás.
À noite fomos ao jantar de reveillon no restaurante da Quinta, que decorreu animadamente.




À meia-noite foi lançado fogo de artifício e servido champanhe. A animação continuou pela noite dentro.



Dia 01.01 - Quinta das Cegonhas / Sabugal - 82.4 Km

Depois da passagem de ano, levantámo-nos um pouco mais tarde. Almoçámos no restaurante da quinta e depois do almoço despedimo-nos dos nossos amigos e cada um seguiu para suas casas. Nós continuámos com a companhia do casal amigo que nos tem acompanhado nesta viagem e seguimos até à Guarda.
Estacionámos junto ao Castelo que fomos visitar. Do castelo medieval pouco resta, pois no séc. XIX foram sendo demolidos os seus muros e as torres, para a abertura de ruas e a construção de edificações. No séc. XX o que restava foi classificado como Monumento Nacional. Ficou a Torre de Menagem, de planta pentagonal e a Torre dos Ferreiros de planta quadrangular.



Do Castelo temos uma vista espectacular sobre a Catedral.


Descemos depois até à Sé Catedral, que se encontrava fechada. A sua construção remonta aos finais do séc. XIV mas só foi concluída no séc. XVI.




O acesso faz-se através de uma escadaria.


Junto ao edifício encontra-se a estátua de D. Sancho I.


Seguimos adiante, passámos por algumas ruas




e fomos dar ao largo onde se encontra a Igreja da Misericórdia que se encontrava em obras. Embora a sua construção date de 1611, a sua actual configuração é do séc. XVIII. A fachada desta Igreja é ladeada por duas torres sineiras.


Atravessámos o Bairro Judeu com as suas ruas estreitas e calcetadas e alguns vestígios de muralhas medievais.




Passámos também pela Igreja de S. Vicente que é uma reconstrução do séc. XVIII. A fachada, de alguma imponência, é ladeada por duas torres sineiras.



Regressámos às ACs e partimos para a cidade do Sabugal. Estacionámos e pernoitámos na Área de Serviço de Autocaravanas, junto às instalações dos serviços municipalizados (coordenadas GPS: N 40º 20' 52,50'' W 07º 05' 12'').
Depois de estacionar fomos a pé até ao Largo 25 de Abril, onde decorria o maior Presépio Natural. Deixo apenas algumas fotos das muitas que tirei.







Este Presépio estava realmente muito bem conseguido pois foram usados elementos colhidos na natureza, como troncos de castanheiros, heras e musgos entre outros.


Havia também pequenas barraquinhas com venda de artesanato.


No fim regressámos às ACs, com as iluminações de Natal já acesas.



Dia 02.01 - Sabugal / Almeida - 76.3 Km


Quando acordámos e depois de tomar o pequeno almoço, fomos até ao Castelo e estacionámos nas proximidades (coordenadas GPS: N 40º 21’ 07,90’’ W 07º 05’ 38,40’’). Este Castelo, também conhecido por Castelo das Cinco Quinas, foi mandado construir no séc. XIII pelo rei leonês D. Afonso IX para defender a fronteira de Ribacôa dos ataques portugueses. Construído em granito e xisto e com muralha dupla. Foi depois conquistado por D. Dinis que reforçou a sua defesa com a construção de novos castelos nas redondezas. Foi reconhecido como Monumento Nacional em 1910, data a partir da qual se procedeu a importantes trabalhos de recuperação. Tivemos que esperar que um senhor viesse abrir a porta, com algum atraso, pois já passava da hora indicada no horário.



Após a entrada deparámo-nos com a Praça de Armas que é enorme. Num dos lados subimos uma íngreme escadaria de pedra até ao cimo das muralhas.


Entrámos depois na Torre de Menagem que está dividida em três andares com tectos abobadados.


Primeiro subimos uma escada de pedra e depois a restante de madeira.


Chegados ao topo temos de ter cuidado pois a saída é muito baixa.



Do alto obtém-se uma vista deslumbrante sobre a cidade.


Saímos do Castelo pela Porta da Vila, que é a única porta da muralha medieval que chegou até nós.


Ao lado da porta foi construída no séc. XIII, a Torre Sineira de planta quadrada, também conhecida por Torre do Relógio.


Já na Praça da República apreciámos o edifício da Câmara Municipal, que no fundo é um conjunto formado pelos edifícios da antiga Câmara, Tribunal e Cadeia, todos ligados interiormente.


Em frente situa-se a Casa dos Britos, da qual só resta a entrada nobre ao cimo de uma escadaria de pedra de degraus semi-circulares. É um  antigo solar do séc. XVII, que pertenceu a Brito Távora Silva. A porta é ladeada por colunas e em cima ostenta o brasão da família.


Continuando a descer a rua fomos dar à Igreja de S. João, construída na segunda metade do séc. XVIII com influências barrocas.


Do lado esquerdo tem a Torre Sineira, de planta quadrada com quatro aberturas sineiras. 


Regressámos à Praça da República e quando nos dirigíamos para as ACs, passámos pelo Largo de S. Tiago onde se encontra uma réplica do Pelourinho original. Os três elementos restantes do original, encontram-se expostos no Museu do Sabugal.


Partimos para a próxima etapa que era a aldeia de Castelo Mendo. É uma aldeia de características predominantemente medievais, constituída por dois núcleos amuralhados, a Cidadela e a Barbacã e faz parte das Aldeias Históricas de Portugal. Foi classificada como Imóvel de Interesse Público em 1984.
Estacionámos junto à Porta da Vila (coordenadas GPS: N 40º 35’ 39’’ W 06º 56’ 55,70’’) que é ladeada por dois torreões de planta quadrada.


Seguimos pela Rua Direita, com pavimento empedrado,



passámos por uma fonte


e casas quinhentistas, até à Igreja de S. Vicente ou da Misericórdia, do séc. XIII, com posteriores intervenções.



Neste recanto funcionava o Posto de Turismo, mas que se encontrava fechado. Continuámos e passámos no Largo do Pelourinho por uma casa com varanda alpendrada, possívelmente construída no séc. XVI e onde funcionou a escola primária, a estação de correios e até a Junta de Freguesia.


Em frente encontra-se o Pelourinho, do séc. XVI e com sete metros de altura, considerado Imóvel de Interesse Público desde 1933.


Ao lado situa-se a Igreja Matriz ou de S. Pedro, cuja existência se encontra documentada a partir de 1320 e no séc. XIX sofreu uma grande renovação.



Prosseguindo, passámos por várias casas, algumas remodeladas ou reconstruídas e entrámos na Praça de Armas do Castelo através de uma Calçada Medieval.





Logo em frente ficam as ruínas da Igreja de Santa Maria do Castelo, datada do séc. XIII.



No interior conseguem ver-se vários estilos, com arcos diferentes e capelas construídas em épocas diferentes.




Na parte sul da Cidadela, encontra-se a Porta do Castelinho que dava acesso ao núcleo mais antigo do Castelo e de onde se avistam os montes em redor.



Voltámos a descer e junto à estrada encontrava-se um antigo moinho (seria?) 


e as Cruzes do Calvário.


Voltámos às ACs e fomos para a aldeia de Castelo Bom. Estacionámos logo à entrada (coordenadas GPS: N 40º 37’ 09’’ W 06º 53’ 56’’) e almoçámos nas ACs.
Depois do almoço fomos até ao Calvário, que é constituído por três cruzes colocadas directamente sobre a rocha, sendo a central mais alta.


Subimos depois por uma rua lateral, onde havia algumas casas, até às ruínas do Castelo.



Este Castelo foi parcialmente destruído nas invasões francesas, em 1810, e a pedra foi utilizada na construção de casas. 



A maioria destas casas são habitações térreas em ruas estreitas de pedra.


Daqui avistam-se os campos em redor.




Passámos também pela Igreja de Nossa Senhora da Assunção, que é a Matriz da aldeia e que data dos séc. XIII a XVII, substituindo uma outra da época Medieval e da qual nada ficou.




Verificámos que há muitas casas recuperadas e que dão um ar mais novo à aldeia. 




Próximo ficava o edifício da Junta de Freguesia.


Quando saímos reparámos numa indicação que dizia Wellington e ficava a apenas 5 Km. Resolvemos ir até lá. Tratava-se de uma estátua e da casa que foi o quartel general do Duque de Wellington, o homem que comandou as tropas luso-britânicas e que derrotou Napoleão na batalha de Waterloo. Esta casa fica na aldeia de Freineda e encontra-se muito bem conservada.. Estacionámos no Largo da Igreja, mesmo em frente à dita casa e fomos tirar as fotos da praxe. É uma casa modesta do séc. XVIII que ostenta uma placa informando o acontecimento.




Em frente da casa encontra-se a estátua do General.


No mesmo largo, tal como o nome indica, encontra-se a Igreja Matriz da Imaculada Conceição. É uma igreja barroca do séc. XVIII, construída em pedra.



Encostada à igreja está a Torre Sineira, uma torre de grandes dimensões. Tem quatro janelas sineiras e dois sinos em bronze.


A porta principal em arco é muito bonita. De cada lado da porta encontra-se uma cruz. 


Entrámos por uma porta lateral. O interior é deslumbrante sobressaindo a capela-mor em que o tecto em madeira ostenta 54 quadros de figuras de santos, pintados a óleo e muito bem conservados.


No altar-mor, em talha dourada, estão as imagens de Nossa Senhora da Conceição, São José do lado esquerdo e Santa Ana do lado direito.


Nos altares laterais encontra-se no da esquerda Nossa Senhora de Fátima


e no da direita o Sagrado Coração de Jesus.


Destaca-se também o Púlpito à esquerda.


Depois de mais esta visita partimos para a vila de Almeida. Dirigimo-nos directamente para a Área de Serviço (coordenadas GPS: N 40º 43’ 44’’ W 06º 54’ 06’’) que fica muito próximo do castelo e dos bombeiros. Esta é uma área excelente, com piso alcatroado e plano e com electricidade.
Depois de nos alojarmos, embora já estivesse a escurecer, fomos até ao Castelo ou ao que resta dele, que está classificado como Monumento Nacional desde 1928. De salientar que os seus baluartes se encontram em muito bom estado de conservação.




Entrámos pela Porta Nova, a qual estava projectada desde 1736 mas só foi aberta em 1968


e subimos ao longo da muralha até ao Picadeiro D'el Rey, que mantém o portal com as armas reais original e foi restaurado no final do séc. XX.


Passámos a seguir pela Porta de Santo António, datada do séc. XVII, tem uma cobertura abobadada à prova de bomba e no seu interior tem lareiras em pedra, latrinas e pias. 




Atravessá-mo-la até ao exterior e voltámos para trás.



Continuámos e descemos ruas com as suas casas típicas e algumas brasonadas


até à Praça da Liberdade, onde se encontra a Câmara Municipal que se encontrava com as iluminações de natal.


Virámos pela rua dos correios, também com iluminações


e fomos dar à Igreja da Misericórdia, um edifício do séc. XVII anexado ao antigo Hospital da Misericórdia.


Ao lado encontra-se o Quartel das Esquadras, um edifício barroco do séc. XVIII que serviu como Quartel de Infantaria. Na sua fachada ostenta o brasão real.


Logo a seguir temos a Porta Dupla de S. Francisco, do séc. XVII, que atravessámos apenas para fotografar.


Retrocedemos e passámos pela Igreja Matriz dedicada a Nossa Senhora das Candeias, que é do séc. XVI e encontra-se no que foi o Convento de Nossa Senhora do Loreto


Continuámos ao longo da muralha,


saímos pela mesma porta por onde tínhamos entrado e fomos para as ACs.
Muito mais havia para ver, mas teve de ficar para outra oportunidade, dado que amanhã é dia de partida para outras paragens e com muitos quilómetros pela frente.

Dia 03.01 - Almeida / Medellin - 348.5 Km

Saímos de Almeida após o pequeno almoço e partimos na direcção de Trujillo, em Espanha. Atravessámos a fronteira em Vilar Formoso e seguimos pela A68 até às proximidades de Cidade Rodrigo onde virámos na direcção de Cáceres e depois Trujillo. Chegados a Trujillo, dirigimo-nos para a Área de Serviço (coordenadas GPS: N 39º 27’ 26’’ W 05º 52’ 21’’) junto à Praça de Touros. Fomos depois almoçar no Restaurante El Patio del Toro, que era de buffet livre.
Depois do almoço seguimos para o Centro Histórico. Ao passar na Plaza de San Miguel deparámo-nos com o Palácio Barrantes-Cervantes, um edifício do séc.XVII, onde sobressai a sua varanda de canto que domina as duas fachadas.



Continuámos por uma "calle" estreita, indo sair à Plaza Mayor que é de grande beleza, onde domina a arquitectura dos séculos XV e XVI. Ao centro tem a estátua em bronze de Francisco Pizarro, conquistador do Peru. Existem várias igrejas e palácios que dão para a Praça.



A um canto tem o Palácio das Pedras Albas que foi construído em granito por volta de 1530 e é considerado um dos edifícios mais importantes da cidade.


A Igreja de San Martin é a maior e mais simbólica, cuja construção começou no séc. XV e demorou mais de cem anos a concluir.


Do lado direito da fachada principal tem uma torre com relógio e um sino logo acima e do lado esquerdo tem a Torre Sineira.


Subimos depois por umas ruas estreitas até ao Castelo.





Este Castelo foi construído no séc. XIII sobre uma fortaleza árabe do séc. IX ou X, com blocos de granito e conta actualmente com 17 torres quadradas, duas das quais protegem a porta de entrada.




Por cima da porta encontra-se uma imagem de Nossa Senhora da Victória, padroeira de Trujillo.


Quando chegámos tivemos de esperar que a senhora da bilheteira chegasse do almoço (atrasada) e então lá entrámos pela porta que mais parecia o buraco de uma fechadura.


O interior está dividido em duas partes distintas: a mais antiga, que é o Pátio de Armas e é um recinto quadrado e o recinto amuralhado anexo em forma poligonal. Passámos para a parte amuralhada que é um enorme recinto com acesso às muralhas e às torres.


Subimos a uma delas, onde se encontra uma pequena Capela, na qual está a imagem de Nossa Senhora que se via do exterior por cima da porta.




Subimos também às muralhas e a algumas torres, de onde se tinha uma vista sobre a cidade.





Descemos também à Cisterna, a qual mantinha alguma água.




Saímos do Castelo e descemos até à Igreja de Santa Maria Mayor, construída no séc. XIII, que é o edifício mais importante da cidade. No exterior tem duas Torres, sendo que a mais antiga, a Torre Julia foi reconstruída recentemente pois tinha sido muito afectada pelo terramoto de 1755 e a Torre Nova onde se situa o Campanário, construída no séc. XVIII. 




A Roseta que se encontra sobre a porta foi construída em 1550, durante a reforma da igreja.


No interior destaca-se, pela sua beleza, o Retábulo Maior com episódios da vida da Virgem Maria, restaurado no séc. XX.


Também o Coro, construído em 1550, é um dos elementos interiores que despertam a atenção.


A um lado encontra-se o Púlpito em pedra trabalhada


e a um lado da entrada estava a Pia Baptismal.


Subimos depois à Torre Julia, através de uma escada em caracol de pedra, até um primeiro patamar que tinha uma saída para um terraço.



A partir daí a escada passa a ser de ferro e vai a um segundo patamar com janelas duplas. 



Continuámos a subir até ao topo, onde as janelas passam a ser triplas e de onde se têm belas vistas sobre a cidade.




Depois de descer da torre, descemos a uma cave por uma escada estreita de pedra, que não tinha saída para lado nenhum e voltámos a subir.



Esta igreja foi declarada Monumento Nacional em 1943.
Passámos também pela Igreja de Santiago, construída nos finais do séc. XII e transformada no séc. XVII.


É uma pequena igreja de três naves e da construção primitiva apenas resta o Abside semi-cilindrico e a torre.


Numa capela do lado esquerdo está a imagem de Cristo das Águas


e do lado direito a de Nossa Senhora da Coronada.


A um lado da entrada havia uma escada de pedra de acesso ao Coro.


De seguida subimos por uma estreita escada de pedra até um andar superior, que seria os aposentos de alguém (não consegui descobrir de quem).




De regresso à Plaza Mayor, passámos pela Igreja de la Preciosa Sangre de Cristo que foi construída no séc. XVII.


Esta igreja serviu como hospital pelas tropas inglesas, durante a Guerra da Independência de 1809. No séc. XX foram efectuadas obras para passar a ser a Casa da Reitoria e o amplo espaço de uma única nave foi dividido em três pisos. Em 1921 os bens móveis da igreja foram transferidos para a paróquia de San Martin. Em 2015 a igreja foi adaptada a Centro de Visitantes "Os Descobridores". Daí que ao entrar se nos deparou uma exposição que mostra documentos e informação sobre feitos históricos relacionados com a época do Novo Mundo: a navegação e os descobrimentos por terra.


Chegámos à Plaza Mayor já com as iluminações de Natal acesas e a um canto o Presépio.


De regresso às ACs, palmilhámos algumas ruas com iluminações.



Já nas ACs, percorremos os cerca de 70 Km que nos separavam de Medellin, onde fomos estacionar e pernoitar na Área de Serviço (coordenadas GPS: N 38º 57’ 56’’ W 05º 57’ 46’’), que fica junto à Ponte Romana e que se mostrou ser bastante sossegada.




Dia 04.01 - Medellin / Badajoz - 111.1 Km

De manhã e apesar de ser perto, fomos nas ACs até ao Castelo, onde estacionámos junto à Igreja de San Martin. Esta Igreja foi construída no séc. XIII, no lugar de um templo romano e reconstruída no séc. XVII.




Subimos até ao Castelo, que é de forma irregular devido ao terreno. Este Castelo foi construído no séc. XV no lugar de uma fortaleza do séc. X.




O Castelo está dividido em duas partes por uma muralha interna e destacam-se nele duas Torres.





Subimos a uma delas por uma escada de pedra em caracol e num primeiro patamar havia uma pequena sala, onde estavam expostos alguns quadros e elementos de guerra.



Saímos do Castelo e descemos até à Igreja de Santiago, também construída no séc. XIII mas que foi quase destruída durante a Guerra da Independência, sofrendo depois numerosas reformas. Hoje a igreja aloja o Centro de Interpretação do Parque Arqueológico, onde podemos assistir a um vídeo sobre o passado pré-histórico e pré-romano de Medellin.



Da igreja passámos ao Teatro Romano mesmo ao lado, que foi descoberto e escavado na segunda metade do séc. XX e só em 2013 foi finalmente aberto ao público. O Teatro está construído de maneira a aproveitar o desnível do terreno e é de realçar o elevado número de elementos originais que se apresentam bem conservados.




Voltámos às Acs e partimos para Mérida, pois os nossos companheiros de viagem apenas conheciam de passagem. Estacionámos próximo da Área de Serviço e fomos a pé até ao Teatro Romano, passando antes pelo Templo de Diana. Eles foram visitar o Teatro e nós, como já conhecíamos, ficámos no exterior à espera.
Quando eles saíram fomos para as ACs e partimos para Badajoz, onde fomos pernoitar na Àrea de Serviço (coordenadas GPS: N 38º 53' 05'' W 06º 58' 41'').


Dia 05.01 - Badajoz / Brejos de Azeitão - 216.4 Km

Deixámos Badajoz e atravessámos a fronteira para Portugal. Saímos para Elvas e fomos almoçar ao Restaurante O Assador, que já conhecíamos de anos anteriores. Depois do almoço fizemos as despedidas e cada um seguiu para as respectivas casas.

Chegámos a Brejos de Azeitão ao final da tarde.