sábado, 13 de junho de 2009

2001 - Viagem à Austria, realizada de 29.06 a 25.07 com passagem por Espanha, França e Itália, num total de 6886.1 quilómetros percorridos.

Na imagem abaixo apresento o trajecto efectuado. Nota: Algumas das imagens apresentadas foram retiradas da internet.

1º Dia - Algueirão/Alovera - 705.9 Km

Saímos do Algueirão às 15.30 e fomos pelo IC19 até Queluz onde entrámos na CREL e seguimos pela Ponte Vasco da Gama. Parámos na área de serviço de Vendas Novas para tomar um café para a despedida do nosso país e continuámos a viagem até à fronteira do Caia, onde chegámos às 18.45 ( 19.45 em Espanha ).
Seguimos pela NV até Madrid, onde passámos à uma da manhã e onde estavam a essa hora 27º C.. Entrámos de seguida na NII e como já era tarde para irmos para um parque de campismo, resolvemos ficar num hotel e então parámos em Alovera, perto de Gualadajara, que fica a 45 Km depois de Madrid e ficámos no Hotel Lux, no quarto 212, onde chegámos às duas da manhã. Bem sei que não passa pela cabeça de ninguém ir dormir num hotel tendo a roulote à porta, mas nós somos assim.

2º Dia - Alovera/Avignon - 982.9 Km

Levantámo-nos às 9 horas e depois de tomar o refrescante duche, descemos ao r/c para tomar o pequeno almoço.
Saímos do hotel às 10 horas e continuámos pela NII até Zaragoza, onde entrámos na A2, tendo saído um pouco mais à frente de Lérida para apanhar a C25 até Girona. Neste percurso estavam 37º C. Em Girona retomámos novamente a NII até La Junquera, onde entrámos na auto-estrada e também em França. Parámos na primeira área de descanso para jantar, findo o qual continuámos pela A9 até à área de descanso de Avignon, onde chegámos à uma e meia da manhã e onde pernoitámos.

3º Dia - Avignon/Turim - 363.5 Km

Saímos da área de descanso às 9 horas e continuámos pela A9 até Orange, onde saímos. Fomos depois pela N7 e virámos logo a seguir nas indicações para Gap, indo pela D976 e D94. Passámos por Nyons e continuámos pela D94 e D994 até Gap. Ainda na D994 a cerca de 10 Km de Rosans, passámos numa fonte onde parámos para beber um pouco da água que jorrava de duas bicas e que era muito fresquinha.
Continuámos então até Gap e a partir desta cidade seguimos pela N94 passando depois pelo Lac de Serre-Ponçon, que tem uma grande extensão e no qual se encontra uma pequena ilha onde está construída a Chapelle Saint-Michel.
Atravessámos a seguir uma ponte sobre o lago, em Savines-le-Lac e continuámos por Embrun até Briançon, tendo parado logo à entrada desta localidade, num parque à sombra ao lado do rio, que tinha bastante corrente e aí almoçámos. Verificámos que tinha ali ardido uma roulote, pois ainda lá estava o que restava dela.
Após o almoço e depois de ter descansado um pouco, lá seguimos viagem tendo passado por Montgenèvre e entrado em Itália logo a seguir, por Clavière. A partir de Briançon é tudo a subir, pois já faz parte dos Alpes e em Montgenèvre atinge-se o ponto mais alto, onde apesar de estarmos em Julho, ainda se via muita neve. Este trajecto também é muito bonito e aconselho a quem vai para o norte de Itália a ir por aqui, pois apesar de ser mais demorado, compensa.
Em Itália seguimos pela SS24 sendo aqui já tudo a descer, e mais à frente à entrada de Oulx, entrámos na A32 para Turim e saímos na saída para Savona e depois para Grugliasco. Chegámos a casa da nossa filha às 16 horas, tendo matado as saudades.

4º Dia - Turim - 0 Km

Hoje levantámo-nos tarde e fomos de autocarro até à Piazza Castello, indo depois ter com a C. para almoçar, pois ela trabalha ali próximo.
Depois do almoço a C. foi trabalhar e nós fomos a pé até ao Parque Valentino, onde estivemos a descansar e a fazer tempo que ela saísse, indo mais tarde novamente ter com ela e seguido os três para casa.
De salientar que o dia esteve muito quente.

5º Dia - Turim - 0 Km

Tal como ontem, saímos e fomos de autocarro até à Piazza Castello, indo depois almoçar com a C.
Depois do almoço ela foi trabalhar e nós fomos ver uma exposição no Palácio Madama que se localiza na Piazza Castello. A ideia era ir visitar o palácio, mas este ainda se encontrava fechado ao público por motivo de restauração, estando apenas a funcionar essa exposição. Acabámos por ir vê-la e paguei 12000 Liras por cada entrada, tendo depois "chorado" esse dinheiro.
Andámos a seguir a passear pelas redondezas até às 17.30, hora a que a C. saía e fomos os três para casa.

6º Dia - Turim/Drobollach - 650 Km

Saímos de Turim e entrámos na auto-estrada A-4 para Milão. Quando passámos por esta zona estavam 22º C. Continuámos pela auto-estrada A-4 até Veneza, tendo apanhado muito trânsito de camionetas.
Passando Veneza, seguimos para Trieste sempre pela A4 e um pouco antes desta cidade virámos para Udine pela A23. Passámos por Tarvisio e entrámos na Austria às 19 horas, tendo na fronteira ido comprar a vinheta para as auto-estradas, que custou 300 Shelins e dava para dois meses.
Depois de a colar no pára-brisas seguimos viagem pela auto-estrada A2, que era toda em montanha e por esse motivo, cheia de pontes e túneis.
Alguns quilómetros à frente saímos da auto-estrada e seguimos uma indicação de camping, tendo ficado no Camping Mitterwald em Drobollach.
A bandeira da Austria é formada por três partes horizontais de igual tamanho, sendo as exteriores vermelhas e a central de cor branca. À bandeira estatal é acrescentado o escudo nacional no centro. Esta bandeira foi oficialmente adoptada a 1 de Maio de 1945. Segundo a lenda, a bandeira foi criada pelo Duque Leopoldo V da Austria após a batalha de Acre, durante as cruzadas, quando os uniformes de cor branca das tropas, ficaram totalmente manchadas de sangue excepto na parte que estava tapada pelo cinto, que ficou branca.
Hoje e por estas bandas, já esteve o dia mais fresco.

7º Dia (manhã) - Drobollach/Viena - 365.7 Km

Saímos do camping às 8.45 e fomos pela A2, passando por Graz, até Viena. Esta auto-estrada é de montanha até certo sítio, o que equivale a dizer que tem muitas pontes e túneis. A dada altura ainda começou a choviscar e também verificámos noutro local, que estavam 15º C.
Chegámos a Viena eram 14 horas e ficámos no Aktiv Camping Neue Donau (GPS: 48º 12' 31'' N/16º 26' 50''E).
Viena foi fundada pelos Celtas e entre 1273 e 1918 foi a pátria da dinastia dos Habsburgos e ergue-se na sua maior parte na margem direita do Danúbio. Foi durante séculos o ponto de encontro do Oriente com o Ocidente e actualmente é lá que se localizam as sedes de várias organizações mundiais. No fim da I Guerra Mundial, tornou-se a capital da Austria. Esta cidade também é muitas vezes mencionada como a Cidade dos Músicos e foi nela que nasceu Strauss.
Depois de nos termos instalado, fomos almoçar.

7º Dia (tarde) - Viena (arredores) - 53.8 Km

Depois do almoço saímos para ir ver o Lago da Gruta (Seegrotte), que fica em Hinterbrühl, nos arredores de Viena. Trata-se de uma atracção turística, onde se encontra o maior lago subterrâneo da Europa com 6200 m2 e a uma profundidade de 60 metros. Antigamente era uma mina de gesso, até que em 1912, cerca de 20 milhões de litros de água inundaram a galeria inferior. Esta e outras razões, determinaram que se parasse o trabalho da mina. A temperatura no seu interior é de 9º C.
Após passarmos por várias galerias, descemos até ao lago, o qual percorremos de barco. Depois da visita regressámos ao camping.

8º Dia - Viena - 0 Km
Hoje deixámos o carro no camping e fomos apanhar o autocarro 91-A para a cidade. A paragem encontra-se mesmo à saída do camping e ontem tínhamos comprado o Viena Card, que além do acesso aos transportes públicos nos dava também descontos nos museus e nalguns lugares de interesse turístico. Aconselho a quem visitar Viena a adquirir este passe.
Fomos portanto no autocarro até ao seu terminus, que era em Kaisermuhlen, onde saímos e apanhámos o metro da linha U1 (vermelha), tendo saído na estação de Stephanpl, que fica na praça onde se ergue a Catedral.
Fomos depois a pé até ao Palácio Imperial (Hofburg), onde se encontram os Aposentos Imperiais, vários museus, Capela, Igreja, Biblioteca Nacional, Escola de Equitação Espanhola e repartições da presidência austríaca.
Este palácio foi residência de vários reis e imperadores, desde 1438 e foi nele que nasceu Marie Antoiniette em 1755. Hoje é também a residência oficial do presidente da Austria.
Visitámos os Aposentos e a seguir o Tesouro, o qual se encontra exposto em 21 salas. A Biblioteca Nacional foi fundada por Charles VI e contém a colecção de livros do príncipe Eugene.
Depois da visita andámos por ali à volta e fomos a seguir ver o Museu de História de Arte (Kunsthistorisches Museum), construído entre 1892 e 1891, cujas colecções provêm sobretudo das obras acumuladas pelos Habsburgos e concentra-se nos mestres dos séculos XV ao XVIII.









Na sala das moedas, encontram-se 700000 objectos que incluem não sòmente moedas, mas também notas, medalhas e outros.
Após a visita ao museu, fomos apanhar o metro para a Stephansplatz e fomos almoçar numa esplanada de um restaurante ali da zona.
Depois do almoço fomos visitar a Catedral de St. Étienne (Stephansdom), que é o simbolo da cidade. Há mais de 800 anos existiu no local uma igreja românica do séc. XIII, mas dela só resta o Pórtico dos Gigantes e as Torres dos Pagãos. A nave, a capela-mor e as capelas laterais, resultam da reconstrução feita nos séc. XIV e XV.
De salientar a agulha na sua torre mais alta, que mede 137 metros. O telhado é composto por perto de 250000 ladrilhos e foi restaurado após a II Guerra Mundial. Subimos depois à Torre Norte para uma vista panorâmica da cidade. Ao sairmos da Catedral e porque já estávamos cansados , regressámos ao camping.

9º Dia - Viena - 0 Km

Esta noite esteve bastante calor. Ainda no camping, quando fui ao supermercado comprar pão, vi que estavam outros portugueses com uma autocaravana e no regresso parei a conversar com eles.
Quando saímos, fomos tal como ontem apanhar o autocarro e depois o metro. No metro fomos pela linha U1 até Schwedenplatz, tendo aqui mudado para a linha U4 e saímos em Schonbrunn. Aqui, fomos visitar o Palácio Schonbrunn também conhecido como o Palácio de Versalhes de Viena e que é um dos principais monumentos históricos e culturais da Austria.














O nome Schonbrunn (Bela Nascente), teve a sua origem numa nascente cuja água era consumida pela Corte Real em Viena. Em 1569, por iniciativa de Maximilian II, a propriedade onde se encontra o palácio, passou para a posse dos Habsburg, mas nessa altura fazia parte dela apenas uma modesta construção, um moínho e belos jardins. Em 1692 Leopoldo I encomendou a Johann B. Ficher a construção deste palácio, para residência imperial de verão. Porém, só em meados do séc. XVIII seria completado pelo arquitecto de Maria Teresa, Nicolaus Pacassi.
Deste conjunto arquitectónico fazem parte o palácio, o parque com as suas fontes e várias estátuas. De realçar o magnífico modelo de cultura barroca, que é a Grande Galeria com os seus 40 metros de comprimento por quase 10 metros de largura, que era o local dos banquetes imperiais e onde ainda hoje se realizam recepções oficiais.

Neste palácio viveu até 1817, a arquiduquesa Leopoldina de Habsburgo, que veio a casar com D. Pedro I. Esta dinastia dominou grande parte da Europa, durante mais de 600 anos. O palácio conta com 1440 aposentos. No período das guerras napoleónicas, Napoleão Bonaparte esteve neste palácio, após ter conquistado Viena.
Demos depois um passeio pelos jardins do palácio, cuja história remonta a 1693, ano em que Jean Trehet recebeu ordem para construir em Schonbrunn uns jardins ao estilo francês.

Com as diversas modificações feitas ao palácio em 1750, também os jardins foram remodelados pela mão de Ferdinand von Hohenberg e Adrian von Steckhoven.
Nos anos posteriores, 1772-1780, o parque foi enriquecido com uma série de estruturas arquitectónicas, destinadas a servir como focos de atenção como é o caso da:




Gloriette,













a Fonte de Neptuno,











as Ruínas Romanas, o Oblisco Egipcio e a rica ornamentação com esculturas.


Vimos depois a Casa da Palmeira, projectada pelo arquitecto Franz Xaver Segenschurid, que é uma estrutura toda em ferro com 130 metros de comprimento, 28 metros de altura no pavilhão central e 25 nos laterais. Os pavilhões mostram três climas diferentes: frio, temperado e tropical.
Em 1996 a Unesco classificou o palácio em conjunto com os seus jardins, Património Cultural da Humanidade.
Subimos à Gloriette, que é uma tripla arcada neoclássica, construída em 1775 sobre a colina ao fundo dos jardins e donde se obtém uma magnífica vista panorâmica sobre o parque e a cidade.
Almoçámos depois de percorrer os jardins e findo este voltámos a apanhar o metro, tendo desta vez saído na Karlsplatz.
Daqui fomos visitar a Igreja de S. Carlos (Karlskirche). Esta igreja, dedicada a S. Carlos Borromeo, foi mandada construir em 1713 pelo imperador Carlos VI, pai de Maria Teresa, durante a epidemia de peste, logo que a cidade ficasse livre deste flagelo. A sua construção durou quase 25 anos. As duas colunas frontais que flanqueiam o átrio de entrada, foram inspiradas na coluna de Trajano em Roma e estão decoradas com cenas da vida de S. Carlos Borromeo. Estas colunas, com um pórtico romano e uma cúpula barroca, fazem lembrar a fachada de um templo. No interior a atenção volta-se para a imensa cúpula oval decorada com afrescos da autoria de Johann Michael Rottmayr. No exterior e em frente da igreja, existe um lago de jardim com uma monumental escultura em bronze, onde nós depois de abandonar a igreja, estivemos sentados com os pés dentro da água.
Após alguns minutos de descanso e de alívio para os pés, fomos dar uma volta a pé pelas ruas circundantes, passando pela Freyung e atravessando a Passagem Freyung, que é uma luxuosa galeria comercial com um pequeno pátio, em cujo centro se encontra a Fonte da Sereia do Danúbio de 1861.










Fomos depois dar ao Parlamento, que é um enorme edifício construído de 1874 a 1884 em estilo neo-clássico. O acesso à entrada é feito por uma longa rampa, com os Domadores de cavalos em bronze , na base.
Quase em frente fica o Burgtheater (Teatro Real), que é o mais prestigiado teatro do mundo de lingua alemã e que foi construído em 1888 em estilo renascença italiana, durante o reinado de Francisco José, para substituir o antigo, do tempo de Maria Teresa e foi fechado em 1897 para renovação, por haver lugares sem vista para o palco. Passados 48 anos uma bomba destruiu-o, deixando apenas intactas as alas com a grande escadaria.
Do teatro seguimos para a Câmara Municipal (Neues Rathaus), que foi construída de 1872 a 1883 em estilo neogótco. Este belo edifício possui uma enorme torre central, encimada por uma estátua de um cavaleiro e em frente existe um grande parque, onde estava a decorrer uma feira de gastronomia, com representação de diversos países e acabámos por jantar numa tasquinha do México. Ainda antes de jantar, começou a sentir-se uma forte ventania que fazia ir tudo pelo ar e a fazer muito frio, apesar de durante o dia ter estado bastante calor.
Depois de jantar apanhámos um eléctrico até ao metro e depois deste, o autocarro para o camping.

10º Dia - Viena - 0 Km

Durante esta noite choveu e fez-se ouvir alguma trovoada e de manhã ainda estava muito vento.
Saímos do camping e fomos como de costume, de autocarro e depois de metro. Saímos na estação de Sudbahnhof e fomos até ao Palácio Belvedere, que foi construído em 1714 como residência estival do principe Eugénio de Sabóia, o brilhante militar que contribuiu para a derrota dos turcos em 1683. Situado na encosta duma colina, é composto pelo Belvedere superior, destinado à residência e o Belvedere inferior, uma área de lazer. O jardim, de estilo francês, tem três níveis. No superior encontra-se a Cascata Superior, constituída por cinco desníveis, mas que se encontrava sem água por andar em reparações. Quando estiver a funcionar deve ter um aspecto lindo, a acreditar nas ilustrações que vimos.

Não entrámos no palácio pois no mesmo estava a funcionar um museu que não nos interessava. Vimo-lo por fora e demos uma volta pelos seus jardins.
Depois de sair dos jardins do palácio, fomos a pé até à Ópera ( Staatsoper), que foi o primeiro edifício da Ringstrasse a ser concluído. Inaugurou-se em 25 de Maio de 1869 com a apresentação da ópera de Mozart, "Dom Giovanni". De estilo neo-renascença, foi atingido por uma bomba em 1945, durante a II Grande Guerra. Depois de reconstruído, reabriu em 5 de Novembro de 1955.
Apanhámos a seguir o metro e saímos na estação Praterstern, para irmos até ao famoso Parque Prater, que é um parque de atrações e que na sua origem foi reserva de caça imperial e que se localiza entre o Danúbio e o seu canal. Foi aberto ao público em 1766 por José II. Por muito tempo foi a sua avenida central, a Hauptallee, reservada à nobreza. No séc. XIX, instalou-se na extremidade ocidental do Prater, a Feira de Variedades, com barracas, espectáculos e cafés ao ar livre, para os trabalhadores vienenses.
É neste parque que se encontra a não menos famosa Roda Gigante (Riesenrad), que foi construída em 1896/97 e que tem 61 metros de diâmetro. O seu ponto mais alto está situado 64.75 metros acima do solo.

Depois de termos ido andar na roda e admirado a cidade lá do alto, fomos num mini-comboio dar uma volta de 4 Km pelo parque. Demos de seguida uma pequena volta a pé pelo parque e fomos almoçar num restaurante local.
Depois do almoço fomos à procura da Hundertwasser-Haus, que é um bloco de apartamentos construído em 1985 por Friedensreich Hundertwasser, que pretendia atacar o que considerava uma arquitectura moderna sem nível.
Este bloco de apartamentos está pintado de diversas cores e tem vários jardins por ele acima, onde se podem ver àrvores já bastante grandes. A rua onde foi construído também é bastante irregular, sendo o chão aos altos e baixos. Em frente dele existe um pátio com diversas lojas e um bar, tipo pequeno centro comercial, dentro do mesmo estilo e até as casas de banho deste recinto são no mesmo género. Ainda andámos bastante até dar com ele, depois de termos saído do metro.
Após esta visita fomos no eléctrico N, para depois mudarmos para o 1 que dá a volta pela Ringstrasse e saímos no Stadtpark, que é um parque aberto ao público em 21 de Agosto de 1862.
Fomos lá especialmente para ver a famosa estátua dourada de Johann Strauss a tocar violino, de 1921.
Voltámos novamente a apanhar o eléctrico 1 e continuámos a viagem pela Ringstrasse, tendo-nos apeado mais à frente para ir ver a Igreja Votivkirche. Como estava fechada, limitámo-nos a vê-la por fora. É realmente impressionante a sua fachada com as suas duas torres, todas rendilhadas. Esta igreja começou a ser construída em 1856 e resultou de um peditório efectuado após o assassínio falhado de Francisco José, por um alfaiate em 18 de Fevereiro de 1853 e foi construída no local desse acontecimento.
Fomos depois a pé até à Catedral e de seguida sentámo-nos numa esplanada ali na zona a comer uma grande taça de gelado com frutas tropicais, que custou 88 shelins cada uma e nos serviu de jantar.
Ficámos depois um bocado na praça da Catedral, a qual estava cheia de gente e onde havia vários divertimentos de rua.
Apesar do dia ter estado fresco, a noite estava agradável e não apetecia ir embora, mas lá teve que ser e fomos novamente no metro e autocarro para o camping.

11º Dia - Viena/Salzburgo - 355 Km

Saímos do camping e de Viena às 10 horas e fomos pela Estrada Romântica, que segue quase sempre ao lado do Danúbio e tem zonas muito bonitas. O Danúbio é o segundo rio mais longo da Europa e tem entre 2845 e 2888 Km de extensão, desde a sua nascente na Floresta Negra na Alemanha, até desaguar no Mar Negro na Roménia.
Em Enns, resolvemos entrar na auto-estrada até Salzburgo, pois vimos que ainda faltava muito e iríamos chegar muito tarde ao camping. Saímos da auto-estrada para Salzburgo Norte e virámos na direcção de Bergheim, tendo ficado a uns 700 metros mesmo à saída de Salzburgo, no Camping Kasern, onde chegámos às 16.45. Era um camping pequeno mas que não era mau.
Salzburgo foi outrora um estado independente governado por principes-arcebispos e foi integrada na Austria pelo Congresso de Viena, em 1816, após as Guerras Napoleónicas. A cidade foi muito bombardeada durante a II Guerra Mundial e quase metade teve de ser reconstruída. Encontra-se dividida ao meio pelo rio Salzach e é frequentemente apelidada de "Roma germânica", devido ao número de igrejas construídas no perímetro do seu centro histórico, o qual é Património Mundial da Unesco desde 1997. É a quarta maior cidade da Austria e é também a cidade da música.
Na recepção do camping comprámos o Salzburgo Card, que custou 320 shelins cada um e que dava direito a todos os transportes e a todos os lugares de interesse, museus e monumentos. A melhor maneira de se ver uma cidade é realmente andar a pé e de transportes públicos.

12º Dia - Salzburgo - 0 Km

Saímos do camping às 9.30 e apanhámos o autocarro 15 mesmo à porta deste. Apeámo-nos no centro da cidade, junto ao rio, após 15 minutos de viagem.
Fomos até à Praça Mozart, na qual se encontra uma estátua do compositor, um monumento criado por Ludwing Von Schwanthaler e colocado ali em 1842. Na altura estava lá uma banda a tocar.
Visitámos a Residência Arcebispal (Residenz-Prunkraüme), cujo edifício inicial data do séc. XI e cuja reconstrução se efectuou de 1600 a 1619. No grande pátio está a Fonte de Hércules, de 1614 e nos seus 15 salões, que só podem ser visitados em visitas guiadas, há maravilhosas pinturas nos tectos. Antigamente era zona de trabalho, de festas e de estar dos arcebispos. Alberga colecções do séc. XVI ao XIX.
A seguir dirigimo-nos à Catedral (Dom), consagrada a São Rupert e São Virgilio, cuja reconstrução teve lugar de 1614 a 1628, após a catedral medieval ter sido destruída por um incêndio em 1598.
A sua fachada formada por duas torres simétricas é em mármore branco de Salzburgo e tem gigantescas portas de bronze.
No interior é de realçar a pia baptismal, de 1321, vinda da antiga catedral românica. Em Outubro de 1944, durante um bombardeamento aéreo, a sua cúpula foi bastante danificada.
Após visitarmos o interior, fomos ao primeiro andar visitar o seu Museu (Dommuseum), que mostra os tesouros da igreja.
Quando saímos, fomos apanhar o funicular (festungsbahn), que funciona desde 1892 e que nos transportou até à Fortaleza (Festung Hohensalzburg), que fica no cimo do Mönchsberg a 542 metros de altitude e está a cerca de 120 metros acima do nível da cidade.

Esta fortaleza foi construída em 1077 e é o único forte medieval da Europa Central que chegou intacto até aos nossos dias. De realçar a cisterna de 1539 e a capela de S. Jorge. Das suas torres obtém-se uma vista panorâmica sobre a cidade.
Ainda dentro da fortaleza, visitámos o seu Museu, que contém instrumentos de tortura e documentos e armas da 2ª Guerra Mundial.











Visitámos também o Museu Rainer, o Museu das Marionetas (Welf Der Marionetten) e os Apartamentos.











O castelo era a residência dos principes-arcebispos que, a partir de 798, governaram a cidade durante mais de 1000 anos.
Voltámos a descer no funicular e fomos visitar o Cemitério de S. Pedro (Petersfriedhof), cujas origens datam da era romana.

Neste cemitério estão sepultadas várias personalidades de Salzburgo, entre elas a irmã de Mozart. Alguns túmulos estão decorados com esculturas macabras, como caveiras com asas de morcego ou monstros.
Como já era tarde, fomos à procura de um restaurante para almoçar e entrámos no Nordsee, onde "matámos" aquele bichinho que já nos andava a apoquentar.
Depois do almoço fomos ver a Casa Natal de Mozart (Mozarts Geburtshaus), que fica no nº 9 da Getreidegrasse. Foi no 3º andar desta casa que Mozart nasceu em 27 de Janeiro de 1756 e que hoje aloja o Museu Mozart. Neste museu podem ver-se os manuscritos originais de Mozart, os seus instrumentos, quadros, etc.
Atravessámos a seguir umas ruas e fomos dar à Igreja Colegial ou da Universidade, que é um dos mais importantes monumentos arquitectónicos sacrais da Europa e representa uma grande síntese dos grandes estilos. A sua construção iniciou-se em 1696.
Voltámos ao Cemitério de S. Pedro para visitar as Catacumbas (Katakomben), que ficam no interior do monte Mönchsberg, tendo de se subir por umas escadas feitas na rocha e depois por um túnel escavado na mesma.
Elas foram escavadas nas rochas e datam da época dos primeiros cristãos e possuem duas capelas do séc. III.
Depois de deixarmos o cemitério, fomos visitar a Abadia de S. Pedro (Benediktinerstiftskirche St. Peter), que é uma Basílica romana beneditina que se ergue mesmo encostada ao cemitério e a sua construção foi iniciada no ano 700. Assenta sobre os restos da cidade romana de Juvavum, do séc. II e III. Na igreja está a sepultura de São Ruperto, o fundador da cidade.
A seguir fomos também visitar a Igreja dos Franciscanos (Franziskanerkirche), que é uma das igrejas mais antigas de Salzburgo, pois as sua origens datam do séc. VIII. Sofreu mais tarde numerosas modificações: um coro gótico substituiu o coro românico em 1408; uma delgada torre gótica foi acrescentada entre 1468 e 1498. Foi a igreja paroquial da cidade até 1635.
Atravessámos também o Rio Salzach por uma das suas pontes e fomos à Residência de Mozart (Mozart-Wohnhaus), que fica no nº 8 da Makartplatz e foi onde ele viveu de 1773 a 1780. Esta casa foi parcialmente destruída pelas bombas em 1944 e foi reconstruída no seu estado de origem em 1994 e 1995. Aqui se encontra agora um museu que conta a história da casa e da família Mozart. No 1º piso pode-se admirar o último piano tocado por Mozart (mais tarde oferecido pelo seu filho Carl Thomas à Fundação Mozarteum) e mais alguns instrumentos da época, bem assim como vários documentos sobre as suas viagens e obras.
Fomos depois ver e passear nos Jardins Mirabell (Mirabellgarten), criados em 1690 com um vasto conjunto de esculturas em pedra, da mitologia grega e magníficos canteiros de flores e algumas fontes. Muitos casais vêm aqui no dia do casamento para tirar fotografias. Neste jardim foram gravadas cenas do filme"Música no Coração".

Atravessámos novamente o rio por uma ponte só para peões e fomos apanhar o elevador que nos transportou ao Miradouro do Monte Mönchberg, de onde se obtém uma vista sobre a cidade e o rio. Este elevador funciona dentro de um prédio que fica encostado ao monte, e é práticamente um elevador dito normal. Depois de atravessar o prédio em altura, continua a subir por dentro da rocha até desembocar no miradouro, um pouco mais acima.
Após alguns minutos lá em cima, voltámos a descer e fomos dar uma volta pelas ruas do centro, tendo passado pela famosa Getreidegasse, que é uma das principais ruas da velha cidade e uma rua comercial onde as numerosas tabuletas sumptuosamente ornamentadas, os pátios de arcadas e os portais ornamentados, impressionam o visitante pela sua originalidade.

À noite fomos jantar a um restaurante nessa rua e de seguida apanhámos o 15 para o camping. O dia esteve muito bom, nem com muito calor nem frio.

13º Dia - Salzburgo - 0 Km

Ontem mal tínhamos acabado de nos deitar, começou a chover. Hoje saímos do camping às 9.30 e tal como ontem, apanhámos o 15 para o centro.
Descemos do lado de cá do rio e fomos ver a Igreja de Stº André e a seguir fomos visitar o Museu Barroco (Salzburger Barockmuseum), que fica dentro dos jardins Mirabell e é o único museu que se dedica exclusivamente ao nascimento de uma obra de arte. Tem pinturas dos séc. XVII e XVIII.
Fomos depois ver a Igreja da Santíssima Trindade (Dreifaltigkeiskirche), que foi construída de 1694 a 1699. A cúpula oval e o interior são de estilo barroco.
Seguimos depois pela Linzer Gasse, que é uma das ruas comerciais mais frequentadas, até à Igreja de S. Sebastião (Sebastianskirche), que foi construída de 1502 a 1512 e completamente remodelada entre 1749 e 1753.
Ao lado desta igreja situa-se o Cemitério de S. Sebastião (Friedhof St. Sebastian), que foi construído de 1595 a 1600 e onde jazem a esposa e o pai de Mozart. No meio do cemitério encontra-se a Capela de S. Gabriel (Gabrielskapelle), construída de 1597 a 1603 como mausoléu. Neste cemitério também foram gravadas cenas do filme "Música no Coração".
Subimos depois ao Monte Capuchinho (Kapuzinerberg), que fica a 638 metros e onde se encontra a Igreja e o Convento dos Capuchinhos, construído de 1599 a 1602 e donde também se obtém uma vista sobre a cidade.
Descemos novamente e fomos ao outro lado do rio até ao Museu de História Natural (Haus Der Natur), que é único na Europa e distribui-se por cinco pisos, com 80 salas de exposições.
Quando saímos estava a chover e fomos à procura de um restaurante para almoçar, tendo entrado no Wienerwald que fica no nº 31 da rua Griesgasse. Depois do almoço fomos ao Museu do Traje (Salzburger Trachten), que fica na rua onde tínhamos almoçado, num primeiro andar. Quando subimos, vimos uma porta aberta mas voltámos a descer, pois pareceu-nos ser uma oficina de costura e pensámos estar enganados, pois pela porta aberta víamos uma mulher a coser à máquina e muitos trapos pelo chão. Uma vez na rua confirmámos ser mesmo ali e então voltámos a subir e a tal "costureira" é que nos atendeu e foi depois acender as luzes de duas ou três salas, pois estava tudo apagado.
A seguir fomos ver o Museu da Cidade (Salzburger Museum Carolino Augusteum-Hauptaus), fundado em 1834 e destruído por uma bomba em 1944. Foi depois reconstruído em 1966. Relata a história cultural de Salzburgo: artes, arqueologia e instrumentos musicais, desde a era pré-histórica até aos nossos dias. Foi baptizado de Caroline Auguste, que era o nome da esposa do Imperador Franz I.
Depois deste, fomos ao Museu do Brinquedo (Spielzeugmuseum und Musikinstrumente), que já estava quase a fechar e teve de ser visto à pressa. Em tempos este edifício já tinha sido um hospital.
Como não parava de chover, fomos comprar as recordações da cidade para a colecção e voltámos para o camping.

14º Dia - Salzburgo/Bruck - 126.6 Km

Durante toda a noite não parou de chover e hoje de manhã ainda choviscava. Saímos do camping às 9.45 e entrámos na auto-estrada A10 para Villach. Um pouco à frente saímos dela para Hallein e seguimos para Dürrnberg, onde se situam as Minas de Sal, as quais fomos visitar. Estas minas funcionaram desde a Idade da Pedra até 1988. Celtas, romanos e depois os cristãos, trabalharam àrduamente para retirar o sal e distribuí-lo por toda a Austria e vários países europeus. Ao entrar deram-nos uns fatos (casaco e calças) brancos para vestir e fomos depois num "comboio" especial (vários barrotes de madeira compridos com rodas, ligados entre si e puxados por uma máquina, onde íam 10 ou 12 pessoas sentadas a cavalo em cada barrote). Seguimos então nesse "comboio" ao longo da mina, por um caminho estreito com cerca de 200 metros. Quando chegámos ao fim, ainda continuámos a pé por mais alguns metros, sempre por corredores estreitos. A certa altura e porque a mina tinha alguns desníveis (ou andares), descíamos de um nível para outro através de escorregas de madeira, o que aconteceu por duas vezes e se tornou engraçado. Ainda no interior da mina, passeámos de barco num pequeno lago. A saída da mina já se faz por uma escada rolante, muito comprida.
Depois de sair, fomos dar um passeio no exterior, onde existia uma cópia de uma aldeia de mineiros. Quando nos íamos embora, tivemos uma surpresa ao chegar ao carro pois este não pegava, não dando sequer qualquer sinal por ter a bateria completamente descarregada e isto por eu ter deixado o frigorífico da roulote ligado, por não saber que íamos demorar tanto tempo. Tive que desatrelar a roulote e empurrar o carro, pegando logo de imediato. Voltei a atrelar e desliguei o frigorífico para que a bateria carregasse em andamento e seguimos viagem, voltando a entrar na auto-estrada A10 para Villach e voltando a sair dela mais à frente para Werfen, seguindo depois para o Monte Eisriesenwelt, onde existe uma gruta de gelo enorme, da qual tínhamos visto um cartaz no camping e que está classificada entre os monumentos naturais da Austria. Em Werfen havia parques de estacionamento, tendo depois de se apanhar um autocarro para o monte, mas eu continuei pois também havia lá parques. Comecei a subir por uma estrada estreita e bastante íngreme e com curvas, sendo algumas apertadas. Cheguei a ir com a primeira velocidade e a certa altura em que vi um largo, resolvi deixar lá a roulote e seguir só com o carro. Foi o melhor que podia ter feito, pois a partir dali havia sítios bastante estreitos e íngremes em que o carro não deveria conseguir puxar a roulote e acima de tudo se tornaria bastante difícil a sua manobra. Estacionámos num dos vários parques existentes ao longo da estrada e continuámos a subir o resto a pé. Quando a estrada acabou, continuámos por caminhos de montanha sempre a subir, ainda durante bastantes metros, até um lugar onde havia um teleférico que apanhámos e nos levou para um local bastante acima e quase na vertical, que é o Refúgio Dr. Friedrich-Oedl. Deste refúgio continuámos a subir a pé por um caminho estreito, ainda durante bastantes metros até à gruta, no qual se desfruta uma linda paisagem.
A entrada da gruta fica a 1641 metros de altitude e faz-se por um buraco enorme quase redondo, que tem 18 metros de altura por 20 de largura e que se via logo ao longe. Quando aí chegámos, notou-se logo uma enorme diferença de temperatura vinda do interior da gruta, que geralmente é abaixo de 0º C, em qualquer estação do ano e a humidade próxima dos 100%. Apertámos os casacos e entrámos. Esta gruta tem 42 Km, mas apenas o primeiro quilómetro está aberto ao público com visitas guiadas. A gruta não tem iluminação e por esse motivo nos deram umas candeias de acetileno para iluminar o caminho. Seguimos então em grupo com um guia, que nos ía indicando o caminho e dando explicações por onde íamos passando, servindo-se para iluminar, de uns cordões de magnésio que davam uma luz muito branca e intensa. A primeira indicação da existência desta gruta data de 1879, porém a verdadeira exploração foi empreendida em 1912 por Alexandre von Mörkenstein, a qual foi decisiva para o prosseguimento das investigações, pelo que os seus restos mortais (perdeu a vida na guerra de 1914-1918) repousam no interior da gruta. Actualmente, as grutas do Eisriesenwelt ocupam o primeiro lugar entre as mais longas cavernas da Austria, no entanto, a originalidade predominante desta rede subterrânea, não é a sua extensão, mas a excepcional quantidade de gelos que a mesma encerra. Apenas transposto o umbral da cavidade, penetra-se 850 metros numa série de extensas salas inteiramente recobertas por formações de gelo permanentes e sempre a subir por enormes escadarias estreitas de madeira, que parecia nunca mais ter fim. O Palácio de Gelo, situado a 800 metros da entrada, constitui a última étapa da visita.
O frio era tanto que parecia estarmos dentro de uma câmara frigorífica. As mãos estavam tão geladas, que se tocássemos no gelo, este parecia estar quente.
Quando saímos, ao fim de mais de duas horas, fizemos o percurso contrário, o que nos custou menos por ser sempre a descer. Entrámos no carro e fomos ao lugar onde tínhamos deixado a roulote. Atrelámo-la ao carro e seguimos viagem pela estrada 159 e depois pela 311 até Bruck, onde chegámos às 19.30 e ficámos no Camping Sport-Camp Woferlgut, o qual era um luxo.

15º Dia - Bruck (arredores) - 230.4 Km

Ontem à noite para variar também choveu, mas hoje quando nos levantámos estava um dia lindo.
Saímos do camping já passava das 10 horas e dirigimo-nos para o Monte Grossglockner, que tem 3798 metros de altura, sendo o ponto mais alto dos Alpes em território austríaco e fica no Parque Nacional Hohe Tauern (Nationalpark Hohe Tauern), que é o maior do país.
O acesso a este monte é feito por uma estrada com quase 50 Km e com portagem (que custou 350 shelins e foi mais do que paguei na fronteira pela vinheta para dois meses), a Grossglockner Hochalpenstrasse, que foi construída entre 1930 e 1935. Sobe até ao colo do Hochtor, a 2575 metros e mantém-se durante 13 Km entre 2100 e 2500 metros, após o que desce muito rápidamente.
Neste parque localiza-se o Glaciar de Pasterze, que se encontra a mais de 3000 metros de altitude e tem 10 Km de comprimento e uma largura máxima de 1 Km.
Depois de visitar o monte e admirar as vistas panorâmicas que de várias partes se obtêm, descemos e fomos até Krimml para apreciar as famosas Cataratas (Krimmler Wasserfalle), que são uma das mais altas dos Alpes e contam-se entre os monumentos naturais europeus de maior renome e o Conselho Europeu distinguiu-as com o diploma da Europa. Estão situadas perto de Gerlos e desde 1983 fazem parte do Hohe Tauern National Park. A água cai de uma altura de 380 metros, através de cinco desníveis, sobre o vale abaixo.
Regressámos depois ao camping. Práticamente choveu toda a tarde, por vezes chuva miúda e por vezes com mais intensidade, só parando mesmo ao fim da tarde.

16º Dia - Bruck/Innsbruck - 214.4 Km

Saímos do camping e de Bruck às 10 horas e fomos pela estrada 311 na direcção de Innsbruck. Alguns quilómetros antes desta cidade entrámos na A12, que vai sempre ao lado do rio Inn, ora na margem esquerda ora na direita e à entrada de Innsbruck enganei-me na saída e continuei em frente, seguindo pela A13, tendo saído quando dei pelo engano. Fui dar a uma estrada onde tive de pagar 70 shelins de portagem e ainda por cima era uma estrada estreita, a subir e toda cheia de curvas. Esta estrada levou-me até Igles e daqui desci para Innsbruck, tendo voltado a entrar na A12, mas no sentido de Salzburgo para dar com a saída correcta, mas quando também já tinha andado alguns quilómetros vi que já era para trás e então voltei a sair, dei a volta mais à frente e regressei à A12 no sentido contrário. Desta vez saí bem na direcção de Innsbruck Kranebitten e quando chegámos a Kranebitten eram já 13.30 e ficámos no Camping Innsbruck-Kranebitten. Na recepção comprei o Innsbruck Card, que custou 400 shelins e dava direito além de andar nos transportes, a entrar nos museus e visitar todos os lugares de interesse turístico e ainda à subida aos montes nos teleféricos. Innsbruck é a capital do Tirol e a segunda cidade do país e é atravessada pelo rio Inn. É uma das mais antigas cidades da Europa. Ficámos toda a tarde no camping, só tendo saído para ir ver onde era a paragem do autocarro, que ficava um pouco mais abaixo. O dia hoje esteve esplêndido, com muito sol e calor.

17º Dia - Innsbruck - 0 Km

Saímos do camping às 9 horas e fomos apanhar o autocarro da carreira LK para Technik, que era onde terminava. Aí apanhámos o troler O, tendo saído na paragem Landesmuseum, que ficava no centro da cidade. Logo em frente ficava o Museu Ferdinandeum que se encontrava fechado para obras.
Passámos ao lado dele e seguimos para a Igreja dos Jesuítas (Jesuitenkirche), que é uma das principais igrejas de Innsbruck. É consagrada à Santíssima Trindade e desde 1777 é a igreja oficial da Universidade desta cidade. Foi construída entre 1623 e 1640 em estilo barroco. As suas torres na sua forma actual foram concluídas em 1901. A torre norte possui desde 1959, o quarto maior sino da Austria com 9200 Kg.
Daqui seguimos para o Museu de Arte Popular do Tirol (Tiroler Volkskunstmuseum), que foi fundado em 1888 e é o mais belo museu no seu género, da Europa. Tem colecções muito interessantes, como por exemplo, a de trenós.
Quando saímos fomos visitar o Palácio Imperial (Kaiserliche Hofburg), que foi mandado construir em 1460 pelo Arquiduque Siegmund, o rico, em estilo gótico e foi sériamente danificado pelo fogo e por um terramoto. Foi depois reconstruído em 1777 pela Imperatriz Maria Teresa, em estilo barroco. Tem um sumptuoso salão, com galeria dos antepassados da Imperatriz e alberga uma importante colecção de pinturas e tapeçarias.
A seguir fomos ver a Igreja da Corte (Hofkirche), que é do séc. XVI. Encontra-se nela o mausoléu do Imperador Maximiliano I, rodeado por 28 grandes estátuas de bronze dos seus antepassados, assim como por 24 relevos em mármore com descrição das proezas do Imperador. Diz a tradição que algumas das figuras devem ser tocadas para dar sorte.
Passámos depois pela Fonte de Leopoldo (Leopoldsbrunnen), que é um monumento renascentista e que fica em frente do palácio.
Mais ao lado passámos também pelo Landestheater, que foi construído em 1629 pelo arquitecto Christopf Gumpp, inspirado nos teatros italianos de Florença e Parma.
De seguida passámos pelo Ottoburg, que é um edifício gótico construído em 1494 e que é hoje um hotel e restaurante onde numerosas celebridades ficam hospedadas.
Subimos depois à Torre Municipal (Stadtturm), gótica, com 56 metros de altura, construída no princípio do séc. XIV. Em 1560 foi substituído o telhado pontiagudo por uma cúpula redonda. Do cimo obtém-se uma vista panorâmica da cidade.
Quando descemos fomos visitar a Catedral de S. Jacob (Domkirche zu St. Jakob), de estilo barroco e que foi erigida em 1720 sobre o que já tinha sido uma igreja desde 1180.













Esta catedral foi bastante danificada durante a II Guerra Mundial e foi posteriormente restaurada.
Logo de seguida fomos almoçar numa esplanada de um restaurante e comemos um prato típico do Tirol, que constava de carne de vaca acompanhada com batata no forno com alho e ervas aromáticas e uma salada. Antes, tínhamos comido uma sopa húngara e ficámos muito bem almoçados.
Após o almoço fomos visitar o Museu Maximiliano (Maximilianeum Museum), que está instalado num edifício construído em 1420 pelo arquiduque do Tirol Frederico IV, que serviu para sua residência até 1460. Em 1500 o Imperador Maximiliano I mandou acrescentar uma cobertura dourada e daí o seu nome de Telhado de Ouro (Goldenes Dachl), com 2738 placas de cobre douradas a fogo. A varanda foi construída para que o Imperador pudesse assistir confortávelmente às representações na praça.
Demos depois uma volta e passámos pelo Palácio dos Congressos (Congress Innsbruck) e passeámos e descansámos nos Jardins do Palácio (Hofgarten).
Dirigimo-nos depois para subir ao Monte Nordkette. Apanhámos o funicular que nos levou até Hungerburg a 868 metros e depois um teleférico até Seegrube a 1905 metros, onde mudámos para outro que nos levou até Hafelekar, que é o ponto mais alto e que fica a 2334 metros de altitude. Quando lá chegámos fazia muito frio e começou a chover.

Depois de admirarmos rápidamente as vistas lá de cima, começámos a descer e ao chegar cá abaixo, apanhámos o eléctrico 1 e saímos na paragem Landesmuseum, onde apanhámos o troler O para Technik e aqui, o autocarro LK para Kranebitten, tendo saído na paragem Klammstrasse, junto ao camping. Desde que começou a chover lá no monte, quase não parou mais. Ainda chegou a parar um pouco, para logo voltar a chover. À noite, além da chuva, começou também a trovejar.

18º Dia - Innsbruck - 0 Km

Esta noite foi toda de chuva e trovoada (é nestas alturas que nos lembramos do nosso querido Portugal, cheio de sol e calor). Saímos do camping às 10 horas, todos encasacados e de chapéu de chuva, pois continuava a choviscar.
Fomos como ontem no autocarro e no troler e no centro apanhámos o eléctrico 3 para Ambras, indo depois um bocado a pé até ao Castelo de Ambras (Schloss Ambras). É uma fortaleza medieval que o arquiduque Ferdinand II, em 1563, ordenou a dois arquitectos italianos que a transformassem num palácio renascentista, para a sua esposa Philippine Welser. No museu podem ver-se algumas maravilhas como objectos preciosos, elementos científicos, figuras de vidro, ou porcelanas e pinturas de seda, pertencentes à mais antiga colecção europeia de arte asiática. Uma parte importante da colecção é constituída por retratos de pessoas curiosas, como o Drácula e outros. Podem também ver-se exemplares muito raros de armaduras do séc. XV. A parte mais antiga do palácio contém a Galeria de Retratos dos Habsburgos. Encontram-se lá cerca de 300 retratos do séc. XV ao XIX.
Quando saímos continuava a choviscar e demos uma volta pelo jardim.
Fomos depois apanhar o eléctrico 6, que era muito engraçado e parecia daqueles comboios antigos, com cancelas nas portas e bancos corridos, no sentido do comprimento, em madeira.
Saímos em West-bahnhof e apanhámos outro para trás, tendo depois descido em Bergisel para ir visitar o Museu dos Caminhos de Ferro (Localbahnmuseum), o qual não pudemos ver, por apenas estar aberto aos sábados.
Fomos depois ver a Basílica Wilten, reconstruída entre 1751 e 1756, tendo a primeira igreja sido erguida por volta de 1259. O desenho da nova igreja foi da autoria de Josef Staf, um dos mais conceituados arquitectos de igrejas da sua geração. O interior da igreja é simplesmente deslumbrante, sendo as pinturas do tecto e os estuques, de uma beleza impressionante.
Seguimos depois pela Leopoldstrasse e no nº 53 fomos ao Museu do Sino (Glockenmuseum), o qual é uma combinação de fundição, museu e sala de som. É gerido pela família Grassmyr desde há 14 gerações, que funde para todo o mundo.
Na sala da fundição formam-se os moldes dos sinos com barro, seguindo uma antiga tradição artesanal. Na sala do som, o mesmo é perceptivel com a vista, o ouvido e o tacto.
Continuámos pela mesma rua e fomos dar à Maria Theresien Strasse, onde se encontra o Arco do Triunfo (Triumphpforte), mandado construir por Maria Teresa em 1765, para comemorar o casamento do seu filho, o Gran-duque da Toscana, mais tarde Imperador Leopoldo II, com a Infanta Ludovica de Espanha. O seu pai, Francis I, morreu repentinamente durante as celebrações.
Passámos também pela Fonte de Rodolfo (Rudolfsbrunnen), que fica na Bozner Platz, construída em 1877 para comemorar os 500 anos da união do Tirol à Federação Austríaca, que se deu em 1363.
Mais à frente passámos pela Coluna de Santa Ana (Annasaule), construída em 1706 para comemorar a sucessiva resistência do Tirol, contra a invasão bávara de 1703, durante a guerra da sucessão espanhola.
Continuámos o nosso passeio para ir passar no antigo Parlamento (Altes Landhaus), uma obra monumental de estilo barroco, construída de 1725 a 1728.
Fomos depois apanhar os transportes do costume para o camping e a chuva, apesar de miúda, continuava.

19º Dia - Innsbruck (arredores) - 64 Km

A chuva continuou pela noite dentro. Saímos do camping às 9 horas e fomos pela A12 no sentido de Salzburgo. Saímos mais à frente para Wattens e fomos ver o Mundo de Cristal (Swarovski Kristallwelten), que é uma espécie de parque temático que aborda os temas à volta do cristal e é pertença da Companhia Swarovski AG, que é detentora da marca e está sediada na Suíça.
Swarovski é o nome dado aos cristais mais conhecidos no mundo da moda. Os produtos dos cristais Swarovski, incluem esculturas e miniaturas, jóias e os mais variados produtos para decoração.
Este parque foi inaugurado em Outubro de 1995, para comemorar o centenário da fábrica. A entrada faz-se sob uma cabeça de gigante alpino (que jorra água da boca e vai cair num pequeno lago), como se o visitante entrasse no corpo de uma criatura fantástica. No hall de entrada temos uma parede com 11 metros de altura por 42 metros de largura que atravessa todo o gigante e que é formada por doze toneladas das pedras mais preciosas de cristal. Em frente dela, no meio da sala, podemos ver o maior cristal do mundo com 100 faces e 62 Kg de peso, assim como o menor cristal do mundo com 17 faces e um diâmetro de 0,8 mm. O interior, de práticamente 2000 m2 de labirintos, possui uma sala psicadélica que emita o interior de um cristal e várias instalações artísticas que associam os cristais a obras de grandes artistas, como Pablo Picasso e Salvador Dali entre outros. À saída encontra-se a tenda Swarovski, onde está a maior oferta do mundo em produtos Swarovski e onde nós também gastámos algum dinheiro.
Depois de sairmos desta exposição, fomos num mini-comboio turístico dar um passeio por dentro da localidade e depois deste...

...fomos também ao jardim anexo, onde existe um labirinto com forma de uma mão.

Depois disto regressámos ao camping, onde almoçámos e após o almoço voltámos a sair, mas desta vez deixámos lá o carro e fomos nos transportes do costume até ao centro, onde apanhámos o autocarro da carreira J para Igles, com o fim de irmos ao Monte Patscherkofel.









Quando lá chegámos verificámos que o último teleférico para baixo era às 16.30 e se subíssemos, seria no mesmo que teríamos de vir para baixo passados poucos minutos, não dando portanto tempo para estarmos lá em cima. Mesmo assim resolvemos subir, pois pelo menos tínhamos as vistas da subida e da descida e não pagávamos nada, pois o Innsbruck Card também dava para este teleférico. Este monte fica a 2247 metros de altitude. Lá de cima pouco se via para baixo, pois estava já a escurecer e havia um pouco de nevoeiro.
Quando chegámos cá abaixo, demos uma pequena volta em Igles e fomos depois apanhar o eléctrico 6 para o centro, o qual faz um percurso muito bonito pela montanha abaixo, em via única até Bergisel. Apanhámos a seguir os costumados transportes até ao camping.

20º Dia - Innsbruck/Turim - 613.7 Km

Saímos do camping e de Innsbruck às 9 horas. O dia hoje estava bonito e fomos direito à A13, onde tivemos de pagar portagem apesar de ter o selo para as auto-estradas. Após alguns quilómetros entrámos na Itália e seguimos por Bolzano na direcção de Verona.
Antes de entrar nesta cidade, virámos para Milão e passámos por uma zona onde chovia torrencialmente, não se vendo quase nada. Continuámos e também antes de entrar em Milão, desviámos na direcção de Turim, voltando a passar noutra zona onde também chovia muito. À entrada de Turim, não soubemos sair para Grugliasco e andámos mais alguns quilómetros, tendo de voltar para trás. Finalmente lá descobrimos o caminho, que era pela Tangencial e depois pelo Corso Alamano e chegámos a casa da C. pelas 18.30, tendo demorado com o engano cerca de uma hora.

21º ao 24º Dia - Turim - 83.1 Km

Estivemos estes quatro dias em Turim e como já é hábito, saíamos de casa para ir de autocarro até à Piazza Castello, onde nos apeávamos, seguindo pela Via Roma até à Piazza San Carlo, onde aguardávamos a C. indo depois os três almoçar. Depois do almoço íamos dar uma volta e quando ela saía seguíamos para casa.
No primeiro dia fomos até ao Parque Valentino, onde estivemos a descansar e demos depois uma volta no Orto Botânico.
No segundo dia fomos dar um passeio de barco no rio Pó. Fomos a pé até à Ponte Vittorio Emanuele I e descemos até ao rio. Embarcámos no embarcadouro Murazzi e fomos até ao Parque Valentino, tendo o barco atracado no Borgo Medievale para receber mais passageiros. Continuámos depois rio abaixo aé passar a Ponte Pedonal, junto à Itália 61, onde o barco virou para trás, fazendo o percurso inverso.
No terceiro dia, por ser sábado, estivemos em casa podendo assim confratenizar por mais tempo.
No quarto dia, domingo, fomos todos visitar o Castello Reale di Racconigi, que fica a alguns quilómetros de Turim e que é uma residência oficial do ramo dos Sabóia-Carignamo e faz parte das Residências da Casa de Sabóia, classificada pela Unesco como Património da Humanidade desde 1997. É um imponente palácio em tijolos vermelhos. As primeiras notícias deste castelo datam de cerca do ano 1000. Na segunda metade do séc. XVI entra na posse da Casa de Sabóia. Naquela época era uma sólida fortaleza de planta quadrada, com quatro grandes torres angulares, fosso, ponte levadiça e uma alta torre de menagem. Sofreu mais tarde uma profunda transformação.

O palácio está voltado a norte para um imponente parque de cerca de 180 hectares.


Depois da visita ao palácio, fomos ver o Centro das Cegonhas que fica perto do castelo e que é um local onde há diversas cegonhas no seu habitat natural, assim como patos e outras aves. Regressámos depois a Turim e a casa.

25º Dia - Turim/Bézier - 545.8 Km

Saímos de Turim às 8 horas ao mesmo tempo que a C. saiu para o emprego e antes do F. por causa das chaves de casa.
Fomos pela auto-estrada na direcção de Frejus e saímos dela para Clavière, onde passámos a fronteira para França, seguindo por Montgenèvre. Neste percurso e já ontem quando fomos a Racconigi, vínhamos a ouvir um barulho no carro que pensávamos vir da roda da frente do lado direito, mas quando parei para certificar, como não visse nada, continuei a marcha embora um pouco preocupado, até que já depois de Gap e com 220 Km andados, o barulho aumentou quase parecendo um tractor e então apercebi-me que era um pneu e encostei logo. Ao parar, verifiquei que o pneu de trás do lado direito estava rebentado. Depois de o mudar, continuámos a viagem e verificámos que já não fazia aquele barulho. Parámos mais à frente para almoçar. Quando retomámos o andamento depois do almoço, começámos a ouvir outro barulho, mas este era diferente. Parámos para ir ver e verifiquei que eram pedras do lugar onde tínhamos estado a almoçar, que se tinham enfiado nas ranhuras do pneu e que ao tocar no chão provocavam aquele barulho. Depois de as ter retirado, continuámos a viagem e o barulho tinha desaparecido, ficando nós mais descansados. Ao passar em Rosans, vi uma casa de pneus à beira da estrada e fui lá comprar um que me custou 652 francos. Após a montagem do mesmo, continuámos e parei mais à frente na mesma fonte onde havia parado à vinda, para beber água, pois é sempre muito fresquinha e no verão sabe mesmo bem. Antes de irmos embora a M.A. deu-me a carteira dos cartões para eu guardar dentro da bolsa e então vi que não a tinha. Vi dentro do carro e da roulote mas não a encontrei e pensámos que a tinha deixado na casa onde tinha comprado o pneu, pois lá ainda a tinha. Voltámos para trás e verifiquei que já tínhamos andado 10 Km (podia ter sido pior se não me tivesse apercebido). Quando lá chegámos vieram logo trazer-nos a bolsa, não chegando sequer a sair do carro e disseram-nos que já tinham telefonado à polícia a comunicar. Agradecemos e continuámos a marcha e o certo é que 53 Km à frente deste local a polícia nos mandou parar e nos falou da bolsa, ao que eu disse que já a tinha.
Em Orange entrámos na A9 e parámos mais à frente para jantar. Depois do jantar continuámos e parámos na área de descanso de Bézier/Montblanc para passar a noite, onde chegámos às 22.15.

26º Dia - Bézier/Calatayud - 649.5 Km

Saímos da área de descanso às 9 horas e continuámos pela A9 até Le Perthus, onde entrámos em Espanha. Continuámos por auto-estrada até à saída 7 para Girona, para irmos pela C25 para Lérida, mas enganámo-nos e andámos ali às voltas por dentro de Girona até darmos com a C25, tendo verificado que deveríamos ter saído na saída 8.
Viemos então pela C25 e saímos numa das saídas para ir almoçar, o que fizemos no Restaurante Hostal del Camp, do qual gostámos e não achámos caro. Comemos o menú do dia que constava de uma entrada, dois pratos, sobremesa, pão e vinho; só o café não fazia parte.
Depois do almoço voltámos a entrar na C25 e seguimos até Lérida, onde entrámos na NII, passando depois por Zaragoza e ficámos mais à frente, em Calatayud, no Camping com o mesmo nome, onde chegámos às 19 horas.

27º Dia - Calatayud/Algueirão - 881.8 Km

Saímos de Calatayud às 9 horas e continuámos pela NII até Madrid, onde passámos por volta das 12 horas e a partir desta cidade seguimos pela NV, tendo parado alguns quilómetros mais à frente para almoçar num restaurante de uma área de serviço.
Depois do almoço continuámos a viagem, mas como o calor era muito parámos cerca das 16.15 para descansar. Às 17 horas prosseguimos então até à fronteira do Caia, onde chegámos às 19.15 com 647 Km andados.
Em Portugal seguimos pela estrada nacional 4, até pararmos para jantar no Restaurante O Parque na zona de Arraiolos.
Depois do jantar entrámos na auto-estrada e viemos até Lisboa, tendo atravessado a Ponte 25 de Abril e seguimos pelo IC19, onde apanhámos muito trânsito na zona da Amadora por causa das obras, até ao Algueirão, onde chegámos às 23 horas tendo assim terminado a nossa viagem de 2001.




ESTATÍSTICA


Total de quilómetros percorridos: 6886.1
Total de gasolina: 699.41 litros
Despesa em gasolina: 138 22
Despesa total em campings: 58 265$00
Média em campings por noite:
Espanha: 3 394$00
Austria: 3 919$00

Obs.: 2 Adultos, carro e roulote.

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