domingo, 20 de junho de 2021

Viagem pela Rota do Douro e Vale do Tua - 3ª Parte

 Dia 20 - Murça / Torre de Moncorvo - 140,4 Km


Saímos de Murça e fomos até Perafita, uma pequena aldeia do concelho de Alijó, onde impera o granito. Estacionámos logo à entrada, num pequeno largo (coordenadas GPS: N 41º 23' 16,50'' W 07º 32' 41,50''). Subimos uma rua toda empedrada


onde logo à entrada havia umas "alminhas" encaixadas num muro


e logo a seguir um espigueiro.


Continuámos percorrendo essa rua




e passámos por uma fonte de mergulho encimada por uma placa com a inscrição "Fontinha".


Logo a seguir começa o Santuário do Senhor de Perafita, que é um sinónimo de milagres e cuja construção começou na segunda metade do século XVIII. Este Santuário é formado por um conjunto de edifícios: a Igreja, que tem a particularidade de a Capela-Mor ter sido construída antes da nave




a Torre Sineira que está afastada da igreja


e que tem uma Fonte agregada


a Casa dos Milagres, que se destaca pela varanda com arcarias.


A seguir à Casa dos Milagres começa uma subida em calçada, iniciada por uma escada




que conduz até à Capela do Senhor dos Milagres, que fica num plano elevado


e espreitando pela porta consegue-se ver o interior.


No adro desta Capela encontra-se uma fonte


que tem esta inscrição.


Do adro da Capela também se tem uma vista sobre a aldeia.



Faz ainda parte deste Santuário, o Calvário, que é um recinto com cinco cruzeiros sem qualquer ornamentação e que fica um pouco mais abaixo da capela.


Na subida para a Capela existe uma gruta.


Visitado o Santuário descemos até à AC e abandonámos esta aldeia em que as casas são na sua maioria em pedra de granito.
Seguimos a viagem até Alijó, onde estacionámos num recinto enorme junto ao Mercado Municipal (coordenadas GPS: N 41º 16' 26'' W 07º 28' 30''). Depois de estacionar fomos passear pelo Centro Histórico e passámos por uma rotunda na qual havia um monumento alusivo às vindimas.



Continuámos por essa avenida e passámos pelo edifício da Câmara Municipal, parte do qual foi construído no século XVIII e outra parte no século XIX.




Ao lado da Câmara encontra-se o Pelourinho, construído no século XX e classificado como Imóvel de Interesse Público.


Logo a seguir, no Largo da Igreja, encontra-se um Chafariz, constituído por um tanque redondo e duas taças em pirâmide.


No mesmo largo, e daí advém o nome, encontra-se a Igreja Matriz ou Igreja de Santa Maria Maior.




O interior é de nave única


e Capela-Mor mais baixa e estreita


com uma linda pintura na cobertura.


No topo da nave apresentam-se quatro retábulos em talha policromada.




As paredes da nave e da capela-mor são revestidas a azulejos monocromos azuis sobre fundo branco.


Na parede lateral esquerda encontra-se o Púlpito


e abaixo dele, uma imagem de Cristo crucificado.


A cobertura da nave, em madeira, está pintada com anjos, músicos e um painel central com a Virgem e o Menino.



Por cima da entrada está o Coro-Alto



de onde se tem uma vista superior sobre toda a igreja


e a cobertura da nave.


O Baptistério, alberga a Pia Baptismal em mármore, encimada por um painel de azulejos monocromos azuis sobre fundo branco, representando o baptismo de Cristo.



Na traseira da igreja encontra-se um grande plátano com 165 anos, cujos ramos se estendem por toda a avenida


tem uma placa com uma prosa poética a enaltecer a árvore, que assinala o seu centenário.


Dali, estende-se uma larga praça


onde se encontra o edifício do Tribunal.


Defronte, do outro lado da rua está a Biblioteca Municipal


e mais abaixo este edifício em pedra.


Regressámos à Ac e partimos para a Capela de Santa Bárbara perto de Favaios. Estacionámos ao fundo da Capela (coordenadas GPS: N 41º 16' 13,30'' W 07º 29' 45'') e subimos a pé uma rampa


que nos levou até à Capela.



Espreitando por um dos janelos consegue-se ver o interior.


Esta capela é a reconstituição de uma mais antiga. 
Ao lado da capela existe uma zona de lazer com sombras e bancos.


Do Miradouro obtém-se uma vista panorâmica que abrange uma vasta área.



Descemos depois até à vila de Favaios e parámos na Adega Cooperativa (coordenadas Gps: N 41º 16' 14,40'' W 07º 30' 16,60''), onde fomos provar o moscatel.


Fomos depois mais para o centro e estacionámos num pequeno largo (coordenadas GPS: N 41º 15' 55'' W 07º 30' 05,80'') e fomos então a pé por uma rua



até ao Largo da Praça, onde ao centro está uma fonte.


Logo em frente situa-se o Museu do Pão e do Vinho, que fomos visitar.


Este museu interpreta a história do vinho moscatel e do pão de Favaios, propondo-nos fazer uma viagem no tempo aliciante, quer ligado à produção do vinho moscatel





quer à manufactura do pão.





Voltámos à autocaravana e seguimos para São Mamede de Ribatua. Estacionámos à beira da estrada no início da povoação (coordenadas GPS: N 41º 15' 02'' W 07º 26' 00,50'') e demos início à descoberta desta vila. Logo à entrada, atravessámos uma ponte sobre um ribeiro, cujas águas servem essencialmente para rega das culturas.


Na margem desse ribeiro foi criado um jardim, "Jardim das Laranjeiras", que está muito bem arranjado e com algumas esculturas.


Do outro lado da rua, num barranco, está outra escultura que aliás, estão distribuídas por vários pontos.


Seguimos pela estrada e virámos logo na primeira à direita, atravessando o jardim e o ribeiro.


Aqui começa a parte velha da vila, com ruas estreitas.


Seguimos até ao Largo do Pelourinho, onde este se encontra assente sobre cinco degraus.


Percorremos depois várias ruas






até chegar a um lugar de onde se tinha uma vista sobre o rio Tua.


Regressámos à AC e seguimos viagem até ao Miradouro de São Lourenço
Saindo da estrada nacional, junto a Pombal de Ansiães, entramos numa estrada municipal muito estreita, que vai para São Lourenço. Estacionámos mesmo junto ao Miradouro, numa zona onde a estrada alarga um pouco (coordenadas GPS: N 41º 17' 46'' W 07º 22' 07,30''). Este Miradouro permite uma vista privilegiada sobre o Vale do Tua e convida o visitante a entrar na silhueta de S. Lourenço para desfrutar da magnífica paisagem envolvente.



Lá ao fundo vê-se o Cais de S. Lourenço.


Após nos deslumbrarmos com a paisagem seguimos para Torre de Moncorvo apenas para pernoitarmos na ASA (coordenadas GPS: N 41º 10' 51'' W 07º 02' 30'').


Esta ASA encontra-se num local tranquilo, junto às piscinas e com uma vista privilegiada sobre a localidade, os montes e a eclusa.




Dia 21 - Torre de Moncorvo / Barril de Alva - 156,5 Km


Saímos da área de serviço e fomos directamente para Barril de Alva com o intuito de ir almoçar no Restaurante Quinta do Urtigal, anexo à área de serviço, o qual apresenta pratos espectaculares e uma sopa divinal feitos pela Cristina. Ficámos o resto da tarde na área.

Dia 22 - Barril de Alva / Pampilhosa da Serra - 104,6 Km


Saímos do Barril de Alva e fomos para a aldeia de Cabreira, uma aldeia de xisto no concelho de Góis, na margem do rio Ceira. Estacionámos num largo (coordenadas GPS: N 40º 08' 29,50'' W 08º 04' 22,30'') e fomos percorrer algumas ruas




onde passámos por algumas fontes



e algumas curiosidades decorativas.


Mais abaixo existe uma praia fluvial.
Daqui seguimos para a vizinha aldeia do Tarrastal. Esta aldeia fica numa pequena encosta e está práticamente desabitada mas tem sido alvo de melhoramentos, graças a estrangeiros que aqui têm adquirido habitações e as têm reconstruído e melhorado. Estacionámos onde arranjámos lugar dado a estrada ser estreita e não haver zonas largas.


Logo ali, subimos por uma escada em xisto


e fomos dar a um largo.




Seguimos por umas ruas




até um pequeno largo com alguma decoração floral e uma fonte com um engenho.




Passámos também por um coberto com churrasqueira e a indicação "Deixe Limpo".


Descemos para a estrada e viemos sair junto dos antigos lavadouros públicos, já desactivados.


Seguimos para a aldeia de Cadafaz, também uma aldeia de xisto mas já com muita casa rebocada e pintada. Esta aldeia é povoada muito antes da criação de Portugal, provávelmente desde o tempo dos árabes ou romanos e estende-se pela serra acima, com as suas estreitas ruas serpenteando pelo meio das casas.  Estacionámos num grande largo à entrada da aldeia (coordenadas GPS: N 40º 08' 06'' W 08º 03' 10''), onde havia uma pequena capela, a Capela de Santo António.


Esta capela, do século XVI, tem a porta ladeada por duas pequenas janelas e uma Sineira no lado direito. É antecedida por um espaço coberto cercado por um gradeamento. Começámos a visita à aldeia a partir da capela e seguimos por uma rua com piso empedrado





até à Igreja de Nossa Senhora das Neves, a Matriz de Cadafaz. A sua construção remonta aos finais do século XVI e início do século XVII.




Ao lado da igreja, no Largo do Adro, encontra-se um chafariz com duas torneiras e a data inscrita de 1935.



Logo a seguir, no canto do mesmo largo, está um espaço de convívio com três churrasqueiras e um forno.



Continuámos por essa rua


e passámos pela Torre do Relógio




Subindo a escada da Torre temos uma vista sobre a aldeia.



Calcorreámos mais uma rua



e fomos ver o Cristo-Rei.


Para terminar deixo uma foto de uma trava de madeira muito usada nas aldeias.


Regressámos à AC e seguimos para a próxima aldeia, que seria Fajão, esta já pertencente ao concelho de Pampilhosa da Serra. Estacionámos logo à entrada (coordenadas GPS: N 40º 08' 55,50'' W 07º 55' 15,50'') de onde se abrangia uma parte da aldeia.


Esta aldeia começou a ser requalificada em 2003 e os seus habitantes demoliram, voluntáriamente, parte das suas casas e Fajão ganhou uma nova cara. Começámos por passar na Igreja Matriz, dedicada a Nossa Senhora da Assunção que foi edificada no século XVIII no lugar de um templo primitivo já muito arruinado e desde então sofreu bastantes modernizações. É uma igreja modesta, com a Torre Sineira separada.


Continuámos por uma rua


e atravessámos o Parque Menina Luz, que foi requalificado no final de 2020 e principio de 2021.



Subimos uma escada



fomos dar ao Museu Monsenhor Nunes Pereira, que não visitámos por se encontrar encerrado


e continuámos a percorrer a aldeia.






No final voltámos para a autocaravana e seguimos para Pampilhosa da Serra, tendo pernoitado na sua Área de Serviço (coordenadas GPS: N 40º 02' 38'' W 07º 56' 39'').





É uma área muito boa, com o piso empedrado, mesas para merendas e casas de banho. Quando chegámos não estava ninguém e só mais tarde chegou outra AC.

Dia 23 - Pampilhosa da Serra / Brejos de Azeitão - 339,5 Km


Saímos de Pampilhosa da Serra e seguimos para a vila de Orvalho, que pertence ao concelho de Oleiros e onde pretendíamos ir comer o cabrito estonado, um prato característico do concelho de Oleiros e que não conseguimos provar quando fomos em 2020 aos Passadiços do Orvalho. Chegámos a Orvalho e estacionámos junto do restaurante Pérola do Orvalho (coordenadas GPS: N 40º 01' 32,70'' W 07º 47' 47''). Como tinha reservado mesa para as 13 horas, tivemos ainda de estar a aguardar pela hora certa. O cabrito estonado é um cabrito assado, mas a diferença que tem para o cabrito assado normalmente, é que não é esfolado e é assado com a pele, que fica crocante. O cabrito é escaldado em água quente e a pele é raspada para retirar o pelo. O cabrito vinha acompanhado de batata assada e migas de couves. Quando me lembrei de tirar a fotografia, já tínhamos começado a servir-nos, daí a travessa já não estar intacta.


Depois do almoço regressámos a casa e o GPS mandou-me por estradas que eu não estava a contar, mas como sou bem mandado, segui a indicação e andei mais uns 40 quilómetros do que o Google Maps me indicava.

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