quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Viagem de passagem de ano 2019/2020 - 1ª Parte

Aproveitando o reveillon 2019/2020 que iria ser na Quinta da Nora, em Miró - Penacova, com um grupo de amigos, planeámos uma viagem com partida uns dias antes e regresso uns dias depois.
Assim, a viagem decorreu de 28.12.2019 a 13.01.2020 num total de 2191,1 Km percorridos.

Dia 28.12 - Brejos de Azeitão / Coimbra - 244,3 Km


Saímos de Brejos de Azeitão e fomos por estrada nacional até ao Entroncamento, onde nos juntámos a um dos casais amigos com quem iríamos passar o reveilllon e o resto da viagem até ao final.
Continuámos em conjunto a viagem até Penela, estacionando numa zona próxima do Castelo (coordenadas GPS: N 40º 01' 48'' W 08º 23' 33''), onde já nos esperava um outro casal amigo.
Fomos depois a pé até ao Castelo,





onde estava instalado o Presépio







e várias barracas com venda de produtos da região.




Depois de percorrermos o Presépio e as várias barracas e de termos comprado alguns enchidos, fomos dar a volta ao próprio castelo.





O Castelo de Penela é uma fortaleza medieval de planta irregular, cuja muralha tem uma altura que varia entre os 7 e os 19 metros. É Monumento Nacional desde 1910. No interior do castelo fomos ainda visitar a Igreja de São Miguel, cujas primeiras origens datam do século XII mas que no século XVI sofreu uma grande intervenção.



O interior é composto por três naves, divididas por duas arcadas.


A Capela-Mor é toda revestida a talha dourada do século XVII.



Nas laterais do cruzeiro existem dois altares, tendo o da direita uma escultura da Virgem com o Menino.


Junto a um dos pilares do lado esquerdo encontra-se o Púlpito



e ao fundo, sobre a entrada, o Coro-alto.


Saímos da igreja e fomos ainda percorrer um pouco da Muralha.





Regressámos às ACs e partimos para o Rabaçal, estacionando junto ao Espaço-Museu da Villa Romana (coordenadas GPS: N 40º 01' 47'' W 08º 27' 17,60''), que fomos visitar. Este Museu foi criado de raiz para albergar o espólio encontrado durante as inúmeras escavações que decorreram no local, desde 1984.







De seguida não fomos visitar a própria Villa Romana, a pouquíssima distância, por não estar visitável devido ao temporal que assolou o país.
Seguimos por isso para Coimbra, indo estacionar no Parque do Choupalinho (coordenadas GPS: N 40º 11' 58'' W 08º 25' 44''), onde também iríamos pernoitar.


Chegou mais tarde outro dos casais amigos com quem passaríamos o reveillon. Fomos ainda até ao outro lado do rio, passando a Ponte Pedonal Pedro e Inês.




Depois de jantar fomos dar uma volta e atravessámos a Ponte de Santa Clara


até ao Largo da Portagem


e início da Rua Ferreira Borges


onde se encontra a encantadora Casa das Conservas Comur, em que ninguém fica indiferente à decoração colorida da loja, inspirada na Biblioteca Joanina



e onde podemos encontrar as mais diversas conservas de peixe como peixe-espada,  sardinha, atum, dourada, enguias em molho de escabeche, bacalhau assado, carapau, corvina, linguado fumado, lulas, ovas de bacalhau, mexilhão, petinga, polvo, robalo, trutas e salmão fumados


Depois há as latas de sardinha que dizem respeito a determinado ano, que têm escritos acontecimentos históricos relativos à data


e vejam bem que até dedicaram uma ao grande acontecimento histórico de 1948, que foi o meu nascimento.


Ao fundo da sala podemos ainda ver um altar com o rei desenhado em mosaico.


Regressámos depois à àrea das autocaravanas e a vista para a cidade era esta:




Dia 29.12 - Coimbra - 0 Km

Hoje saímos a pé do Parque do Choupalinho e fomos até ao Mosteiro de Santa Clara a Velha, que se localiza na margem esquerda do rio Mondego.


Devido às inundações recentes apenas era possível visitar o Centro Interpretativo





e parte do recinto exterior.





Atravessámos de seguida a Ponte de Santa Clara


e fomos pela Rua Ferreira Borges, uma rua pedonal de cariz fortemente comercial, com piso em calçada portuguesa,


até à Praça do Comércio onde visitámos a Igreja de S. Tiago, construída no século X mas reedificada no final do século XII e princípio do XIII. No exterior destacam-se os portais principal


e lateral sul.


O interior é composto por três naves


com fortes pilares de pedra e cobertura de madeira.


Mais acima passámos e visitámos a Igreja do Mosteiro de Santa Cruz, que foi construída entre 1132 e 1223 tendo no século XVI sido reconstruída e redecorada.


O interior é de uma única nave


tendo ao cimo a Capela-Mor, onde se encontram os túmulos dos dois primeiros reis de Portugal.


No século XVIII foi instalado numa das paredes da igreja um novo Órgão


e o Coro-Alto foi adicionado por cima da entrada, no século XVI.


Visitada esta igreja seguimos por uma rua lateral e passámos pelo Jardim da Manga, também conhecido como Claustro da Manga, que foi construído na década de 30 do século XVI.



Subimos depois uma rua



e fomos sair junto da Igreja de Salvador.


Em frente, subindo uma larga escadaria fomos visitar a Sé Nova, cuja construção se iniciou no final do século XVI e só terminou no final do século XVII.


O interior é de uma só nave abobadada com capelas laterais



e a Capela-Mor está decorada com um magnífico retábulo de talha dourada, construído no final do século XVII.


Atravessámos de seguida por entre Universidades



e fomos dar à Praça D. Dinis onde se encontra uma estátua do mesmo rei


e de onde se tinha uma vista sobre a parte mais baixa da cidade.


Quase ao lado passámos pelo Aqueduto de S. Sebastião, popularmente conhecido como os Arcos do Jardim. Este aqueduto é uma obra do século XVI, aproveitando o percurso e os restos de um primitivo aqueduto romano que abastecia a parte alta da cidade.





Fomos depois visitar o Jardim Botânico, tendo entrado pelo Portão dos Arcos.


Este Jardim foi criado em 1772 por iniciativa do Marquês de Pombal com o objectivo de complementar o estudo da História Natural e da Medicina. Passado o Portão, descemos uma escada


e logo à direita situavam-se as estufas, que foram construídas em 1859 com uma estrutura em ferro e vidro e que albergam essencialmente plantas tropicais.



Continuámos e fomos até um Fontanário.



A dada altura passámos por esta árvore cujas raízes saíam da terra


e atravessámos este portão antes de sairmos.


Do Jardim Botânico fomos à procura de um local para almoçar e escolhemos o Restaurante Italiano Il Tartufo. Após o almoço  voltámos a subir a Rua Ferreira Borges, passámos a Porta de Almedina, uma das torres que compunham a cerca muralhada que delimitava a cidade


e dirigimo-nos para a Sé Velha, cuja construção começou no século XII e exteriormente revela um aspecto robusto.





O interior é de três naves


e ressalta à vista o Retábulo da Capela-Mor, em talha dourada.



A Capela do Sacramento possui um excepcional Retábulo de dois andares com nichos.


Uma das fontes de iluminação deste espaço sagrado é o elegante Lanternim que se encontra no topo do Cruzeiro.


Também merece atenção a Pia Baptismal que veio da Igreja de São João de Almedina.


Passámos depois ao Claustro, cuja construção principiou em 1218 e é composto por cinco arcos em cada lanço, que alojam outros dois arcos encimados por várias rosáceas.




Descemos a seguir uma rua,


passámos pela Real República Prákystão,


demos mais umas voltas e fomos para as ACs.

Dia 30.12 - Coimbra - 6,5 Km


Saímos do Parque do Choupalinho a meio da manhã e fomos para o Coimbra Camping & Bungalows (coordenadas GPS: N 40º 11' 20'' W 08º 23' 58,40'').


Uma vez instalados tratámos de acender o carvão para uma churrascada conjunta com os amigos presentes



e passámos a tarde em convívio. Ao jantar repetiu-se a mesma cena.

Dia 31.12 - Coimbra / Miró - 48,7 Km


Passámos a manhã no parque de campismo e voltámos a fazer uma churrascada para o almoço. Depois do almoço partimos para a Quinta da Nora, em Miró-Penacova (coordenadas GPS: N 40º 17' 13,80'' W 08º 15' 01,30''), onde iríamos passar o reveillon


e estacionámos no parque de estacionamento, onde também pernoitaríamos.


Fomos entretanto dar uma volta pela Quinta para a conhecer.






Mais tarde chegaram os restantes amigos que por motivos profissionais não puderam vir mais cedo.


Chegada a hora preparámo-nos e fomos andando para a zona do reveillon.



Entrámos na sala, que tinha este aspecto


e fomos para a mesa que nos estava reservada.



Por motivos óbvios não publico imagens dos amigos que nos acompanharam, limitando-me às restantes e a alguns dos pratos apresentados.




O jantar decorreu animado, tendo-se à meia-noite aberto as garrafas de champanhe e brindado ao novo ano,


seguindo-se no exterior o fogo de artifício, do qual as fotos não são famosas mas foi o melhor conseguido, vá-se lá saber porquê.




Depois do fogo regressámos à sala e o convívio, acompanhado por um pé de dança, prolongou-se pela noite dentro.




Pela madrugada surgiram as mesas de frios e sobremesas





e algumas bebidas espirituosas para aquecer as entranhas.


Fomo-nos deitar já a noite ía alta.

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