sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Viagem pelas Aldeias Históricas do Centro - Parte 2

Dia 14 - Castelo de Vide / Castelo Branco - 189,3 Km


Saímos do Parque de Campismo e fomos até à Praia Fluvial de Cardigos (coordenadas GPS: N 39º 42' 34'' W 08º 00' 50,8''). Estacionámos num grande largo em terra batida e descemos até à praia. É uma praia tipo piscina com grandes zonas relvadas para os banhistas repousarem.



Tem um bar, casas de banho e um parque de merendas com churrasqueiras e várias mesas, onde já havia pessoas a preparar o almoço.


Seguimos depois para Castelo Branco e dirigimo-nos para o Castelo, onde estacionámos junto ao mesmo (coordenadas GPS: N 39º 49' 29,50'' W 07º 29' 48,60''). Logo ao lado encontra-se a Igreja de Santa Maria do Castelo, edificada pelos Templários no século XIII, dentro do perímetro das muralhas.



Foi a primeira igreja matriz de Castelo Branco. Foi incendiada em 1640 pelos espanhóis durante a Guerra da Independência e reconstruída em 1704. Em 1807 foi novamente incendiada e destruída pelas tropas de Junot durante as Invasões Francesas, acabando por cair em ruína. Foi depois reconstruída na primeira metade do século XIX.
Passámos a seguir ao Castelo, que é conhecido localmente como Castelo dos Templários. Entrámos directamente para um dos pátios, sem que tivéssemos de atravessar nenhuma porta.


Embora tenha desaparecido quase totalmente, ficaram as muralhas e algumas partes dos torreões.




Subimos à muralha


e percorremos o adarve,


tendo entrado em alguns torreões



de onde se tinha uma vista sobre a cidade.



Saímos do Castelo por uma porta que ligava a uma pequena ponte que atravessava um fosso



e fomos para a autocaravana. Descemos até à cidade e estacionámos à entrada (coordenadas GPS: N 39º 49'47'' W 07º 29'43,50''). Já apeados, passámos junto ao Museu Francisco Tavares Proença Júnior, que está instalado no antigo Paço Episcopal


e fomos visitar o Jardim do Paço ou de S. João Baptista, que foi criado no século XVIII. Junto da entrada existe um Passadiço construído sobre a Rua Bartolomeu da Costa que servia para ligar os vários espaços da quinta de recreio sem terem de passar por ruas públicas e para dar acesso à Casa de Chá.


A entrada faz-se pelo Centro de Interpretação


onde se podem ver algumas peças originais que já fizeram parte do jardim, encontradas durante obras de beneficiação.



O jardim encontra-se dividido em quatro grandes espaços: a Entrada, o Patamar do Buxo, o Jardim Alagado e o Plano Superior. Na entrada podemos ver uma escadaria dupla com esculturas e painéis de azulejos.




No Patamar do Buxo, que é o espaço principal do jardim, 


por entre canteiros de buxo, encontram-se diversas estátuas de granito com temas como os Signos do Zodíaco,



as estações do ano, os continentes ou as virtudes morais e teologais.


É também aqui que se encontra a Escadaria dos Reis (até D. José I)


os Apóstolos.



Junto a este está o Jardim Alagado que é um tanque floreado com curvas bem delineadas e canteiros de flores.


No Plano Superior encontra-se um grande tanque, onde cai a Cascata de Moisés.




Esta Cascata está ladeada pelas estátuas de Samaritana e Sant'Ana.
Saímos deste Jardim e atravessámos a rua para ir ao Parque da Cidade.


Este parque ocupa o que foi antes uma terra de agricultura do palácio. É um espaço agradável onde a água lhe dá uma sensação de frescura.





Percorremos depois algumas ruas



e fomos até à Sé Catedral, que é a Igreja de S. Miguel e se encontrava fechada.



Esta igreja é do século XIII mas sofreu muitos danos no século XVII e foi depois reconstruída.
Daqui seguimos para o Parque de Campismo de Castelo Branco que fica a cerca de 2 Km da cidade (coordenadas GPS: N 39º 51' 28,70'' W 07º 29' 36,80'').

Dia 15 - Castelo Branco / Fundão - 120,8 Km



Saímos de Castelo Branco e fomos para Janeiro de Baixo, tendo estacionado junto à Praia Fluvial (Coordenadas GPS: N 40º 02’ 45.30’’ W 07º 48’ 09’’).



O caminho para lá chegar não é lá muito agradável e sinceramente não vale a pena a deslocação.
Junto à praia havia uma zona relvada com mesas e uma churrasqueira.



Seguimos depois para Janeiro de Cima, que logo à chegada se notava que estávamos numa Aldeia de Xisto. Estacionámos próximo da Igreja Nova (coordenadas GPS: N 40º 02' 45,30'' W 07º 48' 09'').



Percorremos depois a pé o emaranhado das suas ruas sinuosas




em que as casas mostram as sua fachadas de xisto, ponteadas por seixos redondos e brancos e fomos dar à Igreja Velha ou Igreja de Nossa Senhora da Assunção, datada do século XVIII.




Um pouco mais abaixo encontra-se a Casa das Tecedeiras que funciona como centro interpretativo, mas que por ser domingo se encontrava fechada.


Continuámos por mais alguma ruas




até chegarmos à Roda de Janeiro.


Esta roda, de construção bastante sólida, mostra como os habitantes da aldeia souberam aproveitar o movimento do rio, retirando dele as suas águas para o regadio dos terrenos de cultivo mais próximos. Avançando mais um pouco à beira do rio


fomos dar a uma passagem pedonal sobre a comporta que liga as duas margens do rio


e onde se forma a Praia Fluvial.



Fomos depois para Dornelas do Zêzere e parámos no Miradouro, que fica um pouco antes de entrar na povoação (coordenadas GPS: N 40º 05' 57,50'' W 07º 45' 10'').


Deste Miradouro tem-se uma paisagem sobre o Rio Zêzere e a povoação de Dornelas.


No murete do miradouro estão colocados poemas de Gil Vicente e do jovem conterrâneo Júlio Dias Nogueira.



Continuámos a nossa viagem e fomos parar junto ao Santuário de Santa Luzia e Santa Eufêmia em Silvares (coordenadas GPS: N 40º 08' 19,70'' W 07º 39'54'').



Este Santuário foi construído em 1955. Subimos a escadaria, ladeada por capelas que representam as estações da via sacra




e chegámos ao cimo onde existe um vasto recinto, no meio do qual se encontra a Capela.



Olhando para trás temos a escadaria vista de cima.


Nesse mesmo recinto, um pouco ao lado, encontra-se um Coreto para animar a festa religiosa que se realiza todos os anos, no último fim de semana de Julho.


Finda esta visita, seguimos para o Parque de Campismo do Fundão, onde pernoitámos (coordenadas GPS: N 40º 08' 19,70'' W 07º 39' 54''.

Nota: Oportunamente segue a parte 3 desta viagem.

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