Viagem a Paris, realizada de 03.06.2025 a 05.07.2025 num total de 6537 quilómetros percorridos.
A ideia inicial desta viagem era ir visitar Paris, mas aproveitando os quilómetros que iríamos ter de percorrer, aproveitámos para prolongar e fazer outras visitas, incluindo uma visita à filha em Turim na Itália.
Dia 03.06 - Brejos de Azeitão / Almeida - 378,3 Km
Saímos de casa depois do almoço e seguimos por estrada nacional até à zona de Vila Velha de Ródão, onde entrámos na A23 e depois na A25, na direcção de Vilar Formoso. Saímos para Almeida, onde nos instalámos na ASA local (coordenadas GPS: 40.728900, -6.901900).
Dia 04.06 - Almeida / Anglet - 658,9 Km
Saímos de Almeida e fomos ao Intermarché de Vilar Formoso, reabastecer de gasóleo (por ser mais barato do que em Espanha). Atravessámos depois a fronteira e seguimos pela A62 até Tordesillas, tendo parado para almoçar na área da Repsol à saída desta cidade (coordenadas GPS: 41.517500, -4.946542). Aqui nos juntámos com o casal amigo do Porto, com o qual iríamos fazer esta viagem. Seguimos depois para França, tendo passado a fronteira em Irun. Já em França, dirigimo-nos para Anglet onde ficámos na ASA (coordenadas GPS: 43.526197, -1.514907).
Dia 05.06 - Anglet / Poitiers - 538,1 Km
De manhã fomos dar um passeio junto ao rio Adour, até ao farol.
Saímos de Anglet e fomos na direcção de Bordéus. Continuámos e parámos para almoçar na ASA de Roullet-Saint-Estèphe, um pouco antes de Angouléme (coordenadas GPS: 45.58012, 0.04492). Depois do almoço, os nossos amigos seguiram para Poitiers e nós para Oradour-sur-Glane, que eles já conheciam. Estacionámos junto da igreja (coordenadas GPS: 45.930054, 1.033506) e fomos visitar a Aldeia Mártir.
Esta aldeia foi totalmente destruída no dia 10 de Junho de 1944, quatro dias depois do Dia D e todos os habitantes e quem por lá se encontrava, num total de 642 pessoas, foram massacrados. Os homens foram levados para celeiros, onde foram baleados nas pernas e regados com petróleo, antes dos celeiros serem incendiados e as mulheres e crianças foram levadas para a igreja que foi de seguida incendiada. Esta aldeia nunca foi reconstruída, pois o presidente Charles de Gaulle ordenou que as ruínas fossem mantidas como um Memorial. Iniciámos a visita pelo Centro de Memória
Percorremos depois as ruas da aldeia, que é arrepiante ver toda aquela destruição e imaginar o que aconteceu.
e também outros objectos.
Passámos também pela igreja onde foram massacradas as mulheres e crianças.
Após a visita regressámos à AC e seguimos para Poitiers e para o estacionamenro do Futuroscope, que iríamos visitar amanhã (coordenadas GPS: 46.665360, 0.361512), onde já se encontravam os nossos amigos.
Dia 06.06 - Futuroscope - 0 Km
Hoje o dia começou com alguma chuva miudinha e fomos passá-lo no parque de diversões do Futuroscope, que foi já a terceira vez que o fizemos após lá termos estado em 1994 e 1998.
Logo à entrada tínhamos o mapa do parque
e depois de caminharmos um pouco
chegámos ao controle das entradas.
Continuámos depois do controle
e fomos à Máquina do Tempo.
Já munidos de óculos 3D, vamo-nos deslocando de uma cena para outra com vibração e alguns jactos de ar.
Passámos pelo lago
e fomos ao Chocs Cosmiques, que é um simulador.
Em algumas ruas havia chapéus pendurados para fazer alguma sombra.
Outra atração em que entrámos, foi a "Dança com os Robôs"
nós apenas para ver, mas os nossos amigos para participar.
Fomos a seguir ao "Arthur, a Aventura 4D " no fantástico pavilhão Dynamic
e depois aos "Caçadores de Tornados" em que assistimos numa tela circular, a maior da Europa, com efeitos especiais e cenas ao vivo e a plataforma da plateia sobe, desce, inclina e gira.
Depois, os nossos destemidos amigos não puderam passar sem ir dar uma voltinha na pequena montanha russa, enquanto nós ficámos a ver.
Também não podíamos passar ao lado do Gyrotour e não subir para ver a paisagem lá do alto.
O Gyrotour é uma plataforma circular que sobe a 45 metros de altura e vai girando lentamente, permitindo-nos uma vista panorâmica do parque temático.
Ao final da tarde saímos do recinto
e fomos jantar nas autocaravanas. Após o jantar voltámos ao parque e dirigimo-nos para o grande lago
onde fomos assistir ao espectáculo nocturno "A Chave dos Sonhos"
que era um espectáculo com raios laser, luz, água e efeitos especiais.
No final regressámos às ACs.
Dia 07.06 - Futuroscope / Paris - 336,3 Km
Saímos do Futuroscope com destino a Paris. Parámos para almoçar em Chartres, num pequeno parque bastante sombreado, junto da Église Saint Brice (coordenadas GPS: 45.930054, 1.033506)
Depois do almoço fomos visitar a Catedral, mas antes, ainda passámos pela Église Saint Aignan.
A igreja actual foi reconstruída no século XVI, após várias destruições pelo fogo. O interior é de três naves, sendo a central bem mais elevada
o altar ao fundo e o cadeiral do coro
As naves laterais
O Púlpito em madeira trabalhada
e aos pés da igreja o Orgão
Por toda a igreja excelentes vitrais
Seguimos agora para a Catedral (Cathédrale Notre-Dame), construída entre 1194 e 1220 e designada pela Unesco como Património Mundial em 1979.
Na fachada principal ostenta uma grande rosácea do século XIII
e todo o exterior é adornado com centenas de figuras esculpidas.
Na fachada sul encontra-se um anjo com um relógio de sol.
Também no interior se destacam bastantes figuras.
Na nave, os pilares octogonais e redondos alternados de cada lado, suportam parte do peso do tecto.
Ao cimo apresenta-se a Capela-Mor com o Altar-Mor do século XVIII
com um grande vitral
e o cadeiral do coro.
Outros vitrais estão por toda a catedral
O coro está separado do ambulatório por uma alta parede de pedra ornamentada, instalada entre os séculos XVI e XVIII.
No regresso às ACs, ainda passámos pelo Mercado de legumes, uma estrutura toda em ferro.
Após esta visita seguimos viagem para Paris, indo-nos instalar no Camping Sandaya em Maisons-Laffitte na periferia de Paris.
Dia 08.06 - Paris - 0 Km
Saímos do camping e fomos a pé até à estação do comboio
que apanhámos até ao centro, saindo na estação de Saint-Lazare e mudando-nos depois para o metro.
Começámos por ir visitar a Sainte-Chapelle, que é uma capela real, dentro do Palácio da cidade que foi residência dos reis de França até ao século XIV e hoje é o Palácio da Justiça, situada na Île de la Cité.
Quando chegámos já havia uma grande fila para entrar.
Esta capela foi construída com dois pisos, sendo o piso superior reservado para a família real e seus convidados e o inferior para os cortesãos, servos e soldados do palácio. A sua construção começou em 1242 e foi terminada e consagrada em 1248. A sua actual torre foi construída em madeira de cedro a partir de 1852.
Todo o interior da capela superior é dominado por grandes vitrais
mas toda a parede restante e a abóboda são ricamente coloridas e decoradas
e numa extremidade encontra-se uma impressionante rosácea com nove metros de diâmetro.
Um pequeno detalhe do portal da capela superior (38) Na capela inferior encontra-se a estátua de Luis IX.
Após a visita fomos almoçar e a escolha recaiu no Soleil d'Or.
De tarde passámos pelo Sena
e fomos visitar a Cathédrale Notre-Dame, que foi construída no século XII, modificada no século XVIII e restaurada no século XIX.
Em Abril de 2019 sofreu um incêndio que lhe causou sérios danos, o que levou ao seu encerramento até Dezembro de 2024, mas ainda hoje se verificam sinais de obras.
Também aqui havia uma grande fila para entrar
e enquanto aguardava, aproveitei para tirar fotos da fachada principal com os seus três grandes portais: o da Virgem, o do Juízo Final e o de Santa Ana
e de alguns pormenores.
Ao entrar, um pormenor da entrada e da porta.
O interior é majestoso formado por uma nave ladeada por corredores duplos onde sobressai a sua grande altura.
O Coro, situado no centro da Catedral com o seu cadeiral
e o Altar-mor onde estão as estátuas ajoelhadas de Luis XIII e Luis XIV.
No interior também existem bastantes vitrais
e uma das grandes rosáceas.
No incêndio de 2019 o grande Órgão sofreu danos mínimos.
Além deste, existe um outro Órgão no Coro.
A meio da nave está situado o Púlpito todo em madeira.
Saímos da Catedral e atravessámos a Place Jean-Paul II
e uma das muitas pontes que atravessam o Sena naquela zona, na direcção do Louvre.
Passámos depois pelo Louvre
e atravessámos a Place du Carrousel, onde se encontra o Arc du Triomphe du Carriusel, construído por Napoleão para celebrar as suas vitórias
e o Jardin du Carrousel.
Entrámos depois no Jardin des Tuileries
onde se encontra o grande lago circular.
Mais à frente, algumas estátuas do século XVII
e logo a seguir a entrada para a Place de la Concorde
Nesta praça, que é a maior da cidade de Paris, encontra-se o Oblisco de Luxor desde Outubro de 1836, que tem 23 metros de altura e pesa mais de 250 toneladas.
Próximo situa-se a Fonte dos Mares com 9 metros de altura
alguns pormenores da base da fonte.
Saímos da praça e na Ponte de la Concorde podíamos ver o edifício da Assembleia Nacional ao fundo desta
e observar a Torre Eiffel à distância.
Atravessámos depois a muito bem decorada Ponte Alexandre III
e regressámos ao camping utilizando os mesmos meios de transporte.
Dia 09.06 - Paris - 0 Km
Hoje voltámos a utilizar os mesmos transportes para nos deslocarmos para o centro de Paris.
Saímos na estação de La Défense
e fomos visitar a zona que é o maior distrito comercial de Paris. Conta com 72 edifícios de vidro e aço e imensos arranha-céus
sendo o Grande Arche, um super cubo com 110 metros de altura, 108 de largura e 112 de profundidade, o que mais impressiona
precedido de uma grande escadaria
o espaço sob o arco é tão grande que a Catedral Notre-Dame caberia dentro dele.
Subindo a escadaria, a vista dali é magnífica sobre a cidade.
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Apanhámos de seguida o metro e fomos até ao Arco do Triunfo, que homenageia aqueles que lutaram e morreram pela França nas Guerras Revolucionárias Francesas e Napoleónicas.
O Arco tem uma altura de 50 metros por 45 de largura e 22 de profundidade. Nas suas superfícies internas tem inscritos os nomes de todas as vitórias e generais franceses.
Sob a sua abóboda encontra-se o Túmulo do Soldado Desconhecido da Primeira Guerra Mundial.
Dali fomos a pé até à Torre Eiffel.
A Torre Eiffel tem 330 metros de altura, sobre uma base quadrada de 125 metros de lado. Como já a havíamos visitado em anos anteriores, ficámo-nos apelas pelo olhar.
Ao lado está a Ponte d'Léna sobre o rio Sena.
De seguida fomos almoçar no Restaurante Linette, a poucos metros.
Depois do almoço voltámos a apanhar o metro e fomos à Basilique du Sacré-Coeur.
Depois do metro subimos esta rua repleta de lojas de recordações e de pessoas
e ao chegar ao cimo fomos apanhar o funicular para o qual já havia uma grande fila.
Saindo do funicular temos um miradouro sobre a cidade
em que o gradeamento está cheio de cadeados
e restava-nos agora a última etapa que era a subida da escadaria, pois ela encontra-se localizada no topo do morro de Montmartre.
A sua construção começou em 1875 e terminou em 1914, tendo sido consagrada em 1919, após a Primeira Guerra Mundial. Depois de muita controvérsia, a igreja foi finalmente nomeada Monumento Histórico Nacional em 2022. Enquanto aguardámos na fila a entrada na Basílica, fui obtendo alguns pormenores da mesma.
A igreja tem 85 metros de comprimento e 35 metros de largura. No interior sobressai o Coro e o Altar.
Sobre o Coro está a maior e mais importante obra de arte da igreja.
A nave é dominada pela alta cúpula, simbolizando o mundo celeste.
Por cima de uma das capelas pode ver-se uma grande rosácea
Também contém um grande Órgão de tubos.
Novamente no exterior, mais uma vez admirámos a vista sobre Paris
e regressámos ao camping.
Dia 10.06 - Paris - 0 Km
Novamente fomos até à estacão de Maisons-Laffitte e seguimos para o centro. Saímos do metro na estação Ópera, que fica defronte da fachada principal deste magnífico edifício.
A Ópera está instalada no Palácio Garnier desde 1875, o qual está classificado como Monumento Histórico desde 1923. Contornámos o palácio
e fomos para a fila que aguardava a entrada.
Enquanto aguardámos pudemos apreciar as várias esculturas do exterior
Ao entrar ficamos num grande hall
de frente para a grande escadaria de mármore
e as galerias no piso superior
Subindo a escadaria, observámos todo aquele esplendor
e apreciámos outra prespectiva da escadaria
das galerias
Admirámos a riqueza das galerias
e a beleza dos tectos.
Estivemos depois numa mostra dos camarotes
e de um deles pudemos ver a cena do palco
da sala
e dos camarotes.
Passámos pela biblioteca
e por uma exposição fotográfica.
Saímos da Ópera e fomos até às Galerias Lafayette
onde entrámos para almoçar.
Depois do almoço fomos admirar o interior das galerias, que não há palavras para descrever a sua beleza.
Voltámos a apanhar o metro e fomos visitar o Musée d'Orsay, que está instalado na antiga estação ferroviária d'Orsay, construída entre 1898 e 1900.
No exterior existem várias estátuas em bronze, que embelezam o local.
Para entrar tivemos de aguardar alguns minutos na fila que já existia.
Ao entrar temos uma vista da sala principal
onde estão expostas várias esculturas
em que a parte central da cobertura é em vidro para entrar a claridade
e as laterais são bastante trabalhadas.
Por cima da entrada encontra-se um bonito relógio.
Passando ao museu propriamente dito, estão expostas diversas obras dos principais pintores: Vincent Van Gogh
Édouard Manet
Claude Monet
Paul Gauguin
e muitos outros. Saímos do museu, onde passámos grande parte da tarde e fomos até ao Moulin Rouge, apenas para o ver por fora
e voltámos de seguida para o camping.
Continua ...
