quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Viagem pelas Aldeias Históricas do Centro - Parte 4

Dia 17 - Idanha-a-Nova / Penamacor - 93,4 Km


Saímos do Parque de Campismo e tomámos o caminho para Idanha-a-Velha. Estacionámos logo à entrada norte da aldeia, num grande largo (coordenadas GPS: N 39º 59' 51'' W 07º 08' 36'') e fomos a pé visitar.


Idanha-a-Velha é uma pequena aldeia que se destaca pelo número de ruínas que conserva. Está cercada por uma muralha com cerca de 745 metros de extensão. Actualmente estão a decorrer escavações arqueológicas desde 2018, segundo um protocolo assinado entre a Câmara, a Universidade de Coimbra e a Universidade Nova de Lisboa. Entrámos pela monumental Porta Norte, flanqueada por duas torres


e subimos à Muralha por uma escada metálica,


percorrendo-a através de um passadiço também metálico.


Descemos e percorremos algumas ruas



até chegar à Praça do Pelourinho, onde se ergue o Pelourinho que está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1933. Está assente numa base circular de três degraus.



Quase ao lado encontra-se a Igreja Matriz, que é do século XVII e foi já Igreja da Misericórdia. Apresenta uma fachada simples em cima de uma plataforma formada por degraus e possui uma Torre Sineira quadrangular.



Caminhámos depois até à Igreja de Santa Maria ou Sé Catedral, que é do princípio do Cristianismo e deixou de ter função religiosa no século XIX. É um edifício construído em granito e está classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1956.





Muito próximo, podem ver-se as ruínas do Paço Episcopal que é da época visigótica.





Fomos depois até à Porta Sul, que terá sido descoberta em 2018 pela equipa de arqueólogos, juntamente com mais um pedaço da muralha.


Passando para o exterior vimos também as Poldras, que são blocos de pedra colocados no rio e que permitiam a travessia do mesmo passando de bloco em bloco até à margem contrária.


Voltámos a entrar e passámos junto à centenária azinheira, denominada Azinheira Grande, cujo porte gigantesco está agarrado ao forte núcleo argamassado da muralha.



Fomos por uma rua


até à Ponte Velha ou Ponte Romana, situada sobre o Rio Pônsul e que também está classificada como Imóvel de Interesse Público.



Depois da Ponte e de regresso à autocaravana, passámos pela Capela de São Dâmaso, construída no século XVIII e que se encontra já fora do recinto amuralhado.



Junto da Capela existe ainda uma calçada romana.


Já na AC, partimos para a aldeia de Monsanto onde estacionámos à entrada, um pouco antes do Miradouro (coordenadas GPS: N 40º 02' 23,90'' W 07º 06' 47,50''). Monsanto é conhecida desde 1938 como a "Aldeia mais portuguesa de Portugal" e está localizada numa íngreme colina. Subimos até ao Miradouro da Praça dos Canhões, que oferece uma vista magnífica sobre as planícies que rodeiam Monsanto.



Uns metros mais acima encontra-se a Igreja Matriz ou Igreja de São Salvador, do século XV mas restaurada no século XVIII. Sobre a porta sobressai uma rosácea.



Subimos algumas ruas com o piso empedrado e as suas casas típicas com a escada no exterior (a que dão o nome de balcão)




e fomos sair junto do Pelourinho, que é do século XVI e Imóvel de Interesse Público desde 1933.


Mais ao lado temos a Igreja da Misericórdia, do século XVI. Na sua fachada exibe um nicho com Nossa Senhora e o Menino nos braços e de cada lado possui uma janela.



Um pouco acima está a Torre de Lucano ou Torre do Relógio, que data do século XV. No topo ostenta uma réplica do Galo de Prata, atribuído como prémio por ter sido eleita "a Aldeia mais portuguesa de Portugal" em 1938.


Ao lado temos um miradouro de onde se avistam os campos


e ao lado deste está a Casa do Miradouro, totalmente construída em pedra e que é uma casa de "Alojamento Local".


Continuámos a subir


e passámos na casa que serviu de consultório a Fernando Namora.


Na fachada tem uma placa evocativa desse facto.


Mais adiante, numa das ruas da aldeia


encontra-se uma Gruta formada entre dois enormes penedos.


No seu interior podemos ver vestígios da sua ocupação humana.



Nós continuamos a subir e nunca mais chegamos ao castelo. Passámos por um grande penedo que tinha uma casa construída encostada a ele



e quase em frente uma outra construída em cima de outro.




A partir daqui o caminho para o castelo era de pedra e ladeado de grandes pedregulhos.




Finalmente e já um pouco cansados, chegámos à entrada das ruínas do Castelo que deverá ter sido construído no século XII.






No interior do recinto podemos ver um poço, junto a um penhasco e que vulgarmente é conhecido, de forma errónea, por cisterna.



Continuando a circular pelo recinto,




passámos pela Porta Falsa ou da Traição


e passando por ela para o exterior temos uma vista absolutamente magnífica.




Mais à frente fica a Capela de Santa Maria do Castelo, construída no século XVIII toda em granito.




Continuando para a saída, que é a mesma da entrada, pode-se ver a Capela de São Miguel, da qual restam apenas as paredes. A construção data do século XII



e no interior resta um altar em pedra.


Em frente, sobre um afloramento rochoso, foi erguido o Campanário.


À volta da Capela encontra-se uma Necrópole, anterior à sua construção.




Saímos do castelo e agora o caminho era sempre a descer.


Passámos pela Casa, em que uma placa comemorativa lá colocada, relembra que ali morou Fernando Namora e é ainda hoje propriedade da família.


E assim terminou a visita a esta aldeia. Partimos a seguir para a aldeia de Penha Garcia. Estacionámos num Parque, que era um Miradouro (coordenadas GPS: N 40º 02' 32'' W 07º 01' 05'').


Na parte de baixo estava exposto um tanque de guerra.


Por ruas estreitas de piso empedrado e casas de pedra, tomámos o caminho para o Castelo.



Passámos primeiro pelo Pelourinho, que data do século XVI


e ao cimo da encosta encontra-se a Igreja Matriz, de meados do século XX, dedicada a Nossa Senhora da Conceição e que foi totalmente reconstruída sobre o templo original do século XIII.



Chegámos à base do Castelo,


onde existe um miradouro de onde se avistava a Barragem no Rio Pônsul.



Aqui começava a escadaria que levava ao Castelo do século XII.



A partir do século XIX, o Castelo foi-se degradando e restam apenas algumas muralhas bem conservadas.





Do Castelo podemos apreciar uma paisagem privilegiada sobre o Vale do Pônsul e a aldeia lá em baixo.




O próximo destino foi a aldeia de João Pires. Estacionámos junto da Igreja (coordenadas GPS: N 40º 06' 13,90'' W 07º 09' 08,50'') e fomos até lá. Esta Igreja foi construída no século XVIII e reconstruída no século XX.




Sobre a porta tem gravadas as datas da construção e da reedificação, além de um painel de azulejos com a imagem de Maria Madalena.


Junto à estrada está a Fonte de Mergulho, do século XVI. Esta fonte servia de abastecimento de água à população antes de ser instalada a rede pública.



Daqui seguimos para Penamacor e estacionámos num parque junto à Câmara Municipal (coordenadas GPS: N 40º 10’ 05’’ W 07º 10’ 22’’).


Defronte da Câmara existe uma zona ajardinada e um lago com vários repuxos.


Seguimos a indicação do Castelo subindo uma rua


e passámos pela Igreja da Misericórdia, do século XVI.



Da parte de fora do Castelo está o Pelourinho, do século XVI, que é considerado peça única no distrito de Castelo Branco, por manter ainda as argolas nos seus ganchos de ferro forjado.
 

Em frente dele encontra-se a antiga Casa da Câmara, construída no século XVI no alinhamento da muralha e assente sobre a primitiva porta da vila.



Passando esta porta, seguimos por uma rua empedrada até ao topo das ruínas do castelo



de onde se tinha uma vista sobre a vila




e o parque onde tínhamos deixado a AC.


Na saída passámos pela Torre do Relógio, que está encostada à muralha medieval e foi importante na defesa das portas da vila. A sua construção remonta, provávelmente, a meados do século XIV. As actuais ameias e campanário resultam da reconstrução operada em meados do séc. XX.




Já na descida para o estacionamento ainda passámos na Igreja Matriz de São Tiago, datada do século XVI. Sobre o friso da porta principal, apresenta um nicho com a figura de São Tiago.



De Penamacor fomos para o Parque de Campismo do Freixial, que fica nas proximidades (coordenadas GPS: N 40° 07' 41.42"  /  W 07° 04' 15.90".

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