terça-feira, 15 de julho de 2008

1995 - Viagem a Salou (Espanha) com visitas a Tarragona e Barcelona, efectuada de 29.07 a 25.08, num total de 2950.6 quilómetros percorridos.

O mapa apresentado abaixo indica o percurso seguido nesta viagem.Este ano mais uma vez não nos afastámos muito, mas desta vez por motivo de a C. e um dos italianos do ano passado, o F., durante este espaço de tempo terem resolvido iniciar namoro e ser esta uma maneira de se voltarem a encontrar.

1º e 2º Dias - Algueirão/Salou - 1264.5 Km

Saímos do Algueirão ao fim da tarde, com o propósito de fazer a viagem durante a noite a fim de estarmos em Salou logo pela manhã para garantir um lugar no camping. Fomos até Lisboa e depois pela A1 até Vila Franca de Xira onde saímos, atravessando o rio Tejo pela Ponte Marechal Carmona.
Jantámos no cruzamento de Pegões, no Restaurante Regional, findo o qual continuámos a viagem até ao Caia, por onde entrámos em Espanha eram já, ou só, 23.30.
Seguimos até Madrid, cidade que atravessámos às 3.30 da manhã e onde os termómetros marcavam a essa hora 26º C. Tomámos a direcção de Zaragoza e antes de lá chegarmos começou a dar-me o sono e então parei um pouco para apanhar ar e descansar.
Passando Zaragoza, apanhámos alguma chuva e trovoada, mas a trovoada mais forte foi já na auto-estrada para Tarragona.
Chegámos a Salou e ao Camping Sanguli, eram 11.30 e depois da inscrição na recepção, lá fomos montar o material e almoçar. Ficámos na mesma zona dos anos anteriores.
De tarde estivemos a descansar da fatigante viagem.

3º Dia ao 26º Dia - Salou e arredores - 467.2 Km

No 3º dia fomos depois do almoço até Reus e quando voltámos estava à entrada do camping a autocaravana da minha irmã, que estavam na recepção à espera para entrar e os meus pais também estavam com eles. Quando entraram, como não havia lugar junto de nós, ficaram um pouco mais abaixo.

No 4º dia, 1 de Agosto, a C. fez 21 anos e foi almoçar com o F. À noite fomos jantar ao Restaurante La Gaviota e comemos o menú especial, que era Paella. Depois do jantar fomos um bocado até à feira e jogámos nos camelos, mas desta vez não nos saiu nada.
12º dia fomos novamente até à feira e ao jogar nos camelos, saiu-me um boneco a que demos o nome de Anacleto. Foi na 5ª e última jogada e joguei com o número 13.

Na tarde do 15º dia fomos até Tarragona. A cidade de Tarragona, a antiga Tárraco Romana, estende-se sobre uma colina de 70 metros de altura, debruçada sobre o mar, que já os romanos utilizaram no ano 218 a.C..
Depois de estacionarmos o carro na parte velha da cidade, fomos ao turismo pedir o mapa da cidade e começámos o nosso passeio pela visita à Catedral de Santa Maria, que constitui o templo mais representativo da época medieval e é uma construção de estilo de transição do românico ao gótico. A sua construção começou na segunda metade do séc. XII e só terminou em 1331. É um edifício de planta basilical de cruz latina, com três absides semi-circulares. Na fachada, que ficou inacabada, destaca-se a virgem por cima do portal.
Passámos depois pelo antigo Hospital de Santa Tecla, que é um edifício dos séc. XII ao XIV e de estilo românico-gótico.
Passámos também por uma arcadas góticas, que eram do antigo mercado da cidade medieval e pelo muro do Fórum Provincial Romano, antiga sede de administração pública da província romana Tarragonense.
No trajecto para o Museu da Romanidade, atravessámos o Bairro Judeu que era a zona ocupada por esta antiga comunidade na época medieval. O Museu da Romanidade, foi construído no séc. I e é o edifício do seu género, melhor conservado em toda a Europa.
Fomos depois até ao Anfiteatro Romano, o qual só vimos por fora, que é uma construção do séc. II e onde tinham lugar principalmente os espectáculos de gladiadores.
Após estas visitas, fomos buscar o carro e regressámos ao camping.

No 17º dia fomos ao Port Aventura, que é um parque temático em Salou, o qual se encontra dividido em cinco áreas distintas: Mediterrânia, China, Polynesia, México e Far-West. Em todas elas existem diversas atracções e espectáculos, além de restaurantes e bares alusivos à zona e lojas de recordações. Segue-se o mapa do recinto, bem assim como quatro imagens da entrada.
































Na Polynesia destaca-se o Makamanu Show, que é um show com aves exóticas e o Polinesian Show, que é um show com música e danças dos nativos. Seguem-se algumas imagens.
Também na Polynesia havia o Tutuki Splash, que eram uns barcos que depois de andarem um pouco, desciam uma encosta ganhando alguma velocidade e que quando chegavam ao fim, com o impacto na água, faziam com que esta saltasse e desta forma quem ía no barco ficava todo molhado, o que devido ao calor até sabia bem e resultava numa risota geral. Seguem também imagens.














No Far-West, podemos assistir ao musical Can-Can no ponto de encontro dos pistoleiros, o Saloon Can-Can e também circular num comboio que percorria toda a área e parava em diversas estações.















Ficam agora imagens da Mediterrânia, que é um local formado por um enorme lago e onde se podem fazer viagens de barco.





Seguem-se algumas imagens do México, onde entre outras coisas assistimos a alguns espectáculos de música tìpicamente mexicana.



























E agora as imagens da China onde podíamos ver um porto chinês, a famosa muralha da China, um teatro imperial e ainda um curioso carrossel, que era constituído pelas também famosas chávenas de chá chinesas, que era onde as pessoas se sentavam e tinha ao centro um bule. Também nas ruas se efectuam diversas animações e temos ainda a famosa mas temerária Montanha Russa.
Após um dia bem passado, regressámos ao camping ao fim da noite depois de termos assistido a um Festival de Água, Música e Som, que se realizou no lago com raios laser e a um lançamento de fogo de artifício.



















No 18º dia, para comemorar o 23º aniversário do nosso casamento, fomos jantar fora. Depois de jantar estivemos, como já é hábito por ser o 15 de Agosto e ser também feriado nacional em Espanha, a assistir ao fogo de artifício que é lançado junto à praia.

No 23º dia resolvemos ir até Barcelona e saímos cedo do camping. Barcelona é a capital da Catalunha e a segunda maior cidade de Espanha, depois de Madrid. Está assente numa planície que desce num suave declive, desde a Serra de Collserola com o seu monte mais alto, o Tibidabo com 512 metros, até ao mar.
Quando chegámos a Barcelona, estacionámos o carro e deslocámo-nos a pé e de metro para as várias visitas.
Passeámo-nos pela Rambla, que é uma avenida com quase dois quilómetros, entre a Praça da Catalunya e o porto, onde existem tendas de livreiros, floristas, vendedores de pássaros, entre outras coisas. A Rambla é um local único, mas está formada por cinco ramblas diferentes e duas praças e isto faz com que também se lhe chame As Ramblas.
A parte superior é a Rambla de Canaletes, que tem bancos e explanadas e é onde as pessoas se juntam a conversar e comer alguma coisa.
Vem depois a Rambla dos Estudis, chamada assim porque noutros tempos estava aqui a universidade. Também se lhe chama a Rambla dos Pássaros, porque nela existe um pequeno mercado ambulante de pássaros e outros animais, como peixes, tartarugas e cães.
A rambla seguinte é a de San Josef, também chamada das Flores, já que aqui estão as famosas bancas de floristas, que enchem o ambiente com o seu perfume e o seu colorido.
Temos depois a Rambla do Centro e a última á a Rambla de Santa Mónica.
Após termos percorrido as ramblas fomos visitar a Catedral de Santa Eulália, gótica e de muito interesse, com o seu bonito claustro e os seus portais. A sua c0nstrução iniciou-se em 1298, no séc. XIII e só terminou no séc. XV. Foi construída sobre a antiga catedral românica, edificada por sua vez sobre uma igreja da época visigoda. A fachada deste templo, de estilo neo-gótico, entretanto, é muito mais moderna; dos finais do séc. XIX. O interior da Catedral, de três naves, é uma maravilha.
A cripta, situada por baixo do presbitério, começou a ser construída no principio do séc. XIV e foi acabada em 1326. Nela repousam os restos mortais da Santa, cuja transladação ocorreu em 1339.
Dirigimo-nos depois para o Templo da Sagrada Família, também referida como catedral do séc. XX. É considerada por muitos críticos da área como a obra mais conhecida de Antoni Gaudi. O primeiro projecto, do arquitecto Del Villar, data de 1882. Em 1891, Gaudi encarregou-se da continuação da obra e modificou o projecto por inteiro, convertendo-o na mais ambiciosa das suas obras. Dedicou a ele os últimos 40 anos da sua vida. A Catedral, que deveria ter sido financiada principalmente à base de doações dos habitantes da cidade, foi paralizada em 1936 devido à Guerra Civil Espanhola. O Templo foi projectado para ter três grandes fachadas: a fachada da Natividade, quase terminada com Gaudi ainda em vida, a fachada da Paixão iniciada em 1952 e actualmente pretende-se terminar as obras, com a construção da fachada da Glória, a maior das três e cobrir o Templo o que se prevê que aconteça no ano 2025, data em que também começarão as obras de restauração da parte mais antiga da Catedral. Esta obra sobrepôr-se-á a todas as dimensões conhecidas; estima-se que poderá levar no seu coro 1500 cantores, 700 crianças e cinco orgãos.
Gaudi morreu trágicamente três dias depois de ter sido atropelado, em 7 de Junho de 1926, pelo autocarro nº 30 que cruzava a Gran Via com a Calle Bailen. Ficou sepultado nesta sua imensa obra.
Fomos também ao Parque Guell, realizado por Gaudi e que se encontra na Montanha Carmel, de onde se tem uma vista magnífica sobre a cidade e o mar. O proprietário dos terrenos onde se encontra, Eusebi Guell, quiz fazer ali uma cidade-jardim, mas o projecto foi um enorme fracasso comercial, tendo sido vendidos apenas dois dos sessenta lotes previstos, o que resultou no cancelamento do projecto global, tendo-se por isso tornado, anos mais tarde, num parque público sendo a parte que hoje existe, apenas a entrada do complexo.
A sua construção começou em 1910 e acabou em 1914, sendo inaugurado em 1922. É hoje considerado pela Unesco, uma herança Mundial.
É neste parque que se localiza a Casa-Museu Gaudi.
Na parte inferior, o parque está rodeado por um muro ornamentado com cerâmica.
Desde a pracinha ali existente, sobe uma curiosa escada, onde se encontra uma fonte que jorra da boca de um grande sapo.











No início da escada está a surpreendente Sala das Cem Colunas ( que na realidade são 80 ), em cujo tecto existem verdadeiras colagens dos mais diversos objectos, como fragmentos de pratos, bonecas de porcelana, garrafas e copos de vidro, etc..
Por cima desta sala está a Gran Plaza Circular, que apresenta um banco a toda a sua volta, com cerca de 152 metros, coberto de cacos de mosaicos e azulejos coloridos.
Após esta visita, regressámos a Salou e ao camping.
Tirando estes dias em que fomos passear, os restantes passámo-los entre a praia, a piscina , o descanso e à noite os espectáculos no anfiteatro.

27º e 28º Dias - Salou/Algueirão - 1218.9 Km

Saímos do camping às 11.30 e fomos direito a Tarragona, onde virámos pela estrada nacional para Zaragoza. Mais à frente entrámos na auto-estrada para nos despacharmos. A partir de Zaragoza fomos pela NII até Madrid, onde chegámos por volta das 19.30. Aqui chegados enganei-me e meti pela NIV, mas verifiquei logo o engano, pois esta era a autovia de Andaluzia. Então saí na primeira saída e voltei para trás para tomar a NV, que é a autovia da Extremadura e que nos levou até à fronteira do Caia, onde chegámos por volta da meia-noite.
Entrámos em Portugal e notou-se logo uma diferença imensa, para pior, no piso da estrada. Viemos por Elvas direito a Montemor onde entrámos na A6, que entretanto tinha sido aberta durante a nossa ausência e na Marateca entrámos na A2, que nos trouxe até à Ponte 25 de Abril.
Chegámos ao Algueirão eram 2.30 da manhã, portanto já no dia 25, tendo assim chegado ao fim da nossa viagem.

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