segunda-feira, 21 de abril de 2025

Viagem à Ruta del Cares e Puy du Fou em Espanha - 1ª Parte

Viagem à Ruta del Cares e Puy du Fou em Espanha, realizada de 22.03.2025 a 11.04.2025 num total de 3283 quilómetros percorridos.

Esta viagem tinha sido programada para começar na Ruta del Cares e terminar no Puy du Fou, mas devido às condições atmosféricas foi sendo alterada, pois não seria sensato e até perigoso, fazer a Ruta del Cares com tempo de chuva.

Dia 22.03 - Brejos de Azeitão / Alfaiates - 394,4 Km

Saímos de Brejos de Azeitão e fomos por Coruche e Montargil.  Almoçámos na área de serviço de Castelo Branco na A23. Seguimos depois para Alcongosta para vermos as cerejeiras em flor, mas devido ao tempo que se tem feito sentir, estavam ainda um pouco atrasadas.



Subimos até ao cimo, junto ao Natura Glamping (coordenadas GPS: 40.10759, -7.48376), onde já nos aguardava o casal amigo com quem iríamos fazer esta viagem.


O caminho em Alcongosta para lá chegar é um pouco complicado, pois são ruas estreitas e empedradas. Estivemos lá pouco tempo, pois estavam 4º C. Seguimos depois, já os dois casais, para a ASA de Alfaiates (coordenadas GPS: 40.38162, -6.92567), onde pernoitámos.


Dia 23.03 - Alfaiates / Plasência - 127,4 Km

Saímos de Alfaiates e entrámos em Espanha um pouco mais à frente. Passámos por Moraleja e fomos para Coria, tendo estacionado na ASA (coordenadas GPS: 39.99199, -6.53735), onde almoçámos. Depois do almoço fomos estacionar mais perto do centro (coordenadas GPS: 39.98378, -6.53406) e fomos percorrê-lo.


Entrámos por uma das portas da muralha


e fomos dar à Plaza de San Pedro, onde se localiza o Ayuntamiento.


Seguimos depois até à Catedral de Santa Maria de la Asunción, cuja construção começou em 1496, no local de uma antiga catedral visigótica.



Por se encontrar encerrada, não pode ser visitada. Percorremos algumas ruas


e fomos dar à Plaza de España


Passámos ao lado pela Iglesia Santiago Apóstol


e também pelo Castelo dos Duques de Alba, do século XV


Saímos da zona histórica por outra porta da muralha ao lado do castelo



e fomos para a AC. Seguimos depois para Plasência, onde estacionámos no parque de estacionamento para pernoitar (coordenadas GPS: 40.03189, -6.08022).


Depois de estacionar fomos dar uma volta pelo parque


onde o rio Jerte passava com um grande caudal.


Regressámos à AC para jantar e ver o jogo de Portugal com a Dinamarca, dos quartos de final da taça das nações, que Portugal venceu por 5-2, tendo-se apurado para as meias finais, após prolongamento e alguns sustos sofridos.

Dia 24.03 - Plasência / Valverde de la Vera - 145,5 Km

Saímos de Plasência e fomos até ao Vale do Jerte, que embora calculássemos que as cerejeiras ainda não estariam floridas, quisemo-nos certificar. De facto apenas se via uma ou outra com meia dúzia de flores. Fomos depois estacionar num parque junto ao Centro Interpretativo do Jerte (coordenadas GPS: 40.20629, -5.77140)


e fomos a pé até ao Desfiladeiro de los Infernos


caminhando cercados por uma vegetação exuberante




ou avistando pequenas quedas de água


Um pouco mais acima chegámos aos Pilones.


Depois de atravessar uma pequena ponte de madeira


podemos admirar a maravilha que a água esculpiu no granito ao longo de vários anos.


Voltámos a descer, agora por um estradão de terra que se tornou menos cansativo


e fomos para o parque de estacionamento, onde almoçámos na AC. Depois do almoço partimos para Valverde de la Vera, tendo estacionado na ASA local (coordenadas GPS: 40.12234, -5.49811). Esta era uma área paga, com cancelas em que era necessário um pré-registo.


Dia 25.03 - Valverde de la Vera / Talavera de la Reina - 89,6 Km

Saímos da área de serviço e fomos ver a Cascada del Diablo, tendo estacionado no estacionamento próprio (coordenadas GPS: 40.13193, -5.44980).


Caminhámos cerca de 200 metros através de um trilho



até chegarmos à cascata que desce da serra de Gredos



onde havia um gradeamento de onde partia uma escada até às águas.



Depois da cascata fomos até Oropesa, onde pensava estacionar junto ao castelo, mas por motivo de obras tal não foi possível e fomos estacionar na ASA (coordenadas GPS: 39.92122, -5.16749)


indo depois a pé, passámos pelas ruínas do Colegio de los Jesuitas


e pela Capilla de San Bernardo


até chegar ao Castelo


que fomos visitar


O castelo foi declarado Monumento Histórico-Artístico em 1923 e Monumento Nacional em 1926. No interior, há uma grande praça rectangular que actualmente é usada para actividades culturais



e de onde se sobe por uma larga escadaria de pedra até às muralhas



de onde se tinha uma prespectiva sobre a cidade e os campos em redor.



A Torre de Menagem é o elemento mais notável com os seus 25 metros de altura. É de planta quadrada e tem uma porta de acesso ao piso.


No 2º piso ficamos perante uma sala


onde havia uns cadeirões para os "Reis"


e de onde partia uma escada de madeira para o 3º piso, o piso nobre


onde havia mais outra sala, onde se encontram os escudos dos condes de Oropesa



do último piso acedia-se por uma escada de pedra ao terraço ameado, com duas torres circulares.



Deixámos o castelo e passámos pela Iglesia de Nuestra Señora de la Asunción, uma construção do século XVII.




Passámos ainda pela Plaza del Navarro, onde se localiza o Ayuntamiento


e fomos para a ASA, onde almoçámos na AC. Depois do almoço partimos para Talavera de la Reina


tendo estacionado na ASA (coordenadas GPS: 39.95641, -4.81447) e já não saímos.

Dia 26.03 - Talavera de la Reina / Toledo - 85,4 Km

Deixámos a AC na ASA e fomos a pé visitar a cidade. Atravessámos uma feira que estava a decorrer


e entrámos nos Jardins do Prado


onde havia bonitos painéis de azulejos.




Caminhámos na direcção da Basílica de Nuestra Señora del Prado, que fomos visitar.


A sua construção data dos séculos XVI-XVII. O pórtico da entrada é suportado por colunas de pedra e encimado por um campanário de tijolos.


O interior é formado por três naves separadas por grandes pilares, sendo a central mais elevada.


No topo fica o camarim da Virgem, coberto por uma cúpula oval.


Os tectos das 3 naves são em madeira.


As laterais de todo o templo são decoradas com azulejos de Talavera com 1,5 m de altura.



Os dois Púlpitos de cerâmica, um original do século XVI e outro de meados do século XX, também chamam a atenção.


Nas naves laterais existem várias capelas



e no pé da basílica ergue-se o coro-alto.


Saímos da basílica e voltámos a atravessar os jardins do Prado


passando pela Fonte da Rã, que não estava a funcionar


o pequeno edifício de WC público, conhecido como La Mezquita.


Abandonámos o jardim e percorremos algumas ruas



até às Muralhas e Torres Albarranas, que são do século XIII.





Passámos pelo Parque Joaquin Benito de Lucas



à beira do rioTajo, que se apresentava com o leito a transbordar devido às últimas fortes chuvadas


e pelo que resta da Ponte Medieval.



Atravessámos a rua e passámos por dois admiráveis painéis de azulejos



e fomos até à Iglesia de San Prudencio do Convento de Santa Catalina, fundado por volta de 1372.



Fomos depois até à Plaza del Pan



onde se encontra a Iglesia de Santa Maria Mayor, do século XIV.


No regresso voltámos ao rio Tajo e passámos junto à Puente Reina Sofia ou Ponte de ferro, como popularmente é conhecida, construída entre 1904 e 1908


e seguimos pela Ronda del Cañilo, tendo atravessado novamente a feira onde adquirimos alguma fruta. Já na AC, aí almoçámos. Depois do almoço fizemos a manutenção da mesma e partimos para Torrijos, tendo estacionado na zona do Palácio de Pedro I (coordenadas GPS: 39.98326, -4.28752). Fomos depois visitar o palácio, um edifício do século XIV, que é onde funciona o Ayuntamiento e não tem nada de especial.


Apenas se visita o claustro


e as varandas superiores do mesmo.


No segundo andar funciona a biblioteca pública. Demos a seguir uma volta


e passámos e visitámos a Colegiata do Santissimo Sacramento.



A sua construção começou em 1509 por ordem de Dona Teresa Henriquez e o acesso ao interior faz-se através de duas portas. A principal é a mais bonita e trabalhada


a outra, na lateral é mais simples e é hoje a entrada habitual. O interior é composto por três naves em que a central é mais alta que as laterais.


O
Retábulo destaca-se pela sua talha e pelos doze painéis pintados.


O
Coro tem cadeiras de nogueira do século XVI.



Na parte superior do coro encontra-se um magnífico
orgão.


Ao centro do coro encontra-se o túmulo funerário de Dona Teresa Henriquez e seu marido.



A
Capela Baptismal é dedicada a Nossa Senhora do Belo Amor.


O tecto da
Colegiata é formado por abóbodas nervuradas.


Na nave lateral existe uma capela dedicada a
Nossa Senhora das Dores.


A seguir passámos também pela
Plaza Mayor



e regressámos à AC, partindo para
Toledo


indo estacionar no parque do Paseo de la Rosa (coordenadas GPS: 39.86261, -4.01479), onde pernoitámos.


Dia 27.03 - Toledo - 0 Km 

Saímos do parque a pé e fomos visitar o centro histórico. Subimos até à Puente de Alcántara, que atravessámos


e de onde se via o Alcázar.


Fomos até às escadas rolantes que nos levaram até lá acima


de onde se tinha uma vista sobre a cidade


o rio Tajo e o parque de estacionamento


e continuámos até à Plaza de Zocodover


a caminho da Catedral, que é do século XIII.



O interior é composto por cinco naves, separadas por robustas colunas de pedra




e um duplo deambulatório.



No deambulatório existem várias capelas de diferentes tamanhos



e tem uma abóboda original.


A Capilla Mayor apresenta uma grande riqueza


com um Retábulo de grande arte


e um tecto espectacular.


O Coro encontra-se situado na nave central


com as suas cadeiras de madeira trabalhada.




Na lateral superior encontra-se um bonito orgão.


Na Sala Capitular é exibida uma série de retratos dos arcebispos de Toledo



e apresenta um esplêndido tecto.


A Sacristia é um espaço de grandes proporções, decorada com grandes pinturas.



Na Capela do Tesouro, o objecto mais importante é a custódia de Enrique de Arfe, que levou sete anos a ser fabricada.


Passámos de seguida pelos Claustros



e pela Capilla de San Blas.



Depois da visita à Catedral fomos almoçar no Restaurante La Marmita


e no fim fomos visitar o Mosteiro de San Juan de los Reyes, o qual foi uma encomenda dos reis católicos em agradecimento pela vitória na batalha de Toro. Começámos a visita pelo Claustro




e depois passámos pela Igreja


com o Púlpito em pedra trabalhada.


No final percorremos mais algumas ruas e voltámos para a AC e já não saímos.

Continua


Sem comentários: