sexta-feira, 28 de abril de 2023

Viagem ao sul de Espanha - 2ª Parte

Continuação da viagem .

Dia 21 - Guadix / Cullar - 158,4 Km


Saímos a pé da área de serviço, que fica ao lado do rio Verde, que nesta altura estava seco


e fomos para o Centro Histórico. Atravessássos a ponte, de onde já se via a Catedral



e passámos pela rotunda, ornamentada com uma bonita fonte.



Fomos até ao Teatro Romano, construído no século I e descoberto durante as escavações para um parque de estacionamento.



Passámos pelo Palácio Villalegre, construído no século XVI.


Actualmente é usado como escritório da polícia local. Entrámos e admirámos o seu belo pátio interior rodeado de galerias.


Ao lado tem um pátio exterior



e em frente, num bonito edifício, funciona o Conservatorio Profesional de Música Carlos Ros.


Fomos a seguir até à Alcazaba árabe, construída no século XI e declarada Monumento Nacional. Actualmente não é visitada por se encontrar em processo de restauração.




Seguimos para a Catedral, onde nas traseiras da mesma se encontrava uma escultura de homenagem aos 50 anos do coro infantil da catedral.


Fomos visitar a Catedral, construída entre os séculos XVI e XVIII.



Ao entrar vimos primeiro o altar-coro posterior, em mármore branco e vermelho, no qual se abrem três nichos, estando no central uma imagem da Virgen del Pilar, no da esquerda um Santo António e no da direita um São Miguel Arcanjo.


O Altar-mor está colocado ao cimo de umas escadas centrais e como Retábulo, estão cinco grandes telas narrando a vida da Virgem.



À entrada da Capela-mor, ladeando-a, estão dois anjos que transportam dois candeeiros de prata que dão luz ao Santíssimo Sacramento.


Em frente do Presbitério, estão dois Púlpitos que merecem a nossa atenção.


Cobrindo a Capela-mor está uma grandiosa cúpula central feita em pedra.


O Coro, encerrado por um gradeamento, ostenta o seu cadeiral de madeira de nogueira, contrastando com a madeira de cipreste, na qual estão esculpidas as imagens de santos.



Por cima do cadeiral encontra-se um monumental órgão.


No Deambulatório estão dispostas diversas capelas, sendo a de San Torcuato a mais importante.


No retábulo central está a imagem de San Torcuato, ladeada pelas dos seus companheiros mártires e na parte superior o baptismo de Santa Luparia.


Sob o altar, numa urna de prata, repousam os restos mortais do Bispo Medina Olmos, morto durante a Guerra Civil e beatificado em 1993 por João Paulo II.


Esta capela está coberta por uma cúpula dividida em oito partes de onde cai do centro um candeeiro prateado.


Outra das capelas é a da Virgem da Esperança, que abriga a imagem de Nossa Senhora da Esperança.


Para o fim guardei uma capela onde se encontra uma réplica do original de Michelangelo, La Piedad, em mármore de Carrara. Tem a originalidade de através de sistema de luzes ir mudando a cor das vestes.



Terminada a visita à catedral, rumámos a Castril. Nesta viagem passámos por imensos campos de àrvores frutíferas, todas em flor.



Chegados a Castril


dirigimo-nos para o estacionamento do trilho do rio Castril, situado ao lado do rio (coordenadas GPS: N 37º 47' 44,30'' W 02º 47' 04'').



Antes de iniciar o trilho, demos uma volta na zona do estacionamento


onde havia um passadiço.


Mais à frente e antes da passagem por baixo da estrada, o rio formava uma pequena cascata.



Depois disto, alguns poucos metros à frente, começa então o Trilho do rio Castril, junto ao Parque de la Arboreda Perdida. Este trilho é circular e tem apenas 2,3 Km de extensão. Logo no início está um quadro com umas belas palavras que José Saramago dedicou aos seus avós Jerónimo e Josefa.


Os primeiros metros deste percurso são ao longo de um largo caminho pelo bosque perdido.


Logo a seguir caminhamos ao lado do rio



até chegarmos a uma antiga central eléctrica, onde está uma pequena ponte que lhe dá acesso.


Logo ali encontra-se um portão de ferro forjado, onde realmente começa o trilho


que se percorre através de um passadiço de madeira



  debruçado sobre o rio.



A certa altura deparamo-nos com uns buracos na rocha,


que servem de abrigo a pombos e onde estes fazem os seus ninhos.



Continuámos pelo passadiço ao lado do rio  por mais alguns metros


até este dar lugar a um caminho de terra


que chegou a uma zona mais larga do rio


onde havia uma ponte suspensa que o atravessava.




Chegámos depois a um túnel, com quase 70 metros




a meio do qual existe um corredor


que nos leva a um pequeno miradouro, onde podemos observar algumas quedas de água.



Chegamos assim à saída do túnel


e mais abaixo havia umas escadas que levam a uma nova ponte



que atravessámos e chegámos ao final do trilho na zona do Molino de la Cerrada, que é um antigo moinho e hoje restaurante



e de onde se tinha uma vista para as paredes rochosas e a aldeia lá no alto.



Mais no alto via-se também o monumento ao Cristo do Sagrado Corazón.



A partir daqui começou a parte mais difícil do percurso, pois foi sempre a subir por escadas ou caminhos de terra até à aldeia.



No cimo de todos aqueles degraus, começámos a circular pela aldeia


e fomos passar pela Iglesia de Nuestra Señora de los Ángeles



de onde, por ser um ponto alto, se tinha uma vista sobre as casas da aldeia.


A seguir à igreja fomos dar à Plaza Nueva.



A partir daqui começámos a descer para o estacionamento, primeiro por um caminho acimentado


e depois por caminho mais estreito e de terra.


Já na AC partimos para Cullar


e fomos para a ASA, onde pernoitámos (Coordenadas GPS: N 37º 34' 59'' W 02º 33' 50'').



Dia 22 - Cullar / San Javier - 293,1 Km


Saímos da área de serviço e fomos para Murcia, tendo estacionado num terreno, mesmo em frente ao Carrefour, junto ao rio Segura e não muito longe do centro (N 37º 58' 56'' W 01º 06' 44'').



Fomos depois junto ao rio e atravessámos por uma das pontes para o outro lado



indo pelo Parque Vistabella



e por outras ruas até à Plaza del Cardenal Belluga


onde fica a Catedral de Santa Maria


Esta Catedral foi construída entre os séculos XIV e XV, no lugar onde existia uma mesquita árabe. A sua Torre, de 95 metros de altura, demorou mais de duzentos anos para ser construída.


A fachada principal, com 54 metros de altura e 20 esculturas, foi construída no século XVIII.



Entrámos pela porta das correntes, uma das três portas de entrada na catedral.


O interior é de três naves, em que na central se encontra o Altar-mor


com o Retábulo onde está Nossa Senhora da Graça.



Próximo do Altar-mor está um Púlpito todo em pedra.


É também na nave central que se encontra o Coro, com o cadeiral em madeira de nogueira, onde estão esculpidos esplêndidos relevos representando a vida e paixão de Cristo.




Por cima do cadeiral encontra-se um belo Órgão, que é um dos mais importantes a nível internacional.


No transcoro, situa-se a Capela da Imaculada Conceição, com a imagem de Maria




e um bonito Órgão.


No Deambulatório existem também várias capelas



sendo a mais importante a Capela Vélez, declarada Monumento Nacional em 1928.


Esta é uma capela funerária, do século XV e destaca-se das restantes pelas suas dimensões e altura



e é coberta por uma extraordinária abóbada.


Por toda a catedral existem também admiráveis vitrais




e uma bonita rosácea.


Saímos da catedral e percorremos várias ruas




até à Plaza de Santo Domingo


e desta para a Plaza Julián Romea, onde se localiza o Teatro de Romea, que foi inaugurado pela rainha Elizabeth II em 1862 e declarado Bem de Interesse Cultural em 1990.


Regressámos à autocaravana, passando por mais algumas ruas




e seguindo depois ao longo do rio.




De Murcia seguimos até ao Santuário de la Señora de Fuensanta (coordenadas GPS: N 37º 56' 15'' W 01º 07' 03,50''). Estacionámos num grande largo fronteiriço


e fomos visitar a igreja, construída na segunda metade do século XVII.




Entrámos por uma porta lateral


Antes de entrar estivemos no miradouro a contemplar a paisagem.



O interior é constituído por três naves, onde no Altar-mor está a imagem da Virgem de la Fuensanta.



A Cúpula, com um diâmetro de 8 metros, tem uma bela pintura.



O Coro-alto, por cima da entrada também tem uma bonita pintura sobre ele.



Nas naves também se podem ver excelentes relevos.




No transepto está um bonito Órgão.


Saímos da igreja e na ida para a AC passámos no jardim por uma maquete da mesma.


Depois do Santuário, o nosso destino foi Cartagena. Chegámos à cidade


e fomos estacionar num parque junto ao porto (coordenadas GPS: N 37º 35' 59'' W 00º 58' 40'').


Descemos a avenida e passámos por umas ficus centenárias (àrvores da família da figueira)


e subimos para a antiga Praça de Touros. Ao cimo da rampa via-se o morro do castelo.


O recinto da praça de touros estava todo vedado para trabalhos de escavações arqueológicas




e a própria fachada estava toda reforçada para protecção.


Passámos depois por um monumento de homenagem à Patrulha Águila, da Força Aérea Espanhola, representada por um avião caça C-101 de fabrico espanhol.


A seguir passámos pela Muralha



e descemos até ao porto


partindo de seguida para San Javier


onde fomos pernoitar na área de serviço Camper Park La Ribera (coordenadas GPS: N 37º 48' 14'' W 00º 48' 57,30'').



Para mim, foi a melhor ASA desta viagem, com espaços generosos, dois blocos sanitários com duche quente sempre limpos e a electricidade foi paga a que se gastou.

Dia 23 - San Javier / Madrid - 657,3 Km


Saímos da ASA e voltámos para trás para ir até La Manga del Mar Menor.




Entrámos em Cabo de Palos



passámos por algumas praias



pela Puente del Estacio



e continuámos até à Puente de la Risa, cerca de 20 Km depois na vila de Veneziola.



Estacionámos aí e fomos ver a ponte, que é uma bela construção em pedra com uma subida bastante íngreme, sobre o canal que permite a entrada da água do Mediterrâneo para o mar interior, conhecido como Mar Menor.



Subimos até meio dela


de onde se consegue uma vista para o canal



e as construções em redor.



Voltámos ao início e fomos até El Campello mas antes ainda passámos por uma zona de salinas.



Em El Campello fomos até à zona da praia




e após uma pequena paragem seguimos viagem para Madrid, indo pernoitar na ASA Las Cigueñas, em Vallecas na periferia de Madrid (coordenadas GPS: N 40º 22' 13'' W 03º 38' 29''). Esta área tem estação de metro para o centro de Madrid a cerca de 2 Km, o que se faz muito bem a pé e é uma boa alternativa ao parque de campismo.




Dia 24 - Madrid - 0 Km

Saímos da área e fomos a pé até à estação de metro Sierra de Guadalupe,




onde o apanhámos até ao centro da cidade, tendo saído na estação Opera, na praça do mesmo nome.


Nesta praça fica o Teatro Real, que é uma sala de ópera e um edifício do século XIX


e defronte dele a estátua da Rainha Isabel II.


Muito originais são os bancos em formato de livro, que se encontram na praça e também noutros locais, como mais tarde veríamos.


Passámos para a Plaza de Oriente, nas traseiras do teatro


onde há um jardim



que ao centro tem uma fonte



com a estátua equestre de Filipe IV.


Este jardim embeleza e destaca o Palácio Real


para o qual fomos de seguida e deparámos com uma fila enorme para a compra de entradas.



Estivemos nesta fila práticamente uma hora até finalmente termos acesso à visita. Entrámos para o pátio exterior


onde havia bonitos candeeiros



e iniciámos a visita ao interior. Começámos pela Escada Principal, que dá acesso ao piso superior



que como decoração tem os leões e grandes vasos de mármore branco de Carrara com baixos relevos.



Destacam-se ainda os frescos da abóboda.



Seguiu-se o Salão das Colunas, que tem ao fundo uma grande estátua do Imperador Carlos V



e diversas esculturas em bronze.



É também de admirar a abóboda desta sala.



Passámos também pelo Salão do Trono, a Sala de Jantar de Gala e outras, mas que era proíbido fotografar. Saímos dos interiores do palácio e fomos visitar a Armeria Real, em que são expostas armas e armaduras do século XVI.




Abandonámos o palácio


e fomos ao varandim no topo da Plaza de la Armeria, de onde se abrange uma grande área da cidade.



Do outro lado da praça fica a Catedral de Santa Maria la Real de la Almudena e o Museu da Sé Catedral.


Na fachada principal destaca-se o campanário com esculturas de San Isidro, Santa Maria de la Cabeza, San Fernado e Santa Teresa de Jesús, que ladeiam uma imagem da Virgem de Almudena.


A Catedral começou a ser construída na segunda metade do século XIX e só terminou 110 anos depois. Demos a volta e fomos entrar na Catedral pela Calle de Bailén


onde se destacam as três portas em bronze, sendo a do meio maior que as outras duas. Esta porta representa a inauguração da catedral e a sua consagração pelo Papa João Paulo II em 1993.


A do lado direito, que foi por onde entrámos, representa a procissão pelas ruas de Madrid da Virgem de Almudena.


O interior é formado por três naves


No Altar-mor, a mesa é feita de mármore verde e à sua direita está a cadeira episcopal feita de nogueira. Atrás está o Cristo crucificado e também as cadeiras do coro de ambos os lados.


No Presbitério estão representados os sete mistérios da salvação e ao centro a imagem de Jesus. Por cima estão oito vitrais.


A cúpula também está muito bem decorada.


Também o Transepto tem três naves


com a capela da Virgem ao fundo com acesso por uma escadaria



e coberto por um tecto bem colorido.


Passámos depois ao Ambulatório



com várias capelas.



Existem também vários vitrais



e um bonito Órgão no Coro-alto.



Saímos da catedral e fomos almoçar ao Restaurante Cruz Blanca na Calle Mayor.



Depois do almoço fomos até à Plaza Mayor, que data do século XVII e foi remodelada no século XVIII depois de um terceiro incêndio.



Num dos lados encontra-se a Casa de la Panaderia, o primeiro edifício a ser construído no local e hoje ocupado pelo Turismo de Madrid.


Ao centro da praça encontra-se a estátua equestre, em bronze, do rei Filipe III, criada em 1616.



Deixámos a Plaza Mayor e continuámos pela Calle Mayor até à Plaza Puerta del Sol, alguns metros à frente. Actualmente esta praça encontra-se em obras.



Nesta praça encontra-se o antigo edifício da Casa de Correos e hoje a sede do governo regional de Madrid


no topo do qual está instalado o famoso relógio, que todos os anos no último dia à meia noite, toca as 12 badaladas.


A um canto está o famoso Oso Y Madroño, uma estátua de um urso acariciando um medronheiro, que é o símbolo oficial da cidade.


Seguimos depois pela Calle de Alcalá , que é uma das mais compridas de Madrid, com 11 Km e onde se encontram belos exemplos de arquitectura, como o edifício Metrópolis, de 1911 e hoje propriedade da companhia de seguros



ou o edifício do Banco Bilbao Vizcaya



até à Plaza de Cibeles, onde se encontra a Fonte de Cibeles que data do século XVIII.



Nesta praça também se concentram magníficos edifícios, como o Banco de España do século XIX


ou o Palácio de Cibeles, que foi construído no início do século XX como Palacio de Telecomunicaciones para ser a sede dos Correios e Telégrafos e teve essa função até 2011


ano em que passou para sede do Ayuntamiento de Madrid.



Apanhámos depois o metro e fomos até à Plaza de España, que é uma grande praça no centro de Madrid. Bem no centro está o monumento a Miguel de Cervantes


numa escultura do próprio em pedra


e de Dom Quixote e Sancho Pança em bronze.


No topo da praça estão dois dos edifícios mais altos de Madrid, o edifício España, construído em 1953 com 117 metros de altura


e a Torre de Madrid, construída em 1957 com 142 metros.


Seguimos depois para o Templo de Debod e no caminho passámos por uma bela fonte com estátuas e repuxos de água.




O Templo de Debod é um templo egípcio do século II a.C. e foi doado à Espanha, no século XX, pelo governo egípcio e foi transportado e reconstruído pedra a pedra no local em que se encontra.




Como o templo e os jardins à sua volta estão num local alto, tem-se dali uma vista sobre uma parte da cidade.



Após estas visitas, regressámos de metro à ASA.

Dia 25 - Madrid - 0 Km 

Saímos da ASA para ir visitar o Museu de Cera e tal como ontem fomos a pé até à estação do metro, tendo saído na estação Colón, que fica na Plaza Colón.


Esta praça foi rebaptizada com este nome em 1893 em homenagem a Cristóvão Colombo e tem ao centro um monumento a Colombo desde 1895, em que a estátua em mármore branco mede 3 metros de altura.



A um dos cantos da praça, estão as torres gémeas, construídas em 1976 com 116 metros de altura e 23 andares em que agora estão a decorrer obras para serem aumentadas. Publico uma foto retirada da net do antes e outra minha do agora.



Como ainda era cedo fomos dar uma volta e no Paseo de Recoletos


havia estes originais bancos dedicados à literatura



além de várias outras estátuas.



Atravessámos a estrada e fomos no lado contrário ao Jardim dos Descobrimentos, construído em 1970 e dedicado à descoberta da América, com uma grande bandeira de Espanha, com 294 m2 ao centro.


No início, sob o jardim, encontra-se o Centro Cultural Fernán Gómez, inaugurado em 1973.



No lado oposto deste jardim, encontra-se um Monumento ao Descobrimento da América, constituído por quatro grandes blocos de betão, com um pequeno lago em baixo e relevos e lendas, que aludem ao descobrimento.




A um canto da praça encontra-se o Monumento a Jorge Juan, inaugurado em 2014 e composto por uma âncora de 1200 Kg e uma corrente, ambas de aço


sobre um pedestal com dedicatória.


Ao lado está a estátua de Blas de Lezo, também inaugurada em 2014, feita em bronze e com 3,5 metros de altura, sobre um pedestal de mármore.


Fomos de seguida até ao Museu de Cera.



Este museu foi inaugurado em 1972 com uma figura de cera de Cristóvão Colombo e hoje abriga mais de 450 que representam figuras históricas





da política




religião



escritores



lendas do desporto



músicos




e actores de todo o mundo.



Além das figuras, o museu possui outras atrações como, por exemplo, o Trem do Terror


que oferece uma viagem repleta de cenas incríveis.





Terminada a visita, fomos novamente apanhar o metro e saímos na estação Sol, que fica nas Portas do Sol. Fomos pela Calle Mayor e virámos depois para ir visitar a Basílica Pontifícia de San Miguel


que foi construída no século XVIII e declarada Monumento Histórico-Artístico em 1984. Ao entrar verificámos que o interior estava em obras


mas deu para ver o Altar-mor


em que o Presbitério está ocupado com uma grande tela, de 1897


e está coberto por uma abóboda.



Saímos da basílica e fomos até ao Mercado de San Miguel, que foi construído em ferro fundido e inaugurado em 1916 como mercado de alimentos



e hoje o seu interior está todo ocupado por bancadas de vários chefs de renome.



Como estava na hora de almoço, mas quase não se podia andar lá dentro com tanta gente, fomos procurar no exterior um restaurante para almoçar e optámos pelo Restaurante Taberna Victoria, ali próximo.


Para o almoço escolhemos uma sopa de cozido


e cozido como prato.


Resta dizer que nem comemos tudo, não porque fosse muito, mas porque até enjoava. Depois do almoço fomos a pé até à Catedral, onde havíamos estado ontem, mas para visitar a Cripta. Como ainda estava fechada , fomos defronte ver a Muralha Islâmica, que foi construída no século IX e da qual ainda restam alguns vestígios.




Entretanto a Cripta abriu e fomos visitá-la. Está situada por baixo da Catedral de Almudena, mas com entrada pela Calle Mayor, em frente da muralha.


Tem as mesmas dimensões da catedral e é considerada a maior cripta do país. Possui mais de 400 colunas





cinco naves e 20 capelas laterais. Na nave central


destaca-se o Altar-mor.



Nas outras naves destaca-se a capela onde está a pintura da Virgen da Flor de Lis, um dos grandes tesouros da cripta.



Destaque também para os muitos vitrais espalhados pela cripta.



A cripta é o local de descanso de mais de 2000 pessoas, a maioria de famílias mais nobres e da alta burguesia da Espanha.





Terminada a visita, fomos até à Chocolateria San Ginés



saborear os tão famosos churros com chocolate.


Já satisfeitos, fomos apanhar o metro e saímos na Estación del Arte. Também aqui havia bancos dedicados à literatura e neste caso à banda desenhada.



Subimos o Paseo del Prado, ao lado do Real Jardin Botánico, até ao Museu do Prado e aí virámos para o Parque de El Retiro, tendo entrado pela Puerta de Murillo.


O Parque de El Retiro é um dos pulmões da cidade e também um dos pontos de encontro das famílias madrilenas e está declarado Património da Humanidade pela Unesco. Caminhámos por várias ruas



até chegarmos a um jardim central, onde havia muita gente



e umas árvores muito bem ornamentadas.


Havia também um pequeno lago com uma fonte, onde andavam alguns patos.




Fomos depois até ao Grande Lago, que é um lago artificial rectangular, construído no século XVII e onde se podem alugar barcos a remos para passar uns bons bocados.



Ao centro da lateral maior foi construído em 1902, o Monumento a Alfonso XII



que tem ao centro a estátua equestre do rei, construída em bronze


e uma escadaria que vai até ao lago. Quando chegámos ao lago estava a decorrer um desfile com danças de países sul-americanos e estivemos lá um bocado a assistir.





Ao deixarmos o parque, passámos pela Fuente de Galápagos, mandada construir em 1832 por Fernando VII, para comemorar o primeiro aniversário de Isabel II, que por esse motivo também é conhecida pelo nome da então princesa. Em 1879 foi transferida para o local onde hoje se encontra dentro do parque.


Saímos do parque pela Puerta de la Independencia


que dá para a Plaza de la Independencia, onde se localiza a Puerta de Alcalá.


Apanhámos o metro e regressámos à àrea de serviço.

Dia 26 - Madrid / Carbajosa de la Sagrada - 248,9 Km


Saímos da ASA e de Madrid e como só queríamos chegar a casa no dia 28, não tomámos o caminho directo e fomos na direcção de Ávila, onde almoçámos no estacionamento fronteiriço às muralhas (coordenadas GPS: N 40º 39' 41'' W 04º 42' 19'').


Depois do almoço partimos para Salamanca, indo para a ASA de Carbajosa de la Sagrada às portas da cidade (coordenadas GPS: N 40º 56' 20'' W 05º 39' 17''), onde pernoitámos. Esta área é ideal para visitar Salamanca pois tem autocarro para o centro da cidade.

Dia 27 - Carbajosa de la Sagrada / Brejos de Azeitão - 544,2 Km


Saímos da área de serviço e fomos na direcção de Malpartida de Cáceres e daqui para a fronteira de Portugal. Uma vez em Portugal fomos para Ponte de Sor, onde almoçámos no Restaurante O Rei das Bifanas.


Depois do almoço seguimos viagem para casa, onde chegámos a meio da tarde.

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