sábado, 20 de janeiro de 2018

Viagem de fim de ano

Aproveitando o reveillon que iria ser no Natur Water Park, em Vila Real, com um grupo de amigos, planeámos uma viagem com partida uns dias antes e regresso uns dias depois.
Assim a viagem decorreu de 27.12.2017 a 06.01.2018 num total de 1668,4 Km percorridos.

Dia 27 - Brejos de Azeitão / Viseu - 345 Km

Saímos de Brejos de Azeitão e fomos por estrada nacional até Miranda do Corvo, onde estacionámos na Área de Serviço (coordenadas GPS: N 40º 05' 17'' W 08º 19' 56'') e fomos almoçar no Restaurante Estação de Sabores ali a dois passos e com menú completo a preço convidativo.
Depois do almoço partimos para a cidade de Viseu, indo estacionar na Área de Serviço (coordenadas GPS: 40º 39' 53'' W 07º 55' 02'') onde também pernoitámos.


Depois de estacionar fomos até ao elevador/funicular,


mas como este só partia 30 minutos depois, resolvemos meter as pernas ao caminho e subimos a rampa até ao Largo da Misericórdia,


onde ao centro se encontra um cruzeiro.


Fomos visitar a Sé Catedral, construída no Séc. XII mas restaurada no Séc. XVII, junto a um primitivo templo do Séc. X. A sua majestosa fachada é delimitada por duas robustas torres sineiras, sendo uma delas reconstruída no Séc. XVII. Nela se encontram seis nichos que albergam as esculturas de S. Marcos, S. Lucas, S. João, S. Mateus, S. Teotónio e ao alto Nossa Senhora da Assunção, a padroeira da Catedral.


No seu interior não podemos deixar de admirar as suas imponentes abóbadas com as nervuras trabalhadas na pedra.





A Capela-Mor, modificada no Séc. XVIII, apresenta um grandioso retábulo e um tecto maravilhoso.



As cadeiras do Coro e o seu tecto são admiráveis.



Também o Púlpito com a sua escada de pedra de granito é admirável.



Passando ao Claustro podemos admirar lindos painéis de azulejos.





Saímos da e atravessámos a Praça indo visitar em frente a Igreja da Misericórdia, cuja construção data da segunda metade do Séc. XVIII e apresenta no cimo de uma pequena escadaria, uma monumental fachada, ladeada por duas torres sineiras.



Entrando na igreja temos um amplo corpo de uma só nave, coberto por abóbada,


e a capela-mor onde podemos ver um retábulo do Séc. XIX, onde repousa a imagem de Nossa Senhora da Misericórdia.


Também se destaca no retábulo à esquerda o grupo escultórico A Visitação.


E no do lado direito, Cristo crucificado.


Numa das paredes laterais encontra-se o orgão de tubos.


Saímos da igreja e fomos dar uma volta pelas ruas próximas.




Atravessámos o recinto da antiga Praça 2 de Maio onde estava a decorrer uma feira



e admirámos as iluminações de Natal que já se encontravam acesas.




Fomos sair ao Rossio onde se encontrava um presépio junto à Câmara Municipal.




Por esta altura começou a cair uma chuva miúda. Mais ao lado entrámos na Igreja da Ordem Terceira de S. Francisco, do Séc. XVIII, mais conhecida por Igreja dos Terceiros, depois de subirmos os degraus da elegante escadaria.



No seu interior destacam-se os azulejos alusivos à vida do Santo e retábulos.





No coro alto podemos admirar um magnífico orgão.


Após estas visitas regressámos à área de serviço para jantar e uma noite descansada apesar de alguma chuva.

Dia 28 - Viseu / Peso da Régua - 159,4 Km

Saímos de Viseu e fomos até Salzedas, uma pequena freguesia do concelho de Tarouca. Estacionámos junto ao Mosteiro de Santa Maria de Salzedas que é, ou foi, um mosteiro masculino da Ordem de Cister, cuja construção se iniciou em 1168. Foi classificado Monumento Nacional em 1997 e em 2002 o estado português iniciou o restauro dos edifícios.
Fomos primeiramente visitar a igreja, cujo edifício se destaca pela imponência da sua actual fachada datada dos Séc. XVII / XVIII, apresentando-se com três amplas portas, sobre as quais se abrem outras tantas janelas. No entanto, as torres laterais encontram-se inacabadas, devido ao início das invasões napoleónicas. A igreja é constituída por três naves e cinco capelas.









De seguida entrámos no Mosteiro, ou mais própriamente nas suas ruínas,







que graças à requalificação sofrida tem vindo a ser recuperado.








Este Mosteiro sofreu algumas transformações entre os Séc. XVII e XVIII, com a construção de um grande claustro.






Depois de sair do Mosteiro demos uma volta pelas ruas laterais



e entrámos na antiga Judiaria, também conhecida como Bairro do Quelho, a qual se encontra bastante degradada.





Fomos a seguir almoçar à Casa do Forno, o único restaurante ali ao lado.




Depois do almoço partimos para Ucanha e estacionámos junto à Ponte Fortificada. Esta ponte constituía a entrada no couto do Mosteiro de Salzedas e deve ter sido construída pelos romanos. A Torre, com vinte metros de altura e dez de lado, servia para a cobrança de portagem e armazenamento de produtos.




A sua entrada encontra-se bem acima do nível do chão e é acessível através de uma escada em ferro.



O interior é constituído por três pisos. O primeiro tem uma frestas,



no segundo abrem-se em duas paredes duas graciosas janelas geminadas





e no terceiro onde se encontram várias peças antigas e que seria o de vigia,





tem quatro varandas (mata-cães) de onde se tem uma vista sobre a ponte e a zona envolvente.







Ao lado da ponte, no rio Varosa, existem dois moínhos de água, estando um deles já recuperado.






Retomámos a viagem e dirigimo-nos para o Santuário do Cristo-Rei, próximo da povoação de Gondomar no concelho de Tarouca. O miradouro deste santuário fica a uma altitude de 919 metros. Depois de estacionar subimos uma escadaria que nos levou até uma capela.



A partir daí sobe-se por uns degraus de pedra


até ao miradouro



onde se encontra a imagem de cristo sobre um amontoado de pedras


e de onde, caso não houvesse nevoeiro e chuva miúdinha, se obtinha uma panorâmica sobre Tarouca, alcançando-se ainda terras de Lamego e Vila Real.


Como já começava a escurecer, seguimos para Peso da Régua e para a sua Área de Serviço (coordenadas GPS: N 41º 09' 20,50'' W 07º 46' 48''), onde fomos pernoitar.



Antes de jantar ainda fomos dar uma volta a pé pelas redondezas





e ver as iluminações natalícias.





Dia 29 - Peso da Régua / Vila Real - 119,5 Km

Saímos de Peso da Régua e fomos pela N222 sempre à beira do Douro até ao Pinhão.


Um pouco à frente passámos numa eclusa, na altura em que estava um barco a entrar. Este trajecto é muito bonito e deve ser feito nas calmas para se apreciar a paisagem.



Quando chegámos ao Pinhão e atendendo a que o tempo estava limpo, dirigimo-nos primeiro ao Miradouro de Casal de Loivos antes que o tempo virasse e não nos deixasse ter a mesma vista. Para lá chegar tivemos de atravessar Casal de Loivos, com as suas ruas estreitas


e parámos em frente ao cemitério.


Este miradouro é um dos mais interessantes da paisagem do Douro Vinhateiro com paisagens deslumbrantes. À sua frente encontra-se a curva do rio Douro





com o casario branco do Pinhão a seus pés no fundo dos socalcos recheados de vinhedos,


aldeias semeadas pelas encostas


e quintas onde os vinhos envelhecem nos tonéis.


Depois de alguns minutos a regalar a vista, voltámos a descer


e fomos estacionar junto à estação ferroviária, que fomos visitar de seguida.






Esta estação é a mais bela estação do Douro. Foi construída durante o Séc. XIX  e é conhecida pelos seus azulejos, colocados em 1937, representando a produção do vinho do porto, desde as vindimas, o pisar das uvas até ao transporte do vinho nos barcos rabelos até às caves em Vila Nova de Gaia.








Passámos a seguir pela estação de correios, onde estava exposto um trabalho de uma aldeia em miniatura com toda a actividade local.




Atravessámos depois uma ponte pedonal sobre o rio Pinhão, um afluente do Douro,





e fomos almoçar no Restaurante Cais da Foz.


Depois do almoço fomos para a autocaravana



e partimos para a Granja, no concelho de Alijó para ir visitar e conhecer um amigo do facebook que é coleccionador de vários objectos, desde garrafas de whisky,



selos, moedas,



caixas de fósforos,



dedais,


soldadinhos de chumbo,


máquinas fotográficas,


ferramentas,



etc. etc.



e tem um pequeno museu muito bem organizado e que visitámos depois de termos sido recebidos com um moscatel de sua produção.
Após esta visita seguimos para Vila Real. Depois de estacionar fomos visitar a Igreja de S. Pedro que é considerada uma das igrejas mais antigas de Vila Real. Começou a ser construída em 1528 no local onde já existia uma capela dedicada a S. Nicolau e a sua construção durou quase duzentos anos.


O corpo central da igreja é todo coberto por um único elemento em talha barroca,




com dois altares laterais, um dedicado a Nossa Senhora de Fátima


e o outro ao Senhor dos Milagres.


A capela-mor de 1692, é toda forrada a azulejos do Séc. XVII


e o tecto é revestido de talha dourada.



O primitivo altar-mor foi substituído pelo actual em 1845.


Dirigimo-nos depois para a Praça Luis de Camões, onde se encontrava um presépio



e daí para a Av. Carvalho Araújo, que se encontrava com a iluminação de natal já acesa.




Visitámos a seguir a Sé Catedral ou Igreja de São Domingos, construída no Séc. XV e que tem origem num convento dominicano.



É composta por três naves e cobertura em madeira, sendo a nave central mais alta que as laterais.


A torre sineira, na traseira da igreja e a capela-mor são do Séc. XVIII.




No adro encontra-se um cruzeiro do Séc. XVI.


Passámos depois por algumas ruas e admirámos as iluminações de natal.




Fomos para a autocaravana e seguimos para o parque de campismo do Natur Water Park, onde nos encontrámos com o nosso grupo de amigos.

Dias 30.12 a 1.1 - Vila Real / Bragança - 136,1 Km

Nestes três dias que passámos no parque de campismo e em que convivemos com os nossos amigos, 


demos uma volta pelos arredores do parque e passámos pelo oblisco em Vessadios




e por uma fonte onde em tempos a população se ía abastecer.


Para o almoço de sábado, utilizámos as churrasqueiras do parque para fazermos uns grelhados.





À tarde, como entretanto começou a chover, reunimo-nos no bungalow onde os pais de um dos nossos amigos se havia instalado e aí jantámos


e permanecemos em cavaqueira por mais algumas horas.




O almoço do dia 31 decorreu na mesma situação e o jantar e reveillon foi no restaurante do parque que antecipadamente havíamos reservado.










À meia noite houve champanhe e fogo de artifício.







No dia de ano novo fomos também todos almoçar ao restaurante e de tarde despedimo-nos e cada um seguiu o seu caminho.
Nós seguimos para Mirandela, onde estacionámos num grande parque de estacionamento junto ao canal e ao rio Tua (coordenadas GPS: N 41º 29’ 11’’ W 07º 11’ 04’’). Na outra margem do canal, bem em frente do estacionamento, encontra-se a estátua "A Menina e a Pomba" em que a menina simboliza a pureza, a beleza e a inocência e a pomba simboliza a paz.


Depois de estacionar fomos dar uma volta e passámos debaixo de um arco medieval, a antiga Porta de Santo António, uma das quatro portas que davam acesso ao castelo e a única que chegou até aos nossos dias.


Mais à frente, num pequeno jardim, encontra-se a estátua do Papa João Paulo II


e ao lado a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Encarnação que não visitámos por se encontrar fechada. Esta igreja tem duas partes distintas: a parte traseira é do Séc. XVII e a parte da frente é do Séc. XX, por a anterior ter sofrido uma derrocada.



Ao lado mas mais recuado, na parte mais alta, encontra-se o Paço dos Távoras, hoje ocupado pela Câmara Municipal. Este edifício foi edificado no Séc. XVII.


De seguida descemos até à Ponte Velha, que é pedonal e percorrêmo-la até à outra margem. Esta ponte data provávelmente do Séc. XVI mas sofreu várias intervenções e reconstruções ao longo dos tempos. Actualmente conta com dezassete arcos mas já teve vinte. É Monumento Nacional desde 1910.




Depois de regressarmos à AC partimos para Bragança, onde fomos pernoitar na Área de Serviço (coordenadas GPS: N 41º 48' 14'' W 06º 44' 46'') que fica junto ao Castelo.


Como estava a chover apenas saí e fui até à Porta do Sol, uma das entradas do castelo.





Dia 2 - Bragança / Zamora - 135,6 Km

Saímos de Bragança e fomos até Miranda do Douro. Estacionámos num parque (coordenadas GPS: N 41º 29’ 46’’ W 06º 16’ 24,10’’) mesmo à entrada do centro histórico. Logo ao início passámos pela Muralha Medieval (Séc. X - XI)





e fomos por uma rua




até à Capela de Santa Cruz que é do Séc. XVI e foi reformada nos Séc. XVII e XVIII.




O interior é constituído por uma única nave rectangular, sendo a capela-mor também rectangular.







Saímos da capela e fomos até ao Largo D. João III onde se encontra uma estátua que representa os trajes típicos de Miranda.





Aqui se localiza também o Museu da Terra de Miranda, instalado num edifício do Séc. XVII que serviu de Câmara Municipal até à década de 1970.




Continuámos e fomos almoçar mais à frente no Restaurante Balbina, a famosa posta mirandesa.




Depois do almoço fomos visitar, quase ao lado, a Igreja da Misericórdia. A sua construção terminou em 1589 e a janela da fachada é do Séc. XVIII.



O interior é de uma nave única






e o retábulo do altar-mor, o das almas e o da Srª da Misericórdia são todos do Séc. XVII.






De seguida fomos visitar a Catedral, cuja construção teve início em 1552 e foi concluída no início do Séc. XVII. A fachada principal é ladeada por imponentes torres.





O interior é composto por três naves abobadadas suportadas por oito pilares





e o retábulo do altar-mor, com um conjunto de esculturas dedicadas a Santa Maria Maior, é do Séc. XVII.





O cadeiral do coro data do Séc. XVII



e o órgão do Séc. XVIII é decorado em talha dourada.



Existe também um oratório em talha dourada onde se encontra uma pequena imagem do Menino Jesus da Cartolinha e onde os devotos oferecem uma enorme quantidade de vestidos e adereços.



Ao lado encontra-se uma sala com diversos paramentos litúrgicos.






A Catedral é Monumento Nacional desde 1910. Na traseira da Catedral podemos admirar a paisagem sobre o Douro internacional





e observámos o enigmático "2" gravado pela natureza na imponente Fraga Amarela, já na margem espanhola do Douro. Há várias lendas à volta deste fenómeno natural, uma das quais é que quem estiver noivo e não consiga ver o 2, não irá ter sucesso no casamento.



Passámos depois pela muralha




e pelas ruínas do Paço Episcopal.




A seguir passámos pela Biblioteca Municipal que está instalada na Igreja dos Frades Trinos, cuja construção remonta ao Séc. XVIII.





Regressámos à AC e partimos para Zamora em Espanha. Estacionámos e pernoitámos num grande parque, onde já havia várias ACs e onde está a ser construída uma área de serviço (coordenadas GPS: N 41º 30' 12,80'' W 05º 45' 20'').




Depois de estacionar fomos até ao Castelo




e visitámos ainda a Catedral de El Salvador, que se encontra no ponto mais alto da cidade. Foi construída no Séc. XII e declarada Monumento Nacional em 1889.






Destaca-se a sua Torre, construída durante o Séc. XIII, com 45 metros de altura.




Apenas se encontrava aberta uma das naves em que se encontrava um magnífico presépio,








estando a restante igreja vedada e às escuras. Mesmo assim, consegui ainda obter algumas fotos. Numa parte lateral encontra-se um fresco de São Cristóvão.



Por detrás do coro, muito bem ornamentado, existe um quadro de todos os santos em que a figura central é Cristo como rei e senhor. Este quadro está ladeado por duas portas trabalhadas.



O Coro tem a forma de "U" e divide-se em dois andares com um total de 85 lugares.




A Capela-Mor está coberta por uma abóbada estrelada com um grande escudo de Carlos V ao centro.





Ladeando a Capela-Mor há outras duas capelas, a da esquerda pertence a Nossa Senhora da Majestade




e a da direita é presidida pelo Santo Cristo.




Na fachada principal, a Porta do Bispo pode ser considerada uma obra-prima da arquitectura românica.




Saímos da Catedral e percorremos alguma ruas do centro histórico, antes de voltar à AC.






De um miradouro tinha-se uma vista nocturna sobre a cidade.




Dia 3 - Zamora / La Alberca - 215,8 Km

Depois de tomarmos o pequeno almoço fomos novamente ao centro histórico e visitámos o Castelo do Séc. XI.


Zamora tem para nós um significado muito especial, já que foi aqui assinado o Tratado de Zamora entre D. Afonso Henriques e o seu primo Afonso VII de Leão e Castela, que daria definitivamente a independência a Portugal. Todo o castelo está rodeado por um fosso de grande profundidade e acede-se a ele por uma ponte que dantes era levadiça e que vai dar a uma porta com arco.


Hoje pouco resta da construção inicial. Em 2009 ficaram concluídas as obras de recuperação e consolidação das estruturas e desde então foi aberto ao público.







Subindo às suas torres consegue-se obter uma bela vista da cidade.






Regressámos à AC e partimos em direcção a Ciudad Rodrigo. Parámos para almoçar na Área de Serviço de Carbajosa, à saída de Salamanca (coordenadas GPS: N 40º 56' 22,80'' W 05º 39' 18''). Depois do almoço continuámos a viagem e fomos estacionar no centro amuralhado de Ciudad Rodrigo (coordenadas GPS: N 40º 35' 50,30'' W 06º 32' 10,20'') mas que não aconselho por se tratar de ruas muito estreitas e com dois sentidos, tornando difícil as manobras e a circulação. Há um estacionamento no exterior das muralhas (coordenadas GPS: N 40º 36’ 00’’ W 06º 31’ 56’’) que é o local ideal e fica muito perto.
Depois de estacionar entrámos no centro histórico, rodeado de muralhas, construídas no Séc. XVIII. Subimos e percorremos parte da muralha que se apresenta como uma espécie de miradouro de onde se tem uma vista sobre a cidade, o rio Águeda e a Ponte Romana que o atravessa.






Fomos dar à Plaza Campo del Pozo onde se localiza a Igreja de S. Pedro e S. Isidoro, do Séc. XII, mas que se encontrava fechada.



Passámos a seguir pela Casa de los Vásquez, construída no Séc. XVI e restaurada em 1923. Hoje é o edifício dos correios desde 1944.


Logo ao virar da esquina passámos pelo Colégio Santa Teresa de Jesus




e a seguir passámos pelo Palácio de los Águilas, construído entre os Séc. XVI e XVII. No ano 2000 foi restaurado e desde então acolhe o Centro Hispano-Luso e exposições temporárias.


Entrámos e fomos visitá-lo. No piso térreo tinha uma exposição sobre a guerra da independencia.


 Atravessámos um pátio



e subimos ao 1º andar o qual tinha uma varanda em toda a volta sobre o pátio.




Continuando o nosso passeio através de mais algumas ruas,


passámos também pelo Palácio da Marquesa de Cartago, um edifício construído nos finais do Séc. XIX mas que com a morte da senhora só viria a ser terminado em 1953 pelos novos proprietários.


Continuámos até à Plaza San Salvador


e mais à frente demos de caras com a Catedral de Santa Maria. Esta Catedral começou a ser construída nos finais do Séc. XII e foi declarada Monumento Nacional em 1889. Tem três portas de acesso ao templo. Passámos primeiro pela porta sul, sobre a qual há cinco esculturas do Séc. XIII que representam o Salvador entre quatro dos apóstolos: São Pedro, São João, São Paulo e Santiago Maior.


Por cima do arco podem ver-se doze personagens do Antigo Testamento, realizadas por volta de 1230 e que são, da esquerda para a direita: Abraão, Isaías, a Rainha de Sabá, o Rei Salomão, Ezequiel, Moisés, Melquisedeque, Balaam, David, Elias, São João Baptista e Jeremias.


Na fachada oeste é onde se encontra a Torre, construída entre 1764 e 1772. Ainda se podem ver as marcas do impacto da artilharia francesa contra a Sé, durante a Guerra Peninsular.




No interior, a Catedral está dividida em três naves, por colunas construídas na primeira fase da construção. As abóbadas das naves laterais foram feitas no Séc. XVIII, mas as da nave central são do Séc. XIV.



A capela-mor é do Séc. XVI e substituiu a anterior.



As capelas laterais eram destinadas ao enterramento de duas das famílias nobres da cidade.




Ao centro da nave central podemos ver o coro, feito entre 1498 e 1504. Tem 72 cadeiras decoradas com relevos representando animais, cenas de batalha e também eróticas.


O coro tem dois orgãos: o pequeno é conhecido como realejo e está colocado na parte esquerda. O grande está no lado direito e ambos são do Séc. XVIII.


Há ainda uma outra porta sobre a qual se encontra a imagem da Virgem com o Menino.


O Claustro foi realizado em duas fases: no Séc. XIV e no Séc. XVI.




Por detrás da Catedral encontra-se a Igreja del Sagrario, mais conhecida por Capela de Cerralbo, que foi mandada construir no Séc. XVI para servir de panteão aos marqueses de Cerralbo. Não a visitámos por se encontrar fechada.



Continuámos na direcção da Plaza Mayor e ao lado da igreja passámos pela Plaza Buen Alcaide.



Chegámos à Plaza Mayor onde ao fundo se situa o Ayuntamiento, instalado num edifício cuja fachada principal é do Séc. XVI e tem duas torres e uma galeria com arcos sobre colunas.




Por esta altura já se acendiam as iluminações de Natal.



Demos por finalizada a visita e regressámos à AC, partindo de seguida para La Alberca, onde chegámos já de noite. Fomos para a Área de Serviço (coordenadas GPS: N 40º 29’ 18’’ W 06º 06’ 57’’)


e ainda fomos até à vila indo até à Plaza Mayor onde havia vários restaurantes.





Dia 4 - La Alberca / Plasência - 159,8 Km

Saímos da área de serviço e fomos estacionar mais abaixo próximo da entrada da aldeia. Logo à entrada tem um monumento em granito, umas colunas com um cruzeiro ao centro.




La Alberca é uma aldeia situada na Serra de Francia, que tem uma arquitectura rural tradicional e muito bem perservada. As suas ruas são estreitas e feitas de pedras




e as casas têm a particularidade de serem construídas em granito e com barrotes de madeira e pedras amontoadas entre eles.





La Alberca foi a primeira localidade de Espanha a ser declarada Monumento Histórico Nacional. Esta aldeia é famosa pelos enchidos e especialmente os presuntos, que se podem ver pendurados em quase todas as casas das ruas principais. Além dos presuntos há muitas lojas que vendem torrão, frutos secos, chocolate, etc.



Percorremos várias ruas e fomos admirando as suas casas,





até que chegámos à Plaza Mayor, que é o local mais importante do povoado. Nela se encontra o Ayuntamiento e ao centro tem um bonito cruzeiro de pedra.





Continuámos e fomos até à Igreja de Nossa Senhora da Assunção, uma construção recente do Séc. XVIII, se a compararmos com a origem da povoação.





Deixo algumas imagens sem fazer comentários.








Voltámos à AC e partimos para o Santuário de Nossa Senhora da Peña de Francia, que se encontra numa montanha a 1727 metros de altitude, sendo uma das mais altas da Sierra de Francia. O acesso é por uma estrada de montanha cheia de curvas, mas que se encontra em muito bom estado. Chegados lá, estacionámos e com grande pena estava um nevoeiro que não deixava ver nada. Além disso fazia um frio de rachar.


Logo acima existe um miradouro, de onde se avista, ou avistava caso o tempo estivesse limpo, uma parte importante da província de Salamanca, do norte de Cáceres e até a Serra da Estrela em Portugal.




Há também uma descida que dá acesso a percursos de caminhada pela serra.




Temos ainda a descida para a Gruta da Virgem.





Próximo do miradouro, encontra-se o Balcão de Santiago, outro miradouro sobre a Sierra de Francia e a localidade de La Alberca.


Além do miradouro há o próprio Santuário, que não visitámos por se encontrar fechado, limitando-nos a vê-lo por fora.




Voltámos a descer e chegados lá abaixo fomos almoçar no Restaurante El Final em El Cabaco. Depois do almoço partimos para Plasência e depois de umas voltas fomos estacionar num parque (coordenadas GPS: N 40º 01' 32,50'' W 06º 05' 38,80''). Atravessámos uma ponte sobre o rio Jerte e entrámos na cidade pela Puerta de Trujillo, construída em 1723 e restaurada em 1999. Esta porta tem uma curiosidade que é ter uma ermida, a Ermita de la Salud, sobre ela.



Seguimos pela Calle de Trujillo e virámos pela Calle Blanca até à Catedral de Santa Maria de la Asunción ou Catedral Nueva, que começou a ser construída em 1498 e continuou ao longo do Séc. XVI, sofrendo depois uma paragem e só sendo terminada no Séc. XVIII.



A fachada principal terminou de ser construída em 1558 e tem a particularidade de as esculturas previstas, nunca terem sido esculpidas.





A entrada nesta Catedral é paga e a visita é seguida através de um audio-guia. Entrámos directamente para os claustros, os quais têm algumas capela laterais. Apesar de só se poderem tirar fotos nos claustros, lá fui tirando uma ou outra sempre que pude.









Passámos depois à igreja onde o retábulo maior é do Séc. XVII, em madeira policromada e possui algumas pinturas.



O órgão encontra-se dentro do coro, que conta com um total de 67 lugares e foi concluído no princípio do Séc. XVI.


Depois de sair da Catedral passámos pela Casa del Deán, do Séc. XVII




e voltámos a ir pela Calle de Trujillo até à Plaza Mayor.


Esta é uma praça medieval com arcadas em toda a sua volta e onde se localiza ao fundo o Ayuntamiento, que é um edifício do Séc. XVI e que foi restaurado várias vezes ao longo do tempo.




Deste edifício faz parte uma Torre Campanário, onde curiosamente uma figura humana todas as meias horas marca as horas, batendo com um martelo no sino.



Desta praça partem todas as  ruas principais do centro histórico que vão ligar com as diferentes portas da muralha, que dão acesso à cidade. Fomos pela Calle Sol, uma rua pedonal bastante movimentada, até à muralha caminhando depois ao longo desta e virando pela Calle de las Rosas, Calle Caballeros, Calle San Pedro, onde fomos visitar a Igreja de San Pedro.







Esta Igreja é uma das mais antigas da cidade (Sec. XIII) e o seu interior é de uma só nave.




Saímos e fomos novamente até à Plaza Mayor. Entretanto as iluminações de natal já se acendiam e admirámos as das ruas que vinham dar à praça.








Avançámos e fomos práticamente ao lado, visitar a Igreja de San Esteban que é uma igreja do Séc. XV.








Após esta visita regressámos à AC e fomos para o Camping La Chopera (coordenadas GPS: N 40º 02' 43'' W 06º 03' 30,50''), mesmo à saída de Plasência, onde passámos a noite.

Dia 5 - Plasência / Badajoz - 174,2 Km

Saímos de Plasência e como estava a chover seguimos para Badajoz. Parámos para almoçar no Restaurante Mayga à entrada de Gévora, um pouco antes de Badajoz.


Depois do almoço avançámos para Badajoz e fomos estacionar e pernoitar na Área de Serviço (coordenadas GPS: N 38º 53' 05'' W 06º 58' 42'').


Ao final da tarde, apesar de estar a chuviscar fui até à ponte pedonal, que fica ao lado da área de serviço e por coincidência estava a começar de passar o desfile da Cabalgata de Reyes, que é um desfile dos Reis Magos e que contava com 600 figurantes, 400 dos quais eram crianças e treze carros alegóricos. Durante o percurso íam sendo lançados rebuçados das cinco toneladas que transportavam.















No final ainda tirei uma foto à ponte iluminada e regressei à AC com os bolsos cheios de rebuçados.



Dia 6 - Badajoz / Brejos de Azeitão - 223 Km

Após o pequeno almoço fomos até à  Ponte de Palmas, que é a ponte mais antiga da cidade, construída em 1460 sobre o rio Guadiana, mas reconstruída várias vezes tendo actualmente 600 metros de extensão e limitada a peões. No início encontra-se um pequeno forte denominado Cabeça del Puente, que era composto por fossos e locais de abastecimento de água.







Percorremos a ponte até ao final, onde se ergue a Puerta de Palmas, uma construção do Séc. XV formada por duas torres cilindricas em alvenaria que terminam em ameias. No Séc. XIX esta porta serviu de prisão para os réus de delitos muito graves.




Voltámos para trás e regressámos à AC, partindo de seguida e indo estacionar num parque de estacionamento na Calle Campillo, junto da Alcáçova. Fomos até aos Jardins de la Galera que se situam ao lado da Torre de Espantaperros, que é a principal torre da alcáçova, com 30 metros de altura. Tem planta octogonal e termina num corpo quadrangular.


Estes jardins foram construídos na década de 1930 e ficam entre a torre e o adarve, dentro do recinto da alcáçova. No seu interior encontram-se também algumas peças arqueológicas.





Saímos e atravessámos a Plaza Alta, restaurada em 2004 e que foi durante séculos o centro da cidade. O aspecto actual resulta das obras levadas a cabo no início do Séc. XVIII e a decoração das fachadas é única no mundo.



Fomos depois até à Alcáçova, que é considerada a maior alcáçova da Europa e foi declarada Monumento Histórico-Artístico em 1931. É uma cidadela moura construída no Séc. IX, mas a sua configuração actual é do Séc. XII. Entrámos pela Porta do Capitel, construída no Séc. XVI



e subimos às muralhas, percorrendo-as em todo o seu perímetro através do adarve, que de quando em vez tinha torres salientes para aumentar a protecção.









Também em alguns pontos tínhamos uma vista sobre a cidade.



De um dos lados via-se a Igreja do Convento de San José ou das Adoratrices. Esta igreja foi construída no Séc. XIII e o convento anexo em 1917.


Saímos da alcáçova e descemos algumas ruas





para ir sair à Plaza de España, onde se situa o Ayuntamiento num edifício dos finais do Séc. XVIII.


Na mesma praça encontra-se a Catedral de San Juan, construída entre os Séc. XIII e XV e declarada Monumento Histórico-Artístico desde 1931.




A sua Torre tem 41 metros de altura  e foi construída em data 1542.


Todo o interior é deslumbrante.





Destaque também merece o orgão que se pode ver ao fundo da sala do coro.


Saímos da Catedral e fomos para o parque onde tínhamos a AC e partimos para Portugal. Atravessámos a fronteira e mais à frente entrámos na N4 indo parar à entrada de Arraiolos, onde almoçámos no Restaurante O Forjador. Depois do almoço retomámos a marcha para só parar no destino, em Brejos de Azeitão. Mais uma viagem que correu bem, tirando alguma chuva mas que faz parte da época.